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quinta-feira, abril 08, 2021

Procurador-geral e chefe da AGU fazem pregação no STF em busca da vaga “terrivelmente evangélica” prometida por Bolsonaro


Em julgamento, Augusto Aras e André Mendonça, cotados pelo Planalto para posto no Supremo, fazem defesa da liberação de cultos e missas em pleno auge da pandemia. Gilmar Mendes diz que Constituição não tutela direto à morte. Análise será retomada nesta quinta

O presidente do STF, Luiz Fux, durante sessão virtual nesta quarta-feira.
O presidente do STF, Luiz Fux, durante sessão virtual nesta quarta-feira.NELSON JR./SCO/STF

Na fase aguda da pandemia de covid-19 em São Paulo os cultos religiosos estão proibidos. Mas, no Supremo Tribunal Federal, parece que não é assim. Respaldados por dois dos principais candidatos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao STF, o advogado-geral da União, André Mendonça, que falava em nome da União, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, que sete de oito defensores de instituições religiosas usaram da tribuna virtual do Judiciário para expor mais teses religiosas do que argumentos jurídicos. Em julgamento estava uma ação apresentada pelo Partido Social Democrático que tinha como objetivo derrubar um decreto do governador paulista, João Doria (PSDB), que proibiu o funcionamento de templos religiosos no Estado durante a fase mais restritiva de circulação por causa da escalada do novo coronavírus.

Em determinado momento, a sessão parecia uma pregação em que um tentava se destacar mais que o outro ao proferir discursos semelhantes aos de Bolsonaro. Em julho, o presidente indicará o substituto do ministro decano Marco Aurélio Mello, que se aposentará compulsoriamente do Supremo por completar 75 anos. O presidente prometeu colocar alguém “terrivelmente evangélico” no posto.

No dia em que o país registrou 3.829 óbitos por coronavírus, André Mendonça, que regressou nesta semana à AGU após uma passagem pelo Ministério da Justiça, disse que os cristãos estavam dispostos a morrer para defender sua liberdade religiosa. “Sobre essas medidas que estão sendo adotadas regionalmente. Não há cristianismo sem vida em comunidade, sem a casa de Deus e sem o ‘dia do Senhor’. Por isso, os verdadeiros cristãos não estão dispostos jamais a matar por sua fé, mas estão sempre dispostos a morrer para garantir a liberdade de religião e de culto”. Mendonça, pelo cargo, falava em nome da União. Ignorou a questão da responsabilidade coletiva pelos contágio no momento em que até o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala contra aglomerações. O novo AGU ganhou uma recompensa: Jair Bolsonaro compartilhou em seu Twitter a sua fala, num sinal de diálogo com a base bolsonarista.


Já o procurador-geral Aras, indicado por Bolsonaro em 2019, defendeu que, assim como a ciência, a fé salva vidas. “Onde a ciência não explica, a fé traz a justificativa que lhe é inerente. Inversamente, onde a ciência explica a fé também traz o seu contributo. Não e à toa que a medicina está cheia de casos de placebos e casos de resistência que evoca entre muitas hipóteses não previstas na farmacologia ou em qualquer outro tratamento científico”, afirmou o procurador. Ambos defenderam a realização de cultos em templos religiosos. O procurador, contudo, ressaltou que deveria haver uma limitação na ocupação dos espaços. “Os templos são o asilo inviolável pelo Estado. São a casa na qual se realiza o culto coletivo”, ponderou


Celso de Mello critica Bolsonaro por não decretar lockdown: 'Insensato' e 'necrófilo'

Celso de Mello critica Bolsonaro por não decretar lockdown: 'Insensato' e 'necrófilo'
Ex-ministro do STF, Celso de Mello | Foto: Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello chamou de “gesto insensato” e de “repulsivo e horrendo grito necrófilo” o fato de o presidente Jair Bolsonaro se recusar a decretar um lockdown nacional para frear o avanço da pandemia da Covid-19.

