A vinda de um governador em véspera de eleição para pedir votos a favor de um candidato de um partido diferente do seu próprio não é apenas uma estratégia política questionável, mas também um sinal claro de traição às bases partidárias e aos eleitores que depositam confiança em seu compromisso ideológico. No caso de Jeremoabo, o apoio do governador a um candidato do PP em detrimento do candidato do seu partido, o PT, é um exemplo gritante dessa contradição, gerando indignação e uma sensação de abandono entre os eleitores locais.
Essa atitude não apenas enfraquece o candidato do PT, mas também desvaloriza o próprio partido, que deveria funcionar como uma entidade coesa e alinhada em seus objetivos políticos. A lealdade partidária, que é um pilar essencial em qualquer sistema democrático, é quebrada quando um líder de tamanha influência como o governador opta por apoiar um adversário em vez de fortalecer seu próprio grupo político. Isso levanta questões sobre as motivações por trás desse tipo de aliança de última hora, e se essa ação está mais ligada a interesses pessoais ou conveniências políticas do que ao real interesse do povo.
Além disso, a ação do prefeito, que gasta dinheiro público para maquiar a cidade apenas para a passagem do governador, é uma demonstração clara de demagogia. Em vez de investir os recursos de forma mais produtiva e urgente — como na manutenção de poços e bombas d’água para as comunidades rurais, que sofrem há anos com a escassez de água —, os esforços se concentram em melhorias superficiais para impressionar o governador. Esse tipo de comportamento revela uma prioridade distorcida e desrespeitosa com relação às necessidades reais da população.
Prioridades Invertidas: Remédios, Transporte e Segurança Ignorados
O governador, ao passar por Jeremoabo, deveria estar sendo levado não para ver obras cosméticas, mas para visitar a farmácia do povo e constatar a falta de remédios essenciais. Deveria ser transportado nos ônibus escolares precários que levam as crianças da zona rural para a escola, para sentir o descaso com a educação que os pais desses estudantes enfrentam diariamente. Essas são as verdadeiras questões que afetam o dia a dia da população, mas que são ignoradas em nome de uma política de aparências.
A falta de remédios, de água potável, de educação de qualidade e, ultimamente, até mesmo de segurança pública, tem se tornado insuportável para os moradores de Jeremoabo. Quantos filhos de trabalhadores já foram vítimas da violência sem solução, dos assassinatos que continuam ocorrendo, enquanto os responsáveis pelo poder focam apenas em se manter no cargo, em vez de governar de maneira justa e eficaz?
O Povo Precisa Acordar: Política de Ilusão ou Transformação Real?
Esse momento deve servir de alerta para o povo de Jeremoabo. Vocês não podem mais suportar mais quatro anos de negligência, de falta de infraestrutura básica e de uma política que serve apenas para manter o status quo, deixando de lado as reais necessidades dos cidadãos. A política de ilusão — onde asfaltos são arrumados apenas para impressionar visitantes ilustres — não resolve os problemas de quem precisa de remédios, água e segurança.
A pergunta que fica é: até quando essa política vazia de promessas eleitoreiras vai continuar a dominar as eleições? Até quando o povo de Jeremoabo aceitará ser tratado como coadjuvante, enquanto os líderes que deveriam servi-los, na verdade, só estão preocupados em garantir seu próprio futuro político? O povo tem o poder de mudar essa situação. E essa mudança começa com a consciência crítica, com o questionamento das promessas fáceis e a exigência de soluções reais para os problemas que afligem o dia a dia da comunidade.
O chamado é claro: acordem, eleitores de Jeremoabo! Não se deixem enganar por uma política de fachada. Exijam políticas públicas que tragam de fato melhorias à vida da população. A democracia verdadeira só se concretiza quando o povo tem voz e poder de decisão, não apenas nas urnas, mas no rumo que o governo dá às suas vidas.
Foto Divulgaçãoda entrada da cidade pelo Parque Anália Dantas, obra dos milhões que todo dia tem que haver reparos.
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