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segunda-feira, novembro 10, 2008

PT avalia eleição e relação com o PMDB

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
A executiva municipal do PT se reúne hoje, às 9h, no Golden Park, para avaliar o resultado da última eleição de Salvador, assim como a conjuntura e as relações do partido com as demais legendas, em especial com o PMDB, e a forma de posicionamento ante o governo do prefeito João Henrique Carneiro. Além dos vereadores eleitos, participarão deputados federais, como Walter Pinheiro e Nelson Pelegrino, que têm base em Salvador, e os presidentes dos diretórios municipal e estadual, Vânia Galvão e Jonas Paulo, respectivamente. O PT quer discutir ainda a eleição que vai definir a nova composição da Mesa Diretora da Câmara e a estruturação da bancada municipal. No primeiro encontro que ocorreu semana passada, a criação de um fórum de discussão permanente, voltado para vigiar de perto a administração municipal, já deu indícios de que o fogo cruzado entre o PT e PMDB, está longe de ser cessado e que até 2010, ano eleitoral em que as duas legendas podem se enfrentar novamente, muita água ainda está por vir. O próprio presidente estadual da legenda, Jonas Paulo, por exemplo, já declarou em “alto e bom som” que disse que manter a aliança com o PMDB, é a mesma coisa que estar dormindo com o inimigo. Uma prova disso, segundo ele, foi durante a eleição da capital, em que os petistas trataram o PMDB e João Henrique como aliados, em especial no primeiro turno, e foram tratados como adversários o tempo todo. Por outro lado, a presidente municipal do partido, vereadora Vânia Galvão, afirmou que o ponto central do debate não é o rompimento ou não com o PMDB, mas sim a definição de uma estratégia política a cerca da atuação da bancada petista na Câmara Municipal de Salvador, que conforme ela deve ser de total independência em relação ao governo. “ É certo que o impasse com o PMDB faz parte de um processo de análise constante, mas não é o nosso foco principal. Neste momento estamos buscando afinar o discurso sobre o posicionamento dos vereadores no processo de eleição da Mesa Diretora da Câmara e na formatação de uma bancada in???"????Ldependente na Casa”.O deputado federal Walter Pinheiro, candidato derrotado do PT a prefeito de Salvador, por sua vez, declarou que o PT vai continuar contribuindo para o desenvolvimento da cidade, mas que vai agir de forma contundente contra o prefeito João Henrique (PMDB) na Câmara de Vereadores. (Por Fernanda Chagas)
Fórum de discussão permanente
Embora a correlação de forças na Câmara Municipal de Salvador coloque o PMDB e o PT como os partidos que elegeram o maior número de vereadores, cada um com seis, a coligação que apoiou à reeleição do prefeito, conseguiu eleger 17 vereadores. Enquanto a coligação “A voz do Povo” representada pelo candidato derrotado nas urnas, o deputado ACM Neto (DEM), que no segundo turno decidiu por marchar com o peemedebista, emplacou 11 parlamentares. Com isso, matematicamente o PT contaria com 13 vereadores a seu favor. No entanto, a divisão de alguns partidos como o PSDB, partido do ex-prefeito Antonio Imbassahy, que na corrida sucessória ficou na quarta colocação, pode diminuir ainda mais esse número. Entre os dois eleitos Jorge Jambeiro e Paulo Câmara, insatisfeito Jambeiro já havia se posicionado contra a legenda em prol da reeleição de João Henrique. Por tabela, o PSB e o PPS, partidos que apoiaram o petista Walter Pinheiro, são incógnitas na Câmara Municipal. Ninguém sabe com quem ficarão os dois vereadores socialistas Lau e Palhinha. Ambos teriam sido vistos em atividades de campanha de João Henrique. Assim como ainda não se sabeque posição adotará o vereador eleito pelo PPS Joceval Rodrigues. A única “zebra’, que trata-se de uma possibilidade muito remota, segundo avaliam