Publicado em 31 de dezembro de 2022 por Tribuna da Internet
Carlos Newton
Com a viagem do presidente Jair Bolsonaro para os Estados Unidos, abandonando seus seguidores, diminuiu o número de manifestantes que chegam a Brasília para tumultuar a posse de Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Até o início da noite desta sexta-feira, dia 30, haviam chegado apenas mais sete ônibus de bolsonaristas ao acampamento montado diante do Quartel-General do Exército.
Ao mesmo tempo, aumentou muito o ritmo da chegada de militantes petistas, que estão sendo alojados em diversos pontos da capital – o estádio Mané Garrincha, na área da Granja do Torto, e em escolas públicas.
ESQUEMA DE SEGURANÇA – De toda maneira, o governo do Distrito Federal armou o maior esquema de segurança já montado em Brasília. Segundo o Correio Braziliense, estão escalados mais de nove mil polícias militares, 300 policiais civis, 400 policiais rodoviários federais, mil policiais federais e mais um grupamento da Guarda Nacional.
A Polícia Militar realizará revistas pessoais na Esplanada e, eventualmente, em meio ao público. Por questões de segurança, será feito controle de acesso à Praça dos Três Poderes. A entrada só poderá ser feita até as 12h30, ou até atingir o público de cerca de 40 mil pessoas.
O plano original era limitar o acesso a 30 mil pessoas, mas a primeira-dama Janja da Silva exigiu que esse total fosse elevado para 40 mil.
AINDA NÃO ACABOU? – Segundo o jornalista Felipe Torres, do Metrópoles, os bolsonaristas ficaram desolados com o discurso do presidente Jair Bolsonaro da última sexta-feira. Mesmo assim, continuam determinados a se manifestar contra a posse de Lula.
“A guerra ainda não acabou”, disse um dos manifestantes. “É hoje”, afirmou outro apoiador de Jair Bolsonaro, segundo o repórter, que assinalou: “O clima no acampamento é de expectativa para que haja alguma intervenção militar às vésperas da posse”.
Como o número de militantes é pequeno e a Polícia Militar do Distrito Federal mantém vigilância no local, para qualquer eventualidade, a previsão é de que dificilmente haverá novos atos de vandalismo.