JEREMOABO 2020:
MELHOR OU FICARÁ PIOR?
Querendo ou não,
mais uma vez o povo jeremoabense será submetido à prova do pleno exercício da cidadania,
momento em que cada um dará sua contribuição para que tenhamos dias melhores ou
afundarmos ainda mais, ingrata realidade, mas da qual não podemos fugir nem
fazer o papel do avestruz, enterrar a cabeça e deixar que a tempestade passe,
não, o momento não é para vivermos mais uma aventura, requer melhor análise da
atual situação, já que não podemos trocar seis por meia dúzia, como fizemos em
2017, chega de mesmices, precisamos evoluir como pessoas ou a história nos
jogará no Baú do Esquecimento.
Tenho plena
consciência de que os males no meio político se eternizam em razão da ausência
de caráter e de princípios éticos, quer seja por considerável parte da própria
sociedade, quer seja esta em decorrência do próprio ser humano em sua formação
pessoal, onde presentes vão estar os interesses próprios que se sobrepõem aos
interesses coletivos, ou ainda, por dar apoio ao que há de pior, apenas com a
argumentação de que não gosta do outro, assim, ausentando-se do uso da razão e
do bom senso, que muitas vezes, origina-se na vaidade de não ter coragem de
dizer: eu contribuí para a desgraça que aí está!
Pode-se ainda
entender que diante do conceito de que alguns nascem para comandar e outros
para serem comandados. Separar comandante de comandado não está em separar
pobres de ricos, negros de brancos, homens de mulheres ou qualquer outra
situação que seja aplicável aos grupos sociais, essa separação, a princípio,
está vinculada a presença ou ausência de caráter e discernimento entre o certo
e o errado, já que é sabido que o caráter está ligado intimamente ao
procedimento do indivíduo diante do seu meio social.
Em face ao
exposto, entendo que me deparo com um dilema ao retroagir a alguns anos
passados, de onde nada vejo neste diagnóstico que mereça meus aplausos ou do
qual possa me orgulhar, pois só vi decepções, manipulações, prepotência e
coisas do gênero. Na realidade todos
falhos, ausentes e descompromissados com os anseios da sociedade e com a coisa
pública, apenas podemos defini-los como usurpadores das benesses do Poder.
Mentirosos por ofício, ausentes de uma palavra de confiança, na realidade
falsos profetas, enganadores e manipuladores da sociedade em benefício próprio,
indignos de credibilidade...
Hoje, menos de
um ano do último pleito eleitoral em nosso município, já vivemos o amanhã como
sendo mais um momento político. Vivemos anteriormente um período de combate ao
qual dizíamos não servir para comandar os destinos de Jeremoabo. O Poder mudou
de lado, mas para surpresa nossa, mudou o Poder e todas as mazelas criticadas
mudaram de lado também, só que agora multiplicadas por 10, nesse entendimento,
já disse anteriormente, eu contribuir para a desgraça que aí está, pois vivemos
uma gestão desastrosa onde o respeito aos princípios legais são pisados como se
a Justiça não existisse. Errei acreditando que Jeremoabo precisava desta
mudança, infelizmente ela veio de forma piorada. É neste momento que faço uso
do exercício da cidadania para dizer que reconheço que não apoiei a pessoa
certa, mas também vejo que nem tudo foi perdido, pois a mudança era necessária.
2020, mais uma
vez nos colocará a prova do bom senso, mas me pergunto: o que posso chamar de
bom senso, acaso só me reste como opção, votar em qualquer um dos que ali já
passou! O que comandou o mandato tampão, sua sucessora que após ter arrecado
algo em torno de R$ 14 milhões em tributos municipais, ainda endividou o
município em R$ 7 milhões, com recursos destinados a obras eleitoreiras e de
pouca eficácia e eficiência em resultados, ou ainda, naquele que mesmo pegando
R$ 14 milhões oriundos de precatórios veio a se perder em sua curta gestão,
deixando salários da educação pendente, enquanto poderia ter reduzido o rateio
e pago o salário de todos. Aí faltou uma lição de planejamento e gestão
administrativa, resultado de ouvir a quem não deveria. Por outro lado à
situação ora vivida é uma copia de erros que se repetem em dobro. Esta é a dura
e crua verdade que hoje somos obrigados a conviver.
O Senhor Tempo,
sábio dos sábios, está constantemente a passar e não retorna para ensinar por
lacunas não aprendidas, quem aprendeu segue o caminho com sentido definido,
para os que somente entenderam a existência da direção, o destino será incerto,
pois não saberá aonde chegar, terá por certo apenas a partida, já que ao
ignorar o sentido a seguir, qualquer direção lhe serve, ao ignorar que todo
caminho possui uma direção, mas que o mesmo possui dois sentidos.
Aos que
arriscarem que Jeremoabo deve ter somente direção (a figura do gestor que não
sabe conduzi-lo), certamente perderá a oportunidade de lhe dar o sentido
devido, de conduzi-lo ao lugar desejado e esperado por sua sociedade, aí está à
diferença entre escolher um Gestor Competente ou escolher qualquer um (aquele
mito político) só mito, já que só servirá para partir do nada para chegar a
lugar nenhum.
Reflitam, cada
eleição errada representa mais 4 anos de desmandos contra a coisa pública e
retrocesso na vida dos cidadãos. Mudar é
preciso!
J. M. VARJÃO
Em, 25/02/2019