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terça-feira, fevereiro 03, 2009

A eleição de Sarney no Senado destrói a conspiração do PSDB

Por: Helio Fernandes
José Sarney foi candidato na base de números, de credenciais, de observação. Só se lançou quando constatou que não perderia. Sempre era considerado eleito.
Os cálculos disparatados levaram emoção para a eleição de presidente do Senado. No final do domingo e no início de ontem, davam para Tião Viana, no mínimo, 49 votos.
Curiosamente, 49 votos foi o que teve o adversário Sarney, ficando o senador do PT-PT, apoiado por um PSDB inesperado, com 32.
Votaram todos os 81 senadores (não é inédito) em 40 minutos. Começou imediatamente a apuração, que levou outros 40 minutos. Mas desde o primeiro voto, Sarney era cumprimentadíssimo.
De qualquer maneira, Tião Viana, derrotadíssimo, comprometeu o PT-PT. Ficou evidente que Tião teria 20 ou 25 votos. Se não fosse o “acordo conspiratório” com o partido de Serra e FHC, não passaria daí. Artur Virgilio estava certo: o PSDB inteiro (12 votos) votará em Tião Viana. Como líder, foi afirmativo.
Sociólogos, cientistas políticos, blogueiros, comentaristas de jornal e televisão foram unânimes: “Quem vencer será por 17, o resultado é irrefutável: 49 a 32. E os “adivinhadores?”
Sarney ganhou (ou melhor, consolidou) a eleição com o discurso de candidato. Muito aplaudido, o que não aconteceu com Tião Viana. Este fez quase o impossível: juntar Pedro Nava, lenda e legenda, com Carcará, que foi popular e até reconhecido por muitos.
No ardor de se colocar como autêntica renovação, o ex-presidente da República, citou Rui Barbosa, duas vezes candidato a presidente. Fala de Sarney: “Rui, com a minha idade, velhinho, ainda pedia votos no interior”.
Sarney está com 79 anos e Rui morreu com 73, tendo abandonado a vida pública aos 68. E Sarney não devia, aos 79 anos, pronunciar a palavra “velhinho”. Podia ser visto como um boomerang.
Na sexta-feira, a análise sobre a eleição de presidente do Senado, concluía de duas maneiras, quase contraditórias.
1 – Sarney será o grande vencedor, por fácil maioria. Ele resistiu desde o dia 17 de dezembro, sempre dizendo, “não serei candidato”.
Disse isso 3 vezes ao próprio Lula. Quando cedeu à pressão do partido (e de aliados) e resolveu ser candidato do PMDB, também falou com Lula. Este disse que Sarney mudava seus planos, mas não podia fazer coisa alguma.
2 – A mesma conclusão dos mesmos analistas: “Só haverá alguma modificação no resultado e na escolha do nome, se houver reviravolta”. Foi a opinião deste repórter, aqui, na sexta e no sábado.
E essa “reviravolta” ocorreu, a partir de São Paulo. Ninguém imaginava que o PSDB pudesse se aliar ao PT-PT, num momento tão importante. Mas, às vezes, a coerência consiste em mudar e não em insistir. Foi o que fez o PSDB, não por generosidade, renovação, grandeza inata e cordial, mas acreditando que com essa reviravolta, se fortaleceria para 2010.
PS – O PSDB se considera vitorioso. Motivo: provou que pode fazer acordo com o Planalto-Alvorada. Foi uma espécie de “tomada de posição de José Serra para 2010”.
Temer, eleito agora, já sonha em repetir o doutor Ulisses
Fonte: Tribuna da Imprensa

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