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sexta-feira, agosto 07, 2020

Itabuna, Feira e Conquista receberam maiores valores para enfrentamento da Covid na Bahia


por Jade Coelho
Itabuna, Feira e Conquista receberam maiores valores para enfrentamento da Covid na Bahia
Foto: Prefeitura de Itabuna/Divulgação
A Bahia recebeu R$ 1,2 bilhão em recursos do governo federal para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus. A verba emergencial foi enviada tanto para o estado quanto municípios, e até agora R$ 21,2 bilhões foram executados em todo o país. Entre as cidades baianas do interior, Itabuna, no sul do estado, foi a que recebeu mais recursos. Os dados foram consultados pela reportagem no Portal da Transparência nesta quinta-feira (6).

A União destinou R$ 33 milhões para a cidade gerida pelo prefeito Fernando Gomes. Itabuna contabiliza 6.275 registros de infectados pela Covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com o boletim mais recente da Secretaria da Saúde (Sesab).

Em abril, o município registrou alta taxa de propagação e incidência do coronavírus. O fato acendeu o alerta do governo estadual, e fez com que o governador Rui Costa (PT) chamasse a atenção dos gestores da região (leia aqui aqui). Além disso, em maio a cidade chegou a ser a segunda com mais casos de Covid-19 no estado (lembre aqui).

O município entrou no noticiário nacional em julho com a repercussão de um declaração do prefeito Fernando Gomes. Na ocasião ele falava da reabertura do comércio em Itabuna quando afirmou que as atividades seriam retomadas “morra quem morrer” (veja aqui). A fim de minimizar a crise, a gestão municipal disse que ele foi mal interpretado e o governador Rui Costa (PT) interveio, decretando toque de recolher (saiba mais aqui).

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomendou em julho a instituição imediata de lockdown em Salvador, Feira de Santana, Itabuna e Teixeira de Freitas. A sugestão implicava na proibição de circulação de pessoas durante todo o dia e suspensão total de atividades não essenciais (saiba mais aqui).

Localizada no Portal do Sertão, Feira de Santana foi a segunda cidade baiana do interior que mais recebeu recursos. Um montante de R$ 27 milhões foi encaminhado pelo governo federal para a cidade.

Foi em Feira que aconteceu a detecção do primeiro caso de infecção pelo coronavírus no estado, há exatos cinco meses, em 6 de março (relembre aqui). Até esta quinta, o município ligado a Salvador pela BR-324 e gerido por Colbert Martins era o segundo com mais casos confirmados da doença na Bahia, com 8.698, além de 97 mortes e um coeficiente de incidência de 1.414,60 por 100 mil habitantes.

Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia, recebeu o terceiro maior valor: R$ 17.697.853,03. A cidade registra até agora 2.885 infectados desde o início da pandemia e 60 mortes.

Barreiras, no Oeste do estado, e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), completam a lista das cinco cidades que receberam as maiores transferências.

Com 1.949 casos confirmados, 30 mortes por Covid-19 até o momento e um coeficiente de incidência por 100 mil habitantes de 1.253,87, Barreiras recebeu R$ 15 milhões. Enquanto o recurso destinado a Camaçari foi da ordem de R$ 14,6 milhões. O município da RMS teve até então 4.380 diagnósticos positivos para a infecção pelo coronavírus e 59 mortes.

Jacobina foi o 6º município a receber mais recursos. A União destinou R$ 13,8 milhões à cidade localizada no Piemonte da Diamantina. Juazeiro aparece em seguida com  R$ 13,1 milhões, depois Ilhéus com  R$ 11,8 milhões, Lauro de Freitas com R$ 10,6 milhões e Alagoinhas com R$ 10,4 milhões.

Confira quanto cada cidade recebeu:
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Arte: Priscila Melo/ Bahia Notícias

QUEM MENOS RECEBEU
Na outra ponta desta lista, entre os municípios que menos receberam verba para o enfrentamento da emergência de saúde pública causada pela pandemia da Covid-19 está Aramari.

A cidade de 11,3 mil moradores localizada no Agreste Baiano recebeu o equivalente a R$ 6,97 por habitante. O governo federal enviou ao município R$ 79.480,82.