 

Segundo a CNN Brasil, as críticas foram feitas em texto enviado pelo WhatsApp a amigos, entre eles, ministros do STF. Na mensagem, Mello disse também que a atitude do presidente é própria “de quem não possui o atributo virtuoso do 'statesmanship'" (estadista) e se caracteriza, "em face de seu inqualificável despreparo político e pessoal", "pela nota  constrangedora e negativa reveladora daquela 'obtusidade córnea' de que falava Eça de Queirós".

 

Ao elogiar os resultados das medidas de restrição adotadas em Araraquara (SP), Mello afirma que Bolsonaro "tornou-se, com justa razão, o Sumo Sacerdote que desconhece tanto o valor e a primazia da vida quanto o seu dever ético de celebrá-la incondicionalmente!!!".

 

Aposentado desde outubro do ano passado, Mello afirma que o presidente julga ser "um monarca absolutista ou um contraditório 'monarca presidencial'".

 

O ex-ministro afirma que a atitude do presidente faz lembrar "o conflito entre Miguel de Unamuno, Reitor da Universidade de Salamanca no início da Guerra Civil espanhola, em 1936, e o General Millán Astray, falangista e seguidor do autocrata Francisco Franco, 'Caudilho de Espanha'”.

Bahia Notícias

Covid-19: sobe para 58 o número de pessoas que aguardam leitos de UTI

 em 8 abr, 2021 9:52

Nos setores público e privado a situação é cada vez mais preocupante (Foto: Pixabay)

De acordo com dados atualizados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), subiu de 52 para 58 o número de pessoas que aguardam um leito de UTI em Sergipe para o tratamento do novo coronavírus (Covid-19). O aumento foi registrado nas últimas 24h.

Ainda de acordo com a SES, esse total de pacientes à espera por leitos estão divididos da seguinte maneira: 48 pacientes na rede pública; 10 na rede privada. O boletim da SES mostra ainda que até o momento há 812 pacientes internados em virtude da Covid-19. Desse total, 413 estão hospitalizados na rede pública; 399 na rede privada.

Covid-19 em Sergipe

Em Sergipe, 180.483 pessoas já testaram positivo para a Covid-19 e 3.668 morreram. Até o momento, 163.639 pacientes foram curados.

por João Paulo Schneider 

INFONET

Bolsonaro ignora o avanço da pandemia e o aumento de óbitos: “Não vamos chorar o leite derramado”, diz


Charge do Laerte (olha.uol.com.br)

Ingrid Soares
Correio Braziliense

Em meio ao aumento dos casos e das mortes por covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (7/4) que não adianta “chorar o leite derramado”. Declaração ocorreu em Foz do Iguaçu, durante  cerimônia de posse do novo diretor-geral Brasileiro da Itaipu Binacional, General João Francisco Ferreira.

“Não vamos chorar o leite derramado. Estamos passando ainda por uma pandemia que, em parte, é usada politicamente. Não para derrotar o vírus, mas para tentar derrubar o presidente. Todos nós somos responsáveis pelo que acontece no Brasil. Em qual país do mundo não morre gente? Infelizmente, morre gente em tudo que é lugar. Queremos é minimizar esse problema”, apontou.

“TRATAMENTO PRECOCE” – O chefe do Executivo ainda voltou a defender o tratamento off label do que chama de “tratamento precoce”. Ele relatou fala em Chapecó, por onde passou mais cedo. “Há pouco falei em Chapecó, defendi o direito do médico em, não havendo medicamento específico, que use aquilo que acham que devem usar. O tratamento off label. A imprensa me massacrou dizendo que defendi medicamentos não previstos.O que eu defendi e defendo é o médico na ponta da linha receitar aquilo que ele achar mais conveniente em comum acordo com o paciente”, justificou.

Bolsonaro ainda se disse surpreso com o empenho da mídia a respeito de informações e cobranças por vacinas e disse acreditar que em breve surgirá um remédio contra o vírus. “Tenho certeza que brevemente será apresentado ao mundo um remédio para a cura da Covid-19. Porque a gente fica assustado, prezada imprensa brasileira, tanta eficiência, né, tanto foco apenas na vacina de U$ 10, 20 dólares a unidade”, continuou.

