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terça-feira, fevereiro 26, 2019

Em reunião com Bolsonaro, os líderes vão expor o descontentamento da base aliada

Em reunião com Bolsonaro, os líderes vão expor o descontentamento da base aliada

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Charge do Humberto (Folha de Pernambuco)
Marcello Corrêa, Patrik Camporez, Aguirre Talento e Robson BoninO Globo
No primeiro encontro de trabalho com líderes partidários da Câmara, marcado para amanhã, o presidente Jair Bolsonaro apresentará o texto da reforma da Previdência, mas não deverá ser poupado de críticas ao modo como tratou a chamada “política tradicional” durante os primeiros 50 dias de governo.
Líderes de alguns dos principais partidos da Casa disseram ao Globo que vão ao encontro pressionados por suas bancadas a expor o descontentamento com a demissão de apadrinhados na máquina federal e a falta de liberação de verbas para as bases políticas.
MEDIDAS PRÁTICAS – Responsáveis pelo registro das demandas dos parlamentares, os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Santos Cruz, deverão ser os grandes alvos da insatisfação. Mas o próprio Bolsonaro não deve escapar de críticas como a do líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), que cobra medidas práticas do Planalto; não apenas discursos e “fotos”:
“Essa semana que passou, Bolsonaro tirou fotos na apresentação da reforma no Congresso, agora precisa partir para uma relação mais prática”, frisou.
Ciente do clima instalado entre os parlamentares, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem atuado para impedir que a pauta de interesses particulares dos deputados contamine a discussão da reforma.
PREVIDÊNCIA – “O presidente já apresentou a reforma da Previdência. Um tema urgente. Se alguém quer ampliar investimentos nos seus municípios, antes precisa aprovar a Previdência. Sem ela, as consequências para o Brasil serão dramáticas. Alguém pensar em liberar Orçamento sem a Previdência é não compreender a realidade” — disse Maia.
O presidente da Câmara negou que a decisão do governo de exonerar apadrinhados de deputados nas últimas semanas e anunciar uma espécie de “banco de talentos” — um sistema pelo qual parlamentares poderão indicar cerca de mil nomes para cargos de segundo escalão nos estados — possa contaminar o clima em torno da reforma. Os parlamentares atacam a medida por enxergarem no banco de indicações uma forma de criminalizar as nomeações políticas.
OS NOVATOS – Secretário especial da Casa Civil para a articulação política com a Câmara, o ex-deputado Carlos Manato disse que, além de liberar recursos para os reeleitos, o governo estuda uma forma de contemplar o alto número de novatos. Como estão em primeiro mandato, eles não apresentaram emendas ao Orçamento no ano passado. A ideia seria editar um projeto de lei para permitir créditos extraordinários.
“É preciso haver um projeto extraorçamentário, um projeto de lei para criar uma rubrica. Se tivermos R$ 5 milhões para cada um, (o impacto) seria de R$ 1,25 bilhão” — estima Manato.
O secretário tem defendido que é preciso tratar os parlamentares “com respeito”. Ele avalia que, além da conversa com líderes partidários, será preciso procurar deputados com influência em cada estado.
MAPEAMENTO — “Já tem um mapeamento dos estados que querem dialogar. Esse vai ser mais um fator. Vamos ter um diálogo direto, suprapartidário, também com essas lideranças” — planeja Manato.
A reforma da Previdência deve começar a tramitar de fato só depois do carnaval. Para além de cargos e verbas, os líderes partidários vão apresentar críticas e sugestões à proposta. A forma como o governo conduziu a elaboração do texto e o apresentou ao Congresso, depois de ter divulgado à imprensa, será questionada.
— O ideal seria que o governo tivesse apresentado para a gente antes uma proposta para que a gente tivesse oportunidade de oferecer sugestões. A expectativa é que o governo aponte um interlocutor que tenha legitimidade e autoridade de apresentar e cumprir mudanças (no texto) — disse o líder do DEM.
COMUNICAÇÃO – Até a estratégia de comunicação montada por Bolsonaro deve ser questionada pelos líderes na reunião. “Vou dizer ao presidente que o governo precisa melhorar a comunicação, pois os fakes estão invadindo os quatro cantos (do debate da Previdência). O ideal seria o próprio presidente fazer a defesa da sua reforma, que é vital para o Brasil” — disse o líder do MDB, deputado Baleia Rossi (SP).
Na semana passada, Bolsonaro cancelou a primeira tentativa de encontro ao saber, pelo presidente da Câmara, que os líderes ameaçavam não comparecer. Desta vez, Maia acredita que ninguém faltará.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Só quem mora no interior é que tem condição de avaliar a importância das chamadas emendas parlamentares. Faz parte da política do “toma lá dá cá”, mas o resultado reverte em favor da população. A grande diferença é essa.(C.N.)

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