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quarta-feira, fevereiro 02, 2022

Polônia e Ucrânia alertam para uso de gasoduto como arma




Ao lado de Schmyhal (dir.), Morawiecki afirmou que a Polônia ajudará a Ucrânia com gás e armas

Países apelam para que Alemanha impeça a Rússia de utilizar o Nord Stream 2 como uma "arma híbrida" contra as duas nações do Leste Europeu e a União Europeia.

A Ucrânia e a Polônia apelaram nesta terça-feira (01/02) à Alemanha para que impeça a Rússia de utilizar o gasoduto Nord Stream 2 como uma "arma híbrida" contra ambas e contra e a União Europeia (UE).

Numa conferência de imprensa em Kiev, o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, criticou a Alemanha por estar considerando a certificação da estrutura que vai transportar gás natural russo diretamente para consumidores alemães através do Mar Báltico, contornando a Ucrânia.

"Não se pode expressar solidariedade com a Ucrânia com uma mão e assinar os documentos de certificação do Nord Stream 2 com a outra. Isso não está certo", disse Morawiecki, citado pelas agências ucraniana Ukrinform e americana Associated Press.

Morawiecki acrescentou que, ao permitir a entrada em funcionamento do gasoduto, a Alemanha estará entregando ao presidente russo, Vladimir Putin, uma "arma que poderá utilizar para chantagear toda a Europa".

Ele defendeu que o mundo civilizado, incluindo a Alemanha, deve "tomar todas as medidas possíveis para impedir" a utilização do gasoduto contra a Ucrânia, a Polônia e a UE.

Por sua vez, seu homólogo ucraniano, Denys Shmyhal, disse que "em meio a uma escalada crescente", a Ucrânia espera "uma atitude responsável", em especial dos parceiros alemães.

O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado 100 mil soldados próximo à  fronteira com a Ucrânia para invadi-la novamente, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Moscou nega qualquer intenção bélica, mas insiste que a Ucrânia nunca seja aceita na Otan, entre outras exigências. A Aliança Atlântica e os EUA consideram as reivindicações impossíveis. 

Na coletiva, Morawiecki assegurou que Varsóvia ajudará a Ucrânia com suprimentos de gás e armamentos, como cartuchos de munição de artilharia, morteiros leves, sistemas de defesa aérea portáteis e drones de vigilância.

"Nossa parte da Europa não tem terremotos ou erupções vulcânicas. Mas, se vivermos perto de um vizinho como a Rússia, tem-se a sensação de viver no sopé de um vulcão", disse Morawiecki.

Críticas à morosidade da Alemanha

A Alemanha tem sido criticada por uma atitude considerada demasiada flexível em relação à Rússia.

O novo governo do chanceler federal, Olaf Scholz, só admitiu no fim de janeiro usar o gasoduto como parte de "sanções severas" contra Moscou, no caso de uma agressão à Ucrânia. A coalizão no governo, que além dos social-democratas, inclui verdes e liberais, tem tido posições oscilantes sobre o Nord Stream 2.

Scholz por vezes referiu-se ao gasoduto como um "projeto privado", abstendo-se de comentar a questão. Outras vezes, mencionou um acordo entre Berlim e Washington, que prevê que o projeto seja interrompido em caso de agressão militar à Ucrânia.

O gasoduto já está concluído, mas seu uso e comissionamento estão bloqueados pelo regulador de energia alemão, por razões legais.

A ministra alemã do Exterior, Annalena Baerbock, visitará a Ucrânia em 7 e 8 de fevereiro, juntamente com seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian. A França ocupa atualmente a presidência semestral do Conselho Europeu.

Alertas da Comissão Europeia

Na segunda-feira, a Comissão Europeia já havia alertado a Rússia contra o uso de gás como arma no conflito na Ucrânia. O vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, também expressou em Kiev sérias ressalvas quanto ao gasoduto Nord Stream 2.

Segundo ele, o projeto "não é compatível com os objetivos da política energética da UE" e que não é novidade a Rússia estar usando gás "como arma".

De acordo com Dombrovski, a Comissão Europeia também está investigando se as ações da estatal russa de energia Gazprom estão alinhadas com o mercado. Bruxelas acusa o governo de Moscou de não aumentar os volumes de entrega, apesar do crescimento da demanda por gás natural e, assim, elevar o preço.

Deutsche Welle

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