O mandatário completou dizendo que o governo quer vacina, desde que aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas que é necessário preservar o direito do médico em receitar os medicamentos já defendidos por ele como cloroquina, ivermectina e nitazoxanida. “Queremos a vacina, passando pela Anvisa? Sim. Mas também buscar o remédio para sua cura e não demonizar qualquer outro medicamento que o médico receite na ponta da linha”, destacou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A cada declaração, Bolsonaro rubrica o seu atestado de ignorância, insensibilidade e descaso com o sofrimento e a agonia diária de toda a população brasileira. Vê os óbitos apenas como números em uma “normal” lista estatística minimizada pela sua mentalidade desviada e a sua conduta genocida. O seu impedimento é mais do que urgente. (Marcelo Copelli)

Queiroga e a lua de mel com data de validade

por Fernando Duarte

Queiroga e a lua de mel com data de validade
Foto: Júlio Nascimento/PR

Até aqui parece haver um acordo de cavalheiros entre autoridades públicas e o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Com longa trajetória em sociedades médicas, o ministro herdou uma pasta desestruturada pela incompetência do antecessor, Eduardo Pazuello, alinhada à falta de habilidade na gestão da pior crise sanitária do século. No entanto, isso não pode servir como escudo para blindá-lo de um problema grave que o país vai enfrentar ao longo dos próximos meses: a escassez de vacina. Clique aqui e leia a coluna completa!

Faroeste: STJ finaliza julgamento de recursos e mantem prisão de Adailton Maturino


Faroeste: STJ finaliza julgamento de recursos e mantem prisão de Adailton Maturino
Foto: Divulgação

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) finalizou na noite desta quarta-feira (7) o julgamento de uma série de agravos regimentais interpostos pela defesa dos réus da Operação Faroeste. Os ministros decidiram manter a prisão preventiva de Adailton Maturino dos Santos, Geciane Souza Maturino dos Santos e Antônio Roque do Nascimento. 

 

A ação investiga esquema de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para regularização fundiária na região oeste daquele estado. O pedido de manutenção da prisão foi feito pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, ao relator do caso, ministro Og Fernandes, na segunda-feira (5).

 

No documento, a representante do Ministério Público Federal (MPF) entendeu que estavam configuradas as hipóteses para renovação da medida cautelar já decretada contra os envolvidos. A manifestação do MPF teve o objetivo de atender a Lei 13.964/2019, que alterou o artigo 316 do Código de Processo Penal, determinando que o juiz deve reavaliar, a cada 90 dias, a necessidade de manutenção da custódia cautelar, a fim de evitar o prolongamento demasiado da prisão. Em relação aos denunciados na Operação Faroeste, esse prazo expiraria nesta quinta-feira (8).

 

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a revogação da prisão preventiva deve ocorrer somente se surgir fato novo que descredencie o decreto prisional, o que, na visão do MPF, não é o caso dos autos. “Serve a presente manifestação ministerial para, mais uma vez, ratificar, a imprescindibilidade das respectivas prisões para a colheita de provas, garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, vez que demonstrada está a prova da materialidade delitiva, e latentes são os indícios de sua autoria”, frisou Lindôra Araújo em trecho do documento.

Bahia Notícias

Queiroga se adapta a Bolsonaro e mostra não ter condições de enfrenta a Covid-19

Publicado em 8 de abril de 2021 por Tribuna da Internet

Falta a Queiroga o dinamismo que caracteriza os líderes

Falta a Queiroga o dinamismo que deve caracterizar os líderes

Pedro do Coutto
 
O ministro Marcelo Queiroga está realmente demonstrando não ser um homem de combate frontal, faltando-lhe dinamismo e disposição para enfrentar a forte onda da Covid-19, cuja velocidade tem aumentado a cada 24 horas, atingindo na noite de terça-feira a tragédia de 4200 mortes, uma parte das quais representou a absurda questão da falta de leitos de UTI.

Vejam os leitores a situação que nós brasileiros estamos enfrentando, com um temor que se amplia a cada momento e em que o número de contaminações e desfechos fatais avançam velozmente. Há duas semanas, os índices de contaminação haviam descido para 70 mil casos diários. De repente começou a se configurar a disparada e a média de infectados passou para uma escala diária de 89 mil, entre homens e mulheres.