Aramari somava, até o último boletim da Sesab, 84 infectados pela Covid-19.

Não muito longe dali, há apenas 62 km de distância, Itanagra recebeu o segundo menor valor, mas já na casa dos 100 mil. A União destinou R$ 128.646,60 ao município que até agora registrou 15 casos de Covid.

Presidente Jânio Quadros também aparece nesta ponta da lista de transferências. A cidade recebeu R$ 139,8 mil. Com 12,3 mil habitantes, o município já confirmou 150 casos do novo coronavírus. 

Confira na tabela os 10 municípios que receberam os menores valores:
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Arte: Priscila Melo/ Bahia Notícias

Fazer propaganda fora do período eleitoral é comum, mas nem por isso deixa de ser imoral

por Fernando Duarte

Fazer propaganda fora do período eleitoral é comum, mas nem por isso deixa de ser imoral
Foto: Reprodução/ Redes sociais
Publicidade eleitoral extemporânea é crime. Porém é muito comum vê-la em outdoors nos rincões do país ou, de maneira menos explícita, com o uso de concessões públicas de rádio e TV. Quando o político tem mandato, é fácil encontrar uma justificativa legal: divulgação. Essa flexibilidade expõe a tênue linha entre o que é legal e o que é imoral. E também a dificuldade da população média em identificar que esse tipo de publicidade não deveria guiar o fluxo de votos. Por isso não há renovação no ciclo político.

O PT da Bahia ingressou com uma ação no Ministério Público Eleitoral para investigar uma série de outdoors em agradecimento ao presidente Jair Bolsonaro pelas ações durante a pandemia do novo coronavírus. Mesmo que o chefe do Executivo federal não tenha qualquer responsabilidade pelos apoios, os responsáveis pelo abuso de poder econômico devem sofrer as penalidades previstas em lei. E essa prática precisa ser coibida, independente do beneficiário.

Desde o início de 2018 era possível ver essa prática entre os apoiadores de Bolsonaro. Não dá para mensurar o impacto eleitoral disso, porém não dá para fingir que o crime eleitoral aconteceu sob vista grossa de todos os envolvidos no sistema político. Agora, em meio à crise sanitária e a uma interminável crise política, os outdoors voltaram a aparecer. E ainda com a piada de que o presidente merece algum tipo de crédito no enfrentamento ao coronavírus.

Esse tipo de publicidade é completamente diferente da propaganda oficial, quando governos apresentam o resultado das ações - ou pelo menos deveriam. Ela é similar aos recursos de “divulgação da atividade parlamentar” utilizado por legisladores para outdoors e também para investimento em rádios e televisões. É uma maneira de, dentro da legalidade, desequilibrar as forças com quem tenta entrar no espaço de disputa política ou por poder. Essa publicidade, todavia, não vai ser questionada. É parte da cultura daqueles que detêm mandato.

Com um rápido passeio na memória, lembro-me de dois episódios constrangedores, cujos personagens ainda continuam na ativa. O primeiro foi um deputado que apresentou recibo para uma entrevista comprada em uma rádio da sua cidade natal - e reclamou do serviço não prestado. O outro é um parlamentar que paga mensalmente, com dinheiro público, uma cifra para a emissora da própria irmã, sem qualquer cerimônia. Tudo para divulgar o próprio mandato. O outdoor a favor de Bolsonaro é problema? Sim. Mas o buraco é bem mais embaixo.

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (7) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios A Tarde FM, Irecê Líder FM, Clube FM, RB FM, Alternativa FM Nazaré, Valença FM e Candeias FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: SpotifyDeezerApple PodcastsGoogle Podcasts e TuneIn.

Extratos bancários mostram que Michelle Bolsonaro recebeu R$ 72 mil de Queiroz


Extratos bancários mostram que Michelle Bolsonaro recebeu R$ 72 mil de Queiroz
Foto: Reprodução / Alan Santos / PR
A primeira-dama Michelle Bolsonaro pode ter recebido mais de R$ 70 mil reais de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos) e em prisão domiciliar por suspeita de participação em um esquema de rachadinha com dinheiro dos gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) (saiba mais aqui). 

