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quarta-feira, maio 12, 2010

Nos jornais: reajuste dos aposentados corre risco

Folha de S. Paulo

Reajuste dos aposentados corre risco

A assessoria do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), detectou um erro no projeto que concede reajuste aos aposentados. Os deputados aprovaram, na semana passada, um texto que contém dois índices. Num artigo, anota 7%. Num parágrafo, 7,72%. O governo enxergou na encrenca uma oportunidade para invalidar o aumento de 7,72%.
Lula enviara ao Congresso medida provisória propondo reajuste de 6,14% aos aposentados que recebem mais de um salário mínimo. Premidos pela atmosfera eleitoral, deputados governistas e oposicionistas decidiram elevá-lo para 7,72%. Sem perceber, os deputados aprovaram o projeto com dois índices. Foi ao noticiário a versão de que prevalecera o aumento de 7,72%. Vaccarezza foi instado a assinar uma versão corrigida: trazia apenas os 7,72%. Negou-se a assiná-la. Ouvido pela Folha, Vaccarezza disse que o projeto teria de ser enviado à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Para ele, a comissão teria de corrigir o texto e o plenário teria de realizar nova votação.

A cinco meses da eleição, greves pressionam governo

A menos de cinco meses para o primeiro turno das eleições, servidores públicos federais aumentam a pressão sobre o governo para obter reajustes. De acordo com a Condisef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), entre 50 mil e 60 mil servidores estão em greve no país. A reportagem apurou no governo, em comandos de greve e em associações de servidores um número menor: cerca de 11.500 grevistas (excluindo servidores do Judiciário que estão em greve em oito Estados).
Essa marca, entretanto, pode ser superada nos próximos dias já que outras categorias também ameaçam paralisação, entre elas policiais federais e servidores do Poder Judiciário que querem ampliar a greve para todo o país).

Após atacar gastos, ministro quer mais cargos

Quinze dias antes de o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) condenar o Legislativo por aprovar propostas que aumentam gastos da União, chegou ao Congresso um projeto de lei, assinado pelo ministro, que amplia a capacidade de nomeação de servidores do Executivo em 6.599 cargos.
Se aprovada pelos congressistas, a alteração terá o impacto, em um ano, de R$ 530,4 milhões nas contas públicas. A proposta foi enviada ao Congresso no dia 26 de abril, mas, na última segunda, o ministro foi categórico ao criticar o Legislativo, e afirmar que não haverá reajustes neste ano.

ONG cria "roda de conversa" para Marina

Pareceu um oásis, para quem não se satisfaz com o enquadramento maniqueísta -ou "plebiscitário"- da campanha presidencial. Durante três horas, anteontem em São Paulo, cinco especialistas debateram soluções para a segurança pública. Um pré-candidato ouvia tudo com atenção. E em silêncio. Não era José Serra, nem Dilma Rousseff. Era "o duende que veio da floresta para nos devolver a paixão pela política" (Marina Silva), como a definiu Marcos Rolim, jornalista e ativista de direitos humanos, na "roda de conversa" que lançou o IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade), presidido pela pré-candidata.

Serra critica juro alto e uso da máquina

Um dia depois da polêmica sobre o grau de autonomia do Banco Central, o presidenciável José Serra (PSDB) voltou ontem a criticar as taxas de juros do Brasil -"as mais altas do mundo"- e o aparelhamento do Estado pelo atual governo. Segundo Serra, foram criados "ministérios a granel" e "muitos" cargos comissionados, quando o governo "deveria ter investido no povo". Em sua primeira visita a Goiânia na pré-campanha, Serra fez corpo a corpo num shopping ao lado de políticos de dez partidos, incluindo o PP.

Pré-candidata descarta palanque com DEM

Em visita a Natal, única capital do país governada pelo PV, a pré-candidata à Presidência Marina Silva descartou ontem o apoio de políticos do DEM aliados a seu partido no Rio Grande do Norte. Ela afirmou que não subirá no mesmo palanque do senador José Agripino (DEM-RN), que ajudou a eleger a prefeita Micarla de Sousa (PV). A decisão vai deixá-la fora de comícios com a presença de Micarla, que coordena sua campanha no Nordeste. A prefeita apoia Agripino, que tenta a reeleição, e a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), favorita na disputa pelo governo.

TSE veta que aliança tenha nome extra para o Senado

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entendeu por unanimidade que a coligação partidária estadual deve ser a mesma tanto para os candidatos a governador do Estado como para os candidatos a senador.
A resposta do TSE terá influência principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. No Rio, o PV terá de sacrificar sua pré-candidata ao Senado, Aspásia Camargo, se quiser dar espaço ao ex-prefeito Cesar Maia (DEM). Em São Paulo, ela impedirá o PTB do senador Romeu Tuma, que tentará se reeleger, de se coligar com a chapa do PSDB -que vai lançar Orestes Quércia (PMDB) e Aloysio Nunes (PSDB) ao Senado.

Tuma tira férias, e Lula vê saída definitiva

Acusado de envolvimento com integrantes da máfia chinesa, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., se afastou do cargo ontem sob a alegação de que está saindo de férias por 30 dias para se defender. Para o presidente Lula, é muito difícil ele se manter no posto depois da saída.
Outro que vai ficar fora do ministério também sob a alegação de férias é o diretor do Departamento de Estrangeiro, Luciano Pestana. O policial federal Paulo Guilherme Mello, o Guga, braço direito do secretário, foi devolvido para a Polícia Federal, que o havia cedido ao Ministério da Justiça. Ambos foram flagrados em escutas feitas pela PF para investigar contrabando.

Polícia prende 11 suspeitos de desviar R$ 300 mi

A Operação Parceria, deflagrada ontem pela Polícia Federal em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União), a Receita e o Ministério Público Federal, prendeu 11 suspeitos de envolvimento num esquema milionário de desvios de verbas. A operação, baseada em Londrina (PR), desmontou esquema que, segundo as investigações, movimentou R$ 1 bilhão nos últimos cinco anos, com desvios de R$ 300 milhões de recursos federais, estaduais e municipais.

O Globo

Acusado, Tuma JR. ignora ministro e sai só de férias

Onze dias após a divulgação das denúncias de envolvimento do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com o chinês Li Kwok Kwen, preso pela PF por contrabando, o Palácio do Planalto enfim começou a pressioná-lo para que se afaste do cargo. Ontem, o Ministério da Justiça chegou a divulgar que Tuma Jr. se afastaria do cargo por 30 dias, para permitir o avanço das investigações. Mas o secretário, irritado, negou a informação. "Não tem essa história de licença. Eu jamais vou pedir licença. Isso não existe", protestou. De início, Tuma Jr. só aceitou sair de férias por dez dias, mas à noite concordou em tirar os 30 dias. "Vou pegar um sol. Volto quando estiver moreninho", ironizou. Além da PF e do Conselho de Ética Pública, a Controladoria Geral da União (CGU) também decidiu investigar as suspeitas contra o secretário.

'Eu tinha intimidade com alguém que eu entendia ser de bem'

Cercado por assessores, ao fim de rápido almoço digerido na mesa de seu gabinete, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., estava desconfortável e ansioso. No início da tarde, Tuma Jr. ainda não sabia o destino que os desdobramentos da crise lhe reservariam. Ele recebeu O GLOBO por cerca de 30 minutos, antes de pedir férias ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e negou que tenha sido pressionado para deixar o cargo. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Justiça Federal nega habeas corpus para Li Kwok Kuen

O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3° Região negou ontem pedido de habeas corpus ao chinês Li Kwok Kuen, o Paulo Li, tido como um dos maiores contrabandistas do país. Preso desde setembro de 2009, Li é acusado de chefiar uma das maiores organizações voltadas à importação irregular de eletroeletrônicos da China para o Brasil. Por unanimidade, os desembargadores acolheram os argumentos da procuradora regional Luiza Cristina Frischeisen, que requereu a manutenção da prisão preventiva, decretada durante a operação Wéi Jin, da PF.

Justiça extingue processo contra Ustra por tortura

O juiz Clécio Braschi, da 8° Vara Federal Cível, extinguiu o processo em que o Ministério Público Federal acusava os militares reformados Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel de violação dos direitos no período em que trabalharam no DOI/Codi nos anos 1970 e 1980. O MPF acusava os militares de prisão ilegal, tortura, homicídio e desaparecimento forçado de cidadãos e pedia que eles pagassem indenização aos parentes das vítimas e perdessem suas funções públicas.

Congresso descarta recesso na Copa

Os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney( PMDB-AP), descartaram a possibilidade de o Congresso antecipar o recesso parlamentar de julho, entrando em recesso branco a partir de 10 de junho, por causa da Copa do Mundo. Para a oposição, o governo tenta impedir votações polêmicas, como o reajuste dos aposentados e o fim do fator previdenciário. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), insistiu no recesso branco. Compreendo as razões do líder Vaccarezza, ele atentou para uma realidade patriótica, a Copa do Mundo, mas é absolutamente inviável. Vamos trabalhar regularmente até o recesso formal, em metade de julho. Não tem condições para discutir esse assunto disse Temer.

