Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, janeiro 25, 2019

Projeto de Guedes é destruir a Previdência para economizar R$ 130 bilhões/ano


Resultado de imagem para paulo guedes charges
Charge do Nani (nanihumor.com)
Carlos Newton
Já comentamos aqui na “Tribuna da Internet” que Paulo Guedes não é confiável e jamais se poderia entregar a gestão da Economia a um ex-banqueiro. Com menos de um mês de governo, essa afirmação se confirma diante do discurso do ministro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, ao anunciar que a reforma da Previdência pode significar uma economia de até R$ 1,3 trilhão em dez anos.
E A DÍVIDA? – Sobre o maior problema brasileiro, a dívida pública, que tanto favorece os banqueiros, nenhuma palavra do superministro.
Quanto à economia de R$ 130 bilhões/ano, é um sonho delirante, que significa destruir a Previdência nos moldes atuais, para substituí-la pela “capitalização”, que é o codinome da Previdência bancária.
A diferença é que a atual Previdência Social ampara o trabalhador com invalidez, sustentando-o pelo resto da vida, enquanto a Previdência bancária simplesmente o abandonará à própria sorte.
SEM SERIEDADE – O país está aguardando uma reforma da Previdência que seja feita com seriedade e isenção, mas o ministro da Economia se comporta como se fosse um ilusionista, tipo Mister Houdini. Seu projeto é desumano e implacável, porque o montante almejado (R$ 130 bilhões/ano de economia) seria até dois terços superior ao previsto na proposta do governo de Michel Temer, que já era considerada absurda e o Congresso nem quis aceitar.
Ao invés de fazer uma auditoria e eliminar a “pejotização” (falsas pessoas jurídicas), que eleva de forma brutal os prejuízos do INSS, do FGTS e do Imposto de Renda, Guedes quer fazer justamente o contrário, extinguindo a cobrança dos atuais 20% que as empresas pagam sobre a folha salarial, uma das maiores fontes de recursos do INSS.
Em Davos, o ministro disse ainda que a alíquota do imposto sobre dividendos e juros sobre capital próprio deve ficar em torno de 15%, o que compensaria a redução da carga fiscal sobre as empresas. É um sonho atrás do outro, como a redução do Imposto de Renda das empresas.
MILITARES FORA – A única coisa certa é que os militares estarão fora da reforma da Previdência, conforme foi anunciado em primeira mão pelo presidente em exercício Hamilton Mourão e confirmado nesta quarta-feira em Davos pelo presidente licenciado Jair Bolsonaro.
De resto, não há transparência, não há seriedade, Guedes e sua equipe operam em sigilo, como se estivessem na clandestinidade. O ministro da Defesa, general Azevedo e Silva, já arranjou até um codinome para a Previdência militar. Segundo ele, as Forças Armadas têm um “sistema de proteção social” e não um regime previdenciário.
Então, fica combinado assim. Afinal, quem tem coragem de contrariar os militares? A próxima meta deles é equiparar seus salários aos ministros do Supremo, e têm toda razão neste ponto, porque ganham menos do que os oficiais das PMs, vejam em que país maluco estamos.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Ao desenvolver o raciocínio deste artigo, retomo meu pessimismo com relação ao futuro, porque não há país que possa sustentar uma nomenclatura civil e militar com tantos privilégios. Os brasileiros comuns, que não são remunerados pelo erário, sustentam esses privilegiados com o suor de seu rosto e cada vez têm menos direitos sociais. O Brasil é o país de maior potencial de crescimento no mundo, mas tem uma elite governante absolutamente apodrecida, incrustada nos três poderes que de republicanos nada têm. Depois voltaremos ao assunto. (C.N.)

Em destaque

Trump reanima plano de um regime pós-liberal, com Partido Trabalhista

Publicado em 7 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Trump tem ideias inebriantes, mas terá coragem de...

Mais visitadas