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segunda-feira, janeiro 06, 2025

TRE-BA assume compromisso em promover igualdade de gênero e combater o assédio na instituição

 Foto: Divulgação

Cartas de compromisso foram assinadas por diversas autoridades do Tribunal, na Sala de Sessões06 de janeiro de 2025 | 09:25

TRE-BA assume compromisso em promover igualdade de gênero e combater o assédio na instituição

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) realizou uma cerimônia em que foram assinadas cartas estabelecendo o compromisso pela igualdade de gênero e pelo combate ao assédio e à discriminação no âmbito do órgão. As diretrizes expressas nos documentos são orientadas pela Resolução Nº 255, de 2018, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O evento ocorreu na Sala de Sessões do Regional e contou com a presença de várias autoridades.

Na abertura da solenidade, o presidente do TRE-BA, desembargador Abelardo Paulo da Matta Neto, destacou a importância da iniciativa: “Este é um passo significativo e concreto que visa garantir a participação feminina em posições de liderança e decisão dentro do TRE da Bahia. Nosso objetivo é fomentar e garantir que nesta casa as mulheres possam exercer influência e representatividade, seja ocupando os cargos de gestão ou espaços que levam à construção e fortalecimento intelectual para a tomada de decisões.”

Para a Juíza Maria Verônica Moreira Ramiro, presidente das Comissões de Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação de 1º e 2º Grau do Regional, que integrou a mesa solene, “o documento vai além de palavras no papel, simboliza o compromisso firme do tribunal em promover um ambiente de trabalho digno, seguro e inclusivo, como assegurado na Constituição Federal. Mais que um compromisso institucional, é um chamado à ação de todos e de todas”.

Também falou no evento a presidente da Comissão de Participação Feminina e Juíza Ouvidora da Mulher, dra. Gelzi Maria Almeida Matos. A magistrada salientou, em seu discurso, que a presença das mulheres em esferas de decisão não é apenas uma questão de representatividade, mas uma condição essencial para o avanço de políticas públicas mais eficazes e inclusivas. “A diversidade de perspectivas que as mulheres trazem para a mesa de diálogo, contribui para a elaboração de soluções mais equilibradas, que atendem melhor às necessidades de toda a sociedade, promovendo o bem-estar coletivo”, complementou.

Carro oficial da ministra da Saúde é usado para ir a centro comercial no sábado

 Foto: Geraldo Magela/Arquivo/Agência Senado

Ministério da Saúde06 de janeiro de 2025 | 09:43

Carro oficial da ministra da Saúde é usado para ir a centro comercial no sábado

brasil

O carro oficial da ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi usado para ir a um centro comercial de Brasília no início da noite do último sábado, 4. A ministra não teve agendas públicas no dia e, oficialmente, ainda estava de férias. Procurada, a pasta afirmou que o veículo fazia “deslocamentos necessários” para Trindade.

O automóvel, com a placa “ministra da Saúde” em verde e amarelo, estava parado em uma rua comercial da capital federal às 18h30 do sábado. Além de um mercado em frente ao carro, o comércio conta com hamburgueria, restaurante, loja de roupas e centro de estética.

Na agenda de autoridades do governo federal, mantida pela Controladoria-Geral da União (CGU), a ministra está de férias de 20 de dezembro a 13 de janeiro, sendo substituída no período pelo secretário-executivo do ministério, Swedenberger Barbosa. Nem Trindade nem Barbosa informaram agendas oficiais no sábado ou nas últimas três semanas.

O decreto que regula o uso de carros oficiais por ministros proíbe as viagens nos finais de semana e feriados, exceto para cumprir “encargos inerentes” à função pública. Também veda o uso para “lazer ou passeio”.

A Coluna do Estadão enviou fotos do carro no local ao Ministério da Saúde e questionou ao órgão o que a ministra fazia na ocasião com o veículo; qual era a agenda pública; e se é comum o uso do automóvel da pasta para atividades particulares. A pasta não respondeu a essas perguntas.

