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quarta-feira, abril 17, 2019

Piada do Ano: ‘Petrobrás é livre para definir a alta do diesel’, afirma Paulo Guedes


Paulo Guedes
Totalmente desmoralizado, Guedes luta para se manter no cargo
Lorenna Rodrigues, Amanda Pupo e Felipe FrazãoEstadão
Depois da forte reação do mercado à suspensão do reajuste do diesel a pedido do presidente Jair Bolsonaro, o governo saiu a campo nesta terça-feira, 16, para transmitir a imagem de que a Petrobrás é livre para definir o momento e o valor da alta no preço do diesel. “É a Petrobrás quem decide reajuste, não é ministro da Economia ou presidente da República. A Petrobrás é realmente independente para estabelecer o preço de petróleo”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ele e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se reuniram com o presidente no Planalto para discutir a política de preços de combustíveis da companhia. Na semana passada, a Petrobrás anunciou reajuste de 5,7% no preço do diesel, mas Bolsonaro determinou a suspensão da alta.
“INDEPENDENTE” – “É ela (Petrobrás) quem tem que decidir. É realmente independente para estabelecer o preço do petróleo”, declarou Guedes, em entrevista coletiva após o encontro com o presidente. Apesar disso, o ministro admitiu que a política de reajustes atual não é suficientemente transparente e disse que mudanças estão em estudo.
Com o risco de uma nova greve de caminhoneiros batendo à porta, tanto a Petrobrás quando o governo estudam como amenizar o impacto dos reajustes constantes para a categoria. Guedes disse que estão em estudo várias alternativas, entre elas indexar o preço do frete ao valor do diesel. Citou que essa é a política utilizada nos EUA.
O ministro afirmou que o próprio governo vem estudando alternativas e que, se houvesse uma alta muito grande nos preços dos combustíveis, poderia, por exemplo, reduzir impostos. “Isso tem um preço, vai cortar de onde, da saúde para dar para o caminhoneiro?”, questionou.
INTERFERÊNCIA – Segundo o porta-voz da República, Otávio Rêgo Barros, Bolsonaro abriu o encontro dizendo que “não quer e não tem o direito de intervir na Petrobrás”. “Frase que nosso presidente disse logo no início da reunião: eu não quero e não posso intervir na Petrobrás, por questões de conceito, eu não posso por questões legais e até mesmo políticas”, afirmou Barros.
Guedes disse considerar natural que o presidente peça esclarecimentos e que Bolsonaro e tem preocupações maiores do que só com o mercado. Segundo ele, Bolsonaro questionou, em telefonema a Castello Branco (presidente da Petrobrás), se estavam “jogando diesel” no seu “chope”, enquanto o governo comemorava 100 dias de gestão.
“O presidente pediu para que explicássemos o aumento, não foi decisão de política econômica que ele tomou. Se fosse para criar regra de política nova, presidente teria conversado comigo”, disse ainda.
MANIPULAR PREÇOS – O ministro da economia ressaltou, porém, que a dimensão econômica dessas interferências tem que ser considerada até mesmo para não atrapalhar os futuros leilões de petróleo. “Temos R$ 1 trilhão para sair do pré-sal, se manipular preço, todo processo é afetado”, completou. “Não queremos de forma alguma ser governo que manipula política de preços, como no passado”.
Depois da reunião, Guedes disse não saber se a Petrobrás manterá o reajuste de 5,7% que seria dado na semana passada. Ele disse que a estatal poderá fazer reajustes menores em intervalos mais curtos ou aumentar o preço de uma só vez.
De acordo com Albuquerque, o valor do diesel praticado nos postos de combustível do País é 12% menor do que a média internacional.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É o tipo de matéria que requer tradução simultânea. Tudo o que foi dito após a reunião nada tem a ver com o que se falou na reunião. Bolsonaro, que está certíssimo, deixou claro que Guedes não manda em mais nada, o presidente da Petrobras (para o bem do Brasil) manda ainda menos, e a empresa estatal tem de servir ao país e não ao mercado.
O mais importante de tudo foi a declaração de Guedes de que conta com “R$ 1 trilhão para sair do pré-sal”. Ou seja, a Petrobras é a salvação do país e os idiotas ainda querem privatizá-la. O atual presidente Castello Branco, que pelo nome não se perca, deveria ser demitido imediatamente, em nome dos interesses nacionais. Depois voltaremos a esse assunto, com informações exclusivas. (C.N.)

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