Sara ResendeTV Globo — Brasília
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou nesta quinta-feira (dia 18) como “ato de censura” a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que determinou a retirada de conteúdo dos sites da revista “Crusoé” e de “O Antagonista”.
Na última segunda-feira (15), Alexandre de Moraes determinou que os dois sites retirassem do ar reportagens e notas que relacionamo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli. à empreiteira Odebrecht. Moraes decidiu sobre a questão porque é relator de um inquérito aberto no mês passado para apurar ofensas, ameaças e vazamentos de informações sobre integrantes do STF.
“BOM SENSO” – “Eu já declarei que considero que foi um ato de censura isso aí. Óbvio que está no seio do Judiciário, é uma decisão tomada pelo Supremo e compete ao Judiciário chegar a um final disso aí tudo”, afirmou Hamilton Mourão, antes de o relator Moraes revogar a censura..
Sobre pessoas que emitiram opiniões negativas ou difundiram ameaças em redes sociais e que, no âmbito do inquérito, foram alvos de mandados de busca e apreensão por ordem de Moraes, o vice Mourão afirmou que o “bom senso” não estava prevalecendo.
“Não quero tecer críticas ao Judiciário. Cada um sabe onde aperta os seus calos. Eu espero que se chegue a uma solução de bom senso nisso aí. Acho que o bom senso não está prevalecendo”, afirmou o vice-presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem de Sara Resende assinala que também nesta quinta-feira (dia 18) o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, chegou a dizer que a determinação de Moraes foi uma espécie de “mordaça”. Faltou dizer que até agora ninguém – mas ninguém mesmo – saiu em defesa de Moraes e Toffoli, que se tornaram dois estranhos no ninho do Supremo. Nem mesmo Gilmar Mendes teve coragem de defendê-los. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem de Sara Resende assinala que também nesta quinta-feira (dia 18) o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, chegou a dizer que a determinação de Moraes foi uma espécie de “mordaça”. Faltou dizer que até agora ninguém – mas ninguém mesmo – saiu em defesa de Moraes e Toffoli, que se tornaram dois estranhos no ninho do Supremo. Nem mesmo Gilmar Mendes teve coragem de defendê-los. (C.N.)