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domingo, julho 31, 2022

Drauzio Varella cobra reação do Ministério de Saúde contra Varíola dos Macacos

 Domingo, 31 de Julho de 2022 - 11:40


Drauzio Varella cobra reação do Ministério de Saúde contra Varíola dos Macacos
Foto: Reprodução

O doutor Drauzio Varella, conhecido por popularizar informações sobre medicina, cobrou uma reação do Ministério da Saúde no combate contra a Varíola dos Macacos. Segundo o médico, a reação do governo brasileiro contra a doença está sendo "devagar".


"Veja o que aconteceu no Brasil. A doença chegou em maio, nós já temos mais de 1.000 pessoas infectadas. Nós estamos num surto epidêmico e acho que estamos, pra variar, reagindo devagar", disse Varella em entrevista à Globonews.


O médico afirmou que o Brasil deve agilizar a disponibilidade de vacinas contra a Varíola humana, que não é produzida no país desde 1980, quando a doença foi considerada erradicada. 


"A varíola dos macacos é igual à humana? Não, não é igual. Mas o vírus é muito parecido. O ministério tem que agir ativamente para conseguir vacinas, as poucas que existem no mundo.", explicou o médico.


De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, as primeiras doses do imunizante devem chegar ao Brasil ainda neste ano, em setembro. Sendo que serão distribuídas 20 mil doses no início e depois serão disponibilizadas mais 30 mil no mês de outrubro  (veja mais aqui).

Bahia Notícias

Eleições deste ano estreia lei sobre violência de gênero

 Domingo, 31 de Julho de 2022 - 15:20


por Renata Galf / Paula Soprana | Folhapress

Eleições deste ano estreia lei sobre violência de gênero
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A eleição deste ano será a primeira com uma lei sobre violência política de gênero em vigor.
 

Aprovada no ano passado, a lei 14.192 estabelece que é crime assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar uma candidata, com menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou ainda à sua cor, raça ou etnia. A lei também vale para mulheres que já ocupam cargos eletivos
 

A punição é de até quatro anos de prisão e multa. Se a violência ocorrer pela internet e em redes sociais, a pena pode chegar a seis anos.
 

"A violência política está sendo considerada qualquer ação, conduta ou omissão que impede ou tenha qualquer tipo de restrição para exercício de direitos políticos femininos", diz a advogada eleitoral Samara Castro.
 

A aprovação do crime de violência política de gênero foi muito próxima à de outro crime do tipo, o de violência política, citado na lei que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional em setembro do ano passado. O movimento para endurecer as regras contra agressores foi capitaneado pela bancada feminina no Congresso, que viu escalar os episódios de ataques na política nos últimos anos e pressionou pela aprovação de ambos.
 

Várias entidades passaram a monitorar de forma mais estruturada ataques a mulheres depois do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, em 2018, crime que ainda está sob investigação.
 

"Temos um amadurecimento do debate público sobre o significado de violência política de gênero, o que representa para a vida dessas mulheres e como isso é ruim para a democracia", diz Natália Sant'Anna, coordenadora de advocacy do Pacto pela Democracia -iniciativa que reúne mais de 200 organizações da sociedade civil.
 

Na eleição de 2020, candidatas a prefeitas e vereadoras recebiam, em média, 40 xingamentos no Twitter todos os dias, segundo pesquisa do InternetLab e da revista AzMina. As ofensas faziam alusões aos seus corpos, saúde mental, intelectualidade e moral.
 

No primeiro turno, a candidata mais ofendida foi Joice Hasselmann (à época no PSL, hoje no PSDB), que concorria à Prefeitura de São Paulo. Mais da metade dos xingamentos dirigidos a ela era de teor gordofóbico. Erika Hilton (PSOL), primeira mulher trans do Legislativo paulistano, foi a mais atacada do estado, com a palavra "nojenta" associada a ela 432 vezes, além ameaças físicas.
 

Raquel Branquinho, procuradora regional da República, coordena um grupo de trabalho sobre o assunto no Ministério Público Eleitoral e atua com casos desde o início do ano.
 

"As dificuldades passam primeiramente por preconceito, não apenas da sociedade, mas dos próprios operadores de direito com esse tipo de legislação, como aconteceu com a Lei Maria da Penha há muitos anos", diz ela, que cita os que veem "uma legislação desnecessária".
 

