Deu no Correio Braziliense
Questionado em uma conferência em Boston, o vice-presidente da República, general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), comentou a atuação do general Ernesto Geisel como presidente na época da ditadura. Ele apontou que teve como diferença o apoio da população. “Vamos olhar o seguinte: o general Geisel não foi eleito. Eu fui”, recordou. Imediatamente, Mourão foi aplaudido de pé pelos presentes. O vice-presidente também foi ovacionado ao final do debate.
Mourão disse ainda que ‘caso o governo federal erre demais, as Forças Armadas serão diretamente atingidas e sofrerão as consequências’ e caso fosse presidente, escolheria ‘outras pessoas’ para trabalhar com ele.
PROTESTO – Depois de fazer a declaração sobre Geisel, Mourão foi ovacionado pela plateia. Alguns participantes chegaram a aplaudi-lo de pé. Em meio aos aplausos, um manifestante entrou no auditório e gritou “ditadura nunca mais!”. Ele foi retirado da sala pelos seguranças. Segundo os organizadores do evento, depois disso, a organização conversou com o manifestante, que se retirou.
“As Forças Armadas não estão no poder. As Forças Armadas continuam com a sua missão constitucional, cada uma com seu comandante. – e concluiu – O que ocorre é que dois militares foram eleitos. O presidente Bolsonaro, 30 anos fora das Forças Armadas, ele é um político. Mais político do que militar.
PESQUISA – Sobre a pesquisa Datafolha que mostrou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) registra a pior avaliação de governo em um primeiro mandato após três meses de gestão desde a redemocratização de 1985, Mourão minimizou o resultado e disse enxergá-lo com naturalidade, dizendo que é preciso dar tempo ao Executivo. “Tem gente que quer que a gente acelere as coisas, mas todos têm que entender uma coisa: o Executivo não tem varinha de condão. Seria ótimo”, afirmou Mourão.
O vice-presidente disse que há uma “ansiedade” muito grande por parte da sociedade e que sabe que as pessoas clamam por mudanças. Ainda sobre educação, Mourão apontou que o MEC está com problemas e que o governo terá que “investir pesado na educação básica”. “Investimos muito no ensino superior e pouco na educação básica”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mourão é uma força da natureza. Pela liberdade com que se conduz, ao dizer que escolheria outros ministros, a impressão que fica é de que já está pavimentando o caminho para disputar a eleição em 2022. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mourão é uma força da natureza. Pela liberdade com que se conduz, ao dizer que escolheria outros ministros, a impressão que fica é de que já está pavimentando o caminho para disputar a eleição em 2022. (C.N.)