A Crusoé teve acesso à quebra do sigilo bancário de Fabrício Queiroz autorizada pela Justiça a pedido dos investigadores e relatou que os cheques que caíram na conta da primeira-dama não somam nem 24 mil nem 40 mil reais, como havia afirmado o então presidente eleito Jair Bolsonaro (sem partido) em dezembro de 2018. Os montantes chegam a R$ 72 mil.

Os extratos detalham as transações financeiras do ex-assessor entre os anos de 2007 e 2018 e mostram o intenso fluxo de valores creditados em conta, contrariando a primeira e a única versão apresentada por Bolsonaro na tentativa de justificar os pagamentos a Michelle Bolsonaro (lembre aqui). 
Bahia Notícias

Aras vai ao STF contra lei baiana que dá foro a defensores e membros da Justiça Militar

por Bruno Luiz

Aras vai ao STF contra lei baiana que dá foro a defensores e membros da Justiça Militar
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O procurador-geral da República, Augusto Aras, ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra trecho de emenda à Constituição da Bahia que deu foro privilegiado a defensores públicos, membros do Conselho da Justiça Militar e juízes militares do estado, inclusive os inativos. Na Adin, protocolada na última segunda-feira (3), Aras pede também medida cautelar para suspender imediatamente os efeitos da norma, antes mesmo do julgamento final do caso. Relator da ação, o ministro Edson Fachin deu 10 dias para que governo da Bahia e Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) se manifestem sobre o pedido.  

A norma questionada foi promulgada pela AL-BA em 28 de junho de 2005. A emenda muda o artigo 123 da Constituição baiana e estabelece que, no caso de crimes comuns, terão prerrogativa de foro, ou seja, poderão ser julgados apenas em segunda instância, pelo Tribunal de Justiça da Bahia, as seguintes autoridades: vice-governador, secretários de estado, deputados estaduais, membros do Conselho da Justiça Militar, auditor militar, inclusive os inativos, procurador-geral do Estado, juízes de direito, membros do Ministério Público, membros da Defensoria Pública e prefeitos.

Para Aras, a inclusão de defensores públicos e membros da Justiça Militar é inconstitucional porque a Constituição Federal, a quem a Carta Magna estadual deve seguir, não prevê foro privilegiado para eles. “No escalonamento hierárquico-normativo, a Constituição do Estado da Bahia aloja-se no compartimento infraconstitucional, razão pela qual deve fel obediência à Constituição Federal e aos seus princípios”, argumenta o procurador-geral. 

No caso dos defensores públicos estaduais, Aras sustenta que seus equivalentes na esfera federal, os defensores públicos da União, não possuem prerrogativa de foro. “Não se justifica, portanto, tratamento diverso quanto àqueles ligados aos Estados federados. Inexiste equivalência.”

Em relação à Justiça Militar, o PGR lembra que o conselho do órgão é presidido por um juiz de carreira e formado por outros quatro juízes militares temporários, que são oficiais da ativa temporariamente convocados para exercer a função. Ele ainda explica que estes últimos são, na prática, oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros,  a exemplo dos tenentes, capitães, majores e coronéis. “Tais oficiais não podem ser validamente contemplados com foro por prerrogativa de função, na medida em que inexiste equivalência entre tais autoridades e os Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica”, destaca.

Sobre os juízes militares inativos, Aras sustenta que estes só podem ter foro enquanto estiverem na ativa. “Como magistrados que são, enquanto não migrarem para a inatividade, tais agentes públicos fazem jus ao foro especial. A aposentadoria de magistrados, entretanto, é circunstância que subtrai a prerrogativa do foro por prerrogativa de função”, argumenta. 

Para o procurador-geral, a Constituição Baiana viola a Federal ao “inovar no que concerne ao foro por prerrogativa de função”. “[Isso] equivale a legislar sobre Direito Processual, matéria esta assenhorada pela União (art. 22, I). Por sua vez, a União não exerceu a sua competência prevista no art. 22, parágrafo único, vale dizer, não editou lei complementar que delegasse aos Estados-membros a possibilidade de legislar sobre Direito Processual. Em síntese, configura-se a inconstitucionalidade orgânica”, conclui.
Bahia Notícias

Mendonça diz ao STF que não monitora opositores e nega produção de “dossiê”