Para Branquinho, um obstáculo para mulheres que exercem mandato no Legislativo é quando a agressão parte de um colega e entende-se que a conduta está protegida pela imunidade parlamentar. "Temos lutado também neste campo para garantir que haja um entendimento condizente com a finalidade da lei."
 

Além de capacitações, o grupo fez 15 representações de casos de violência política e encaminhou para avaliação das Procuradorias regionais. Também articulou para que elas tenham uma numeração específica no sistema, facilitando o seu monitoramento. Até o momento, três denúncias foram apresentadas com base no novo crime.
 

De acordo com o Instituto Marielle Franco, 8 a cada 10 candidatas negras sofreram violência virtual no pleito de 2020. A amostra da pesquisa foi de 142 mulheres negras.
 

Especialistas que monitoraram os comentários na internet na última eleição destacam que o tratamento dado a homens é diferente, mais direcionado a aspectos de competência e gestão. Já homens gays ou mais velhos também são vítimas de preconceito.
 

Em casos que envolvem violência psicológica, pode haver dificuldade para a própria vítima entender que é alvo de agressão. "Como dizer que a mulher é escandalosa, descontrolada, esquizofrênica, doida. Isso se diz para as mulheres em um ambiente em que você questiona a condição de ela ser mulher, e não de disputa política, em que se faz um confronto objetivo", diz a advogada eleitoral Marilda Silveira.
 

Além do crime de violência política contra a mulher, que consta no Código Eleitoral, há o crime de violência política, que consta nos crimes contra o Estado democrático de Direito. A pena é de três a seis anos de prisão e multa e ele tem aplicação mais ampla.
 

Esse crime consiste em em restringir, impedir ou dificultar "o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia ou religião", com emprego de violência física, sexual ou psicológica.
 

A criação de dois crimes, um direcionado apenas a mulheres e outro genérico, pode gerar conflito na disputa por competência processual nesta eleição, de acordo com Fernando Neisser, advogado especialista em direito eleitoral.
 

"Se uma mulher sofrer ataques que dificultem sua campanha será possível, eventualmente, inferir dois crimes ao agressor. Não temos como antever como a jurisprudência vai lidar com isso. Um crime será julgado pela Justiça Eleitoral e o outro pela Justiça comum", diz.
 

Para Fernanda Martins, diretora no InternetLab, o maior ponto de atenção do tema no pleito de 2022 deve estar na coibição de ataques na internet. "Às vezes as pessoas agem como se a violência online fosse menos importante do que a de outros ambientes. Mas ela é fundamental para desdobramentos que também saem do meio digital", diz.
 

Os ataques nas redes costumam acontecer com grupos já historicamente marginalizados. "Olhamos para 175 candidaturas em 2020 e percebemos que quando se tratava de mulheres, o que estava em jogo eram comentários e ofensas relacionadas aos seus corpos: se eram magras demais, gordas demais, se tinham capacidade intelectual e capacidade de exercer aquele cargo", afirma.
 

Entre as principais dificuldades para frear esse tipo de crime está a agilidade das redes sociais em remover um conteúdo racista ou identificar usuários que operam robôs.
 

A nova lei também incluiu determinações aos partidos políticos sobre o tema, como a adequação de seus estatutos.
 

Há quatro anos, foram eleitas 290 mulheres, o equivalente a 16% dos 1.790 postos em disputa, naquele ano.
 

*
 

ENTENDA LEIS SOBRE VIOLÊNCIA POLÍTICA
 


 

O QUE É VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO?"
 

A lei brasileira considera a violência política contra a mulher "toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos da mulher".
 


 

A QUEM SE APLICA?
 

Apesar de não estar explícito na lei, especialistas entendem que será levado em conta o gênero, não o sexo biológico, a fim de incluir mulheres trans, as mais ameaçadas e desqualificadas no debate público. A jurisprudência, nesse caso, deve seguir exemplo da determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em relação à aplicação da Lei Maria da Penha.
 


 

QUAL A DIFERENÇA QUANTO AO CRIME DE VIOLÊNCIA POLÍTICA?
 

Mais abrangente, ele não se aplica apenas a violência de gênero. O Código Penal considera violência política "restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

Bahia Noticias

Moraes assume TSE com desafio de se aproximar de militares sem afrouxar decisões

 Domingo, 31 de Julho de 2022 - 16:40

por Cezar Feitoza e José Marques | Folhapress

Moraes assume TSE com desafio de se aproximar de militares sem afrouxar decisões
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Com a posse na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 16 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes se vê entre expectativas de melhorar a relação da corte com as Forças Armadas e, ao mesmo tempo, demonstrar firmeza para evitar desinformação que tumultue o processo eleitoral.
 

