Publicado em 2 de dezembro de 2022 por Tribuna da Internet
Vicente Limongi Netto
A aritmética da copa emociona os mais céticos. A ansiedade e berros também alcançam os nervos dos narradores. Uma seleção pode vencer com facilidade o adversário. Mas fica na dependência da derrota de outra seleção, jogando no mesmo horário, em outro estádio. Existem casos em que a seleção precisa golear o adversário, além de torcer para determinada seleção perder o jogo.
Jogadores que acabaram de vencer o jogo, usam celulares para implorar que acabe logo a partida em outro estádio. Torcedores e jogadores sofrem e choram. Voltam para casa com o sentimento da tristeza. Coração amargurado. Decepção maior para jogadores rodados, cientes que jogaram a derradeira Copa de suas carreiras.
SETE BATALHAS – Copa do mundo é guerra de sete jogos. Concentração total e absoluta. Vacilos são imperdoáveis e trágicos. Rezas, orações, mandingas, tambores estão no Catar. Mas não entram em campo. Não calçam chuteiras. Em campo, para se impor ao adversário, vencer o jogo, é preciso paciência, nervos de aço e técnica aprimorada.
Jamais subestimar o adversário. O jogo termina quando o árbitro apita. A esperança e a alegria povoam os corações dos brasileiros. Camisas da seleção não estão mais empoeiradas, esquecidas nos armários. A corrente positiva mora na alma dos torcedores.
A conquista do sonhado hexacampeonato voltou a povoar o ânimo do povo. Pena que a Fifa não promova Copa do Mundo todo ano. O futebol continua sendo a válvula de escape dos mais sofridos e necessitados. Bora, Brasil!
BOLA FORA NO SENADO… – Bolsonaristas sonham acordados. Acabarão tendo insônias e pesadelos. Colossal tolice, sandice e patetice, a decisão de lançar Rogério Marinho (PL-RN), recém-eleito, para a presidência do Senado. O PL pode bater no peito, cantar de galo, mas Marinho é calouro na Câmara Alta. Continua valendo a máxima do senador reeleito Romário, “chegou agora no ônibus e já quer sentar na janela”.
Eleição da Mesa Diretora não funciona no grito. O PL, por ter eleito expressiva bancada, poderá, nas futuras negociações entre os partidos, no máximo, ocupar a vice-presidência.
Rodrigo Pacheco continua no páreo, para permanecer no cargo. Conta com bons aliados. Mas o MDB de Renan Calheiros, Jader Barbalho, Renan Filho, entre outros, brigará pela presidência. Jamais se acomodará nem aceitará pressões que favoreçam Marinho. O Senado é diferente da Câmara. As conversas e acordos fazem parte do futuro de todos os senadores.