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domingo, setembro 07, 2008

Sexta sem terror, sem voz e sem saudade

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
Durante a sessão especial do Tribunal de Justiça da Bahia realizada ontem, que marcou a última “sexta do terror”, o clima foi de aparente tranqüilidade, embora anteontem essa Corte tenha vivenciado uma temperatura bastante elevada. Com o vazamento da denúncia de venda de sentença para favorecer prefeitos baianos - as acusações recaem sobre um desembargador e o filho, com a participação de um funcionário da Casa -, o silêncio imperou como tática. Na ausência da desembargadora Silvia Zarif, a sessão foi presidida pela desembargadora Lealdina Torreão, que é vice-presidente do TJ-BA. A desembargadora Silvia Zarif, anteontem, até quis divulgar o conteúdo do material que está em posse do TJ-BA, mas recuou diante das argumentações de alguns desembargadores, que alegaram proteção e direito de defesa dos acusados. Contudo, o assunto ainda vai render bastante, e a qualquer momento as investigações do Ministério Público podem explodir. Segundo uma fonte que não quis se identificar, o MP teria apurado a participação de juízes, desembargadores, advogados e funcionários do Tribunal. Durante a sessão de ontem, desembargadores e funcionários mostraram-se contidos. Até mesmo as costumeiras farpas trocadas durante os julgamentos dos prefeitos, ontem praticamente não existiram. Sem a presença da presidente do Tribunal, a sessão parecia mais uma partida amistosa do que uma “sexta do terror”. Entretanto, houve muita troca de sussurro entre advogados, jornalistas e políticos que acompanharam a sessão especial. O pouco que a imprensa conseguiu apurar foi que, durante a sessão secreta realizada na última quarta-feira, foi criada uma Comissão Especial para apurar as denúncias que envolvem membros daquela Corte. Mas na avaliação das pessoas que estavam ontem no Tribunal o assunto deverá ter desdobramentos surpreendentes. Conforme já publicado por este jornal, existe uma gravação em CD em posse da presidente, desembargadora Silvia Zarif. Consta ainda que uma cópia já foi encaminhada para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e outra cópia foi enviada para deputados na Assembléia Legislativa. Consultado, o deputado Carlos Gaban (DEM) disse que ainda não recebeu nenhum material, mas aproveitou para demonstrar a sua preocupação com o fim das sessões especiais para julgar os prefeitos no Pleno. “Nós fizemos uma emenda em 2007 que acabava o julgamento pelas Câmaras Criminais. O julgamento no Pleno dá mais segurança e é mais difícil dos desembargadores sofrerem influência”, disse Gaban. “Eu não entendo como se altera um Regimento Interno que foi aprovado em acordo com a Assembléia”, concluiu, criticando a decisão do Tribunal em transferir o julgamento dos prefeitos do Pleno para as Câmaras Especializadas. Embora a pauta de ontem constasse mais de vinte processos para julgamento, poucos foram analisados. Desta forma, o Pleno acatou denúncia do Ministério Público contra George Vieira Góis, prefeito do município de Sapeaçu, mas sem afastamento do cargo. Segundo a acusação, o prefeito contratou uma empresa sem licitação e utilizou verbas públicas para promoção pessoal. A mesma decisão coube em relação ao processo que o Ministério Público moveu contra o prefeito Pedro Jackson Brandão Almeida, de Itapé, sem aprovar, contudo, o pedido de afastamento e a decretação de prisão preventiva. De acordo com a denúncia do MP, o prefeito Pedro Jackson contratou irregularmente 350 servidores sem a realização de Concurso Público, o que se configurou numa violação da lei. Já o prefeito Joselito Carneiro de Araújo Júnior, do município de Santaluz, também teve uma denúncia do Ministério Público acatada pelo Pleno, mas sem afastamento e prisão preventiva. Júnior é acusado de ter mandado pintar prédios públicos, ônibus e fardas de estudantes com as cores azul e amarelo, as mesmas usadas