Ministros do TSE e generais do Alto Comando das Forças Armadas acreditam que a boa relação entre Moraes e militares seja usada para a reabertura do diálogo entre a corte e o Ministério da Defesa.
 

Um dos principais focos de Moraes será amenizar a crise entre o tribunal e as Forças Armadas. O mal-estar tem se intensificado desde maio, após o TSE rejeitar sugestões dos militares para alterar o processo eleitoral deste ano.
 

Os vetos foram feitos enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliava insinuações golpistas e ataques às urnas eletrônicas. Na negativa, os técnicos do TSE disseram que os militares confundiram conceitos e erraram cálculos ao apontar risco de inconformidade em testes de integridade das urnas.
 

Apesar de ser um dos principais alvos de ataque de Bolsonaro, Moraes tem um histórico mais próximo dos militares do que o atual presidente do TSE, Edson Fachin.
 

Ele construiu sólido relacionamento com generais das Forças Armadas nos períodos em que foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin, e ministro da Justiça, no governo Michel Temer.
 

No STF (Supremo Tribunal Federal), Moraes foi procurado por ministros da Defesa do governo Bolsonaro para aparar arestas, enquanto o Palácio do Planalto evitava contatos diretos com o ministro.
 

Em junho de 2020, em meio à crise causada pelo inquérito das fake news, o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, foi até a casa de Moraes, em São Paulo, para costurar uma pacificação entre os Poderes.
 

Eles se conheceram durante as Olimpíadas de 2016. À época, Moraes era ministro da Justiça, e Azevedo, comandante Militar do Leste. Azevedo quase ocupou a diretoria-geral do TSE a convite de Moraes, mas desistiu sob a alegação de "questões pessoais de saúde e familiares".
 

O general Paulo Sérgio Nogueira, atual ministro da Defesa, também procurou o magistrado do STF em outubro de 2021, após assumir o cargo de comandante do Exército. O movimento buscava reconstruir pontes depois dos ataques feitos por Bolsonaro nas manifestações do 7 de Setembro.
 

Há cerca de três anos, Moraes escolheu a academia do Comando Militar do Planalto, em Brasília, para fazer musculação.
 

A rotina é a mesma até hoje: o ministro chega no início da manhã no Setor Militar Urbano e faz os exercícios ao lado de soldados da ativa antes de seguir para o trabalho nos tribunais.
 

Em conversa com parlamentares no último dia 13, Moraes disse que segue em contato com militares das altas cúpulas das três Forças Armadas para medir a temperatura da crise.
 

Segundo relatos feitos à Folha, o ministro ainda afirmou que, com base nas conversas que mantêm, não vê risco de os militares respaldarem um eventual golpe à democracia.
 

Ele também prometeu, porém, firmeza no combate às informações falsas --que incluem o descrédito ao sistema eleitoral, muitas vezes reforçado pelas Forças Armadas.
 

Moraes já apontou que seria "rápido e rigoroso" em relação a notícias fraudulentas que tratam das eleições e de candidatos.
 

Em decisões que tomou quando assumiu interinamente a presidência do TSE, entre 2 e 17 de julho, foi rígido em relação a casos de fake news e também em pedidos de políticos suspeitos de fraudes ou de irregularidades com dinheiro público.
 

É o caso do pedido do PT para que fossem retiradas notícias fraudulentas que relacionavam o partido e o ex-presidente Lula ao PCC. Em pouco mais de 12 horas, o ministro determinou a remoção do conteúdo de sites e de perfis de bolsonaristas em redes sociais.
 

Moraes também determinou a remoção de conteúdo falso do Telegram e do Kwai que relacionavam Ciro Gomes (PDT) a facções criminosas. As duas decisões sobre o candidato foram tomadas em dois e quatro dias após as ações serem protocoladas.
 

O magistrado, no entanto, foi mais flexível em relação a acusações de propaganda irregular antecipada. Moraes derrubou, por exemplo, decisão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) que determinava a remoção de outdoors com mensagens favoráveis ao governador Rodrigo Garcia (PSDB), pré-candidato à reeleição.
 

Os outdoors exibiam mensagens como "100% Paulista, Rodrigo governador" e "Gratidão ao governador Rodrigo Garcia".
 

