Klio Hirano estava acampada em Brasília desde meados de novembro
Klio Hirano, presa nesta quarta-feira (28) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) suspeita de envolvimento na tentativa de invasão à sede da Polícia Federal (PF) e na depredação da 5ª DP durante os ataques bolsonaristas no centro de Brasília, no último dia 12, fez vídeo em frente a PF chamando ‘patriotas’ para irem ao local.
A mulher, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), é natural do interior de São Paulo e nas redes sociais, faz uma série de publicações, vídeos e fotos, no acampamento em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU).
Klio publica sempre imagens de encontros com outros autodenominados “patriotas”. Na foto de perfil, ela exibe uma foto ao lado de Bolsonaro.
A bolsonarista é filha de Eizi Hirano, fotógrafo conhecido no Brasil. Em 2020, Hirano concorreu ao cargo de prefeita na cidade de Tupã, no interior de São Paulo, e terminou a disputa em último lugar com apenas 364 votos.
A mulher também participou do acampamento que durou seis meses na Avenida Paulista, em São Paulo, e pedia o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) e é uma das embaixadoras do movimento conservador Avança Brasil.
Acampada em Brasília desde meados de novembro, na noite do último dia 12, estava entre os bolsonaristas que tentaram invadir a sede da PF, na área central de Brasília.
Klio Hirano, fez um vídeo em frente à sede da Polícia Federal no dia do vandalismo no DF. Na gravação, ela pede que "defensores da pátria" sigam ao local. "É hoje que a gente vai ter a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que a gente está tando procurando", diz.
A tentativa de invasão ao prédio da PF e os atos de vandalismo que resultaram em incêndios a carros e ônibus em Brasília, no último dia 12, acontecem após a prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante.
Bastante conhecido entre os manifestantes antidemocráticos que estão há quase dois meses em frente ao QG do Exército pedindo intervenção militar, ele faz os discursos mais inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Alguns bolsonaristas justificaram o ato alegando que agentes da PF “prenderam injustamente um indígena”.
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