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Charge do Benett (Arquivo do Google)
Matheus Teixeira e Marcelo Rocha
Folha
Em esclarecimentos encaminhados ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira, dia 6, o Ministério da Justiça afirma que não produz “dossiê” contra opositores e que nunca monitorou adversários com “viés investigativo, punitivo ou persecutório penal”.
O documento foi enviado ao Supremo após a ministra Cármen Lúcia dar 48 horas para o ministro André Mendonça explicar a existência de um relatório sobre a atuação de 579 professores e policiais identificados como antifascistas.
EXPLICAÇÕES – O ministro não nega a existência deste tipo de levantamento, mas afirma que a pasta atua conforme a lei que disciplina a atividade de inteligência do governo federal. A ministra do STF cobrou explicações, mas não exigiu o envio do suposto relatório. Na resposta à Corte, o ministério pede que o STF tenha “parcimônia e sensibilidade” e que considere a “autocontenção” e o “equilíbrio entre os Poderes” ao tomar uma decisão sobre o caso.
Em ofício, a Secretaria de Operações Integradas, que integra a pasta e seria a responsável pelo material, diz que “não compete” ao órgão “produzir ‘dossiê’ contra nenhum cidadão e nem mesmo instaurar procedimentos de cunho inquisitorial”.A ministra despachou em ação apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade após reportagem do UOL apontar a produção do material.
Ao cobrar esclarecimentos, Cármen Lúcia disse que, se verdadeira, a informação “escancara comportamento incompatível com os mais basilares princípios democráticos do Estado de Direito e que põem em risco a rigorosa e intransponível observância dos preceitos fundamentais da Constituição”.
INCÔMODO – A notícia sobre o documento causou incômodo no STF e na cúpula do Congresso. Após ser pressionado, André Mendonça reagiu e, na segunda-feira, dia 3, anunciou uma sindicância interna para apurar o caso, além de, como revelou o Painel, ter demitido Gilson Mendes, que seria o responsável por reunir os dados dos servidores.
Em nota, a pasta afirmou: “(…) O Ministério da Justiça e Segurança Pública destaca que o ministro André Mendonça está à disposição para prestar esclarecimentos à Comissão Mista de Investigação da Atividade de Inteligência, aguardando apenas a definição da data”.Ao STF Mendonça encaminhou uma nota técnica da Seopi e um parecer da Consultoria Jurídica do ministério. “É dever dizer que não há qualquer procedimento investigativo instaurado contra qualquer pessoa específica no âmbito da Seopi, muito menos com caráter penal ou policial”, diz o documento da secretaria.
“SIGILO” – O ministério diz ainda que os relatórios de inteligência são “dotados de sigilo, com acesso restrito” e que “não são passíveis de consubstanciar ou embasar investigações criminais”. Também afirma que o levantamento de sigilo de um relatório de inteligência poderia afetar até a imagem do Brasil perante o mundo.
A banalização do acesso, acrescenta, ocasionaria “desdobramentos em incontáveis frentes, a exemplo da elevação do risco país no setor econômico, da perda de parceiros no combate aos ilícitos transnacionais, do incremento na dificuldade de adesão à OCDE, da ruptura de canais diplomáticos e da perda de protagonismo global”.