No Sul, Dilma afirma: 'Eu fiz este governo'

Uma semana após a visita de seu principal adversário na disputa presidencial, José Serra (PSDB), que negocia o apoio do PMDB local, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, desembarcou no Rio Grande do Sul em campanha. Em visita à cidade de Rio Grande, ela afirmou que caberá aos eleitores decidir quem está mais identificado com os programas do governo Lula e quem está ligado a uma política de estagnação, desemprego e desigualdade. Dilma afirmou que esteve em cada programa do governo.

Petista faz sua estreia no exterior

A précandidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, fará a estreia de sua campanha presidencial no cenário internacional na próxima semana. Ela tem encontro com investidores estrangeiros em Nova York dia 21. Um dia após as críticas do presidenciável tucano, José Serra, à gestão de Henrique Meirelles à frente do Banco Central, Dilma anunciou que estará ao lado de Meirelles na solenidade na qual ele receberá o prêmio de personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Brazilian-American Chamber of Commerce), dia 20. Meirelles foi escolhido personalidade do ano por ajudar a melhorar as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Ele será premiado juntamente com o presidente da empresa norteamericana GE, Jeffrey Immelt.

Serra afirma que não é contra autonomia do BC

Um dia depois de declarar que o Banco Central não é a Santa Sé, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, amenizou ontem o discurso que levou preocupação ao comando da campanha tucana e gerou críticas de seus adversários. Com cuidado para não causar nova polêmica, Serra afirmou que não é contra a autonomia do Banco Central, mas que considera fundamental que seus dirigentes estejam entrosados com o restante da equipe econômica. Entretanto, voltou a criticar as altas taxas de juros do país. Não tem por que o Brasil continuar sendo o recordista mundial em taxa de juros reais. Não acho que essa é uma fatalidade da natureza. Isso não significa atropelar nada ou virar a mesa. Mas quem é que quer ter o maior juro real do mundo? questionou o tucano.

Ficha Limpa agora está nas mãos do Senado

A toque de caixa, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou ontem as emendas que tentavam desvirtuar o projeto de lei que veta a candidatura dos políticos com condenação, por crimes graves, na Justiça. Conhecido como Ficha Limpa, o projeto de iniciativa popular foi apresentado à Câmara em setembro do ano passado, com mais de 1,3 milhão de assinaturas. Para ser aprovado, foi flexibilizado, e, depois de adiada várias vezes, a votação foi concluída ontem. O projeto segue para o Senado, mas dificilmente as regras serão adotadas para a eleição deste ano. A proposta veda o registro eleitoral aos políticos condenados na Justiça em decisões colegiadas (adotadas por mais de um juiz) por crimes graves: crimes contra a vida, por tráfico de drogas, por improbidade administrativa, além da cassação de mandato eletivo. O texto também amplia o prazo de inelegibilidade de três para oito anos.

PF prende 11 acusados de desvio de R$ 300 milhões

A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal, prendeu ontem em Londrina, no Paraná, 11 pessoas acusadas de desviar cerca de R$ 300 milhões de verbas públicas dos ministérios da Saúde e do Trabalho. O dinheiro era repassado por convênios firmados entre o poder público de várias localidades e o Ciap (Centro Integrado de Apoio Profissional), uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que pode receber recursos governamentais. Entre os presos, estão o presidente do Ciap, Dinocarme Aparecido Lima; a mulher dele e vicepresidente do grupo, Verginia Aparecida Mariani; o diretor da Faculdade Inesul (pertencente ao grupo), Paulo Channan; e o lobista da entidade junto ao Ministério da Saúde, Juan Carlos Monastieri.

Votação do pré-sal continua em impasse, mas DEM poderá ceder

O impasse sobre a votação dos quatro projetos que criam o marco regulatório do pré-sal continua. Ainda não há acordo, embora o DEM já acene com a possibilidade de aceitar a proposta do governo de tirar a urgência constitucional para votar até o início de junho todos os projetos exceto o dos royalties (que ficaria para depois do recesso eleitoral), seguindo um cronograma preestabelecido. Mas o PSDB bateu o pé e agora diz que só faz acordo se puder votar tudo, inclusive royalties.

O Estado de S. Paulo

Tuma Júnior é afastado por 30 dias

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, decidiu na madrugada de ontem afastar por 30 dias o delegado Romeu Tuma Júnior do comando da Secretaria Nacional de Justiça. Informalmente, em conversas mantidas na tarde de ontem, o secretário disse que decidiu só "tirar férias" para se defender. O secretário deixa o cargo uma semana após o Estado revelar suas ligações com Li Kwok Kwen, o Paulo Li, um dos líderes da máfia chinesa que está preso. A PF tem indícios que tornam Tuma Jr. suspeito de "tráfico de influência" e de "crimes contra administração pública".

Polícia Federal pede inquérito contra secretário

A Polícia Federal informou ontem que a Corregedoria Regional da Superintendência da corporação em São Paulo deu parecer favorável, em fevereiro, à abertura de inquérito para investigar as denúncias envolvendo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. Segundo a PF, os indícios reunidos ? como as gravações de conversas telefônicas entre Tuma Júnior e Li Kwok Kwen, o Paulo Li, apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo ? estão sob segredo de Justiça.

BC vira arma do duelo entre Serra e Dilma

Após resistir em voltar a falar do Banco Central, o presidenciável José Serra (PSDB) defendeu ontem uma atuação integrada com a política econômica do governo. "O Banco Central tem de estar voltado para a estabilidade de preços e o desenvolvimento. Por isso, é preciso ter entrosamento." Em sua primeira visita ao Estado na condição de pré-candidato, o tucano afirmou que o BC "tem de ter autonomia" para trabalhar. "Mas tem de estar integrado com a política econômica do governo e com o Presidente da República, que é quem indica seu presidente e diretores. Foi assim no governo de Fernando Henrique e no governo Lula."

Marina defende terceira geração do Bolsa-Família

Pré-candidata à Presidência pelo PV, a senadora Marina Silva defendeu a implementação da terceira geração do programa Bolsa-Família. Segundo ela, a ideia é continuar com a distribuição de renda, mas focando na profissionalização dos jovens. "A primeira geração era o sacolão, não era o melhor caminho. A segunda foi o Bolsa-Família, transferência direta de renda com contrapartida simples, e a terceira geração deve promover a inclusão produtiva", disse.

Sindicância liga Bandarra ao 'mensalão do DEM'

Novos depoimentos, quebra de sigilo telefônico e perícia técnica agravaram a situação do procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra. Ele é suspeito de ligação com o esquema de corrupção que ficou conhecido como "mensalão do DEM". O Conselho Nacional do Ministério Público recebeu ontem a conclusão da sindicância da corregedora do Ministério Público do DF, Lenir de Azevedo. Com base em novos elementos, o conselho abriu investigação contra o procurador-geral, que chefia os promotores do DF. Agora, ele corre o risco de ser afastado do cargo durante a apuração. O Estado teve acesso ao relatório final, de 72 páginas. A corregedora afirma que há um "estreito e promíscuo relacionamento" entre Bandarra e a promotora Deborah Guerner. De acordo com Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo do DF e delator do esquema de corrupção, Deborah seria a ponte de negociação de suposta propina entre o Ministério Público e o governo do DF. Em troca do dinheiro, Bandarra teria garantido que o MP local não criaria problemas para o governo.

Promessa de não ter 'ficha-suja' afeta palanque de PT e PSDB

Se PT e PSDB cumprirem a promessa de não ter candidatos com ficha suja na disputa pelos governos estaduais, Senado e casas legislativas nas eleições de outubro, ambos vão ter de abrir mão de importantes nomes - alguns já apresentados como pré-candidatos. A promessa foi feita pelos presidentes dos partidos, José Eduardo Dutra (PT) e o senador Sergio Guerra (PSDB), durante debate no auditório do Grupo Estado, na segunda-feira. Ex-governador da Paraíba e pré-candidato tucano ao Senado, Cássio Cunha Lima não poderia concorrer. Foi cassado em última instância por decisão do Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder econômico e político e deixou o cargo em fevereiro de 2009. Procurado, Cunha Lima não respondeu ao pedido de entrevista. No Maranhão, o PSDB negocia apoio do pré-candidato tucano à Presidência José Serra ao ex-governador Jackson Lago (PDT), que tentará voltar ao cargo do qual foi obrigado a sair em abril de 2009, após ser cassado também por abuso de poder.

Correio Braziliense

Cerco se fecha sobre Bandarra

A permanência de Leonardo Bandarra no cargo de procurador-geral de Justiça do Distrito Federal está ameaçada. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu ontem, por unanimidade, avocar a sindicância que apura denúncias do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa contra Bandarra e a promotora Deborah Guerner, acusados de receber dinheiro em troca de vazamentos de informações privilegiadas. Até o fim do mês, os conselheiros deverão se reunir extraordinariamente para tomar providências. Há expectativa de que, como medida preventiva, um dos integrantes do CNMP peça o afastamento do chefe do MP local de suas funções.

Eles negam, mas a Copa está garantida

A franqueza do líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), ao pregar a antecipação do recesso para liberar os deputados durante a Copa do Mundo gerou um grande mal-estar entre os colegas. Apesar de os parlamentares confessarem que o Congresso fica deserto durante a maior competição do futebol mundial, os deputados rejeitaram a gazeta oficial proposta por Vaccarezza. Apenas o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fez coro com o argumento do líder sobre a natureza itinerante do trabalho parlamentar. De acordo com Sarney, o parlamento chinês se reúne cinco dias de quatro em quatro anos e trabalha.

