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quinta-feira, abril 11, 2019

Sou filho desta terra, cujos governantes pouco se importam com o futuro de seu povo


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Brumadinho, 2019, o retrato do abandono do povo deste país
Francisco Bendl
QUEM SOU!

Antes que eu saia desta vida, e sequer sei para onde vou, entendo valer a pena deixar alguns registros nesta existência terrena. Escrevi minhas indignações e revoltas com as dificuldades que afligem as pessoas por culpa de governantes, políticos e autoridades, desde que vim para este mundo há 70 anos, pois a vida da maioria das pessoas continua sempre em compasso de espera, estagnada, abandonada, desprezada, sem qualquer consideração por parte daqueles que poderiam proporcionar uma existência no mínimo razoável para o próximo.
Sou filho do Rio Grande do Sul e do Brasil, mas não tenho recebido flores e tampouco felicidades;
Sou filho de um homem e de uma mulher, ambos brasileiros, no entanto, eles jamais receberam qualquer reconhecimento por suas nacionalidades;
Sou filho da terra, da cidade, do campo, do litoral, porém, tais adaptações não me fizeram mais feliz, pois compartilhei tristezas e padecimentos;
Sou filho de um período que mais desenvolveu a humanidade, as últimas sete décadas, todavia, o homem não avançou na mesma proporção, criando as maiores guerras registradas pela História, aumentando a incompreensão e a intolerância;
Sou filho da esperança, de anseios por uma vida melhor, mas os responsáveis pelos caminhos deste mundo decretaram que deveríamos viver desesperados e abandonados;
Sou filho do bem comum, onde todos vivem bem, com qualidade em suas vidas, entretanto, tendências de várias ordens nos roubaram essas condições, e nos obrigaram a verter sangue, suor e lágrimas;
Sou filho do entendimento, da compreensão entre as pessoas, de amizades, porém, interesses e conveniências poderosas exigiram que devemos nutrir ódio por aqueles que pensam diferente, que não comungam das nossas ideias, erguendo, desta forma, barreiras intransponíveis para todos;
Sou filho da justiça, daqueles que sabem as leis existirem para quem errou, todavia, institui-se a injustiça, que celebra, mantém e protege a impunidade para quem dela é íntimo;
Sou filho de condições que me foram oferecidas na forma de alimentos, remédios, moradia, escolas e futuro, porém, lamentavelmente, circunstâncias contrárias à felicidade da humanidade querem e se esforçam no sentido que o povo seja condenado à miséria, à pobreza, à falta de comida, medicamentos, um teto para se abrigar, e que permaneça à mercê da maldade e desprezo por parte daqueles a quem outorgou poderes;
Sou filho da igualdade, das mesmas oportunidades para todos, de uma educação de qualidade, possibilidades de desenvolvimento pessoal e coletivo, embora jamais fosse o desejo dos poderes constituídos que tais chances surgissem para todos, destinadas apenas e tão somente a seus escolhidos e apaniguados;
Sou filho de ensinos que me proporcionaram ler, conhecer, interpretar, discernir, ter consciência e senso crítico, enquanto a intenção dos poderes nacionais sempre foi nos relegar à ignorância, ao analfabetismo, ao desconhecimento, à disposição de más intenções e manipulações;
Sou filho da paciência, da espera por um mundo melhor, menos injusto e cruel, contudo, as lideranças internacionais e nacionais adiam indefinidamente o trabalho em prol dos que precisam de ajuda, dos carentes, dos doentes, das crianças e dos idosos;
Sou filho do emprego, de cada ser humano poder construir a sua vida e ter o seu próprio destino, no entanto, lamentavelmente, desvios políticos e repulsa pelos desvalidos incentivam mais ainda a escassez de trabalho, o endividamento do cidadão e do povo, obrigando-nos a seguir o caminho que devemos percorrer em nome do lucro, da ganância, e de explorar mais facilmente incultos e incautos;
Sou filho do carinho, do afeto e do amor, porém a má fé, o egoísmo e a sede pelo poder destinaram-nos apenas violência, desprezo, dor, sofrimento e desafeto!
Resta-nos, ao fim e ao cabo, o quê?! Preservar e manter unida a família; valorizar as amizades verdadeiras; e cultuar as relações salutares para uma existência menos atribulada, porém um pouco alegre e mais leve, possibilitando que a nossa carga não seja insuportavelmente carregada sem qualquer descanso!
A Tribuna da Internet é este refúgio, onde tiramos de nossas costas o fardo de dias difíceis. Tomamos fôlego para os demais dias de caminhadas por trilhas irregulares, cheias de pedras, tortuosas, e sem nos sinalizar se é o caminho que queremos ou porque escolhido por quem nos deseja o mal!

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