MANCHETE – Inclusive, mantida uma contaminação dessa ordem, o número de mortes também subirá, uma vez que o percentual de falecimentos, como é lógico, encontra-se na percentagem de crescimento da infecção. A vertiginosa subida de contaminações foi ontem manchete principal das edições da Folha de São Paulo, do O Globo e do Estado de São Paulo.

O panorama é de alarme irrefutável. O medo está tomando conta da população, exceto os irresponsáveis que se reúnem em aglomerações. Já foi dito claramente que os instrumentos de combate ao coronavírus são a vacina, o distanciamento social e a permanência de cada um em sua residência.

O vírus ataca violentamente, basta ver que o total de mortes está a caminho de 350 mil casos fatais. O presidente Jair Bolsonaro não parece preocupado. Na edição de O Globo, Julia Lindner, Daniel Gullino e Rayanderson Guerra, focalizam a visita de Bolsonaro à cidade catarinense de Chapecó, quando ao lado do prefeito voltou a defender a ideia de tratamento precoce já rejeitada pelos cientistas e médicos de modo geral. O presidente da República não usou máscara, como demonstra a foto publicada.

SEM DISPOSIÇÃO – Eu disse no início deste artigo que o ministro Marcelo Queiroga não tem disposição de combate, não é um homem que se empenha a fundo na defesa do seu trabalho de ministro. Como cardiologista todas as pessoas falam muito bem dele. Mas como ministro da Saúde, para mim, francamente, é um desastre.

O ministro da Saúde tem que ser alguém que tenha a emoção do combate, a disposição de evitar o número cada vez maior de mortes e infecções como está ocorrendo. Alguém que utilize os jornais, as emissoras de TV e as redes sociais para dirigir apelos vigorosos a todos, chamando a atenção para o risco que corremos.  

CONSEQUÊNCIAS – Uma contaminação diária de milhares de seres humanos representa em si um perigo enorme. Os hospitais não têm equipamentos para atender a todas as emergências e os médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem encontram-se em exaustão. Vejam todos as consequências de o governo Bolsonaro não ter agido imediatamente ao surgirem os primeiros casos.

Um número enorme de contaminações teria sido barrado. Os índices de mortes estariam pelo menos diminuídos à metade. Desastre completo do governo e agora também pela inaptidão completa do médico Marcelo Queiroga.

Brasil de Bolsonaro imita a Rússia de Stalin, e a História enfim se repete como farsa…


Yezhov sumiu; depois, Lenin e Trotsky, e só restou Stalin

Carlos Newton

Uma das frases mais conhecidas do grande filósofo, economista e jornalista Karl Marx na verdade não é dele, mas do genial pensador Friedrich Hegel, também alemão, e que foi um dos inspiradores das teorias que Marx viria a desenvolver junto com o amigo Friedrich Engels.

Criador do movimento do Idealismo Absoluto, Hegel era fascinado pela Revolução Francesa e pelas obras de Spinoza, Kant e Rousseau. Foi ele que criou a frase “a história repete-se sempre, pelo menos duas vezes”. Na abertura de seu famoso ensaio “18 de Brumário de Luís Bonaparte”, o jornalista Marx esticou a frase, adicionando: “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

O BRASIL CONFIRMA – Quase dois séculos depois, a política brasileira vem confirmar esses pensamentos de Hegel e Marx, com o corre-corre no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, dia 7, para dar tratamento a fotos e vídeos que traziam a imagem do ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL e um dos ícones da corrupção brasileira.

Uma semana depois de ser recebido em audiência especial pelo presidente Jair Bolsonaro, para consolidar a adesão ao governo, o trêfego Costa Neto, que foi preso e cumpriu pena no mensalão, tornou-se convidado especial na posse da nova ministra da Secretaria de Governo, deputada Flávia Arruda (PL-DF), que vem a ser casada com José Roberto Arruda, o primeiro governador brasileiro a ser preso durante o mandato e condenado a mais de sete anos de cadeia, vejam bem como caiu a frequência do Planalto, que agora só falta recepcionar milicianos e chefes de facções.

