Por Davi Lemos no Terra Magazine
Direto de Salvador
O deputado federal e pré-candidato do PMDB ao governo da Bahia, Geddel Vieira Lima, foi rápido na reação à entrevista concedida na última quinta-feira (6) pelo governador Jaques Wagner (PT) ao Terra. De acordo com Geddel, tratou-se de uma entrevista de um “nefelibata”, ou seja, de alguém que vive com a cabeça nas nuvens.
Nesta entrevista, o candidato apresentou sua versão para o desquite entre PT e PMDB após o enlace vitorioso de 2006, que resultou na derrota do grupo carlista após 16 anos de hegemonia no estado. Geddel Vieira Lima acusa Wagner de tomar como suas obras que são do governo federal e a proporcionar o que ele chama de caos na segurança pública.
Terra - Como o senhor viu as declarações do governador Jaques Wagner (PT) de que a sua intenção seria dominar PSDB e DEM na Bahia?
Geddel – Essa foi a entrevista de um nefelibata. Ou de alguém que quer reescrever a história. Quem se aproximou do PSDB pensando em dominar, oferecendo a presidência da Assembleia (Legislativa), apoiando o candidato do PSDB à prefeitura de Salvador foi ele, não fomos nós. E no segundo turno das eleições de Salvador, quando ele abandonou a administração do PMDB, para lançar uma candidatura própria, contrariamente ao que tinha acordado conosco, foi ele. Eu vejo estas declarações como surpresa. Aliás, surpresa não. Como marco do jeito Wagner de fazer política. Quando ele se acha no direito de poder conversar com todo mundo, de somar, de aglutinar, sempre tem um interesse nobre por trás. Quando são os outros, sempre encontra de uma forma gentil de insinuar que há algo de estranho nas alianças. Eu continuo preferindo a opinião do Wagner que dizia que nossa participação foi fundamental para ele, que nós fomos muito importantes, que durante tanto tempo rasgou tantos elogios à minha pessoa. Eu guardo mais essa imagem.
Terra - Agora, deputado estas declarações do governador torna ainda mais difícil qualquer possibilidade de reconciliação com o PT após as eleições?
Geddel – No meu pensamento não há reconciliação. Eu vou vencer as eleições. O PT da Bahia vai ser oposição ao nosso futuro governo.
Terra - Ele também comentou que desde 2008 o PMDB já demonstrava… Leia mais »
Fonte: O Recôncavo