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sexta-feira, novembro 26, 2021

Aras se acovarda e a Procuradoria enfim pede ao STF providências com base no relatório da CPI

Publicado em 26 de novembro de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Nani (nanihumor.com)

Márcio Falcão
TV Globo — Brasília

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dez pedidos de providências a partir dos elementos reunidos durante as investigações da CPI da Covid. A TV Globo apurou que a Procuradoria encaminhou o material na tarde da quinta-feira (25) e nele constam pedidos de investigação, de inclusão dos fatos apurados em casos já em andamento na Corte e, ainda, o envio de fatos para análise de outras instâncias da Justiça.

Essas providências envolvem o fatiamento feito pela PGR dos temas investigados pela CPI. A Procuradoria é responsável pela avaliação dos fatos que envolvem investigados com foro nos tribunais superiores.

INDICIAMENTO – O relatório final da CPI pediu o indiciamento de 80 pessoas, sendo 13 com foro privilegiado. Entre elas, o presidente Jair Bolsonaro.

Ainda figuram na lista, os ministros: Marcelo Queiroga, da Saúde; Onyx Lorenzoni, do Trabalho; Braga Netto, da Defesa e Wagner Rosário, da CGU. Também constam o senador Flávio Bolsonaro; o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros; outros cinco deputados (Eduardo Bolsonaro; Bia Kicis; Osmar Terra; Carla Zambelli e Carlos Jordy); e o governador do Amazonas, Wilson Lima.

A TV Globo apurou ainda que as providências da PGR já foram distribuídas para a relatoria de ministros, que vão avaliar as análises feitas pela equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras. Serão relatores os ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Roberto Barroso e Nunes Marques.

PRESTAÇÃO DE CONTAS – A posição de Aras sobre as implicações feitas pela CPI ao presidente foram encaminhadas para a ministra Rosa Weber, que é relatora de um inquérito que investiga se o presidente cometeu prevaricação no caso da vacina Covaxin. O relatório final da CPI, com 1.288 páginas, atribuiu ao presidente nove crimes durante a pandemia.

Nessa semana, Aras vinha sendo pressionado por integrantes da CPI a prestar contas das medidas que seriam adotadas. Ele chegou a ser chamado para falar no Senado.

Aras recebeu o material da CPI no dia 27 de outubro e determinou a abertura de uma apuração preliminar para checar se há conexões dos elementos da CPI com todos os procedimentos e investigações que já estejam em andamento na própria PGR, no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça e que tenham relação com os pedidos de indiciamento feitos pela CPI.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, Aras se acovardou e desistiu de se omitir da obrigação de identificar se as conclusões da CPI são procedentes. O PGR queria fingir que não tem nada a ver com o assunto e até anunciou que iria encaminhar ao Supremo o Relatório da CPI, para que os ministros cumprissem a obrigação que cabe aos procuradores. Mas a reação foi muito forte e Aras teve de colocar o galho dentro, como se dizia antigamente. Melhor assim. (C.N.)

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