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domingo, maio 24, 2009

'Se o PMDB sair, há outros interessados na aliança', diz Wagner

Luana Rocha Redação CORREIO
Pela primeira vez, o governador Jaques Wagner (PT) deixa o tom diplomático de lado e fala abertamente sobre a relação entre o governo e o PMDB. Desde as eleições municipais, a aliança entre os partidos no estado está estremecida e rumores sobre uma possível ruptura viraram rotina nos bastidores políticos.
De início, o governador afastava qualquer hipótese de rompimento e declarava que a aliança no plano nacional seria mantida na Bahia. Na sexta-feira (22), em entrevista ao CORREIO, o governador deixou o discurso polido e afirmou que vai encarar com naturalidade caso o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, lance candidatura própria ao governo do estado.
“Se o PMDB sair, existem outros partidos interessados em ingressar na aliança”, afirmou, semcitar diretamente a movimentação de dez deputados que pretendem migrar para o PTB.
Ele declarou ainda que não vai forçar a permanência do PMDB na gestão, mas precisa saber efetivamente o posicionamento deles. “Só há casamento quando os dois querem. O PT nacional quer. Eu quero. Agora preciso saber a posição do PMDB”.
O PMDB fez um encontro com suas lideranças. O discurso do ministro Geddel Vieira Lima indicou uma possibilidade de uma candidatura dele ao governo do estado. Hoje, como está a relação Jaques Wagner e PMDB?A minha posição é clara. Eu trabalho pela ampliação da aliança que me elegeu em 2006, que inclui o PMDB e mais oito partidos. Eu não escolho adversários e sim aliados. Desde o primeiro momento tento manter a aliança com o PMDB, mas existia uma combinação.
A vaga do PT era para o governo do estado e isso estava claro, e Geddel deveria ocupar a vaga para disputa no Senado. O PMDB é o aliado preferencial, até pela sua dimensão e por estar alinhado no plano nacional. Mas isso não funciona em todos os lugares.
Em Pernambuco, por exemplo, o partido não está ao lado do governador Eduardo Campos (PSB). Na minha opinião, só há casamento quando os dois querem. O PT nacional quer. Eu quero. Agora eu preciso saber a posição do PMDB.
O encontro do PMDB teve caráter de campanha?Fazer encontros com os correligionários é normal, mas achei esse encontro estranho. O PMDB tem dois secretários na estrutura do estado (Batista Neves na Infraestrutura e Rafael Amoedo na Indústria e Comércio) e poderia avaliar as ações desses quadros na gestão.
Mas, na verdade, o encontro acabou tomando outra direção. Caso, realmente, exista vontade do ministro em ser candidato, tudo bem. Isso pode ser feito em clima amistoso, e a ministra Dilma Rousseff poderá ter dois palanques na Bahia.
Isso já aconteceu em outros lugares. Em alguns tem acontecido com hostilidade, mas eu encaro com naturalidade. Se o PMDB sair, existem outros partidos interessados em ingressar na aliança.
O PMDB havia anunciado que entregaria um documento apontando pontos que consideram falhos no governo. Esse documento foi entregue?
Repito: o PMDB tem dois secretários na gestão e não acredito que entregar um documento seja a melhor forma de contribuir com as ações do governo. O ministro e o próprio presidente do partido, Lúcio Vieira Lima, poderiam falar comigo pessoalmente e não precisariam de desculpa para sair da gestão. Tenho interesse no PMDB se eles quiserem ficar, mas, se eles não desejarem, tem que fazer isso com absoluta naturalidade.
O que dizem as pesquisas que o senhor tem feito para as próximas eleições?
As simulações têm sido bastante positivas e tenho feito isso constantemente. Muitos partidos também deixam para decidir se querem ser aliados ou não depois da divulgação do placar eleitoral.
Aconteceu comigo na eleição de 2006. Algumas legendas não quiseram se aliar à minha candidatura porque as pesquisas indicavam que eu não iria ganhar e acabei levando a eleição no primeiro turno.
O mesmo vai acontecer com a ministra Dilma. A saúde eleitoral dela no estado está ótima e ela só vem crescendo nas pesquisas.
Depois da internação da ministra, essa semana, seu nome voltou a ser ventilado como um dos possíveis sucessores do presidente Lula...
Só trabalho com a hipótese da candidatura de Dilma. Essa é uma eleição pessoal dela e do presidente Lula. Gostaria que não houvesse nada da doença, inclusive acho que a preocupação central dela deve ser com a saúde. Mas, com certeza, não vai haver nenhum impedimento à continuidade da candidatura dela.
Depois de muitas especulações, a superintendente da Conder, Maria del Carmen, foi exonerada. Haverá novas substituições no secretariado?
A gente pode fazer ajustes na ordem administrativa e política do secretariado. No caso da Conder, a mudança foi feita para dar dinamismo ao órgão. O atual gestor (engenheiro civil Milton Villas Boas) não tem nenhuma vinculação política.
Sua escolha foi unicamente técnica e ele chegou para fazer o que a Conder é, uma tocadora de obras importantes. É importante ressaltar também que Maria del Carmen foi uma boa coordenadora.
Ela cuidou da obra de Pituaçu, que, apesar de todas as críticas, ficou pronto e com excelente qualidade. É natural que sejam feitas alterações e estou muito à vontade para fazê-las. Não demito ninguém por pressão. Troco apenas o que sinto necessidade.
Outras alterações podem acontecer, seja por via administrativa ou política, caso sejam feitas novas alianças que envolvam negociação de cargos.
Fonte: Correio da Bahia

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