em sua campanha de 2004. Por outro lado, a denúncia do Ministério Público contra o prefeito Juscelino Souza dos Santos, do município de Irará, foi rejeitada pela maioria do Pleno, mesmo diante da acusação feita pelo promotor-geral de Justiça do MP, Lidivaldo Brito, que acusa o prefeito de fraudar licitação para a compra de combustível. Foi rejeitada também a denúncia contra o prefeito Rubens Oliveira Dias, do município de Anagé, acusado de contratar 17 servidores sem concurso. Já a ação penal originária em que o Ministério Público acusa o prefeito Saulo Pedrosa de Almeida, do município de Barreiras, de ter feito licitação irregular, teve o julgamento suspenso após pedido de vista da desembargadora Ivete Caldas. (Por Evandro Matos)
PMDB e PT promovem nova sessão de ofensas mútuas
Embora o candidato petista à prefeitura de Salvador, Walter Pinheiro tenha optado por colocar as “barbas de molho” e não revidar as inúmeras acusações, a exemplo de infidelidade, por parte do prefeito João Henrique (PMDB), pode-se dizer que uma verdadeira “guerra” foi instalada entre o PT e o PMDB - tido hoje, como uma das principais legendas da base do governo Wagner, com nove deputados eleitos. Nessa onda não faltam interlocutores e nem mesmo o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, considerado homem forte, não apenas no âmbito local, mas também no Palácio do Planalto, foi poupado, o que leva a crer que o clima tende a esquentar ainda mais e ultrapassar o cenário da campanha, atingindo em cheio a Assembléia Legislativa da Bahia, “menina dos olhos” do governador Jaques Wagner. O último ataque partiu do presidente regional do PT, Jonas Paulo, que resolveu endurecer o discurso e classificar a estratégia do peemedebista de “rasteira e grosseira, vinda de quem não tem qualificação moral. Nem ele (o prefeito) quanto quem o comanda”, disse, referindo-se ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Jonas Paulo disparou ainda que Geddel fazia oposição sistemática ao presidente Lula em seu primeiro mandato, “inclusive uma oposição agressiva, principalmente na crise de 2005. Portanto, não tem condição moral nem política para fazer qualquer acusação nem a Pinheiro nem ao PT”. Na visão do petista o prefeito e o seu partido deveriam agradecer ao PT por ter lhe dado abrigo quando “não tinha para onde ir. Por tabela, o presidente do PT atribuiu ao prefeito a responsabilidade pelo fracasso nas tentativas de fazer dele o candidato natural da base governista. “O prefeito foi incapaz de liderar a coalizão que lhe dava apoio por ser pusilânime, sem visão estratégica e sem projeto para a cidade”, afirmou, ressaltando que generosamente, o PT se dispôs e dispõe a partilhar a parceria (com o prefeito), mas não pode aceitar jogo baixo e rasteiro, que “talvez seja uma reminiscência das relações que tiA?veram no passado com quem infelicitou a Bahia. Portanto, fica claro, que a palavra traição não existe no dicionário do PT, mas já ouvimos o PDT falar nisso em Salvador”, indignou-se. Incorporando a clássica postura do “bateu levou”, o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, não perdeu tempo e mandou o seu recado. “O que houve não pode ser configurado como ataque a ninguém, mas sim a constatação de fatos amplamente divulgados pela imprensa baiana e nacional”, reiterou o peemedebista, em resposta clara ao presidente do PT. Quanto ao bombardeio direcionado ao ministro da Integração Nacional, Lúcio afirmou que quando Geddel fez oposição ao presidente Lula, atuou assim respeitando o resultado das urnas e “não se agarrou a boquinhas, como fizeram sistematicamente os petistas na administração João Henrique”. Lúcio acrescentou ainda que na sucessão passada, Geddel atendeu o apelo do governador Jaques Wagner para derrotar o carlismo na Bahia, indicando o candidato a vice-governador e apoiando a reeleição do presidente. “Depois de eleito deputado, ele (Geddel) foi convidado pelo presidente para ser seu ministro, tendo o presidente preterido