De acordo com o ministério, no cenário interno não seria menos catastrófico abrir-se o acesso ao Judiciário a relatórios de inteligência, pois, ainda que pontual, isso subverteria o sistema de controle externo previsto em lei. O ministério sustenta, ainda, que o decreto que criou a Diretoria de Inteligência da Siopi delegou ao órgão, “enquanto agência central, como atividade de rotina, obter e analisar dados para a produção de conhecimento de inteligência em segurança pública”.
RISCO – Assim, conclui que o “vazamento de informações de inteligência é um fato grave e que coloca em risco tanto atividades essenciais do Estado Brasileiro como pessoas eventualmente citadas nos relatórios, ainda que por simples pertinência temática com o assunto a ser abordado”.
Na ação, a Rede alega que está evidente a perseguição política. O Ministério da Justiça argumenta, porém, que o pedido apresentado pelo partido ao STF denota o “mais completo desconhecimento sobre o sistema de inteligência”. A pasta critica, ainda, a apresentação de um processo ao Supremo “com esteio única e exclusivamente em uma única matéria jornalística, à míngua de qualquer elemento probatório sobre o suposto relatório de inteligência ou indicativo de sua ilicitude”.
DOSSIÊ – Segundo a reportagem do Uol, o ministério produziu um relatório com nomes e, em alguns casos, fotografias e endereços de redes sociais das pessoas monitoradas.Investida das atribuições de serviço de inteligência por um decreto do presidente Jair Bolsonaro, o de nº 9.662 de 1º de janeiro de 2019, a Seopi não submete todos os seus relatórios a um acompanhamento judicial.
André Mendonça também pede que a ministra Cármen Lúcia leve em consideração o fato de que se dispôs a prestar esclarecimentos ao Congresso Nacional. Conforme a Folha mostrou, a atuação da Seopi para monitoramento político de adversários e críticos do governo de Jair Bolsonaro foge de suas atribuições, mas não é completamente atípica na pasta.
Reservadamente, ex-integrantes do Ministério da Justiça dizem que a pasta já acompanhou grupos políticos ou organizações sociais durante eventos como Jornada Mundial da Juventude (2013), Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos do Rio (2016).
SALA DE CRISE – De acordo com um ex-ministro da Justiça, os monitoramentos de redes sociais se intensificaram após os atos contra o aumento das passagens de transporte em 2013 e foram feitos sistematicamente nos grandes eventos nos anos seguintes. Na época, foi criada uma estrutura provisória —aos moldes de uma sala de crise— para fazer as análises. O grupo era formado também por integrantes de outros órgãos como a Polícia Federal, Forças Armadas e representantes estaduais da área de segurança pública.
Esse mesmo ex-ministro diz que é necessário haver pelo menos dois tipos de situações para justificar a elaboração de documentos de análises de grupos sociais. O primeiro seria o risco à realização de um grande evento. O segundo seria uma série de atos ou protestos que poderiam levar a uma convulsão social.
Integrantes do atual governo dizem ter preocupação de que atos contra Bolsonaro criem um clima de instabilidade política. Os protestos que se autodenominam antifascistas realizados em junho com a presença de torcidas organizadas de futebol levaram parte do Planalto a defender o enquadramento dos manifestantes como terroristas. A avaliação feita por especialistas ouvidos pela Folha aponta para a falta de justificativa plausível para a realização do relatório da Seopi.