"[Trata-se] de conteúdo que se restringe a agradecer o atual governador, sem vinculação com as eleições, o que descaracteriza a conotação eleitoral da mensagem, na linha da jurisprudência desta corte", disse Moraes. "As mensagens parecem destituídas de viés eleitoral, o que, por si só, descaracteriza o ilícito de propaganda eleitoral irregular."
 

Na crise com o TSE no começo do ano, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, demorou um mês para responder ao órgão. Em ofício, ele disse que os militares se sentiam desprestigiados pela corte na discussão sobre transparência do sistema eleitoral.
 

"Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE [Comissão de Transparência das Eleições]", escreveu.
 

Aliados de Nogueira afirmaram à Folha que a manifestação do ministro foi feita após a equipe do Comando de Defesa Cibernética, comandada pelo general Heber Portella, se sentir ridicularizada pela resposta do TSE.
 

A expectativa de auxiliares do ministro da Defesa é que Moraes aceite, no início da gestão, os pedidos para uma reunião entre técnicos do TSE e das Forças Armadas.
 

O encontro é defendido por militares como a principal forma de apresentar detalhadamente três sugestões tidas por eles como fundamentais para aperfeiçoar o sistema eleitoral deste ano.
 

Atual presidente do TSE, Edson Fachin tem negado o pedido. Ele afirma que o foro adequado para as discussões é a Comissão de Transparência das Eleições. Nas reuniões do colegiado, no entanto, o representante das Forças Armadas tem ficado em silêncio.
 

A aliados Fachin argumenta que não receberá os militares para não dar tratamento diferenciado a eles. No Ministério da Defesa, a ação é vista como uma forma de o presidente do TSE isolar as Forças Armadas, já que a maioria da CTE é contrária às posições defendidas por Portella.
 

As três sugestões feitas pelas Forças Armadas são as seguintes:
 

Realizar o Teste de Integridade das urnas nas mesmas condições de votação, incluindo o uso de biometria. Promover o TPS (Teste Público de Segurança) no modelo de urna UE2020, que representa 39% do total de urnas. Incentivar a realização de auditoria por outras entidades, principalmente por partidos políticos, conforme prevê a legislação eleitoral. O TSE já respondeu sobre as três sugestões apresentadas pelas Forças Armadas na CTE. O Ministério da Defesa, no entanto, pede especialmente uma mudança no teste de integridade das urnas eletrônicas, para garantir que um possível "código malicioso" seja identificado.
 

Ao invés de realizar os testes nas sedes dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais), as Forças Armadas pedem que as urnas sejam avaliadas dentro das seções eleitorais, com o uso da biometria dos eleitores.
 

Em documento obtido pela Folha, o TSE afirma que possíveis aperfeiçoamentos no teste são avaliados para as eleições de 2024.
 

"Tramita no TSE proposta de automação do teste de integridade, o que pode vir a facilitar a mobilidade para que o teste seja executado nas seções eleitorais, com eleitores reais, sendo necessário centrar esforços na comunicação com o eleitor para que sejam mitigadas eventuais incompreensões e receios sobre a preservação do sigilo do voto."
 

O Ministério da Defesa espera que as sugestões sejam analisadas por Moraes, que poderá encontrar um meio-termo, considerando as dificuldades técnicas de se alterar processos diante da proximidade da eleição.

Bahia Notícias

'É erro estratégico', diz bolsonarista sobre aproximação do agro com Lula por Fábio Zanini | Folhapress

 Domingo, 31 de Julho de 2022 - 18:00


por Fábio Zanini | Folhapress

'É erro estratégico', diz bolsonarista sobre aproximação do agro com Lula
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Wellington Fagundes (PL-MT) diz que a aliança feita por parte dos representantes do agronegócio no estado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um erro estratégico.
 

Nas últimas semanas, o deputado federal Neri Geller (PP) e o senador Carlos Fávaro (PSD) anunciaram apoio a Lula e uma aliança eleitoral com o PT.
 

"A gente tem que respeitar as opções de todos, mas a meu ver essas duas lideranças cometeram um erro grande. Elas têm a cara do Bolsonaro e da centro-direita, e foram por esse caminho", afirma Fagundes.
 

Lula vem intensificando os contatos com representantes do agronegócio, setor em que Bolsonaro ainda tem amplo domínio. Ele tem sido ajudado nas conversas pelo ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP).

