Renato SouzaCorreio Braziliense
Entidades da sociedade civil lançaram um manifesto em apoio ao Supremo Tribunal Federal (STF). Um comunicado conjunto de quase 170 organizações foi lido, no plenário da Corte, na tarde desta quarta-feira (dia 3), pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz. Uma sessão solene foi convocada para que fosse realizado o manifesto de entidades como a OAB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho de Pastores. Nas últimas semanas, o Supremo foi alvo de críticas e ataques realizados por meio da internet.
A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o Tribunal chegou a ser organizada no Senado. No entanto, durante o processo de recolhimento de assinaturas, o ato foi arquivado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre.
MILÍCIAS VIRTUAIS – Em discurso, Felipe Santa Cruz afirmou que não é aceitável que os ministros e o próprio Supremo sejam atacados.
“Para todos nós há um marco que nos une, com o sacrifício que for necessário, que é a proteção do Estado Democrático de Direito. E o Supremo é uma garantia disso. Não aceitamos milícias virtuais. Quando cair a independência do Judiciário, quando o juiz, no Supremo ou em uma pequena comarca no interior não puder agir de acordo com a lei. Aí sim há de se dizer que a democracia está em risco”, ressaltou.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A sessão foi mais um passo para achincalhar o Supremo. Respeito e admiração são sentimentos que têm de ser conquistados, não podem ser forçados ou impostos em tempos de democracia. Justamente por isso, logo no início da sessão, o ministro Marco Aurélio Mello deixou o tribunal. Ele não quis participar do ato em desagravo ao Supremo. “Supremo agravado? Não o vejo assim. As críticas compõem a democracia” — declarou Marco Aurélio a O Globo depois do evento. E assim a principal corte de Justiça do país segue em seu caminho para se desmoralizar, por causa de suas próprias decisões e interpretações da lei, que têm favorecido políticos, empresários e autoridades que se envolvem em corrupção, incluindo caixa 2, que é uma forma de corromper a democracia em sua arma mais sagrada – o voto. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A sessão foi mais um passo para achincalhar o Supremo. Respeito e admiração são sentimentos que têm de ser conquistados, não podem ser forçados ou impostos em tempos de democracia. Justamente por isso, logo no início da sessão, o ministro Marco Aurélio Mello deixou o tribunal. Ele não quis participar do ato em desagravo ao Supremo. “Supremo agravado? Não o vejo assim. As críticas compõem a democracia” — declarou Marco Aurélio a O Globo depois do evento. E assim a principal corte de Justiça do país segue em seu caminho para se desmoralizar, por causa de suas próprias decisões e interpretações da lei, que têm favorecido políticos, empresários e autoridades que se envolvem em corrupção, incluindo caixa 2, que é uma forma de corromper a democracia em sua arma mais sagrada – o voto. (C.N.)