Estilo paz e amor retomado

Não foi preciso mágica para fazer o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra(1), voltar a distribuir sorrisos e gracejos. Ontem, em visita à capital goiana, o ex-governador paulista retomou o estilo Mr. Simpatia da campanha e aproveitou a agenda cheia, que incluía corpo a corpo num shopping popular da cidade vizinha, Aparecida de Goiânia, para abraçar, beijar, tirar fotos e até pedir que eleitores o ajudem. Minutos depois, em resposta sobre o futuro destas eleições e das possíveis alianças, criticou a campanha antecipada, mas negou que a dele esteja a todo vapor. Aliados de Serra ficaram preocupados com a repercussão da entrevista concedida à rádio CBN na segunda-feira, em que o paulista demonstrou irritação com uma pergunta da jornalista Miriam Leitão. O temor era de que a imagem de mal-humorado voltasse à tona.

Bolsa Família para a juventude

Candidata do PV à Presidência da República, a senadora Marina Silva (AC) defendeu a adoção de uma terceira geração dos programas sociais pelo governo federal. Durante almoço com empresários natalenses, ela explicou que a primeira geração é aquela por meio da qual os governos distribuíam cestas básicas. A segunda, que transfere renda diretamente às famílias o Bolsa Família em troca de contrapartida simples dos beneficiados. Ou seja, o compromisso de manter os filhos na escola, de levá-los periodicamente ao médico, de as mulheres fazerem pré-natal e exame do colo do útero. Na terceira geração, explicou Marina, o governo precisa focar na educação de qualidade, garantindo aos jovens o acesso ao ensino médio profissionalizante.

Primeiro passo do Ficha Limpa

O Senado terá pouco mais de um mês para aprovar o projeto da Ficha Limpa a tempo de a regra ter chances jurídicas de valer para as eleições de outubro. As últimas tentativas de alteração da proposta, que estabelece pena de inelegibilidade para políticos com condenação judicial, foram rejeitadas pela Câmara ontem. O texto (1)do relator, José Eduardo Cardozo (PT-SP), foi mantido, inclusive com a previsão de barrar das urnas condenados por crimes ambientais e de saúde. O projeto prevê, em contrapartida, a possibilidade de recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir candidaturas.

Férias para tentar esfriar a crise interna

O secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, pediu afastamento do cargo por 30 dias a partir de amanhã , enquanto durarem as investigações sobre seu envolvimento com o empresário chinês Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, que é acusado de chefiar a máfia chinesa em São Paulo. O comunicado foi feito ontem, depois de uma série de reuniões entre Tuma Júnior e o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Além do secretário, foi afastado o diretor do Departamento de Estrangeiros da secretaria, Luciano Pestana, e o agente federal Paulo Guilherme, citados em gravações interceptadas pela Polícia Federal (PF).

Fonte: Congressoemfoco

Fotos do dia

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Pesquisa indica os principais perigos na hora do sexo

Fernanda Barbosa
do Agora

Dores musculares, mau jeito, contusões. O que parece resultado de uma briga ou de uma partida de futebol pode ocorrer após uma noite de sexo.

Uma pesquisa feita pelo jornal inglês "Daily Mail" mostra que um em cada três britânicos já teve alguma dor durante ou após o ato sexual. O diário entrevistou mil adultos e listou os acidentes sexuais mais comuns sofridos por eles.

Os ingleses apontaram a distensão muscular como o problema mais recorrente, seguida de mau jeito nas costas e de esfolamentos em cotovelos e joelhos, causados pela fricção em alguma superfície, como carpete. De acordo com o periódico, 5% dos entrevistados já tiveram de faltar ao trabalho devido a acidentes sexuais.

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Defensoria Pública entra com ação contra a Coelba

Thiago Pereira

A conta de toda a confusão envolvendo aumentos na tarifa de luz dos baianos também pode sair cara para a Coelba. A Defensoria Pública do Estado ingressou com uma ação civil pública com pedido liminar contra a empresa, acusada de prática abusiva na cobrança das faturas de energia elétrica.

Para complicar ainda mais a situação da concessionária, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou ontem a investigação sobre possíveis irregularidades no sistema de cobrança da empresa. Caso comprovado a irregularidade, a Coelba poderá ser advertida ou multada em 2% de seu faturamento anual.

De acordo com a Defensoria Pública, a ação contra a Coelba foi baseada na análise de aproximadamente 500 casos de consumidores insatisfeitos com os valores cobrados nas tarifas do mês de abril.

“A Coelba está deixando todos os seus usuários perplexos com os aumentos nas contas de luz que estão sendo cobradas no mês de abril de 2010. São cobranças com valores absurdos, acrescidos de 100% a até 500% dos cobrados no mês anterior, sob a alegação de que com o aumento da temperatura a energia fica mais cara para o consumidor”, afirmou Maurício Almeida, que este mês teve a conta majorada em aproximadamente 105%.

De acordo com a defensora pública Marta Torres, autora da ação, a ação foi o único meio para que a Coelba fosse impedida de continuar com as supostas cobranças abusivas, além de possibilitar aos consumidores acesso à Justiça.

Ainda conforme a defensora pública, a Coelba também é acusada de outras infrações, como o não atendimento do consumidor em tempo razoável, a ausência de entrega de número de protocolo, bem como da desatenção às normas do SAC, dentre elas o tempo de espera e a disponibilidade do serviço de atendimento telefônico 24 h por dia, 7 dias por semana.

“Os consumidores narram que, após inúmeras tentativas, desistem de fazer a reclamação através do 0800 disponibilizado pela Coelba, realizando o pagamento do valor a maior e comprometendo seu orçamento mensal”, disse Marta Torres.

Em sua defesa, a Coelba propôs duas justificativas. A primeira, divulgada no início de abril, foi de que o aumento na temperatura foi provocado por um maior gasto de energia, o que, consequentemente, resultou no aumento no valor da tarifa.

Dias depois, a concessionária afirmou que os consumidores afetados pelo aumento nas contas poderiam ter perdido o benefício de baixa renda, desconto dado a famílias com consumo médio anual entre de 80 kWh e que não apresente mais de um consumo superior a 120 kWh.

A defensora, no entanto, rechaça as duas alegações. “Houve um erro no sistema de medição de consumo em todo o Estado e que, em decorrência desse erro o consumo indicado nas faturas não corresponde ao serviço prestado e efetivamente utilizado pelos consumidores”, disse.

Fonte: Tribuna da Bahia

Disque-Denúncia divulga cartaz para ajudar polícia a localizar procuradora

Divulgação

Divulgação / Cartaz dos Disque-Denúncia: procuradora aposentada  está foragida desde a semana passada


Ela é considerada foragida da Justiça desde a semana passada. Pedido de liberdade provisória feito pela defesa foi negado

O Disque-Denúncia (2253-1177) passou a divulgar, nesta terça-feira (11), um cartaz com os contatos para quem quiser dar informações que ajudem a polícia a localizar a procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant’Anna Gomes. Acusada de torturar uma menina de 2 anos, que estava sob sua guarda para adoção, ela é considerada foragida desde a semana passada.

Na segunda-feira (10) a Justiça do Rio negou liminar que pedia a liberdade provisória da procuradora aposentada. A decisão é referente a um pedido de liminar feito no dia 7 de maio pelo advogado da acusada.

A Justiça ainda julgará o mérito do habeas corpus, mas o Tribunal de Justiça não informou quando será o julgamento. O advogado da procuradora, Jair Leite Pereira, afirmou que vai aguardar o julgamento do mérito para que sua cliente se entregue.

Ela teve a prisão preventiva decretada na quarta-feira (5), pelo juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, que está em exercício na 32ª Vara Criminal. Ele reconsiderou a decisão anterior que previa a apreciação do caso pelo 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

A desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, é a relatora do processo. Ao receber o documento, ela disse que o assunto é muito delicado e que merece um estudo apurado e criterioso.

Crueldade com a menor

Segundo a desembargadora, “os argumentos trazidos na impetração são contrariados pela realidade que se tem notícia”. Ela afirmou também que constatou “depoimentos de testemunhas presenciais da crueldade com que a menor seria tratada dentro de casa”. De acordo com o texto da decisão, a menina era constantemente espancada com socos, chutes, puxões de cabelo e era mantida trancada em um quarto.

Gizelda lembrou na sentença que a menor não foi matriculada em uma escola. De acordo com a desembargadora, “há motivos e bem contundentes” para que a procuradora seja mantida custodiada, pois “demonstrou verdadeiro desprezo pela lei e pelas decisões judiciais”, escreveu, lembrando que a procuradora desapareceu. “Aquela pessoa que foi do judiciário a vida inteira deveria ter respeitado a decisão judicial”, disse na última segunda-feira (10) o presidente do Tribunal de Justiça, Luis Zveiter.