Bolsonaro lamenta os 98 mil mortos pela pandemia no país, mas diz que é preciso “tocar a vida”

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Bolsonaro ainda voltou a defender o uso da hidroxicloroquina
Ingrid Soares
Correio Braziliense
O presidente Jair Bolsonaro lamentou, durante transmissão de live nesta quinta-feira, dia 6, o número de mortos por conta da covid- 19. No entanto, segundo o chefe do Executivo, é preciso “tocar a vida”.
“A gente lamenta todas as mortes. Tá chegando no número de 100 mil talvez hoje. É isso? Esta semana… Mas vamos tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema”, declarou. Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil registra 98.493 óbitos, sendo 1.237 deles registrados nas últimas 24 horas.
CLOROQUINA – Bolsonaro ainda voltou a defender o uso da hidroxicloroquina, mostrando mais uma vez uma causa do remédio, que, segundo diversos estudos, não possui eficácia contra a doença.“Se, porventura, isso daqui [hidroxicloroquina] se comprovar mais tarde, […] essas pessoas têm que responder: ‘Por quê você proibiu? Baseado em que comprovação científica você proibiu? Pode ser também que, mais tarde, se comprove que isso aqui não tenha sido tão eficaz assim ou até ineficaz. Paciência. Acontece”.
O presidente disse ainda que não quiser tomar, não deve atrapalhar quem deseja fazer o tratamento. “Quem não quer tomar cloroquina não tente proibir, impedir quem queira tomar, afinal de contas, ainda não temos uma vacina e não temos um remédio comprovado cientificamente. Muitas doenças ainda estariam sem cura se o médico não tivesse a liberdade de trabalhar fora da bula”, justificou, concluindo que quem deve decidir pelo uso ou não, são os médicos e não prefeitos e governadores.
DESEMPREGO – Bolsonaro lembrou que o Brasil teve nove milhões de desempregos no último trimestre — durante a pandemia do coronavírus — e culpou “parte” dos governadores e prefeitos. Para o chefe do Executivo, os políticos que decidiram apoiar o fechamento do comércio e o isolamento social nos respectivos municípios e estados têm responsabilidade nos números.
“Quase nove milhões perderam empregos no segundo trimestre no pico da pandemia. Eu já vinha falando lá atrás que tinha no mínimo duas ondas. A questão da vida, tem que se preocupar com ela, sim. Depois a questão da recessão, que, muita gente diz, eu também digo, que esse efeito colateral é mais grave que aquele do próprio vírus. Alguns falando lá atrás: ‘economia se recupera, saúde, não’. Eu sei disso. Tem que fazer uma conta de chegada. Não pode ser ‘fecha tudo'”, disse Bolsonaro também citou o STF (Supremo Tribunal Federal) em sua colocação sobre o tema.
“O Supremo Tribunal Federal decidiu que as medidas restritivas eram de competência exclusiva de governadores e prefeitos. Então, desemprego, em grande parte, alguns governadores e prefeitos têm essa responsabilidade”, opinou.
PESQUISA – Segundo pesquisa do IBGE, 8,9 milhões de pessoas perderam o emprego no segundo trimestre deste ano. O número de pessoas ocupadas caiu 9,6% no período, em relação ao trimestre anterior, o que representa 8,876 milhões a menos trabalhando. É a maior redução desde o início da série histórica, em 2012. Em relação ao segundo trimestre de 2019, o recuo foi de 10,7% (10 milhões de pessoas a menos), também um recorde.
Com isso, a taxa de desemprego no país chegou a 13,3%, a maior em três anos, atingindo 12,8 milhões de pessoas. O resultado representa alta em relação ao primeiro trimestre (12,2%) e ao mesmo trimestre do ano anterior (12%). 
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bolsonaro mescla ingenuidade, ignorância e insensibilidade para tratar de assuntos delicados e polêmicos. Ao vivo, demonstra que sequer acompanha ou se prepara para tocar em questões de repercussão mundial, e que envolvem vidas que se foram, vítimas da pandemia. Sem argumentos, repete seu único discurso em defesa da cloroquina. Sua apatia é assustadora. (Marcelo Copelli)

quinta-feira, agosto 06, 2020

Prefeito de Jeremoabo vem colocado em risco a vida da população


A imagem pode conter: texto que diz "RECUPERADOS BOLETIM INFORMATIVO 56 06.08.2020 17h NEGATIVOS TR 1/3JEREMOABO CORONAVÍRUS 99 1722 NEGATIVOS (SWAB) 14 POSITIVOS ACUMULADOS 171 70 SOB INVESTIGAÇAO(SWAB) 01 LACEN/RT-PCR TESTE RÁPIDO CASOS ATIVOS VIEP OUTRO MUN. 09 117 01 LAB. PARTICULAR 44 02 ÓBITOS (COVID-19) MONITORAMENTO 388 DOMICILIAR CONFIRMADOS SOB INVESTIGAÇÃO Pos. Acumulados Recuperados Ativos Óbitos ALTA DO TESTES RÁPIDOS REALIZADOS MONITORAMENTO 1546 VIEP-1367 HGJ-271 AB- 201 TOTAL- 1839 DOMICILIAR Leia m COMUNICACÃO integra em nosso site oficial ou nas redes sociais SEMUS SecretariaMunicipal /govjeremoabo JEREMOABO"

A atitude do prefeito de Jeremoabo  já caracterizaria crime de responsabilidade, mas ele vai mais longe, convoca passeatas e manifestações além de provocar aglomeração de rua em apoio a essa loucura e, com isso, coloca em risco a saúde da população.

Nenhuma descrição de foto disponível.


O Prefeito de Jeremoabo nessas suas carreatas acompanhadas de aglomeração além de desrespeitar as recomendações a OMS  bem com o seu proprio decreto, está colocando a vida das pessoas em grave risco.
Para comprovar o que estou escrevendo postarei a seguinte matéria de autoria do site  de Ozildo Alves, onde " Sanitarista alerta para risco de transmissão do vírus em projeto da prefeitura de Paulo Afonso: “aglomerado e perigoso”  (Por REDAÇÃO - PA4.COM.BR | 6 de agosto de 2020 às 18:15).