outros nomes por serem pusilânimes. Eu só acho estranho que o PT tenha descoberto que Geddel tinha apoiado FHC e criticado Lula só agora”, atacou. O presidente do PMDB prosseguiu, afirmando que os petistas não viram este mesmo fato, quando precisaram do apoio do PMDB para eleger o governador, o que, em sua opinião, é um comportamento típico do que hoje está sendo mostrado no programa eleitoral do prefeito com relação a Pinheiro. “No mais, recomendo ao presidente Jonas que tome ‘Rivotril’, pois com certeza queremos ele mais calmo quando estiver nos apoiando no segundo turno, porque este é o desejo do presidente Lula”, finalizou, lembrando que Geddel não traiu FHC, de quem permanece amigo até hoje, cumprindo eventualmente junto ao ex-presidente missões designadas por Lula. (Por Fernanda Chagas)
Imbassahy condena proposta dos companheiros tucanos
O candidato ao Palácio Thomé de Sousa, Antônio Imbassahy (PSDB), que em entrevistas recentes havia repudiado a postura de ataque de alguns candidatos, onde garantiu que o foco da sua campanha será sempre a apresentação de propostas, para que não haja abalos posteriores nas relações com os governos estadual e federal, acabou por atirar triplamente no próprio pé. Além de mostrar atitudes divergentes ao que vem pregando ao atacar, de forma pensada, um dos projetos do democrata ACM Neto (Big Brother nos bairros), ignorou um detalhe importantíssimo: o fato de dois importantes companheiros de partido, o candidato a prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin e o governador de São Paulo José Serra, apostarem em programa semelhante. Imbassahy veiculou um comercial de 30 segundos aonde bandidos atiram contra uma câmara de segurança após um assalto para alegar que a proposta de Neto não vai dar certo. Segundo dados o projeto de Alckmin é ainda mais arrojado, já que ele promete colocar 18 mil câmeras nas ruas, no sentido de vigiar os bandidos e diminuir a violência e a impunidade na capital paulista. A diferença da proposta de Neto é que as câmeras serão móveis e em menor quantidade inicialmente. (Por Fernanda Chagas)
Wagner assume Pinheiro na TV e desautoriza críticas de aliados
O governador Jaques Wagner fez sua primeira aparição no programa eleitoral do prefeiturável Walter Pinheiro, ontem à noite, e desautorizou os demais aliados a usar a sua imagem para criticar o petista. Wagner disse que esteve nas três convenções partidárias - PMDB, PSDB e PT, num gesto democrático, mas deixou claro que o seu candidato preferencial é Pinheiro. Ainda ontem à noite, as assessorias de João Henrique e Antonio Imbassahy, evitaram comentar as declarações do governador. De acordo com a agenda oficial dos candidatos, apenas João Henrique e Walter Pinheiro vão participar das comemorações da Independência, domingo, no Campo Grande. O prefeito, candidato à reeleição, estará no palanque oficial e o petista no tradicional Grito dos Excluídos. No horário do desfile, o candidato Antônio Imbassahy estará participando de uma caminhada na Rua da Adutora, em São Cristóvão, a partir das 9h30 e o demo crata ACM Neto vai inaugurar seu comitê no Nordeste de Amaralina e depois participa de caminhada pelo bairro de Sussuarana. O final de semana será de muito trabalho para os prefeituráveis. O democrata ACM Neto participa hoje, às 10 horas, da inauguração do comitê de um vereador, em Stela Maris, às 11 horas segue em caminhada pela Boca do Rio. No início da tarde almoça com a equipe de trabalho do comitê. No final da tarde participa do Encontro com Juventude Evangélica, na Garibaldi e à noite participa da inauguração de três comitês, no bairro de Pau da Lima e no subúrbio ferroviário. O candidato tucano Antônio Imbassahy participa hoje, às 10h30, de caminhada em Jaguaribe I. No final da manhã faz carreata em Cajazeiras e Castelo Branco. À tarde se reúne com representantes da Associação dos Artesãos da Bahia, em Fazenda Grande II.
Fonte: Tribuna da Bahia

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