Fonte: Gazeta do Povo

Caminho suave

Dora Kramer


No Palácio do Planalto engendrou-se então uma solução desenhada para ser interpretada como “pressão” para Tuma Júnior pedir para sair: foi dado a ele prazo de cinco dias para se explicar à Comissão de Ética Pública da Presidência


De tudo o que se vê no noticiário sobre o caso do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, flagrado em gravações da Polícia Federal em conversas que caracterizam relações de amizade entre ele e um acusado de integrar a cúpula da máfia chinesa em São Paulo, chama atenção a quantidade de malabarismos feitos pelo governo para não melindrar o secretário.

Ontem, o Ministério da Justiça anunciou seu licenciamento pelo período de 30 dias, para em seguida ser desmentido por Tuma Júnior que, no comando das operações, optou por férias de 15 dias.

Fosse qual fosse o modelo, pela natureza do cargo e dos variados fatos surgidos após a divulgação das primeiras gravações (tentativa de relaxamento de um flagrante de apreensão de dólares no Aeroporto de Guarulhos, suspeita de intervenção de Tuma Júnior na emissão de vistos ilegais e liberação de mercadorias de pessoas investigadas pela PF) o afastamento deveria ter sido imediato.

Por precaução no tocante às investigações ou para preservar o governo federal como um todo, independentemente do que venha a ser revelado sobre a extensão da amizade dele com o acusado Li Kwok Kwen.

Por iniciativa de superiores teria denotado apreço à compostura. Passaram-se dias sem que ninguém soubesse o que fazer simplesmente porque, argumentava-se, o secretário era uma indicação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em atendimento ao senador Romeu Tuma, do PTB de São Paulo.

Caberia, seria de se supor, ao presidente demiti-lo. Mas não era seu subordinado direto. Esperava-se, então, uma decisão do ministro da Justiça. Mas passou-se a contar com a iniciativa de Tuma Júnior que, mirando-se em exemplos anteriores vindos de cima e segundo os quais quanto mais largas as costas mais quentes os panos, não se mexeu.

No Palácio do Planalto engendrou-se então uma solução desenhada para ser interpretada como “pressão” para Tuma Júnior pedir para sair: foi dado a ele prazo de cinco dias para se explicar à Co­­­missão de Ética Pública da Presidência.

Logo a tão desgastada comissão, desautorizada por Lula numa queda de braço em 2008, com o então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e que em todas as batalhas em que se envolveu a ética saiu vencida.

Não será agora que contabilizará sua primeira vitória. Apenas servirá como aval decorativo na construção de um caminho suave à retirada do secretário.

Conto “das bases”

Ainda hoje, 50 anos depois de instalada a capital da República no Planalto Central, deputados e senadores insistem em ignorar que o mandato de representação federal é exercido em Brasília.

O trabalho “nas bases” diz respeito às respectivas sobrevivências políticas, que deveriam financiar com outras fontes que não o dinheiro do contribuinte que lhes paga salários e benefícios para um expediente de segunda a sexta-feira na capital.

Mesmo assim surgem propostas, como a do líder do governo Cândido Vaccarezza, em boa hora negada pelo presidente da Câmara, Michel Temer, de antecipar o recesso do meio do ano para antes da Copa do Mundo, a fim de liberar mais cedo suas excelências para as férias e a campanha eleitoral.

Note-se, período em que se afastam no atendimento a interesse unilateral, pois o contrato das urnas prevê quatro e não três anos e meio de mandato com direito a licença-campanha e bolsa Copa do Mundo. Vaccarezza já avisou que vai insistir.

Conto da desfaçatez

Pode ser chamado de gratuito o horário eleitoral que custa R$ 851 milhões ao Estado? Isso só com a renúncia fiscal decorrente da compensação às emissoras de rádio e televisão pelas perdas com a publicidade comercial que deixam de exibir, sem contar a parcela do Orçamento destinada anualmente ao Fundo Partidário.

O horário é gratuito para os partidos que ainda se dão ao desfrute de dizer que enquanto não for instituído o financiamento público as campanhas eleitorais continuarão “reféns” do caixa 2.

Fonte: Gazeta do Povo

Que tal proibí-lo de assistir a Copa?

Carlos Chagas

Para bem de todos e felicidade geral da nação, os líderes dos partidos e as respectivas bancadas rejeitaram por ampla maioria a sugestão do líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza, de interromper os trabalhos parlamentares durante a Copa do Mundo. Com o adendo de que, iniciada a 11 de junho, a gazeta se prolongaria até as eleições de outubro, emendando com as férias de julho e o recesso eleitoral.

É provável que durante o campeonato mundial de futebol registre-se quorum baixo no Congresso, mas daí a oficializar o privilégio de ganhar sem trabalhar, a distância parece imensa.

Na maioria das fábricas, o patrão permitirá que os operários interrompam suas obrigações para assistir os jogos do Brasil. Nas repartições públicas, o chefe também ficará colado na telinha. Nas escolas, a mesma coisa. Quem sabe até o pipoqueiro arraste sua carrocinha até a vitrina de uma loja de eletrodomésticos, torcendo pelo nosso selecionado. Antes e depois, porém, serão horas de trabalho normal. Por que deputados e senadores ficariam em casa por todo o período?

Desses absurdos compõe-se a imagem que o cidadão comum faz do Legislativo. Uma gaiola de benefícios e beneficiados. Claro que há exagero nesse conceito. Muita gente trabalha, a começar por parlamentares. O que não dá para aceitar são propostas abomináveis como a formulada pelo líder do governo. No mínimo, ele deveria ser proibido de assistir a Copa, como castigo.

Exageros

Exagerou o Tribunal Superior Eleitoral, esta semana, ao obrigar o PT a retirar imagens de Dilma Rousseff de seus programas de propaganda partidária, bem como proibir comparações entre as performances do governo atual e do anterior. Trata-se de lesão clara ao direito constitucional de liberdade de manifestação do pensamento e de informação. Além de óbvia tentativa de tapar o sol com a peneira.

Alguém duvida de que Dilma é candidata? Não terão os companheiros o direito de cotejar as realizações dos presidentes Lula e Fernando Henrique? Seria preferível que o PSDB fizesse o mesmo, na preparação da mensagem televisiva a que terá direito. O eleitor só ganharia, sendo esclarecido e preparado para decidir. E os meretíssimos ministros da Justiça Eleitoral ganhariam tempo precioso para o julgamento de questões de maior importância.

Oportunidade perdida

Da Presidência da República fluem informações de estar o companheiro Lula prestes a determinar o afastamento de Romeu Tuma Júnior da Secretaria Nacional de Justiça. O ministro Luiz Paulo Barreto já transmitiu o recado ao interessado, até atenuando o conteúdo através da sugestão de um simples “licenciamento”.

Salta aos olhos, porém, a oportunidade perdida pelo presidente. A exoneração de Tuma Júnior deveria ter sido sugerida ou executada há duas semanas, assim que estourou a denúncia de suas ligações perigosas com um contrabandista chinês. Não se trataria de condenação antecipada, mas de medida cautelar para que o funcionário pudesse defender-se. Até voltaria, comprovada sua inocência.

Tem sido sempre assim, desde a posse do Lula. Ele custa a reagir, quando se trata de cortar na própria carne do governo e do seu partido. Pode ser por razões de coração, pode ser por formação, mas a verdade é que a dispensa forçada do Secretário Nacional de Justiça chega tarde. Nunca será demais repetir as saudades que o país tem do Itamar Franco…

Dornelles, dor nele ou dor nela?

No fundo, o presidente nacional do PP, Francisco Dornelles, já se decidiu entre ficar com José Serra ou com Dilma Rousseff. Segue a tendência da maioria dos diretórios regionais do partido, bem como sua inclinação pessoal. Apenas, aguarda a formalização da consulta feita às lideranças, preparando-se para causar dor, seja nele, seja nela. Tanto Dilma Rousseff quanto José Serra aguardam a decisão, confiando ambos que lhe será favorável.

Arriscar palpites, além de inócuo, é perigoso. O senador pelo Rio de Janeiro vive sob pressão, mas não perde a tranquilidade. Precisamente porque já sabe para onde vai o PP, mesmo sem a obrigação da fidelidade partidária. Os que ficarem contra a corrente majoritária serão respeitados, jamais punidos.

Fonte: Tribuna da Imprensa

OAB divulga nota em apoio à greve dos servidores do Judiciário

Redação CORREIO

A Ordem dos Advogados Brasil - Seção Bahia divulgou nota nesta terça-feira (11) apoiando a greve dos servidores do Tribunal de Justiça da Bahia. Apesar de garantir que respeita e entende a decisão, a OAB salientou acreditar que as partes deveriam encontrar a solução por 'via conciliatória'.

Na nota, a OAB pede que TJ e sindicatos sentem para negociar e solucionem a questão o mais rápido possível, 'a fim de mininimizar os prejuízos que inevitavelmente ocorrerão'.

Por conta da greve, que segue por tempo indeterminado, a OAB também enviou um ofício ao TJ pedindo que um decreto judiciário que suspenda os prazos processuais durante a paralisação, para evitar prejuízos para as partes e os advogados.

Os servidores devem realizar assembleia amanhã.

Fonte: Correio da Bahia

Tradutor do Google terá pronúncia em voz alta em português

Os brasileiros que usam a ferramenta de tradução gratuita do Google já contam a partir de agora com o recurso de fala em voz alta (text-to-speech). O Google expandiu o recurso que permite ao usuário ouvir como é a pronúncia correta da palavra ou texto traduzido para 27 idiomas, incluindo o português do Brasil.