A IMAGEM SUMIU – De acordo com as informações disponíveis no histórico da imagem, a foto foi feita às 11h16m42s desta terça-feira, dia 6, e ficou disponível no “Flickr” (site do Planalto) ao menos até as 16h40m46s, horário em que a Folha fez o download do material. À noite, no endereço que correspondia à cerimônia, aparecia a mensagem “Parece que a foto ou o vídeo que você está procurando não existe mais”.

E aí a História enfim se repete como farsa, exatamente como aconteceu na União Soviética, quando o ditador Josef Stalin, ao fazer o expurgo, foi mandando apagar as fotos dos líderes que caíam em desgraça.

Uma dessas fotos célebres mostra Nikolai Yezhov, Stalin, Trotsky e Lenin. O primeiro a sumir foi Yezhov, chefe da polícia secreta NKVD, anos depois foi apagado Trotsky. Por fim, desapareceu até Lenin, e só ficou o sanguinário Stalin, com a imagem rejuvenescida e colorizada.

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P.S. – É extraordinária a capacidade de Jair Bolsonaro fazer tudo errado. Dia após dia, ele vai emporcalhando não somente o prestígio do país, mas também a imagem dos brasileiros, sejam civis ou militares, que já viraram piada no exterior. Bolsonaro não sabe governar, todo mundo já percebeu isso. Assim, ele deveria renunciar e deixar o abacaxi no colo do vice Mourão, para que a gente possa readquirir um mínimo de esperança. (C.N.)

Brasil poderá ter, em 2021, o primeiro ano da História de mais mortes do que de nascimentos

Publicado em 8 de abril de 2021 por Tribuna da Internet

Crédito: AFP

O número de óbitos está aumentando muito em abril

Vicente Nunes
Correio Braziliense

A velocidade com que o novo coronavírus está matando no Brasil pode levar o país a registrar, em 2021, o primeiro ano da História em que o número de mortes superou o de nascimentos. O alerta é feito pelo médico Miguel Nicolelis, em artigo publicado no Correio Braziliense.

Ele diz que, desde o início do ano, a diferença entre nascimentos e mortes vem caindo no país. Em fevereiro, por exemplo, foram registrados 200.034 nascimentos e 121.559 óbitos (por covid-19 e outras causas), resultando em uma diferença de 78.475 habitantes acrescentados à população.

AUMENTAM OS ÓBITOS – Em março, essa diferença caiu para 47.047 — foram 220.302 nascimentos e 173.255 mortes.

“Isso quer dizer que, se o número de mortes por covid-19 e outras causas continuar a subir, o Brasil pode viver o primeiro momento de sua História em que as mortes superaram os nascimentos de novos cidadãos. Tal tendência ilustra a magnitude profundamente épica do impacto da covid-19 no país”, assinala o médico.

Levantamento da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta que, somente em abril, quase 100 mil brasileiros terão as vidas ceifadas pelo novo coronavírus. E o quadro tende a se agravar quanto mais tempo o governo demorar para pôr em prática um plano consistente de vacinação em massa.

PREVISÃO PARA ABRIL – Segundo o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME, na sigla em inglês), da Universidade de Washington, o Brasil registrará 95.794 mil mortes por covid-19 no mês de abril. Com isso, o país deve chegara 421.353 mortes no dia 30 de abril. Pelo levantamento, no pior dos cenários, o Brasil pode chegar a 422.074 mortes; no melhor, a 418.950 óbitos. Até agora, são mais de 325 mil vidas perdidas.

Para Nicolelis, “dentro deste festival de horrores”, existe o consenso nos meios científicos de que o Brasil precisa tomar três medidas urgentes para tentar conter a crise sanitária. Primeiro, um lockdown nacional. Segundo, reduzir o trânsito de pessoas em trens, ônibus e aviões. Terceiro, vacinar entre 2 milhões e 3 milhões de pessoas por dia. Nada disso, porém, está no radar até agora.

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