Patrícia França l A TARDE
Na primeira eleição após o fim da verticalização das coligações – quando os partidos precisavam repetir nos estados as alianças nacionais – o que se vê é uma confusão geral nos arranjos políticos em todo o País.
Na Bahia, a pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) vai ter dificuldade de eleger o palanque preferencial, já que terá que se dividir entre o governador petista Jaques Wagner, postulante à reeleição, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, candidato do PMDB, partido que indicará o vice na chapa de Dilma.
O candidato tucano, o ex-governador de São Paulo José Serra também não ficará livre das “estranhezas” geradas pela liberação geral das alianças, e corre o risco de ter um palanque baiano desfigurado. É que o PPS e o PSC que nacionalmente marcharão com ele, decidiram apoiar na Bahia a candidatura ao governo de Geddel, e não a do ex-governador Paulo Souto (DEM), que dará palanque ao tucano no Estado.
Interior - Nos municípios baianos, esta “incoerência” na composição das alianças também se repete. O ex-prefeito de Itabuna Fernando Gomes, importante liderança regional do DEM no sul do Estado, anunciou que não vai apoiar o candidato do seu partido, Paulo Souto, mas sim a candidatura do ex-ministro Geddel.
Na eleição municipal de 2008, Fernando Gomes tentou um acordo em Itabuna pelo qual o hoje prefeito Capitão Azevedo (DEM) renunciaria à sua candidatura para apoiar o então candidato a prefeito pelo PMDB, deputado Capitão Fábio. O acordo não vingou. Capitão Fábio acabou renunciando à sua candidatura para apoiar a petista Jussara Feitosa, mas Capitão Azevedo manteve a dele. Com o apoio das bases do PMDB, o democrata conseguiu sair vitorioso.
Já o prefeito de Alagoinhas, Paulo César Simões (PSDB), tem o coração dividido: diz que vai votar em José Serra para presidente da República, mas também defende a reeleição do governador petista Jaques Wagner. Simões é politicamente ligado ao deputado Marcelo Nilo – ex-tucano que se filiou ao PDT e um dos parlamentares da confiança de Wagner, que chegou a pensar nele para vice da chapa.
Na Assembleia Legislativa, o governador Jaques Wagner não escapa dos reflexos deste novo momento. O deputado Luiz Augusto, que é do PP, partido que indicou o candidato a vice na chapa do petista, sempre votou com o governo. Mas como é primo e liderado de Nilo Coelho (PSDB) – o ex-prefeito de Guanambi candidato a vice na chapa de Paulo Souto (DEM) –, o deputado já avisou que a sua “prioridade é Nilo”.
Outra situação no mínimo esdrúxula: metade da bancada do PR no parlamento estadual é governo, ou seja, apoia a candidatura à reeleição de Wagner, embora o partido vá oficializar a aliança com o ex-ministro Geddel, cabendo ao senador César Borges, presidente estadual do partido, uma vaga ao Senado na chapa do peemedebista.
Se o PT já se conformou com duplos palanques na Bahia e no Rio de Janeiro, onde a candidatura de Dilma Rousseff tem o apoio do ex-governador Anthony Garotinho, candidato ao governo pelo PR, e do governador Sérgio Cabral (PMDB), postulante à reeleição, no PPS a “infidelidade” dos filiados baianos não foi bem recebida pelo presidente nacional, o ex-senador Roberto Freire (SP).
Em nota, Freire adverte que “nenhuma aliança política nos estados visando o pleito de 2010 pode ser fechada antes da realização das convenções eleitorais, que ocorrem em junho”. Disse, ainda, que “algumas dessas tratativas (de alianças nos estados), porém, tendem a acoplar o partido aos palanques estaduais da candidata do PT à Presidência da República, o que não pode ser aprovado por direção partidária em nenhuma das suas instâncias”.
Mas George Gurgel, presidente estadual do PPS que na semana retrasada se incorporou à comitiva que recepcionou Serra na Bahia, não se dar por vencido. Lembra que o PPS e o PMDB já têm história antiga de convivência na Bahia e que a coligação não contaria a orientação do partido de apoio à candidatura tucana à Presidência.
Fonte: A Tarde
Certificado Lei geral de proteção de dados
Em destaque
Trump escapou sem receber pena, mas Bolsonaro não conseguirá escapar
Publicado em 13 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Bolsonaro mantém um bom relacionamento com Trump ...
Mais visitadas
-
, Herança de Descaso: Prefeito Denuncia Bens Dilapidados e Anuncia Auditoria de 30 Dias Ao assumir a prefeitura, o prefeito Tista de Deda se...
-
Auditoria Já: O Primeiro Passo para Uma Gestão Transparente em Jeremoabo Com a recente transição de governo em Jeremoabo, a nova administraç...
-
Aproveito este espaço para parabenizar o prefeito eleito de Jeremoabo, Tista de Deda (PSD), pela sua diplomação, ocorrida na manhã de hoje...
-
. MAIS UMA DECISÃO DA JUSTIÇA DE JEREMOABO PROVA QUE SOBREVIVEM JUÍZES EM BERLIM A frase “Ainda há juízes em Berlim”, que remonta ao ano d...
-
O último dia do mandato do prefeito Deri do Paloma em Jeremoabo não poderia passar sem mais uma polêmica. Desta vez, a questão envolve cob...
-
Diplomação do Prefeito Eleito Tista de Deda, Vice e Vereadores Será no Dia 19 de Dezembro de 2024. A diplomacao do prefeito eleito de Jere...
-
Justiça aponta fraude e cassa mandato de vereador na Bahia Seguinte fraude seria na cota de gênero em registro de candidaturas de partido ...
-
O Cemitério de Veículos da Prefeitura: Um Crime Contra a Sociedade As imagens que circulam revelam uma realidade chocante e inaceitável: um ...
-
Tudo na Vida Tem um Preço: O Apoio Necessário ao Novo Gestor de Jeremoabo Os Jeremoabenses estão diante de um momento crucial. A eleição do ...