Bahia Notícias

A história de Fuller, o escravo analfabeto que fazia cálculos como se fosse um computador

Publicado em 31 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

Thomas Fuller (calculista mental)

Thomas Fuller desmoralizou os racistas nos Estados Unidos

Celso Serra

Faz sucesso nas redes sociais a história de Thomas Fuller (1710 – dezembro de 1790), também conhecido como “Negro Tom” e ” Calculados da Virginia “, que desmoraliza de forma absoluta todas as crenças dos nazistas e supremacistas raciais.

Apesar de ser analfabeto, Fuller foi um escravizado africano nos EUA que se tornou conhecido por suas habilidades matemáticas. Tornou-se um dos primeiros casos registrados na literatura médica sobre a Síndrome do Sábio, assim chamada pelo médico Benjamim Rush, o pai da psiquiatria americana, ao descrever a incrível habilidade de calcular de Fuller, que de matemática sabia pouco mais do que contar.

Sua habilidade foi usada como prova de que negros escravizados eram iguais aos brancos em inteligência, o que alimentou discussões pró-abolicionistas.

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O HOMEM-CALCULADORA

Já houve alguém que pudesse fazer todos os cálculos mentais como se fosse um computador, numa época em que nem existiam calculadoras? Sim, houve. Foi Thomas Fuller em 1770, considerado um “calculador humano”.

Thomas Fuller foi um africano vendido como escravo nos Estados Unidos em 1724, aos 14 anos. Ele era conhecido pelo nome de “calculadora da Virgínia” por sua extraordinária capacidade de resolver problemas matemáticos complexos apenas usando sua mente.

Aos 70 anos, fizeram um teste com participação de matemáticos, que foi considerado definitivo. Fuller foi perguntado quantos segundos havia em um ano, e ele respondeu rapidamente que havia 31.536.000 segundos em um ano.

Perguntaram novamente quantos segundos um homem de 70 anos, 17 dias e 12 horas viveu, e em um minuto e meio ele respondeu que o número era de 2.210.500.800 segundos ao todo.

Um dos matemáticos que tentavam resolver o problema com lápis e papel informou que ele estava errado, porque o número era menor. Fuller simplesmente respondeu que “oh, mas você esqueceu de incluir anos bissextos.” Quando os segundos extras dos anos bissextos são adicionados, o número final corresponde ao calculado por ele.

Sua habilidade foi usada como prova de que os afro-americanos escravizados eram iguais aos brancos em termos de inteligência, algo que deu força ao discurso pró-abolicionista.


Mulheres que venceram o cancer - Paulo Afonso - Bahia

 




Remadoras mulheres que venceram o cancer.

Bahia tem uma das oito praias oficiais de nudismo no Brasil; saiba mais

 Domingo, 31 de Julho de 2022 - 13:20

Bahia tem uma das oito praias oficiais de nudismo no Brasil; saiba mais
Foto: Reprodução / TV Bahia

A prática do nudismo conta com oito praias no Brasil reconhecidas oficialmente pelos municípios e pela Federação Brasileira de Naturismo (FBrN), que estabelece uma série de regras de comportamentos para os visitantes. Entre as oito praias oficiais no país, uma está na Bahia: Praia de Massarandupió, em Entre Rios.

 

Esses princípios de convivência fundamentam o naturismo, movimento que começou a ser praticado oficialmente no Brasil a partir de 1988, na Praia do Pinho, em Santa Catarina. Na Bahia, Massarandupió conta com coqueiros enfileirados por toda a extensão da areia e pequenos riachos paralelos de água doce. A água é quente e o local fica perto da Praia do Forte e o acesso é feito por uma estrada de areia de cerca de 7 km.

 

Algumas das áreas são movimentadas e têm até competições de surfe nudista. Outras são isoladas e de difícil acesso. Das oito, três ficam em Santa Catarina, uma no Espírito Santo, duas no Rio de Janeiro, uma na Paraíba, além da praia baiana. 

Bahia Noticis

Justiça libera suspeito que movimentou R$ 16 bilhões com garimpo ilegal de ouro

 Domingo, 31 de Julho de 2022 - 15:40

Justiça libera suspeito que movimentou R$ 16 bilhões com garimpo ilegal de ouro
Foto: Reprodução/Polícia Federal

Um dos juízes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Pablo Zuniga Dourado, determinou a soltura do garimpeiro Márcio Macedo Sobrinho, suspeito de movimentar cerca de R$ 16 bilhões com grupo que, supostamente, fazia comércio ilegal de ouro extraído de terras indígenas.

