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O silêncio ensurdecedor do ex-padre Moura em Jeremoabo revela muito mais do que apenas uma ausência de palavras. Durante o período eleitoral, quando pairavam incertezas sobre a candidatura de Tista de Deda, o ex-padre utilizava-se das emissoras de rádio para propagar informações enganosas e gerar dúvidas na mente dos eleitores menos esclarecidos. Através de gravações de áudio e vídeo, apresentadas como se fossem interações ao vivo com locutores, ele disseminava fake news com o claro objetivo de enfraquecer a confiança pública em Tista de Deda, mesmo diante de decisões favoráveis do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo sentenças proferidas pelo próprio presidente da Corte.
Esse comportamento, que anteriormente era barulhento e cheio de artifícios para confundir o eleitorado, contrasta drasticamente com a postura atual. Agora, quando surgem denúncias de candidaturas fictícias envolvendo o grupo político do prefeito e de vereadores eleitos pelo seu partido, o ex-padre se faz de surdo, cego e mudo. O silêncio de Moura é sintomático: quando as acusações e investigações se voltam contra os seus aliados, ele abandona sua voz propagandista e assume uma postura omissa.
A "lei do retorno" parece ter chegado para o grupo político do prefeito, e as ações judiciais contra as candidaturas fictícias são mais um sinal de que as irregularidades cometidas ao longo das eleições estão sendo cobradas pela Justiça. O comportamento do ex-padre revela, portanto, uma clara parcialidade, demonstrando que suas intervenções em tempos passados não estavam a serviço da verdade ou da democracia, mas sim de interesses políticos específicos.
Essa omissão seletiva é prejudicial para o debate público em Jeremoabo. A prática de disseminar desinformação e, depois, permanecer em silêncio quando os fatos não favorecem sua narrativa, prejudica o processo democrático e contribui para um ambiente de desconfiança e falta de transparência. Se, antes, Moura se apresentava como uma voz ativa, mesmo que tendenciosa, agora sua ausência em meio às denúncias de fraude soa como uma confirmação de que sua atuação política não estava pautada pela verdade, mas por interesses circunstanciais.
A falta de compromisso do ex-padre em informar o público com integridade é um reflexo da cultura política local, onde os interesses pessoais e as alianças políticas frequentemente se sobrepõem ao compromisso com a justiça e a verdade. O silêncio de Moura não engana mais ninguém; pelo contrário, ele evidencia a seletividade com que escolhe seus momentos de falar e calar, reforçando a percepção de que suas palavras nunca foram em defesa dos eleitores, mas de um projeto de poder que agora se vê ameaçado.