Publicado em 16 de abril de 2023 por Tribuna da Internet
Vicente Limongi Netto
Impecável, como sempre, o texto do artigo de Ana Dubeux (“Nós que amamos Brasilia” – Correio Braziliense – 16/04). Segundo a jornalista, “a capital é centro de vivência, convivência e experiências compartilhadas”. As verdades impressas de Dubeux orgulham e estimulam brasilienses de todas as origens.
Afirma a diretora de redação do Correio: “Assim como a cidade, vivemos nossas crises, com a dignidade de quem conhece bem a missão de seguir em frente, sustentando seus propósitos”.
LEMBRANDO 1980 – Nessa linha, endossando os argumentos de Ana Dubeux, recordo trechos de depoimento que dei ao Correio Braziliense, ao lado de outros jornalistas, como Hélio Doyle, Roberto Macedo e Alfredo Obliziner (já no céu), pelos 20 anos da capital federal. No jornal de 21 de abril de 1980.
O tempo voa, mas as palavras ficam, muitas delas sempre presentes e que precisam ser cobradas e salientadas: Confio num futuro cada vez mais digno e melhor para todos que aqui vivem; mais sorte, com mais oportunidades para a maioria. Mas, para isso, mãos à obra! Nada cai do céu, a não ser chuva.
Que impere o sentimento de ordem. Não só no lar, mas na escola, no convívio com a sociedade. Dentro do respeito à lei, dos direitos humanos, no amor ao futuro e no acatamento aos conselhos do passado.
LUTEM PELOS JOVENS – Que diminuam as injustiças. Estas liquidam com as esperanças da juventude, que, como refugo, acolhe-se no torpor do vício, para anestesiar os espinhos de desencantos. Os governantes precisam lutar para acabar com isso.
Sendo Brasília a capital do país, suas responsabilidades com a comunidade naturalmente ficam redobradas. Quando falo de governantes, incluo o Presidente da República e ministros de Estado e de Tribunais Superiores. Politicamente, creio que o povo de Brasília deva ser ouvido e cheirado. Não concebo reformas sem a aquiescência do povo, sem o pronunciamento da maioria.
O candango não merece os ventos da abertura? Entre o governo de Brasília e a comunidade, a afinidade deve ser, sempre, mais ampla e aberta. Os interesses se conciliam. Da mesma forma as contrariedades e prejuízos. Entremos nessa. Dando o que o povo quer, Brasília ficará melhor. A recompensa maior, no caso, será para nossos filhos.