Deu no Painel da Folha
Ao escolher Abraham Weintraub para assumir o Ministério da Educação, Jair Bolsonaro contemplou uma indicação de Olavo de Carvalho. O nome do economista foi levado ao presidente em uma lista com outros dois discípulos do escritor, informa Julia Chaib, repórter da Folha em São Paulo.
Pessoas próximas ao guru ideológico de ala do bolsonarismo afirmam que, ao fazer a indicação, Carvalho estipulou como condição que o ministro deverá nomear como secretário-executivo Eduardo de Melo, que já foi secretário-adjunto do MEC e hoje está na TV Escola.
OUTROS OLAVISTAS – O escritor também quer que Weintraub leve de volta à cúpula do MEC olavistas que foram exonerados ou escanteados do ministério por Ricardo Vélez, demitido nesta segunda (dia 8). A expectativa de pessoas próximas a Olavo que estão no governo é a de que Weintraub cumpra os pedidos e anuncie as mudanças a partir desta terça (dia 9).
O nome de Weintraub foi levado a Bolsonaro junto com o de Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do MEC, e o de Eduardo de Melo.
Olavistas consideram o economista o mais combativo dos três e com mais disposição de propagar no MEC a luta contra o que eles avaliam como hegemonia da esquerda nas universidades e nas escolas.
FORTE REAÇÃO – Pessoas próximas a militares esperam forte reação de integrantes das Forças Armadas à indicação de Weintraub. Generais integrantes do governo tentaram tutelar Ricardo Vélez, demitido do posto, ao indicar para a secretaria-executiva da pasta o tenente-brigadeiro Ricardo Machado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Chegou a se especular que a indicação teria sido de Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, que está em alta no núcleo duro do Planalto. Mas agora já se sabe que o novo ministro é um ardoroso “olavete”, apelido que o próprio guru virginiano deu a seus alunos. Ainda não dá para saber a extensão da retirada dos militares. O nevoeiro só vai se dissipar quando for anunciado o secretário-executivo da pasta. Se o tenente-brigadeiro Ricardo Machado continuar a bordo, nem tudo estará perdido. Se for defenestrado, é sinal de que Olavo de Carvalho continua mandando no governo, fato que traduz uma situação preocupante, sem a menor dúvida. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Chegou a se especular que a indicação teria sido de Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, que está em alta no núcleo duro do Planalto. Mas agora já se sabe que o novo ministro é um ardoroso “olavete”, apelido que o próprio guru virginiano deu a seus alunos. Ainda não dá para saber a extensão da retirada dos militares. O nevoeiro só vai se dissipar quando for anunciado o secretário-executivo da pasta. Se o tenente-brigadeiro Ricardo Machado continuar a bordo, nem tudo estará perdido. Se for defenestrado, é sinal de que Olavo de Carvalho continua mandando no governo, fato que traduz uma situação preocupante, sem a menor dúvida. (C.N.)