“A ministra da Saúde retornou ontem (sábado) a Brasília devido à antecipação do término de suas férias oficiais, inicialmente previstas para encerrar no dia 13 de janeiro. Assim, o carro oficial de representação já estava em circulação para realizar os deslocamentos necessários desde sua chegada ao Aeroporto Internacional de Brasília”, afirmou o ministério, acrescentando que o decreto autoriza o uso de carros oficiais em todos os deslocamentos da ministra no território nacional.

Eduardo Barretto/Estadão Conteúdo

Cientista político aponta indicação de esposas a Cortes de Contas como um “problema generalizado no serviço público brasileiro”

 Foto: Divulgação

Aline Peixoto e Rui Costa05 de janeiro de 2025 | 10:46

Cientista político aponta indicação de esposas a Cortes de Contas como um “problema generalizado no serviço público brasileiro”

exclusivas

O cientista político da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Antônio Jorge Almeida, avalia como um “problema generalizado no serviço público brasileiro” a indicação de esposas de ministros, boa parte ex-governadores, aos cargos de conselheira nos Tribunais de Contas dos Estados (TCE) e dos Municípios (TCM).

No mês de dezembro mais um caso ocorreu quando a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou a indicação da psicopedagoga Onélia Santana, esposa do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), para ocupar uma vaga de conselheira do TCE, elevando para cinco o número de esposas de ministros de pastas centrais do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a alcançarem o posto (confira aqui).

Um outro caso recente ocorreu num emblemático 08 de março de 2023, Dia Internacional da Mulher, quando a ex-primeira-dama da Bahia, Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil Rui Costa (PT), foi eleita conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios. À época, a indicação foi questionada nos bastidores por deputados da própria base governista que alegaram que além dela não ter formação para o cargo – já que é enfermeira, nunca havia exercido uma função pública de relevância que lhe desse robustez para assumir como membro do colegiado do Tribunal. O senador Jaques Wagner (PT) também se posicionou contrário à indicação, o que causou estremecimento na relação com o seu sucessor Rui Costa (relembre aqui).

De acordo com o professor Antônio Jorge Almeida, que é professor associado do departamento e da pós-graduação de Ciência Política da Ufba, as constantes indicações são “consideradas imorais, mas não ilegais, já que a justiça permite”. Ele também pontuou que a prática acabou se tornando habitual nas Cortes de Contas e não é específica do governo petista, pois abrange partidos aliados e de fora da aliança.

O “modus operandi” mais comum e aceitável, segundo o cientista político, é que o governador indique um aliado ou qualquer outro quadro do seu grupo político. “O governador só tem uma esposa, se não tivesse indicaria mais de uma”, ironizou. O professor chamou de “abusiva” as indicações unicamente por critérios de parentesco e amizade e sem formação superior na área. “Em regra geral, essas indicações são claramente para vacinar o balanço de contas dos governos porque estão indicando aliados, tanto no caso de governos estaduais, como prefeituras. Poderia indicar qualquer pessoa, não precisa ser a esposa”, disse.

Cargos como esse dão estabilidade até os 75 anos de idade, que é a idade limite para aposentadoria no serviço público, e remuneração a partir de R$ 35.462,22 mais benefícios. “O que se percebe ou é uma esposa, ou outro parente, ou em outros casos relações de amizade, acordos políticos eleitorais futuros. Sempre pessoas que não podem fazer um julgamento imparcial de contas. A pessoa vai ficar até os 75 anos, com salário altíssimo, em um cargo como esse muitas vezes sem ter nenhuma qualificação para exercê-lo”, frisou o professor.

O que diz a lei

Existe uma controvérsia jurídica se a indicação de parentes para Tribunais de Contas pode ser considerada nepotismo, prática proibida no serviço público com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que veda, por meio da Súmula Vinculante 13, a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau. A aplicação da lei às Cortes de Contas, entretanto, é uma exceção à regra.

