Deu em O Globo
O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Luiz Antonio Bonat, mandou intimar à Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, sobre e-mails do empresário Marcelo Odebrecht que citam o ministro Dias Toffoli , que preside o Supremo Tribunal Federal (STF), com o suposto codinome “amigo do amigo de meu pai”.
No último dia 12, o juiz, que sucedeu na Lava-Jato o ministro Sergio Moro, ainda determinou que fossem retiradas dos autos da primeira instância as informações que mencionassem autoridades com foro privilegiado, como era o caso de Toffoli. Horas antes do despacho de Bonat, Dodge divulgou nota de que não tinha ciência do assunto e das menções ao nome de Toffoli.
E-MAIL DE 2007 – A mensagem se refere a um e-mail de 13 de julho de 2007, quando Toffoli era o então Advogado Geral da União (AGU) no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na mensagem, Marcelo Odebrecht fala sobre tratativas da empreiteira com a AGU sobre temas que envolviam as hidrelétricas do Rio Madeira. E diz que que o termo “Amigo do amigo de meu pai” se refere a José Antonio Dias Toffoli.
No entanto, Marcelo Odebrecht pondera que “a natureza das tratativas”, só poderiam ser detalhadas pelo executivo da empresa Adriano Maia, que foi diretor jurídico da empreiteira.
Na segunda-feira, uma reportagem da revista Crusoé que menciona a denúncia sobre Toffoli foi tirada do ar nos site da publicação e também no “O Antagonista”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Essa informação deixa muito mal o ministro Alexandre de Moraes. A decisão de censurar a revista digital Crusoé e o site O Antagonista foi tomada por ele com a justificativa de que se tratava de “fake news” e não existia a mensagem de Marcelo Odebrecht. E agora, o ministro vai revogar a censura ou vai conhecer no tenebroso caminho da arrogância, da desfaçatez e de irresponsabilidade? (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Essa informação deixa muito mal o ministro Alexandre de Moraes. A decisão de censurar a revista digital Crusoé e o site O Antagonista foi tomada por ele com a justificativa de que se tratava de “fake news” e não existia a mensagem de Marcelo Odebrecht. E agora, o ministro vai revogar a censura ou vai conhecer no tenebroso caminho da arrogância, da desfaçatez e de irresponsabilidade? (C.N.)