os próprios parlamentares, que poderia de alguma forma enfraquecer a bancada governista, seria o Democratas e aliados, decidirem por formar o “Bloco Independente”. Circula nos bastidores que a decisão do deputado ACM Neto de não condicionar seu apoio ao prefeito João Henrique à indicação de cargos na administração municipal não atende aos interesses partidários de parte do grupo que marchou com ele na disputa pela prefeitura. Para alguns vereadores, caso João Henrique não os acomode na administração, o mais interessante seria formar um bloco independente. A idéia seria manter-se numa posição semelhante ao de fiel da balança na Câmara, já que a oposição poderá somar 11 vereadores. A Câmara tem funções legislativas, atribuições para fiscalizar os atos, propor medidas de interesse da coletividade e assessorar o Executivo, além da competência para disciplinar e dispor sobre a organização de seus serviços internos (Por Fernanda Chagas)
Governador altera estilo já de olho nas eleições de 2010
O PT está procurando tomar as rédeas da agenda política estadual, que momentaneamente ficou nas mãos do PMDB com a vitória do prefeito João Henrique no segundo turno de Salvador. Tão logo o partido tomou conhecimento do resultado da eleição, deu inicio a uma operação para que Jaques Wagner reavaliasse a relação do seu governo com o PMDB ou, no mínimo, reduzisse o espaço deste partido na máquina estadual. Mas uma pergunta sopra nos ouvidos mais ajuizados: o que vale mais, as duas secretarias que o PMDB ocupa no governo estadual ou os nove deputados que o partido tem na Assembléia Legislativa? Seguindo orientações do PT ou não, o governador Jaques Wagner nos últimos dias tem dado passos largos e rápidos que cabem reflexões. Primeiro, procurou saber se o ministro Geddel Vieira Lima tinha intenções de disputar o governo do Estado em 2010. Como a conversa entre os dois não vazou, ninguém sabe o que foi negado ou confirmado entre eles. Na dúvida, Wagner foi à luta e tem agido em sintonia com o que o PT vem pregando ultimamente. Na Assembléia, ensaia uma reaproximação com o PP e o PR; no governo, anuncia uma reforma para azeitar a máquina. A última viagem a Brasília e São Paulo também mostrou que o governador baiano está bem sintonizado com as pregações do PT. Em Brasília, na busca de apoio para aprovação das emendas de interesse do governo para o Orçamento de 2009, ficou evidente que ainda está longe a superação das birras da eleição de Salvador. Nem um drink de Wagner com o ministro Geddel e apenas um encontro casual com o prefeito João Henrique. A tiracolo, um novo par de mãos a enviar para os jornais e blogs os passos do governador. Coisa que antes não existia, mas que agora passa a existir. Em Salvador, na chegada dos trens para o metrô, um novo divisor de águas - ou de ferros - marcou mais um capítulo da complicada relação PT x PMDB. De um lado, o prefeito João Henrique e o ministro Geddel Vieira Lima; do outro, a presidente da Conder, Maria Del Carmen, e o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence. Tudo para demarcar espaço e definir conquistas. Mas, em meio a tantas leituras, ainda havia uma faixa reforçando os feitos do governador. Isso, sem falar que Wagner, do outro lado da linha, monitorava tudo. Bem diferente de como era antes. Talvez seja cedo para avaliar se o governador está mesmo adotando um novo estilo visando a eleição de 2010 ou tudo não passa de coincidência. Querendo admitir ou não, alguma coisa está diferente. Mas Wagner, mesmo que tenha a chave da máquina nas mãos, não tem tanta saída. Se antes ele precisava vigiar os passos do PMDB, agora vai precisar também botar os olhos sobre a crise econômica. E aí surgem vários senões, e o principal deles está na imprevisibilidade das obras do PAC.(Por Evandro Matos)
Fonte: Tribuna da Bahia

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