 

O juiz explica que a liberação do empresário está condicionada à apresentação e comprovação do seu local de residência. Além disso, Dourado exige que o garimpeiro firme um tempo de comparecimento a todos os atos da investigação. A decisão foi tomada na última sexta-feira (29).

 

Dourado também afirma que um dos motivos para a soltura do empresário é que as atividades da mineradora já foram suspensas pela Justiça, "circunstância que reforçaria a tese da impossibilidade de que, livre, possa voltar a atentar contra a ordem pública e desautoriza a manutenção da segregação cautelar".

 

Os investigadores do caso suspeitam que os empresários envolvidos no esquema usam o garimpo em Itaituba, no Pará, para aquecer o minério retirado em território indígenas, do povo yanomami, segundo informações da Folha de São Paulo.

 

Há indícios, segundo a Polícia Federal, de que a prática incluía produto extraído de outras reservas ambientais na região amazônica. Entre elas, terras indígenas no Pará, Roraima e Rondônia.

Bahia Notícias

Pessoas com síndromes gripais devem buscar rede de saúde

 em 31 jul, 2022 8:01

(Foto: SMS)

A Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), alerta que, em caso de sintomas (garganta inflamada, tosse, espirro, coriza, febre, dor no corpo), é importante procurar o serviço de saúde.

O atendimento de casos de síndromes gripais continua sendo ofertado na rede de saúde, que conta com as 45 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o Centro de Atendimento e Triagem a Síndrome Gripal, atendendo crianças e adultos, e as urgências municipais dos hospitais Fernando Franco e Nestor Piva.

O Centro de Atendimento e Triagem a Síndrome Gripal, implantado pela Prefeitura de Aracaju, está localizado na rua Josué de Carvalho Cunha, ao lado do Cras Benjamim Alves Carvalho, bairro Coroa do Meio, e funciona diariamente (incluindo finais de semana e feriados), das 7h às 19h, com horário de coleta até as 18h.

Com serviço porta aberta, a unidade atende pacientes a partir dos 12 anos completos. Crianças abaixo dessa faixa etária devem ser levadas para atendimento e testagem em uma das UBSs ou ainda nas urgências dos hospitais municipais.

A maior parte das UBSs funciona das 7h às 17h, porém quatro UBSs têm horário estendido e funcionam das 7h às 19h. São elas: UBSs Augusto Franco, Onésimo Pinto, Marx de Carvalho e Francisco Fonseca.

Os pacientes com casos mais graves são assistidos no hospital Fernando Franco, localizado no conjunto Augusto Franco, na zona Sul de Aracaju, e no hospital Nestor Piva, que fica localizado no bairro 18 do Forte, zona norte da cidade.

Para ter acesso aos serviços, é necessário apresentar documento de identificação e comprovante de residência de Aracaju. Durante o atendimento, além de passar pela triagem e consulta médica, o usuário pode contar com dispensação de medicamentos (quando prescrito) e com teste de covid-19.

Vale relembrar que os mesmos cuidados que já vinham sendo tomados durante os dois anos de pandemia da covid-19, como lavar as mãos constantemente, fazer uso do álcool em gel, evitar aglomerações e o contato com pessoas infectadas, devem continuar fazendo parte da rotina da população, para evitar a circulação dos vírus e outros agentes patológicos.

Fonte: AAN

INFONET

O Centro de Atendimento e Triagem a Síndrome Gripal, implantado pela Prefeitura de Aracaju, está localizado na rua Josué de Carvalho Cunha, ao lado do Cras Benjamim Alves Carvalho, bairro Coroa do Meio, e funciona diariamente (incluindo finais de semana e feriados), das 7h às 19h, com horário de coleta até as 18h.

Com serviço porta aberta, a unidade atende pacientes a partir dos 12 anos completos. Crianças abaixo dessa faixa etária devem ser levadas para atendimento e testagem em uma das UBSs ou ainda nas urgências dos hospitais municipais.

A maior parte das UBSs funciona das 7h às 17h, porém quatro UBSs têm horário estendido e funcionam das 7h às 19h. São elas: UBSs Augusto Franco, Onésimo Pinto, Marx de Carvalho e Francisco Fonseca.

Os pacientes com casos mais graves são assistidos no hospital Fernando Franco, localizado no conjunto Augusto Franco, na zona Sul de Aracaju, e no hospital Nestor Piva, que fica localizado no bairro 18 do Forte, zona norte da cidade.