Na avaliação do professor da Ufba, as indicações políticas representam um “problema generalizado no serviço público brasileiro”, pois causam “desestímulo no servidor concursado”. Na visão dele, deveria haver poucos cargos de indicação política nas esferas municipal, estadual e federal, em todos os escalões. Antônio Jorge Almeida também lamentou que a progressão de carreira do servidor público tenha um limite e “a partir dali, o profissional só avança se for através de uma indicação política”.

Carine AndradePoliticaLivre

Barroso e Lira lideram uso de voos da FAB em viagens em 2024

Foto: Divulgação
Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso05 de janeiro de 2025 | 18:42

Barroso e Lira lideram uso de voos da FAB em viagens em 2024

brasil

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, foi a autoridade que mais vezes utilizou aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) em viagens no ano de 2024.

O ministro fez ao menos 143 voos de janeiro a dezembro. Os deslocamentos em aeronaves oficiais receberam como justificativa questões de “segurança” ou de “serviço”.

Os trajetos solicitados por Barroso incluem voos de Miami a Brasília, nos primeiros dias do ano, além de viagens nacionais.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), viajou ao menos 126 vezes, sendo a segunda autoridade que mais utilizou as aeronaves. O deputado foi a Salvador e ao Rio de Janeiro em voo da FAB durante o último Carnaval.

O ranking de uso das aeronaves da FAB foi divulgado pelo jornal O Globo e confirmado pela reportagem.
Terceiro passageiro mais frequente neste tipo de voo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT0), fez ao menos 126 deslocamentos.

Em seguida, Ricardo Lewandowski esteve em ao menos 91 voos desde fevereiro, quando se tornou ministro da Justiça.

Ainda há 91 voos em que a FAB não aponta quais foram os passageiros. Consta apenas que a aeronave estava “à disposição do Ministério da Defesa”. Esse tipo de voo foi o quinto mais frequente no último ano, atrás daqueles solicitados por Barroso, Lira e Haddad e empatado com Lewandowski.

Em 2024, os ministros do governo utilizaram os voos da FAB mais de 1.100 vezes. Em alguns casos, os integrantes do primeiro escalão do governo compartilharam as aeronaves.

Ainda há margem para outras autoridades e pessoas de fora do governo pegarem carona nestes voos. Em agosto, a advogada Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi de Brasília a São Paulo em voo solicitado por Haddad, como revelou o portal Metrópoles.

Decreto da Presidência da República de 2020 estabelece que autoridades como ministros de Estado e os presidentes do Congresso e da Câmara podem solicitar transporte aéreo em aeronave do Comando da Aeronáutica.

A norma também afirma que as solicitações serão atendidas em ordem de prioridade que envolve emergências médicas, motivos de segurança e motivos de viagem a serviço.

Diz ainda que cabe à autoridade solicitante “analisar a efetiva necessidade da utilização de aeronave do Comando da Aeronáutica em substituição a voos comerciais”. “Sempre que possível, a aeronave será compartilhada por mais de uma das autoridades”, afirma outro trecho do decreto.

Em 2023, o atual presidente da Câmara havia liderado os voos em aeronaves da FAB, com 137 deslocamentos.

Já a presidência do Supremo requisitou os voos oficiais em 82 ocasiões em 2023. Até o fim de setembro daquele ano, a chefia do STF era ocupada pela ministra Rosa Weber.

O TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu, em maio do ano passado, que podem ficar sob sigilo as informações dos voos das altas autoridades, como o presidente da República, vice, os presidentes dos demais Poderes, além de ministros do STF e o procurador-geral da República.

O argumento apresentado pela corte de contas é de que a divulgação das informações, como lista de passageiros dos voos, poderia prejudicar a segurança das altas autoridades.

Os voos do presidente Lula, por exemplo, nem sequer são citados nos dados da FAB sobre a utilização das aeronaves oficiais. O governo também tem colocado sob sigilo as listas de passageiros dos deslocamentos do presidente da República.