“Uma contradição, uma vez que aglomeração gera transmissão do vírus. Um risco à saúde das pessoas”,  disse a enfermeira sanitarista Maria Ducarmo, ex-diretora regional da extinta 10ª Dires (Diretoria Regional de Saúde).

Além da quantidade de pessoas próximas umas das outras, vários políticos, vereadores, pré-candidatos e secretários municipais que nada têm a ver com saúde pública colaboraram para o ajuntamento social.

A especialista em saúde pública formada pela Universidade Federal da Paraíba classificou o projeto como eleitoreiro e perigoso: “Veja bem, tá claro que é eleitoreiro sim, não há a necessidade desses políticos estarem  aí. O que a prefeitura deve fazer é oferecer serviços de saúde com qualidade nas unidades de saúde, na atenção básica, se isso tivesse acontecendo não havia necessidade de realizar um evento tão perigoso como esse.”, explicou Ducarmo.

A especialista também alertou para a presença de pessoas que fazem parte do grupo de risco no local aglomerado: “Lá estavam pessoas idosas com comorbidades, que fazem parte do grupo de risco. Também faço uma pergunta – todas essas pessoas da comitiva do prefeito que estavam gerando aglomeração no local foram testadas para a covid?, sabemos que assintomáticos também podem transmitir a doença.”, pontuou a sanitarista."
A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas em pé, sapatos e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé, carro e atividades ao ar livre
A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas em pé e atividades ao ar livre
A imagem pode conter: 3 pessoas, barba e atividades ao ar livre
A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé, óculos de sol, multidão e atividades ao ar livre

É por esses e outros atentados contra  a saúde, contra a vida, e contra o erário público, que  num verdadeiro atentado contra a democracia e contra a liberdade de imprensa, querem de forma arbitraria calar o PROGRAMA JEREMOABO ALERTA, CALAR A VOZ DOS SEM VOZ.

Plataforma de pagamentos online bloqueia conta de Olavo de Carvalho e “guru” culpa os comunistas

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Plataforma é usada por Olavo para receber o pagamento de seus cursos
Deu na Folha
O escritor e guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho teve sua conta bloqueada na plataforma de pagamentos online PayPal. Na madrugada desta quinta-feira, dia 6, nas redes sociais, Olavo atribuiu o fechamento a um esforço de “comunistas”. A plataforma é um dos canais utilizados por Olavo para receber o pagamento de seus cursos, assim como a PagSeguro, do Grupo Uol.
As duas empresas têm sido pressionadas pelo movimento Sleeping Giants Brasil, que alerta empresas sobre uso de anúncios e plataformas para difundir conteúdos apontados como fake news ou extremistas, prática da qual acusa o escritor.
VIOLAÇÃO DAS REGRAS – No caso da PayPal, o movimento aponta que Olavo desrespeitou a política da empresa ao fazer transações que envolvem a promoção de “ódio, violência, racismo ou outras formas de intolerância discriminatória”.Procurada pela Folha, a PayPal não confirmou o bloqueio nem se manifestou sobre sua duração e se a ação teria sido pontual ou atingido outras contas.
Em nota, a companhia diz que está comprometida em garantir o uso da plataformas de acordo com sua política de uso e que cada situação é avaliada de forma independente.“Embora não possamos fornecer detalhes sobre contas de clientes de acordo com a política da empresa, se tomarmos conhecimento de atividades que violam a política, tomaremos as medidas apropriadas”, afirma.
VÍDEO DE TRUMP – Empresas de tecnologia também têm removido conteúdo falso de autoridades e seus apoiadores. Nesta quarta-feira, dia 5, o Facebook tirou do ar um vídeo do presidente americano, Donald Trump, em que ele afirma que as crianças são “quase imunes” à Covid-19, uma informação sem comprovação científica.
Em julho, a empresa removeu 73 contas ligadas a integrantes do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e aliados, parte delas por promoção de discursos de ódio e ataques políticos.

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Receita Federal não vai taxar Pix acima de R$ 5.000 mensais; entenda novas regras

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