Para ter acesso aos serviços, é necessário apresentar documento de identificação e comprovante de residência de Aracaju. Durante o atendimento, além de passar pela triagem e consulta médica, o usuário pode contar com dispensação de medicamentos (quando prescrito) e com teste de covid-19.

Vale relembrar que os mesmos cuidados que já vinham sendo tomados durante os dois anos de pandemia da covid-19, como lavar as mãos constantemente, fazer uso do álcool em gel, evitar aglomerações e o contato com pessoas infectadas, devem continuar fazendo parte da rotina da população, para evitar a circulação dos vírus e outros agentes patológicos.

Em Lisboa, encontramos um restaurante especial, dedicado ao Deus hindu, Ram

Publicado em 31 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

Shree Ram Restaurant | Best Indian Restaurant

A comida “leve” do restaurante leva um bocado de pimento

Antonio Carlos Rocha

No bairro Saldanha, próximo à estação do Metrô, eu e minha esposa descobrimos o Restaurante Shree Ram. Telefonei antes e informaram que era comida indiana e vegetariana. Lá fomos. Na entrada, uma pequena mesa com a imagem do Deus Ganesha e depois ao Mestre Avatar Senhor Ram, ou Rama.

Me disseram que eram do Punjab, um Estado indiano com fortes tradições védicas. A colônia indiana tem crescido em Portugal. Nas ruas vemos as mulheres com seus longos saris multicoloridos e o ponto vermelho pintado entre as sobrancelhas, simbolizando a Terceira Visão, o olho do Deus Shiva, o segundo na trindade hindu.

 ALGO LEVE… – Do cardápio não entendemos nada e sorrindo o garçom veio explicar que deveríamos pedir algo leve, light, sem muita pimenta. Mas o prato que escolhi era carregado de pimenta, por mais suave que ele tenha me garantido; no local, mesmo tendo ar condicionado, eu suava e chorava pelo efeito dos condimentos e temperos. Lágrimas escorriam de satisfação gastronômica e o garçom sorria.

A maioria dos fregueses pareciam hindus. Falavam na língua local de seu Estado. Pesquisando descobri que a Índia tem mais de 400 idiomas e dialetos. O interessante é que tais culturas tem músicas próprias, literaturas oral ou escrita e tudo o mais de uma civilização que tem mais 5 mil anos. O hindi e o inglês são as línguas oficiais do país.

“Ram” é um mantra, prece, oração, uma sílaba sagrada, significa “alegrar-se, descansar”. Rama é um conhecido Avatar, reencarnação do Deus Vixnu, o terceiro na Trindade hindu. Sua vida e seus feitos estão registrados no poema épico “Ramayana”, um clássico da Literatura mundial.

IGUAL À ODISSEIA – Estudiosos afirmam que “o Ramayana, em importância, compara-se à Odisseia, de Homero. O Ramayana contém 24 mil estrofes, no original sânscrito, contando as peregrinações do Deus Rama e sua esposa Sita.

Rama e Sita tiveram dois filhos, Lava e Kusa; o primeiro reinou em Sarasvati, no tempo de Buda, séculos 5 ou 6 antes de Cristo. Seus descendentes são considerados fundadores de grandes cidades e reinos que floresceram na Índia, antes da chegada dos ingleses.

Saímos alimentados, felizes com direito a reverências aos Deuses Ram e Ganesha, este último, muito popular no Brasil. Vamos pedir aos amigos espirituais Rama e Ganesha que iluminem os eleitores brasileiros em outubro vindouro.

Bolsonaro aposta no discurso religioso do bem contra o mal para sair vencedor

Publicado em 31 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

 (crédito: pri-2407-entrelinhas)

Reprodução do Correio Braziliense

Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense

Não é à toa que a farra com o Orçamento da União que move o Centrão na campanha de reeleição de Jair Bolsonaro está programada para acabar em 31 de dezembro, inclusive o Auxílio Brasil e os subsídios para caminhoneiros e taxistas. São apostas para turbinar a sua campanha de reeleição, não são políticas estruturantes de combate à miséria, à fome e ao desemprego.

O projeto de Bolsonaro deve ser anunciado na próxima semana, foi coordenado pelo general Braga Netto, que hoje será indicado candidato a vice. Não é um programa de governo, é um projeto de regime iliberal. Entretanto, ambos estão convencidos de que as eleições serão fraudadas para garantir a volta do ex-presidente Lula ao poder.

