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segunda-feira, janeiro 21, 2019

Flávio Bolsonaro alega que os depósitos foram dinheiro de venda de apartamento


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Ficou faltando Flávio mostrar os documentos do apartamento
Silvia AmorimO Globo
Ao falar pela primeira vez sobre as movimentações financeiras atípicas identificadas em suas contas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf ), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse que o dinheiro dos depósitos fracionados feitos em 2017 é proveniente da venda de um apartamento na Zona Sul do Rio. A explicação foi dada por ele em entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, da TV Record, na noite deste domingo.
– Tentam de uma forma muito baixa insinuar que a origem desse dinheiro tem a ver com um ex-assessor meu ou terceiros. Não tem. Explico mais uma vez. Sou empresário, o que ganho na minha empresa é muito mais do que como deputado.  Não vivo só do salário de deputado – afirmou Flávio.
FINANCIAMENTO – Ele também disse que o pagamento de R$ 1 milhão de um título bancário da Caixa Econômica Federal, também relatado pelo Coaf, se refere à compra deste mesmo imóvel. Ele diz que fez um financiamento no banco público ao comprar o apartamento.
Na sexta-feira, reportagem do “Jornal Nacional”, da TV Globo, mostrou que o Coaf encontrou 48 depósitos no valor de R$ 2 mil entre junho e julho de 2017 nas contas bancárias de Flávio. O Coaf não identificou quem fez os depósitos, que totalizam R$ 96 mil. O fracionamento deles pode indicar intenção de impedir a identificação da origem dos recursos.
O JN também noticiou que consta no relatório do Coaf um pagamento de R$ 1 milhão de um título bancário por Flávio à Caixa.
DEPÓSITOS FATIADOS – Na entrevista para a Record, o atual deputado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) disse que recebeu parte do pagamento da venda do imóvel em dinheiro e que fez os depósitos fracionados, que somam R$ 96 mil, no caixa eletrônico da Alerj por ser o local onde ele trabalhava. Segundo disse na entrevista, R$ 2 mil é o limite aceito no caixa eletrônico.
Em sua declaração de bens feita à Justiça Eleitoral em 2016, quando disputou a prefeitura do Rio, Flavio declarou ter metade de um imóvel em Laranjeiras, Zona Sul, orçado em R$ 423 mil, e metade de um apartamento na Barra da Tijuca, de R$ 851 mil. Na declaração das últimas eleições, ele cita apenas o apartamento da Barra.
Neste domingo, a coluna de Lauro Jardim no GLOBO trouxe mais uma informação sobre o caso . O ex-assessor e ex-motorista de Flávio, Fabrício Queiroz, movimentou R$ 7 milhões em três anos. Até então, o que se sabia era que Queiroz havia movimentado R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
PAI É O ALVO – Flávio negou ter recorrido à prática de reter parte do salário de funcionários de gabinete na Alerj. “No meu gabinete não. Se eu soubesse de alguém que estivesse cometendo isso, era o primeiro a denunciar a mandar prender porque quem me conhece sabe que não tem sacanagem comigo. Em alguns períodos no meu gabinete cargos ficaram vagos. Se eu tivesse o intuito de ganhar dinheiro com isso eu ia deixar cargo vago?” – disse.
Flávio também disse que a demora no posicionamento do seu ex-assessor Fabrício Queiroz é a principal responsável por gerar a situação.
PEDIDO AO STF – Ainda durante a entrevista, o senador eleito negou que tenha feito um pedido ao Supremo na quinta-feira para requisitar foro privilegiado. Segundo ele, foi apenas uma consulta sobre onde deveria ser analisado seu caso.
Em outra entrevista na noite deste domingo, desta vez à RedeTV!, Flavio sugeriu que as investigações contra ele têm o objetivo de atingir seu pai. O deputado chegou a dizer que está sendo vítima de uma “arapuca”.
— Deixou de ser uma investigação para virar perseguição e atingir o presidente da República — disse.
ACUSAÇÃO AO MP – Flávio reclamou de falta de isenção do Ministério Público e disse estar sendo tratado diferentemente dos demais investigados. Ele disse ter visto na internet, embora não saiba se é verdade, fotos de promotores do Rio com camisetas de protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Não sei se é verdade mas são evidências. Não estou fugindo, mas por que não dar tratamento igual para todo mundo” — afirmou.
O filho do presidente Jair Bolsonaro passou o domingo em São Paulo. A agenda na capital paulista foi mantida em sigilo. No sábado, Flávio passou a manhã reunido com o pai no Palácio da Alvorada . O encontro aconteceu no dia seguinte à divulgação pela imprensa de que recebeu depósitos fracionados em sua conta corrente.
A movimentação identificada pelo Coaf foi encaminhada ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, que apura suspeita de recebimento por parlamentares da Alerj de parte do salário dos funcionários de gabinete de Flávio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Apenas uma consulta ao Supremo? Essa foi boa… Na verdade, Flávio não somente pediu o foro privilegiado, mas também agiu com advogado de Queiroz, ao solicitar a nulidade das provas, sonho de qualquer réu encalacrado. A venda do apartamento é fácil de ser provada, basta mostrar os documentos. Por que não exibiu?  A perseguição movida a seu pai pelo Ministério Público é outro delírio. Bolsonaro pai só aparece na investigação por causa do estranho cheque da primeira-dama. E o resto é silêncio, como diria Érico Veríssimo. (C.N.)

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