Além do português, os idiomas que passaram a contar com o recurso – que utiliza o sintetizador de voz eSpeak – são: africâner, albanês, catalão, chinês (mandarim), croata, checo, dinamarquês, holandês, finlandês, grego, húngaro, islandês, indonésio, letão, macedônio, norueguês, polonês , português, romeno, russo, sérvio, eslovaco, suaíli, sueco, turco, vietnamita e galês.

“Você pode perceber que a qualidade de áudio desses idiomas não está no mesmo nível da que as línguas lançadas anteriormente. Tornar mais limpa e apurada a tecnologia de fala até ser considerada perfeita é difícil, mas vamos continuar a melhorar a performance e o número de idiomas que são suportados”, disse Fergus Henderson, engenheiro de software do Google, no blog oficial da companhia nesta terça-feira (11). As informações são do G1.

Fonte: Correio da Bahia

Saiba quem recebe supersalários no TJ-BA

Luciano da Matta/Agência A TARDE
Categoria não quer que todos paguem pelos poucos que têm salários  inflados

Flávio Costa e Danile Rebouças

O ex-superintendente do extinto Ipraj, Antonio Maia Diamantino, o assessor do gabinete do desembargador Paulo Furtado, André Luiz Amado Simões, e um engenheiro tiveram remuneração bruta superior a R$ 50 mil, cada um, na folha de pagamento de fevereiro, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Com base em documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), levantamento de A TARDE identificou os nomes de 11 servidores dos 12 maiores salários recebidos naquele mês.

Além dos três já citados, aparecem duas assessoras da desembargadora Lícia Carvalho, uma assistente social, outros três funcionários que pertenceram ao Ipraj e mais três pessoas de setores administrativos da corte.

Desde setembro de 2009, o CNJ investiga distorções na folha salarial do TJ-BA. Há uma semana, auditoria do CNJ emitiu parecer pelo fim de adicional de função a 2.346 servidores da Justiça baiana.

O parecer da auditoria do Conselho apontou indícios de favorecimento pessoal no pagamento de adicional, já que o TJ-BA não indicou ainda quais critérios usa para a concessão do benefício.

Considerada inconstitucional pela auditoria, a gratificação chega a elevar em até 150% os vencimentos básicos dos servidores agraciados. Mas, como incide em “efeito cascata” sobre outras vantagens, o resultado final eleva ainda mais a remuneração.

É o que acontece com 194 servidores cujos proventos brutos superam o teto estadual de R$ 22 mil, salário de um desembargador. Os 12 maiores salários superam os R$ 30 mil.

Confira os 12 maiores salários

R$ 52.258,16 Engenheiro da Supervisão de Acompanhamento de Obras

R$ 52.179,38 André Luiz Amado Simões, técnico administrativo

R$ 51.264,90 Antonio Maia Diamantino, ex-superintendente/ Ipraj

R$ 41.263,66 Rita de Cássia B. C. Menezes, assessora de desembargadora

R$ 38.401,57 Rosalva C. G. B. Almeida, coordenação de prepostos regionais

R$ 37.548,55 Aloísio A. Garcia, técnico supervisão de direitos e deveres

R$ 34.618,86 Regina Maria de Jesus, supervisão de cadastro e pagamento

R$ 34.203,64 Osvaldo de Araújo Júnior, técnico de supervisão de produção

R$ 33.195,05 Sífise de Fátima Moreira, assessora de desembargadora

R$ 32.912,80 Jair Antônio Jabar, ex-assessor do Ipraj

R$ 32.412,86 Juraci Magalhães, técnico da gerência de RH

R$ 31.459,68 Angélica G. Lordelo, assistente social

Fonte:
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta quarta-feira

Homem fica 29 anos preso por crime que não cometeu

Condenado à prisão perpétua em 1981, o músico norte-americano Raymond Towler passou 29 anos preso injustamente. Ele foi julgado pelo Tribunal do Condado de Cuyahoga, em Ohio, Estados Unidos, por rapto e estupro de duas crianças. Diante de uma nova prova, no dia 5, ele foi declarado inocente e posto em liberdade pela juíza Eileen A. Gallagher, do mesmo tribunal. As informações são do site cleveland.com.

A legislação de Ohio prevê que réus condenados injustamente recebam U$ 40.330 por cada ano que passou atrás das grades. Com 29 anos de reclusão, Towel poderá receber quase U$ 1,2 milhão. “Eu quero começar uma nova vida”, declarou logo depois de ser solto.

Em 24 de maio de 1981, um menino de 13 anos e uma garota de 12 menina foram atraídas para uma área arborizada para a reserva do Rocky River, um parque de Cleveland Ohio. O rapaz foi agredido e a menina estuprada. Três semanas depois, durante uma blitz de rotina, Towler foi identificado como suspeito. Posteriormente, foi condenado por estupro, sequestro e assalto.

A iniciativa de rever o caso foi da organização não-governamental Ohio Innocence Project e do jornal Columbus Dispatch. O ex-preso foi defendido pelo professor de Direito e diretor da ONG, Mark Godsey. O advogado baseou sua defesa em um teste de DNA, que comprovou a inocência de Towler.

Em 2008, exames de DNA provaram que o sêmen colhido da roupa da vítima não era compatível com o do preso. Na época, a promotoria classificou o exame como “inconclusivo” e não o aceitou. No mesmo ano, foram pedidos novos testes. No dia 4 deste mês, um novo resultado com amostras de pele e sêmen provou definitivamente a inocência de Towler. Os promotores, imediatamente, solicitaram sua liberdade.

De acordo com Godsey, o músico está entre os quatro americanos, beneficiados por exame DNA, com maior tempo de pena cumprido. No julgamento, ele ressaltou a importância dos testes de DNA na busca por Justiça.

Revista Consultor Jurídico

Lei da Ficha Limpa é aprovada pela Câmara

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Ficha Limpa, por 412 votos a favor e 3 abstenções. O texto, que será encaminhado ao Senado, prevê que não podem se candidatar políticos que tenham condenação em segunda instância ou tribunal superior, ou processo transitado em julgado, em que não cabe mais recurso. A informação é da Agência Câmara.

O candidato com as condenações listadas pela lei fica inelegível por oito anos. Caso uma decisão liminar absolva o político, a inegibilidade é suspensa até novo recurso na Justiça. A votação foi encerrada quando o Plenário rejeitou o último destaque apresentado pelo PMDB. A intenção do partido era tirar do texto do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) o dispositivo que prevê a cassação do diploma de eleito quando o julgamento final do recurso acontecer depois da diplomação.

O texto aprovado traz uma longa lista de casos em que o candidato torna-se inelegível, incluindo as condenações que acarretam a perda de mandato, como improbidade administrativa e lesão ao patrimônio público. A lei também inclui abuso de poder econômico, contra o sistema financeiro, tráfico de drogas, ocultação de bens, trabalho escravo e abuso de autoridade.

Na Justiça Eleitoral, o PL cita os crimes de corrupção eleitoral e doações e gastos ilegais de recursos de campanha. O projeto veta ainda a candidatura de pessoas físicas e dirigentes de empresas responsáveis por doações eleitorais ilegais, além de juízes e membros do Ministério Público que tenham sido aposentados compulsoriamente pela Justiça, bem como profissionais excluídos da categoria por falha ética.

Nesta segunda-feira (10/5), o o líder do governo na Câmara Cândido Vacarezza (PT-SP) afirmou que o entendimento do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, é que o Ficha Limpa não terá validade para as eleições de outubro. Segundo a Folha Online, os favoráveis à aplicação imediata da lei, acreditam que ela poder ser validada este ano se for sancionada até junho, antes da convenções partidárias.


O que diz a lei
São inelegíveis quem tiver condenação definitiva ou de órgão colegiado, nos seguintes casos:

  • Ocupantes de cargos eletivos:
    • Cassados por violação à Constituição Estadual ou Lei Orgânica dos Municípios.
    • Que tiverem suas contas recusadas
    • Que desfizerem união conjugal ou estável para descaracterizar situação de inelegibilidade.
    • Que renunciaram para não serem cassados
  • Ocupantes de cargos na administração pública condenados por abuso de poder econômico ou político
  • Oficiais excluídos das forças armadas
  • Profissionais excluídos da categoria por falha ético-profissional.
  • Magistrados e membros do MP aposentados compulsoriamente
  • Quem teve os direitos políticos suspensos por improbidade.
  • Demitidos do serviço público em processo administrativo.
  • Condenados por fazer doações eleitorais ilegais
  • Condenados
    • Por crime contra a economia popular, a fé pública, a administração e o patrimônio públicos.
    • Por crime contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e por violação à Lei de Falências.
    • Por crime contra o meio ambiente e a saúde pública.
    • Por crime eleitoral punido com pena de prisão.
    • Por abuso de autoridade
    • Por lavagem de dinheiro, tráfico de droga, racismo, tortura e crimes hediondos
    • Por trabalho escravo
    • Por crime contra a vida e a dignidade sexual
    • Por organização criminosa, quadrilha ou bando

Clique aqui para ler o Projeto de Lei.