DO TIPO JULIÃO – “Na lei ou na marra” era a palavra de ordem das Ligas Camponesas, lideradas por Francisco Julião, que reivindicavam a reforma agrária. Essa foi uma das causas do isolamento do governo de João Goulart, que anunciou, no famoso comício de 13 de maio, que ia decretar as reformas de base à revelia do Congresso. O resto da história todos sabem.

Quanto ironia, agora, com sinal trocado, Bolsonaro passa a impressão de que pretende continuar no poder na marra, ao atacar as urnas eletrônicas e os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin, atual presidente, e Alexandre de Moraes, que o substituirá no próximo dia 16.

Há uma esquizofrenia na campanha de Bolsonaro à reeleição, cuja candidatura foi homologada este domingo, numa grande convenção do PL, no Maracanãzinho. O núcleo político da campanha — formado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o presidente da Câmara, Arthur Lira, — aposta todas as fichas no impacto da PEC das Eleições na vida das famílias de baixa renda, que ainda têm saudades do governo Lula, e na eficácia das emendas secretas do Orçamento da União, em manter e turbinar eleitoralmente as bases governistas, principalmente no Nordeste.

ESTÃO OTIMISTAS – Acreditam que a diferença entre Bolsonaro e Lula deve cair para cinco pontos percentuais até 16 de agosto, quando começa a propaganda de televisão e rádio.

Entretanto, o monitoramento do humor dos eleitores mostra que Bolsonaro dá um tiro no pé quando ataca a urna eletrônica e os ministros do Supremo, passa a ideia de que vai perder a eleição e não aceitará o resultado.

Quem comanda a campanha é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ladeado pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten, que voltou a ser um interlocutor privilegiado de Bolsonaro. São responsáveis pelo discurso maniqueísta do bem contra o mal.

SLOGAN DA CAMPANHA – “Bolsonaro, pelo bem do Brasil” é o slogan de campanha, para suavizar o discurso do ódio contra Lula e o PT. A narrativa também se apoia nas bandeiras da liberdade individual absoluta, principalmente dos mais fortes, e na fé cristã, que mira as mulheres.

A estratégia é manter a polarização com Lula, explorar seus pontos fracos e trazer de volta para Bolsonaro os antipetistas que garantiram sua eleição em 2018. Na geopolítica da campanha, a batalha será decidida no Triângulo das Bermudas — São Paulo, Rio de janeiro e Minas Gerais — e no Nordeste, onde a vantagem de Lula ainda é avassaladora. O marqueteiro Duda Lima, indicado por Valdemar Costa Neto, é um velho adversário do PT nas eleições paulistas.

Bolsonaro, porém, tem sua própria narrativa e está convencido de que venceu as eleições passadas no primeiro turno, mas foi garfado. Desconfia da idoneidade dos ministros do TSE e intensifica seus ataques à Corte, que também são fomentados por seu novo vice, o general Braga Netto.

TEM APOIADORES – O silêncio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), endossa os ataques. As queixas do procurador-geral da República, Augusto Aras, contra o Supremo Tribunal Federal (STF), que teria “usurpado” os poderes do Executivo e do Legislativo, também pilham Bolsonaro.

É uma narrativa política perigosa, porque pressupõe um novo projeto institucional, de fortalecimento do Executivo e subordinação dos demais Poderes, com Bolsonaro tendo superpoderes.

É aí que entra a ideia de um regime iliberal, cuja chave seria uma reforma que aumentasse o número de ministros do STF, para que Bolsonaro indique a maioria e controle a Corte, no embalo da reeleição.

É MÃO DUPLA – Mas não há uma via única. Ontem, o ex-embaixador norte- americano no Brasil Thomas Shannon, em entrevista à Folha de S. Paulo, nos advertiu de que Bolsonaro e sua equipe preparam o caminho para questionar o resultado das eleições e reverter eventual derrota no pleito.

Segundo ele, Bolsonaro “estudou atentamente os eventos de 6 de janeiro do ano passado”, quando o ex-presidente Donald Trump tentou impedir que Joe Biden fosse declarado vitorioso pelo Congresso norte-americano. E chegou à conclusão de que “Trump fracassou porque dependia de uma multidão pouco disciplinada e não tinha um apoio institucional – de lideranças partidárias, Forças Armadas”.

Segundo ele, “Bolsonaro e sua equipe avaliaram que, na hipótese de tentar algo parecido, precisariam de apoio institucional”. É recado de quem falou “de mando” e tem informações de inteligência.


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