O uso em larga escala das aeronaves da FAB é uma prática que atravessa governos. Ao assumir a Presidência, em 2019, Jair Bolsonaro (PL) prometeu endurecer regras, mas ministros do seu governo levaram de parentes a pastor e lobistas em voos oficiais com aeronaves oficiais.

A reportagem procurou as autoridades citadas para comentar o assunto.

O Ministério da Justiça disse, em nota, que todos os voos foram solicitados por motivo de segurança, “conforme previsão expressa no Decreto n° 10.267, de 05 de março de 2020, que dispõe sobre o transporte aéreo de autoridades em aeronaves do Comando da Aeronáutica.”

O Ministério da Fazenda também citou o decreto de 2020 e lei de 1990, sobre o regime jurídico dos servidores públicos da União, dizendo que utiliza os voos de acordo com o disposto na lei.

“A solicitação é feita com base na legislação, com o apoio logístico do Comando da Aeronáutica, e de acordo com a necessidade de deslocamento em horários consoantes aos compromissos agendados”, disse.

O ministério destacou ainda que possui dois escritórios fora de Brasília, incluindo um em São Paulo, local onde Haddad costuma cumprir agenda às sextas-feiras.

Os demais não responderam até a publicação da reportagem.

Mateus Vargas e Géssica Brandino / Folhapress

PoliticaLivre 

STF quer derrubar regra anti-Mendonça e Kassio para liberar votos de Dino e Zanin

 Foto: Gustavo Moreno/Arquivo/Divulgação

Plenário do STF06 de janeiro de 2025 | 06:29

STF quer derrubar regra anti-Mendonça e Kassio para liberar votos de Dino e Zanin

brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) pode rever uma regra, definida há dois anos, para manter a validade de votos deixados por ministros aposentados. Isso pode beneficiar, caso a ideia prospere, Cristiano Zanin e Flávio Dino —ambos indicados pelo presidente Lula (PT).

Hoje, com a regra de 2022, votos manifestados em julgamentos virtuais por magistrados que depois se aposentaram continuam valendo caso haja pedido para que o tema seja apreciado no plenário presencial.

Ao menos dois ministros, Alexandre de Moraes e Luiz Fux, mudaram a visão sobre o tema e defendem agora que tudo comece do zero, o que dá margem para os ministros novatos emplacarem seus entendimentos no lugar dos votos dos aposentados.

Se aprovada, a mudança pode impactar casos como o da descriminalização do aborto, da quebra de sigilo de buscas no Google ou do ISS (Imposto sobre Serviços) na base de cálculo do Pis/Cofins.

De acordo com dois integrantes da corte ouvidos pela Folha, a ideia preocupa tanto pelo risco de insegurança jurídica quanto pelo casuísmo.

Foi o próprio Moraes quem propôs a regra em junho de 2022, durante o governo Jair Bolsonaro (PL). André Mendonça e Kassio Nunes Marques foram os mais atingidos na ocasião.

Eles foram indicados em 2020 e 2021 pelo ex-presidente, que alimentava tensões com ataques à corte. Os dois foram recebidos com resistência pelo colegiado.

Em 2022, a corte discutia a revisão da vida toda sobre cálculos previdenciários, um caso bastante aguardado no ano. Pautado no plenário virtual, o tema somou 11 votos com maioria à tese que beneficiava aposentados e pensionistas, na linha aberta pelo relator Marco Aurélio Mello (que se aposentou em 2021) e Moraes.

Kassio Nunes Marques foi pró-INSS, e pediu destaque (para levar o caso ao plenário físico), a minutos do encerramento do julgamento no sistema eletrônico. O movimento gerou críticas.

Moraes argumentou que validar os votos dos aposentados estaria de acordo tanto com o regimento interno quanto com a legislação. “Uma vez dado, deve ser mantido o voto do ministro que já proferiu e que não pode debater e defender o seu voto”, disse Moraes.