Revista Consultor Jurídico

MINEIROS, FUDIDOS E MAL-PAGOS

Popularidade assegurada pela PMMG
Protegida pela tropa de “eventos” da PMMG, Câmara Municipal de BH homenageia governador Anastasia com Honra ao Mérito

Lambido do Novo Jornal

Inacreditável como os tempos são outros. Há pouco mais de uma década o político que pretendesse testar sua popularidade para pleitear qualquer cargo eletivo era obrigado a passar pelo seguinte teste:

No centro da capital mineira, na Avenida Afonso Pena, mais precisamente no quarteirão da Praça Sete, existe o tradicional Café Nice. Desnecessário dizer que o local é o mais movimentado de Belo Horizonte.

(na foto ao lado, o muito gente boa Tadeu, do Café Nice, Praça Sete-BH)

ps.: O Tadeu é torcedor americano de primeira linha, apesar de posar para esta foto com uma camisa do Villa Nova.

O teste consistia em o candidato descer do automóvel na esquina da Rua Espírito Santo, caminhar até o Café Nice, entrar e saborear o excelente café servido no local, mantendo desta forma um contato direto com o povo, se sujeitando a ouvir o que a população realmente achava a seu respeito.


Desde a eleição de Marcio Lacerda para a Prefeitura de Belo Horizonte, os “marqueteiros” acabaram definitivamente com este teste, pois os candidatos passaram a ser produtos, como “Bom Bril” e “Coca Cola”.

A popularidade já não é mais necessária. Basta que o partido tenha um bom espaço na TV e verba suficiente para “acertar” com a imprensa, vereadores e deputados de plantão, está tudo bem.

Prova desta crença foi o “evento” ocorrido no último dia 07 de maio na Câmara Municipal de Belo Horizonte, para entrega do Diploma de Honra ao Mérito ao governador mineiro.

Pouco antes da chegada do governador Anastasia em uma operação cinematográfica, a tropa da Polícia Militar mineira, conhecida como “Batalhão de Eventos”, com quase uma centena de policiais, ocupou as imediações da Câmara Municipal, assustando com seus trajes e movimentos ninjas os populares e convidados para a cerimônia.

A justificativa foi que há poucos dias o candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, quase foi agredido por professores em greve.

Ao final da solenidade, a plateia presente no plenário da Câmara, acompanhada pelo conjunto de metais da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais, fez uma homenagem especial ao governador pela passagem de seu aniversário.

Participaram da solenidade o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador José Antonino Baía Borges, o novo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, o presidente da Força Sindical em Minas Gerais, Rogério Fernandes, os secretários de Estado, Renata Vilhena (Planejamento e Gestão) e Alberto Rodrigues (Esportes e Juventude), além de deputados e vereadores de Belo Horizonte.

Bela festa, principalmente para quem pretende disputar o voto popular.
Fonte: Lingua de Trapo

terça-feira, maio 11, 2010

Nos jornais: Lula avisa que não dará reajuste a servidores

Folha de S. Paulo

Lula avisa que não vai dar reajuste

Em reunião ontem à noite com 15 ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que todos os órgãos do governo deixem claro que não haverá mais reajuste a servidores. "A reunião foi para dizer que ministro e dirigente de autarquia não é sindicalista e não tem que defender reivindicação de servidor. Não haverá reajuste em 2010", disse o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) depois da reunião. Além da greve de servidores do Ibama e de algumas universidades federais, os funcionários do Judiciário também ameaçam parar. Mais cedo, Paulo Bernardo afirmou haver um "surto" de votações de projetos que aumentam as despesas do governo pelo Congresso.

Governo pressiona por saída de Tuma Jr.

A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu investigar a conduta do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., levando o governo a pressioná-lo a deixar o cargo. Segundo a Folha apurou, o presidente Lula espera que Tuma Jr. peça ao menos uma licença até que o caso envolvendo seu nome seja esclarecido. Um auxiliar do presidente disse que a situação do secretário está ficando "difícil" e que o ideal seria ele deixar o governo por conta própria, evitando a saída mais traumática que seria sua demissão. Esse desfecho, segundo a equipe de Lula, será o mais provável caso Tuma Jr. não peça a licença.

Senadora leva o "marinês" à campanha

Depois de transformar a questão ambiental em tema obrigatório na campanha, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, tenta promover uma pequena revolução no vocabulário eleitoral. Em discursos e palestras pelo país, ela tem surpreendido ao recitar expressões estranhas ao dicionário político, como "problemas multicêntricos" e "desadaptação criativa". A senadora jura não inventar nada, mas reconhece ter dado um sentido particular a alguns verbetes. Um de seus hits é "transversalidade", criado no tempo de ministra do Meio Ambiente e adotado pelos assessores mais próximos.

Crítica de Serra ao BC expõe divergência com adversárias

Os três principais pré-candidatos à Presidência revelaram ontem divergências sobre o grau de autonomia que o Banco Central teria em seus governos. O tema veio à tona depois de uma declaração de José Serra (PSDB), que pela manhã defendeu que "o presidente da República tem que fazer sentir sua posição" se houver "erros calamitosos" na condução da política monetária do país. Apesar de o tucano ter declarado ser favorável à autonomia do BC, suas principais adversárias, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), aproveitaram a frase para tentar se contrapor ao tucano, defendendo a autonomia da instituição e sua atuação na crise mundial -que havia sido criticada por Serra.

Dilma agora renega discurso que já foi dela

Enquanto Dilma Rousseff esconde seu pensamento recente, José Serra revela o que estava evitando expressar até aqui. Assim poderíamos traduzir o que os dois principais pré-candidatos à Presidência disseram ontem sobre a autonomia do Banco Central. Em outras palavras, na busca de ressaltar diferenças entre as candidaturas, Dilma renega hoje um discurso que, durante seu período de governo, em tudo parecia com o que Serra externou ontem durante entrevista à rádio CBN. Nos bastidores do governo Lula, a então ministra da Casa Civil não poupava de críticas a política monetária do presidente do BC, Henrique Meirelles. Dependesse apenas dela, por sinal, Meirelles poderia estar fora do governo.

TSE limita investigação de doações ilegais


Sob novo comando, o Tribunal Superior Eleitoral tomou duas decisões nas últimas semanas que limitam a ação do Ministério Público contra doações ilegais na campanha. As medidas tomadas após a posse do ministro Ricardo Lewandowski na presidência abrem espaço para impunidade, afirmam procuradores eleitorais ouvidos pela Folha. "Vamos perder todas as ações e, consequentemente, a lisura do processo eleitoral vai ficar muito abalada", afirmou a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau.

Empresa que usou "laranjas" não será punida

As decisões do TSE deixarão impune o uso de "laranjas" como doadores. Empresas e pessoas que tenham doado além do limite legal também não serão punidas. Ficarão igualmente livres as que declararam faturamento zero ou baixo e mesmo assim contribuíram com campanhas. As ações envolvem grandes empresas e poderiam gerar multas de até R$ 400 milhões. As grandes empresas sempre negaram as irregularidades, mas casos julgados pelos Tribunais Regionais Eleitorais vão além dos grandes grupos empresariais.

SP e Rio são os piores gestores do Bolsa Família, diz governo

A gestão do Bolsa Família é pior nos Estados do Rio e de São Paulo por causa do fraco monitoramento das condicionalidades de saúde. É o que mostra um índice do Ministério do Desenvolvimento Social que avalia o desempenho dos gestores e premia os melhores com recursos adicionais.
O índice considera tanto a gestão dos municípios, principais executores do programa, quanto dos Estados, cuja função maior é de orientação e articulação das prefeituras. São consideradas informações sobre o cumprimento das condicionalidades de saúde e educação -como o cumprimento do calendário de vacinas ou a realização de exames pré-natais- e a atualização e cobertura do cadastro de famílias.

Comissão de Ética Pública abre investigação contra Tuma Júnior

Comissão de Ética Pública abre investigação contra Tuma Júnior
O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, terá de dar explicações oficiais à Presidência da República sobre seu envolvimento com a máfia chinesa em São Paulo. Ontem, a Comissão de Ética Pública abriu investigação formal sobre o caso. Foi estipulado um prazo de cinco dias para o secretário dar sua versão, por escrito, sobre as ligações com Li Kwok Kwen. Conhecido como Paulo Li, ele é apontado pela Polícia Federal como um dos chefes da máfia chinesa. Com esse movimento da Comissão de Ética, vinculada à Presidência, está aberto o caminho para Tuma Júnior sofrer um processo disciplinar dentro do governo. A comissão tem o poder, no fim da apuração, para recomendar as punições ao secretário, inclusive sua demissão do cargo.

PF vê gabinete como 'central de favores'

A mesma investigação da Polícia Federal que descobriu ligações estreitas do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com o homem apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo revela em detalhes a maneira como ele e seus auxiliares mais próximos transformaram seus gabinetes em Brasília, a poucos metros de onde despacha o ministro da Justiça, numa central de solução de problemas de amigos, familiares, aliados e até de escritórios de advocacia com interesses no ministério. Os diálogos e documentos colhidos ao longo da investigação mostram Tuma Júnior e assessores usando a secretaria - e o prestígio dos cargos que ocupam - para, por exemplo, agilizar processos de naturalização de estrangeiros ilegais e obter na PF a emissão a jato de passaportes para atender pedidos que chegavam diariamente por telefone.

