O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente Jair Bolsonaro (PL)
Na manhã desta terça-feira (15/2), o ex-ministro do Meio Ambiente publicou uma manchete dizendo que o presidente evitou a '3ª Guerra Mundial'
Por Natasha Werneck
O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, compartilhou uma fake news nas redes sociais na manhã desta terça-feira (15/2). Ele estava falando sobre o encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente russo Vladimir Putin, dizendo que o brasileiro evitou “a 3ª Guerra Mundial”.
Nos últimos dias, os Estados Unidos e o Reino Unido têm avisado que a Rússia pode estar se preparando para invadir a Ucrânia a qualquer momento. Bolsonaro viajou ao país na noite desta segunda-feira (14/2) e desembarcou na manhã de hoje para debater questões relativas ao agronegócio e outros tratados comerciais.
Mais cedo, o governo Putin anunciou a retirada de parte das tropas da fronteira com a Ucrânia. Apoiadores do governo Bolsonaro atribuíram a decisão do russo ao presidente, incluindo Ricardo Salles. Ele usou uma imagem dos dois governantes com a manchete: “Putin sinaliza recuo na Ucrânia, presidente Bolsonaro evita a 3ª Guerra Mundial”, atribuindo à CNN.
Logo em seguida, o veículo de imprensa desmentiu a notícia dizendo que não publicou a “frase mentirosa”. Em resposta, Salles debochou: “Kkk vcs são ridículos!”.
Antes, o ex-ministro afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o “mundo ocidental” deveriam agradecer Bolsonaro pelo feito. “Biden e o mundo ocidental agradecendo Bolsonaro por ter convencido Putin a desistir da invasão, talkey ?!?”, escreveu. Ele ainda tenta lançar a hashtag “#nobelnaro” nas redes sociais.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse nesta segunda-feira (14/2) ao presidente Vladimir Putin que alguns dos exercícios militares do país já terminaram e outros estão chegando ao fim. O Ministério da Defesa russo informou que algumas tropas da Rússia adjacentes à Ucrânia estão retornando às suas bases depois de completar os exercícios militares.
Estadão / Estado de Minas