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sexta-feira, dezembro 30, 2022

Apesar de aceitar os ministérios, União Brasil não integrará base aliada de Lula

Publicado em 30 de dezembro de 2022 por Tribuna da Internet

Resultado de imagem para BASE ALIADA charges

Charge do Alpino (Yahoo Notícias)

Valdo Cruz e NIlson Klawa
g1 Brasilia

Antes mesmo de o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciar seu ministério final, o União Brasil avisou que não fará parte oficialmente da base de apoio ao petista no Congresso Nacional. O processo de escolha dos três nomes do partido para compor o ministério desagradou parlamentares do União Brasil, principalmente o veto do PT baiano ao nome do deputado Elmar Nascimento para Integração Regional.

“As escolhas não refletem o desejo das nossas bancadas na Câmara e no Senado e, por isso, vamos ficar independentes”, disse ao blog o próprio, Elmar Nascimento.

A FAVOR E CONTRA – Segundo ele, o partido vai votar a favor de pautas de interesse do Brasil, mas contra aquelas que forem de interesse do governo e do PT.

Dois indicados do partido recusaram exatamente porque o processo de escolha não tinha apoio dos líderes da legenda. A senadora Dorinha e o deputado Paulo Azi não aceitaram o convite feito por Lula.

Na verdade, o impasse gerado pelo veto de aliados de Lula ao nome de Elmar Nascimento para assumir o ministério de Integração Nacional dividiu o União Brasil, que já anunciou que ficará independente em relação ao governo petista.

ESCOLHAS PESSOAIS – Apesar do impasse, três integrantes do União Brasil serão ministros de Lula. O partido entretanto, não os considera indicados, mas sim escolhas pessoais do presidente Lula e do senador Davi Alcolumbre (UB-AP).

Alcolumbre indicou o governador do Amapá, Waldez Goes, que é do PDT, para assumir o Ministério da Integração no lugar de Elmar Nascimento. O senador esteve com Lula na noite desta quarta-feira (28). Os dois chegaram a ligar para Waldez para formalizar o convite.

Waldez Goes é aliado muito próximo do senador do Amapá, mas é filiado ao PDT e deve trocar de partido. O nome dele foi colocado na mesa depois que a senadora eleita por Tocantins, Dorinha, declinou do convite feito por Alcolumbre para representar o partido no Ministério da Integração.

TRÊS MINISTÉRIOS – Além da Integração, os ministérios das Comunicações e do Turismo ficam com políticos filiados ao União Brasil. Nome cotado para as Comunicações, o deputado Paulo Azi, da Bahia, também declinou por não haver coesão do partido.

Diante do impasse, Alcolumbre sugeriu colocar nas Comunicações o deputado Juscelino Filho, do Maranhão, que estava cotado para Turismo. E 0 senador então indicou a deputada eleita Daniela do Waguinho para o Turismo.

Apesar das indicações, lideranças do partido dizem que os nomes não são referendados pelo União Brasil e que a sigla ficará independente, tratando o apoio ao governo projeto a projeto.

SEM PROIBIÇÃO – “Nenhum filiado que vá ocupar cargo é indicação partidária, mas não há proibição. As bancadas na Câmara e no Senado seguirão independentes”, repetiu Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara.

O veto ao nome de Elmar e a condução das negociações dos nomes não agradaram a direção do União Brasil.

“Ninguém conversou com o partido. Não teve conversa com União Brasil, só teve conversa com Davi Alcolumbre. O União deve continuar independente, Davi pode ter ministério, mas não vai conseguir entregar os votos”, disse outro dirigente do partido.

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