''Autonomia é inquestionável'', reage Dilma

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse ontem no Rio que a relação do governo com o Banco Central deve ser marcada pela "serenidade" e considerou "importantíssima" a autonomia operacional da instituição. Ela defendeu a atuação do BC durante a crise econômica global. Foi uma resposta às críticas do tucano José Serra à instituição.n"Acho importantíssima a autonomia operacional que o Banco Central teve durante o governo do presidente Lula. As relações institucionais têm que se pautar pela maior tranquilidade possível. Sempre tivemos uma relação muito tranquila com o Banco Central, de pouca turbulência, pouca confusão", afirmou.

Ambiguidade é marca dos pré-candidatos

A ambiguidade parece ser a marca registrada das posições dos pré-candidatos em relação ao Banco Central. O BC, na verdade, ocupa uma posição curiosa no imaginário dos políticos e da maior parte da população. Por um lado, trata-se de um grupo de tecnocratas sisudos, dominado pelo mercado financeiro, e responsável direto pelas altíssimas taxas de juros nacionais. Obcecado com a inflação, o BC mostra-se frio e distante em relação ao drama do desemprego, e não pode ver crescimento sem pisar no freio. Por outro lado, o BC é responsável por manter a inflação em níveis civilizados há mais de uma década, garantindo o espetacular aumento recente do poder de compra dos mais pobres. Além disso, seria preciso muita má-fé para negar o prestígio e a confiança internacional trazidos pela atuação do BC brasileiro.

PSDB entra com nova ação contra PT

O PSDB tenta novamente suspender uma propaganda do PT. A inserção, de 30 segundos, está programada pela Justiça Eleitoral para ser veiculada hoje. Na sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar aos tucanos para que duas inserções petistas fossem retiradas do ar e substituídas. Os tucanos acusaram os petistas de terem feito "promoção pessoal" da presidenciável petista, Dilma Rousseff, e de terem apresentado a ex-ministra "como a pessoa mais apta a dar continuidade às ações do atual governo". O advogado eleitoral do PSDB, Afonso Ribeiro, explicou que devem ser usados argumentos semelhantes no novo pedido, que seria entregue até a noite de ontem, no máximo no início da manhã de hoje, ao TSE. "Iremos alegar que a inserção faz propaganda eleitoral antecipada."

PT e PSDB divergem sobre 'meritocracia'

Tema recorrente no discurso dos ex-governadores tucanos José Serra e Aécio Neves e invocada como a marca de gestão do PSDB, a meritocracia entrou no vocabulário do PT, ainda que o partido, por sua relação simbiótica com o sindicalismo, tenha mais dificuldade em transpor a resistência de corporações ao sistema de avaliação e promoção por mérito no serviço público. Sem alarde, o governo federal implantou por decreto, assinado dia 19 de março, a avaliação de desempenho entre servidores da União. Na semana passada, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu uma reforma administrativa "com meritocracia e profissionalismo". Nas diretrizes do PT para o programa de governo de Dilma é feita a defesa do "serviço público de qualidade, submetido a processos meritocráticos de seleção e promoção".

Política externa e Previdência São maiores diferenças

Os temas política externa e reforma previdenciária colocaram em lados opostos os presidentes do PSDB e do PT no debate de ontem, promovido pelo Estado. Sérgio Guerra e José Eduardo Dutra também mostraram posições convergentes, como nos elogios à política social do governo.
O tucano criticou o governo por não ter feito uma reforma na Previdência. Já o petista disse que as iniciativas nesse sentido acabam provocando a aposentadoria precoce dos que temem ser atingidos. Ele defendeu "ajustes pontuais" e ressaltou que não está nos planos do PT propor uma reforma no setor caso Dilma Rousseff vença as eleições. Para o tucano, o Brasil comete "desvios de conduta" ao não condenar o desrespeito aos direitos humanos em países como Cuba e Irã. Guerra também criticou a proximidade entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez.

Rivais também mostram muitas semelhanças


No encontro organizado pelo Estado, José Eduardo Dutra e Sérgio Guerra se esforçaram para expor as diferenças no ideário político e no estilo de agir entre PT e PSDB, os dois partidos mais influentes do País. Ao final de duas horas de debate, porém, era quase inevitável a sensação de que os dois são mais parecidos do que se supõe. Já na apresentação, o tucano e o petista se aproximaram ao lembrar sua presença na luta pela redemocratização. Os dois também manifestaram confiança na continuidade do amadurecimento democrático e declararam que são contrários ao radicalismo político. "O povo não é radical", disse o senador Guerra.

Comissão da Verdade vai ao Congresso

O governo federal já concluiu a redação do projeto de lei para a criação da Comissão da Verdade, destinada a apurar casos de violação de direitos humanos ocorridos no período da ditadura militar. Ele deve ser divulgado e enviado ao Congresso nos próximos dias. O texto está pronto desde a semana passada. Mas o governo decidiu segurar sua divulgação, com a intenção de fazê-lo simultaneamente à apresentação pública da nova redação do decreto presidencial que instituiu, em dezembro ano passado, o 3.º Programa Nacional de Direitos Humanos. Na época de sua apresentação, o programa sofreu críticas, provenientes de diferentes setores da sociedade. Pressionado, o governo decidiu recuar prometendo rever alguns dos pontos mais polêmicos do texto.

O Globo

Serra critica BC, Telebrás, Belo Monte, Mercosul...

Após um mês de pré-campanha em que dosava críticas com elogios ao governo Lula, o précandidato tucano à Presidência, José Serra, ontem deixou aflorar mais os ataques, indicando diversas mudanças que faria no governo, caso eleito. Em entrevista à rádio CBN, ele mostrou desconforto ao falar sobre se manteria ou não a autonomia do Banco Central e até foi ríspido com a colunista Míriam Leitão, da equipe de entrevistadores. Mais tarde, o notívago Serra tentou justificar dizendo que não podia estar de bom humor às 8h da manhã, hora da entrevista. Além do BC que não baixou os juros quando devia, na opinião dele , o tucano criticou o aparelhamento do Estado pelo PT; o processo de construção de Belo Monte; o Mercosul; e a Telebras, entre outros programas do governo. Ao mesmo tempo, destacou que respeitará a decisão do Congresso quanto ao aumento das aposentadorias acima do mínimo e disse que o presidente Lula reduziu o clima de terrorismo ao afirmar que nada de anormal acontecerá no país, independentemente de quem seja eleito.

Depois da polêmica, Serra fala em 'sintonia e diálogo' entre BC e Planalto

Em visita à Feira Internacional de Supermercadistas, na Zona Norte da capital, o pré-candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, buscou detalhar sua posição em relação à autonomia do Banco Central (BC) e à queda nas taxas de juros, explicitada mais cedo em entrevista à rádio CBN. Serra afirmou que é possível calibrar melhor as taxas de juros se houver mais sintonia e diálogo entre o Planalto e o BC. E, para ele, a sintonia é possível quando o presidente do BC é indicado pelo presidente da República, bem como a diretoria do banco.

Dilma e Marina rebatem críticas de tucano ao BC

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu de imediato as críticas ao Banco Central (BC), feitas ontem de manhã por seu adversário, o précandidato presidencial do PSDB, José Serra. E, em seguida, refutou a afirmação de Serra de que a campanha dela se baseia em terrorismo eleitoral, por sugerir que quem votar nele estaria apoiando alguém que quer levar o país a um retrocesso. Dilma afirmou que o BC teve vários acertos nos últimos anos, em especial na condução da política monetária durante a crise internacional: Não vou deixar de reconhecer a quantidade de acertos que o BC teve no enfrentamento da crise. Na forma como liberou o crédito, inclusive quanto do financiamento de nossos exportadores, quando o mercado internacional de crédito teve aquele imenso choque disse ela, em entrevista no Rio.

Cabral leva prefeitos até Dilma, em almoço fechado

Acompanhada de dois ministros Márcio Fortes (Cidades) e Carlos Lupi (Trabalho) , a pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, reuniu-se ontem com 86 dos 92 prefeitos do Estado do Rio, incluindo os de oposição, como DEM e PSDB. No discurso, a petista prometeu compromisso e continuidade, mesmo admitindo ser inexperiente em disputas eleitorais. Dilma também criticou adversários, dizendo que o Brasil estava de joelhos diante dos credores no governo Fernando Henrique. O almoço foi numa churrascaria em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para 400 convidados, entre prefeitos, deputados e vereadores. A maioria usou carros oficiais. A festa, que custou pelo menos R$ 24 mil, foi paga por PT e PMDB, e funcionou como demonstração de força política do governador Sérgio Cabral, pré-candidato à reeleição pelo PMDB. A imprensa não pôde acompanhar.

PT e PSDB prometem barrar fichas-sujas

Apesar de terem evitado o bate-boca, os presidentes do PT, José Eduardo Dutra, e do PSDB, Sérgio Guerra, trocaram provocações ao falar sobre as pré-candidaturas do tucano José Serra e da petista Dilma Rousseff, em debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo ontem. Dutra reclamou que a oposição tenta desqualificar Dilma. Guerra, por sua vez, disse que a ex-ministra não tem liderança para governar o país. Os presidentes das legendas só concordaram ao serem perguntados se seguiriam a posição do PV, que promete barrar os candidatos fichas-sujas da legenda na eleição deste ano. Os dois assumiram o compromisso de não permitir a candidatura de quem tiver condenação judicial por órgão colegiado em segunda instância, independentemente da aprovação do projeto que tramita no Congresso.

