Um cidadão eleitor contribuinte residente em Jeremoabo, inicia a semana fazendo a seguinte pergunta ao prefeito " interino": " como é de conhecimento de todos, na colônia intitulada Jeremoabo, falta recursos para pagar energia do prédio da prefeitura, falta dinheiro para pagar energia nas escolas, falta dinheiro para colocar combustível nos veículos da prefeitura que transportam doentes da Zona Rural para a sede e para CAPS, qual o motivo de não faltar combustível para uso de carros da prefeitura fora de expediente, a exemplo desse veículo estacionado numa residência particular no Bairro do Entroncamento"?
Prefeito " interino", mesmo o senhor sendo o " dono, o proprietário" dessa colonia intitulada Jeremoabo, o senhor não pode usar ou deixar que usem carros oficiais a não ser estritamente em serviço.
A título de esclarecimento estou transcrevendo abaixo um assunto que demonstra como a coisa funciona onde a Lei é respeitada e aplicada.
Prefeito é multado por usar carro oficial em viagens da filha e ir à missa
Segundo MP, prefeito de Cândido Rodrigues levou filha a SP 19 vezes.
Falchi nega parte das acusações e se diz disposto a reparar erros.
Do G1 Ribeirão e Franca
A Justiça concedeu uma liminar que estabelece multa de R$ 1 mil para cada vez que o prefeito de Cândido Rodrigues (SP), Antônio Carlos Falchi (PPS), for flagrado com o veículo oficial do município para fins particulares.
Ele foi acusado por improbidade administrativa pelo Ministério Público por ter utilizado o carro do Executivo para compromissos de sua filha, em São Paulo, entre 2014 e 2015.
Falchi afirma que a filha estava com ele, mas que as viagens à capital tinham intuito político. Confirma, por outro lado, que utilizou o carro em alguns compromissos pessoais na região e que ressarcirá os cofres públicos se a Justiça assim decidir.
"Eu não vou fugir da Justiça. Eu financeiramente sou o prefeito mais pobre do Estado, mas sou honesto. Se a Justiça determinar que tenho que devolver o dinheiro é uma coisa. Se errei a gente tem que pagar pelo erro", afirma Falchi.
Uso de carro oficial
A Promotoria de Justiça de Taquaritinga (SP) informou ter apurado que, em 19 vezes, entre maio de 2014 e fevereiro de 2015, Falchi usou o veículo oficial para que Flávia Cristina Falchi participasse de compromissos ligados a um concurso da Polícia Militar, sem relação com a agenda do município.
A Promotoria de Justiça de Taquaritinga (SP) informou ter apurado que, em 19 vezes, entre maio de 2014 e fevereiro de 2015, Falchi usou o veículo oficial para que Flávia Cristina Falchi participasse de compromissos ligados a um concurso da Polícia Militar, sem relação com a agenda do município.
Extratos de cobrança de pedágio obtidos nas investigações evidenciam a prática, afirma a promotora Marília Bononi Francisco. Segundo ela, Falchi admitiu no decorrer do inquérito civil que em 31 de dezembro de 2014 levou Flávia para a escola da PM.
A investigação, de acordo com a promotora, começou com base em uma denúncia anônima.
"Verificamos que muitas vezes o veículo saia daqui do interior e passava nas praças de pedágio e chegava em São Paulo com horários compatíveis com a entrada da filha no curso ou compromisso particular que ela tinh lá em São Paulo", diz Marília.
O Ministério Público também constatou que, em outras sete vezes, o prefeito utilizou o automóvel para compromissos religiosos e visitas a hospitais, cemitérios e parentes na região de Cândido Rodrigues.
Em resposta a uma ação civil pública, a juíza Roberta Steindorff Malheiros Melluso acatou o pedido de liminar do MP, proibindo o prefeito de usar o carro para fins particulares, sob pena de ser multado em R$ 1 mil a cada nova denúncia.
A publicação, de 9 de maio, deu prazo de duas semanas para que Falchi apresente explicações. O processo, ainda em trâmite, também solicita que o chefe do Executivo seja obrigado a ressarcir eventuais prejuízos aos cofres públicos.
Prefeito assume uso na região
O prefeito Antônio Carlos Falchi assume ter levado a filha para São Paulo no veículo oficial, mas que as viagens tinham intuito político.
O prefeito Antônio Carlos Falchi assume ter levado a filha para São Paulo no veículo oficial, mas que as viagens tinham intuito político.
"Tenho que ir atrás de recursos em São Paulo e indo algumas vezes a Flávia foi comigo. Nunca fui especialmente só para levar a Flávia para fazer prova, porque o dinheiro público é uma coisa do povo", afirma.
Entretanto, Falchi não nega que se deslocou na região de Cândido Rodrigues para alguns compromissos particulares. Ele se diz disposto a sanar eventuais prejuízos causados. "Eu acho que se analisar bem é até justo. Eu pouco uso para fins particulares. Uso para ir à missa de Aparecida de Monte Alto", exemplifica.
Nota da redação deste Blog - Talvez agora com novas eleições suplementares, Jeremoabo deixe de ser Colônia, seja elevado a categoria de cidade, e os prefeitos futuros, respeitem a Lei, entendam que prefeitura não é " Casa de Mãe Joana", e que o erário público seja para servir o povo.
