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quarta-feira, setembro 10, 2008

Datafolha: Paes a um passo da prefeitura

A pesquisa do Datafolha fechada dia 5 e publicada a 7 de setembro na "Folha de S. Paulo" e em "O Globo", analisando-se bem os números que contém, se as urnas fossem hoje, dá praticamente decidida a eleição para prefeito do Rio: Eduardo Paes encontra-se a um passo do Palácio da Cidade. Ele assumiu a liderança com 25 pontos, ultrapassando pela primeira vez Marcelo Crivela, que registra 21 por cento das intenções de voto.
No espaço de duas semanas, do primeiro ao segundo levantamento, o candidato do governador Sergio Cabral avançou 8 escalas. Crivela, depois de descer 4, subiu 1 degrau. Segundo turno entre ambos parece nítido. Já que Jandira Feghali perdeu a passada, recuando de 15 para 12 pontos. Os demais ficaram longe da fotografia. Gabeira no oitavo andar. Estou muito à vontade para comentar mais esta pesquisa com a objetividade de sempre, já que vou votar nele, Gabeira.
A campanha do candidato da coligação PPS-PSDB-PV começou bem. Recursos financeiros não faltam. Recebeu doações de Walter Salles, Eike Batista, Armínio Fraga. Mas o candidato não passa emoção. Se ele não se emociona com a própria candidatura, como esperar entusiasmo dos outros? Isso quanto a Gabeira, que, na TV, está transmitindo a imagem de cansado.
Quanto aos números agora publicados, eles dirimem as dúvidas que existiam em torno das pesquisas do Ibope e do Datafolha, às quais me referi em artigo recente. O Ibope havia apontado 11 para Feghali. O Datafolha assinalava 15. Divergência considerável. Os resultados agora convergiam: 11 e 12. Não há mais diferença. A candidata do PC do B recuou mesmo. Ela e Eduardo Paes lutavam pela segunda colocação, a que fornece um passaporte para o desfecho final. O panorama mudou.
Ficou nítido - salvo uma explosão atômica - o segundo turno entre Paes e Crivela. E, no confronto simulado, uma vitória de Eduardo Paes por larga margem: 50 a 35. Aliás, Jandira Feghali também derrotaria o senador do PRB, por 48 a 37 por cento. Crivela é fraco para a etapa decisiva. Apenas mantém os percentuais que obteve nas eleições de 2002 para o Senado de 2004, quando perdeu a prefeitura para Cesar Maia, de 2006, quando foi batido por Denise Frossard, que no pleito de governador perdeu para Cabral. Disse há pouco que o representante do PMDB está com um pé na prefeitura, preparando-se para receber a faixa de seu inimigo Cesar Maia. Explico por quê.
Em matéria de interpretação de pesquisas eleitorais, focalizar tendências em movimento é fundamental. Eduardo Paes primeiro cresceu de 13 para 17, segundo o Datafolha, e no momento saltou para 25, um vôo de condor. Esta evolução -aí o aspecto mais importante - coincide com a queda do índice dos que ainda não sabem em quem votar e dos que se dispõem erradamente, penso eu, em anular ou votar em branco. Há duas semanas eram 30 por cento, taxa altíssima. Agora significam 18 por cento. Na medida em que a indecisão baixa, Paes sobe.
O quadro assim lhe é muito favorável. Cesar Maia no segundo turno deve apoiar Crivela. Além de pela inimizade com Paes, pelo fato de desejar ele, Cesar, candidatar-se ao Senado no pleito de 2010. Se Crivela perder para prefeito, será mais um adversário de Maia daqui a dois anos. Esta perspectiva não interessa, é claro, ao atual prefeito. Panorama no Rio, visto da ponte, é esse. E na cidade de São Paulo?
O Datafolha pesquisou lá. Marta Suplicy 40, Alckmin 22, Kassab 18, Maluf 8, Soninha 3. Segundo turno, provavelmente entre Marta e Alckmin. O Datafolha acentua um empate técnico entre o segundo e o terceiro colocados. Não existe tal empate, a diferença de 4 pontos é substancial. Se as oscilações podem variar 3 por cento para mais ou para menos, é possível tanto que o ex-governador esteja com 25 e Kassab com os 15, como Kassab pode ter 21 e Alckmin 19 por cento.
É melhor ficar com os 22 a 18, já que as variações de três degraus podem ir para 6, se a pesquisa tiver falhado nas duas direções. A questão, inclusive, foi bem colocada pela repórter da FSP, Cátia Seabra, ao analisar o levantamento.
Ela chamou a atenção para um ângulo importante, este sim: Alckmin recuou 2 pontos, Kassab subiu 3. De resto, a pesquisa aponta um empate, este sim, de 47 a 47, num segundo turno entre o candidato do PSDB e a candidata do PT. Indefinido o duelo final. Kassab perderia para Marta. A diferença, hoje, entre Alckmin e Kassab aí está refletida.
Vejamos o quadro nos Estados Unidos. As pesquisas apontam vantagem para Barack Obama. Mas o correspondente da revista "Veja" nos EUA, André Petry, em matéria na edição que se encontra nas bancas, admite a hipótese de o candidato democrata não resistir ao que chama de vulcão Sarah Palin, candidata a vice do republicado John McCain. Isso significa atribuir um papel principal à governadora do Alasca. Se assim pudesse ser, ela, em vez de ajudar, estaria ofuscando McCain. Se ofuscar McCain, será ótimo para Obama.
Pedro do Coutto
Fonte: Tribuna da Imprensa

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