Em 5 anos, rombo de R$ 60 bi com aumentos

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, estimou ontem que a decisão da Câmara de reajustar em 7,7% as aposentadorias acima de um salário mínimo e acabar com o fator previdenciário terá, em cinco anos, um impacto de R$ 60 bilhões nas contas da Previdência. Ele criticou o surto de votações no Congresso Nacional de projetos que não têm sustentabilidade fiscal, citando outras demandas por reajuste em tramitação no Legislativo. E criticou também categorias do serviço público federal que entraram em greve mesmo tendo reajustes programados para julho, para tirar proveito do ano eleitoral. No caso dos aposentados, afirmou: Tivemos no Congresso um verdadeiro torneio para ver quem dava mais disse, na abertura do II Seminário Nacional de Orçamento Público. Se querem fazer essa bondade adicional, vamos estabelecer de onde vai sair o dinheiro para isso.

Marina: novo ministério é 'puxadinho'

A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva (AC), criticou ontem em São Paulo, durante debate sobre segurança pública promovido pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), a proposta do ex-governador José Serra, pré-candidato do PSDB à presidência, de criar o Ministério da Segurança Pública na hipótese de ser eleito. Para ela, a criação do ministério exclusivo para a Segurança Pública seria um puxadinho ou um bolo sem cereja, pois não seria a solução para os problemas de violência do país, consequência de entraves enraizados na sociedade e que exigem uma reforma profunda do setor. Criar esse novo ministério é como fazer um puxadinho. Não vai resolver o problema da segurança pública. (...) A segurança no país exige uma reforma sistêmica, senão vamos criar instituições em cima de uma base que está deteriorada. Não basta colocar uma cereja, um ministério que seja, caso não tenha bolo criticou Marina.

Folga antecipada em nome da Copa

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), vai propor aos demais líderes partidários que o recesso branco dos deputados, comum em ano eleitoral, comece a partir de 10 de junho. O deputado alega que, com Copa do Mundo e as convenções partidárias para as eleições de outubro ao longo do mês de junho, será difícil segurar deputados em Brasília. Vaccarezza quer ainda fazer acordo para votar, antes de 10 de junho, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2011. O Congresso só entra em recesso, marcado para 18 de julho, após aprovada a LDO. Temos a Copa do Mundo. A partir do dia 10 ninguém fará com que os deputados venham aqui (ao Congresso). Vou tentar um acordo para votarmos a LDO até 10 de junho disse o líder.

FH diz que Lula indicou Dilma no 'dedaço

A indicação da exministra Dilma Rousseff como candidata à Presidência foi feita pelo presidente Lula com um dedaço, segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele fez a afirmação em uma entrevista descontraída com direito até a uma imitação do jeito de Lula falar dada ao programa É notícia, no domingo à noite, na RedeTV!. De alguma maneira, ele (Lula) ficou muito maior do que o PT e ele destruiu o PT. Ele escolheu a Dilma como? No dedaço disse FH, lembrando o modo como os políticos mexicanos do PRI (Partido Revolucionário Institucional) agiam na sucessão presidencial do país: É ou não é autoritário isso? (A escolha) Não passou pelo crivo de ninguém. Nem pelas conversas. O tucano também citou a inexperiência de Dilma em um papel de liderança.

Ministro pede a Tuma Jr. para se afastar

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, sugeriu ontem ao secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, que peça um afastamento temporário do cargo, como solução para o impasse criado a partir das denúncias sobre suas ligações com o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, preso por contrabando. Tuma Júnior não aceitou a sugestão, alegando que não cometeu crime. Para ele, se desligar do ministério agora, em meio ao escândalo, seria uma punição antecipada e injusta. Diante da resistência do secretário, até ontem à noite a permanência de Tuma continuava indefinida. A questão deveria ser decidida em reunião à noite entre Barreto e o presidente Lula, em Brasília. A situação do secretário está cada vez mais complicada. A Corregedoria Geral da Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito específico para apurar as supostas ligações de Tuma com Paulo Li.

Prefeitura do Rio deve R$ 5,5 bilhões ao Fundeb

A prefeitura do Rio recorre a um artifício contábil para descumprir a Constituição e gastar menos do que deveria com ensino público. A irregularidade, que já havia sido constatada pelo Ministério da Educação, foi condenada pela 18ª Vara da Justiça Federal do Rio, mês passado. Segundo cálculos do gabinete da vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), só em 2009 a prefeitura deixou de investir R$ 510 milhões em educação. Desde 1998, a dívida alcança R$ 5,5 bilhões, em valores corrigidos pela inflação.

Correio Braziliense

Em clima de Copa, Câmara escala seleção de gazeteiros

Quando as seleções da África do Sul e do México entrarem em campo para o jogo inaugural da Copa do Mundo, em 11 de junho, a maioria dos trabalhadores não poderá acompanhar a partida. Afinal, será uma sexta-feira, às 11h. Mas os deputados federais devem ganhar folga a partir do dia 10 para conferir o principal torneio do futebol mundial. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), anunciou ontem que levará ao colégio de líderes a ideia de antecipar o recesso da Casa, que só teria início em 18 de julho, para a agenda de trabalhos legislativos não se chocarem com a Copa. “A partir do dia 10 não vai ter ninguém mais na Câmara, porque vai ter Copa”, aposta o líder. Segundo Vaccarezza, a proposta é correr para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2011 até a primeira semana de junho, para deixar os deputados livres até o primeiro turno das eleições, em 3 de outubro.

Ataque ao Ficha Limpa


O projeto do Ficha Limpa terá de vencer hoje as últimas trincheiras na Câmara dos Deputados antes de ser analisado pelo Senado. Os deputados devem votar, no início da noite, seis modificações que tornam mais branda a proposta de inelegibilidade para candidatos condenados pela Justiça. A principal barricada montada contra a aprovação do texto original do Ficha Limpa vem da bancada ruralista. Defensores do agronegócio dentro da Câmara dos Deputados querem retirar os crimes ambientais das hipóteses de inelegibilidade. Outras propostas, mais nocivas ao projeto, não têm a mesma força de sustentação entre os parlamentares, mas também serão apreciadas.

Aposentados cobram rapidez

Uma semana após o plenário aprovar o reajuste de 7,7% para aposentados que ganham mais de um salário mínimo e o fim do fator previdenciário, o controverso projeto de lei permanece parado na Câmara dos Deputados. Os aposentados reclamam que a demora do presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), em assinar a proposta para encaminhá-la ao Senado é uma manobra do governo para deixar correr o tempo e engavetar a votação, levando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a editar nova medida provisória. Se a proposta não for votada pelos senadores até 1º de junho, a MP vai caducar e a vitória dos aposentados na Câmara não será levada em conta.

PSDB renova carga para conquistar o PP

Reunidos em São Paulo ontem, os tucanos decidiram fazer uma nova investida sobre o PP nos estados. O alvo da vez é o Rio Grande do Sul, onde o partido do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) já esteve bem próximo de fechar o acordo com o PSDB, mas terminou recuando por causa da resistência tucana em fechar a coligação para deputado federal. A avaliação feita pelo PSDB é a de que a aliança está emperrada por conta de apenas um deputado federal, o que é muito pouco diante de um partido que pode atrair uma boa estrutura para auxiliar na campanha, tanto para o governo estadual quanto para a Presidência da República. Afinal, o staff do PP gaúcho inclui hoje cinco deputados federais, 150 prefeitos e 1.500 vereadores, números nada desprezíveis para quem concorrerá ao governo estadual e ao Planalto. Por isso, a ideia dos tucanos é tentar convencer o partido no Rio Grande do Sul a aceitar a proposta pepista.

Saída de ministros favorece PT

Somente três dos sete ministros titulares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já votaram contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-ministra Dilma Rousseff ou o PT em processos nos quais a oposição os acusa de propaganda eleitoral antecipada. Outros dois magistrados sempre rejeitaram as ações e os outros dois ainda não julgaram representações contra os petistas (veja quadro). Levantamento do Correio aponta que os julgamentos que resultaram nas punições de R$ 5 mil e R$ 10 mil a Lula, no começo de abril e fim de março, respectivamente, tiveram votos decisivos de três ministros que não fazem mais parte do quadro do TSE: Carlos Ayres Britto, Fernando Gonçalves e Felix Fischer encerraram seus mandatos no mês passado.

Tuma Júnior na frigideira

O governo espera que o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, peça licença do cargo até que sejam apuradas as denúncias de seu envolvimento com o empresário Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, acusado de chefiar a máfia chinesa em São Paulo. Ontem, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, esteve reunido na Presidência da República com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, para tratar da situação, e levou consigo dados de uma investigação da PF que aponta a relação de Tuma Júnior com Paulo Li. Na tarde de ontem, Barreto e Corrêa se reuniram com Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No encontro, os dois apresentaram a Carvalho os documentos sobre as investigações da PF. No fim da tarde, o ministro da Justiça esteve pela primeira vez com Tuma Júnior, quando o secretário se explicou e disse que há uma condenação antecipada de seus atos.

Fonte: Congressoemfoco

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