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sexta-feira, setembro 26, 2008

Bolsa-Família

Klécio Santos
Demorou, mas teve um fim o Bolsa-Família dos congressistas. Foi preciso uma decisão do Supremo Tribunal Federal proibindo o nepotismo para que essa prática nefasta fosse varrida do poder público. Obrigados a demitir seus familiares, alguns parlamentares ainda tentaram resistir, defendendo a criação de cotas a ser preenchidas por parentes. Ou seja, queriam continuar engordando a renda familiar com dinheiro público. No Senado, Garibaldi Alves teve que demitir um sobrinho e dar um ultimato aos colegas de plenário. Antes, já havia solicitado verbalmente para que os colegas cumprissem a decisão do Supremo. Todo mundo se fingiu de surdo. O presidente da Casa exigiu então que cada senador enviasse um expediente garantindo não ter parentes empregados. A lista com a turma do cabide de emprego é extensa. Só na bancada gaúcha, pelo menos quatro parlamentares abrigavam pessoas com o mesmo sobrenome nos seus gabinetes. O campeão era Vilson Covatti, com três cunhados e quase R$ 10 mil na folha de pagamento. Nem o presidente do Conselho de Ética, Sérgio Moraes, escapou. O curioso são as desculpas. A maioria apela à suposta confiança e qualificação dos parentes, como se as famílias dos eleitos fossem um reduto de excelência profissional. Pior: quem faz essa aferição não é o eleitor, e sim o próprio parlamentar. De qualquer forma, a prática não é uma exclusividade do Legislativo e do Executivo. O Judiciário também emprega inúmeros parentes de magistrados, uma irregularidade muitas vezes camuflada sob forma do nepotismo cruzado. Esse compadrio, porém, também está com os dias contados.
Fonte: Zero Hora (RS)

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