Ele foi um dos maiores defensores da regra em 2022, aprovada quase por unanimidade.

André Mendonça foi o único contrário à ideia na época. Afirmou que violaria a ampla defesa porque, em novo julgamento, as partes não teriam chance de convencer ministros que já não faziam parte da corte.

Kassio Nunes Marques acompanhou a maioria, mas antes manifestou preocupação. Ele listou 25 casos que seriam afetados e indagou se a regra valeria para todas as ações a partir dali.

Não votaram os ministros Gilmar Mendes, ausente, e Dias Toffoli, que estava em videoconferência e ficou sem conexão.

Agora, a ideia da nova mudança foi dada por Fux, depois de consultar Moraes, e endossada por Toffoli. Os ministros dizem que a composição do tribunal mudou e as regras devem acompanhar a renovação. Os indicados por Lula têm bom trânsito na corte e participariam de mais casos com a revisão.

Fora, formalmente, de vários casos, Flávio Dino tem feito comentários e sugestões durante os debates no plenário. Os colegas brincam ser um ministro “com voz, mas sem voto”.

O discurso de Moraes sobre o tema, então, mudou. “Tivemos vários casos em que, se todos pudessem ter votado no mérito, não precisaríamos ter mudado o julgamento em análise de embargos. Até para o jurisdicionado fica algo estranho”, disse ele em outubro.

Fux falou em “repensar o regimento para permitir que novos votem em questões que ainda não acabaram”.

Ainda não há formalização do pedido de alteração à Comissão de Regimento. O grupo é presidido por Fux e tem Moraes e Fachin como integrantes.

Antes de sair do STF, os ministros costumam deixar votos em casos que consideram importantes. A ação da descriminalização do aborto foi a última pautada por Rosa Weber, em 2023. A ministra defendeu a autonomia das mulheres. Flávio Dino, ocupante da cadeira que foi dela, disse, na sabatina no Senado que antecedeu sua posse, que entende que o STF não deveria tratar do tema.

Rosa Weber também se manifestou na discussão sobre a Justiça determinar a entrega de dados de pessoas que procuraram informações em buscadores como o Google para órgãos de investigação. Para ela, o Marco Civil da Internet não admite essa possibilidade. O processo tem repercussão geral, e a tese servirá para todas as ações similares.

Outro caso, com votos de três magistrados já aposentados, é o do ISS na base de cálculo do Pis/Cofins, com previsão de impacto de R$ 35 bilhões em cinco anos à União. Rosa, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello foram favoráveis ao contribuinte.

Professor de direito da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Gustavo Binenbojm entende que há fundamento para os dois modelos. De um lado, até a conclusão, os ministros podem mudar de posição com base no debate. Do outro, a substituição de votos gera insegurança jurídica.

“Quando o ministro profere o voto e se aposenta, não pode mais mudar de ideia. O sucessor alterar o entendimento é um elemento que gera incerteza”, diz.

Para Binenbojm, isso poderia se dar quando, perto de uma aposentadoria, casos fossem suspensos como manobra para o sucessor alterar a posição majoritária. Outro risco seria o incentivo para que as partes entrem com recursos para rever decisões.

As regras sobre os votos de ministros aposentados
Como era
O regimento interno do STF e o Código de Processo Civil definem que, quando um julgamento é reiniciado, o voto daquele que se afastou por aposentadoria ou por outro motivo deve ser mantido.

Como ficou
Em junho de 2022, proposta de Alexandre de Moraes foi aprovada e aplicou essa regra também aos casos que forem transferidos do ambiente virtual para o presencial, mantendo votos de ministros que deixarem o cargo.

Como pode ficar
Caso a nova proposta avance, os votos dados por ministros que saíram da corte tanto no plenário virtual quanto no plenário físico, em julgamentos não concluídos, poderão ser substituídos pelas posições dos novatos. Ainda não há detalhamento da ideia.

Ana Pompeu/FolhapressPoliticaLivre

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