Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
O governador Jaques Wagner está determinado a montar uma base de sustentação na Assembléia Legislativa e abriu uma espécie de caça a possíveis aliados, independentemente da corrente ideológica a que pertençam. Como contrapartida tem oferecido secretarias e autarquias importantes do Estado. Trata-se não de uma reforma administrativa, como sugeriu o próprio Wagner, mas de uma ampla reforma política que tem como pano de fundo libertar-se da dependência do PMDB. Após conseguir trazer para o seu lado o Partido Progressista (PP), o governo do Estado, no sentido de não permitir que o PMDB continue se fortalecendo e possa surpreender novamente o PT na sucessão de 2010, dá largada a uma nova prova de fogo: cooptar o Partido da República (PR) para a base de sustentação, reforçando em nove o número de deputados governistas. Para isso, já circula nos bastidores, que estaria à disposição da legenda, a Secretaria de Planejamento, com direito até mesmo a segunda opção em caso de recusa, a Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir). Vale ressaltar que a Seplan, desde que foi esvaziada dos órgãos executores Conder e CAR, ambos com verba própria, não desperta mais tanto interesse. No entanto, segundo fontes republicanas, esta não será uma tarefa fácil, a começar pelo descaso por parte do governo quanto à negociação que vem sendo travada desde o início do ano. O sentimento é que só agora que “a corda apertou” a legenda passou a ter valor. Emperraria o processo ainda a relação hoje estremecida do presidente estadual da sigla, senador César Borges com o governador Jaques Wagner. Borges, inclusive, tão logo chegue de viagem na próxima semana, se sentará à mesa com os deputados estaduais. Dois deles – Sandro Régis e Elmar Nascimento –, já declaram “em alto e bom som” que continuam na posição de oposicionistas, independentemente da decisão do partido. Gilberto Brito, ligado ao senador, conseqüentemente, marchará na direção de Borges. Com isso, restará Ivo de Assis, Ângelo Coronel e Pedro Alcântara, que fica no lug ar de Tarcísio Pimenta (DEM), eleito prefeito de Feira de Santana. Contudo, no que depender do governo do estado, esforços não serão medidos, mesmo que o compromisso venha a ser firmado sem o aval da direção do partido ou que resulte numa legenda rachada na base. “Continuamos conversando com as forças políticas do PR, mas a grande dificuldade aconteceu quando da mudança da direção regional do partido. No entanto, não podemos nos privar pelo comportamento isolado de quem entrou no partido depois”, ressaltou o secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, referindo-se de forma clara ao senador César Borges. O deputado federal Nelson Pelegrino (PT), por sua vez, em entrevista recente reiterou que “depois de ter conseguido fechar o apoio do PP à base, o governo deveria procurar institucionalmente a direção do PR para fazer o mesmo”. Em sua opinião não fa z sentido o PR permanecer na base do governo Lula e se manter na oposição ao governador Jaques Wagner na Bahia. (Por Fernanda Chagas)
PMDB quer manter seus espaços
Coincidência ou não, enquanto o governo se movimenta de um lado para se fortalecer na Assembléia Legislativa com cooptação de outros partidos, o PMDB, pivô da mais recente crise com o PT, partido que encabeça o leque da aliança de sustentação do governador Jaques Wagner, também trabalha para manter os seus espaços. Ontem à noite a bancada do PMDB, composta de nove integrantes, se reuniu para analisar a movimentação política na AL e discutir o seu posicionamento nas futuras votações. Segundo o deputado Luciano Simões, um dos candidatos à presidência da Assembléia Legislativa, a reunião serviu para tratar de rotinas da bancada no Legislativo, mas a questão dos espaços do partido na Casa e no governo também fez parte da pauta. Como a formação das comissões técnicas atualmente é com base no resultado da eleição, o PMDB pode perder espaço, já que elegeu apenas seis deputados, embora a composição tenha sido feita com base nos nove que tem hoje. É aí que reside a maior preocupação dos peemedebistas. “Nossa posição é a de manter o status quo nas posições que o partido tem nas comissões”, declarou o parlamentar. Depois da reunião de ontem, Simões disse que o partido vai conversar com a bancada da maioria (PT) para manter as indicações e os espaços do PMDB. Mas o parlamentar declarou também que a reunião serviu para discutir a posição da bancada sobre a votação dos projetos do Executivo que estão chegando à Assembléia. “Precisamos fazer com que o parlamento saia dessa crise”, argumentou. (Por Evandro Matos)
Negociações são intensificadas
Depois de fechar com o PP, agora o governador Jaques Wagner busca o apoio do PR, do PDT e PRTB para concluir a primeira reforma política do seu governo. Com o PR o governo sabe que, se conseguir, vai contar com um partido dividido. No comando da legenda, o senador César Borges não deve atender aos apelos do governo, mesmo porque na primeira tentativa ficaram queixas dos dois lados. Para completar, na eleição de Salvador, Borges conduziu o partido para apoiar ACM Neto no primeiro turno, e João Henrique no segundo turno. Na bancada de deputados federais, José Rocha deve ficar com a posição de Borges, enquanto os deputados João Bacelar, José Carlos Araújo e Tonha Magalhães tendem e aceitar os encantos do governo. Na bancada estadual, os deputados Sandro Régis e Elmar Nascimento já se manifestaram contrários a qualquer composição com o governo. Já os deputados Ivo de Assis, Ângelo Coronel, Pedro Alcântara e Gilberto Brito, a tendência é que eles se transformem em aliados governistas. Nos bastidores já é cogitado até que a Secretaria de Planejamento fique com o partido. Mas como no passado a secretaria da Agricultura também esteve praticamente nas mãos do deputado Elmar Nascimento, todos agora preferem cautela. Há rumores também de que o PR não estaria satisfeito com a Seplan, preferindo a Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir), que é comandada por Edmon Lucas, por indicação do PTB. Ontem à tarde surgiram rumores na Assembléia Legislativa de que o Secretário Rui Costa (Relações Institucionais) estaria conversando com integrantes do bloco formado pelo PR/PRTB. Segundo o deputado Jurandy Oliveira, que está trocando o PRTB pelo PDT, tem existido alguma conversa, mas como o deputado Elmar Nascimento, líder do PR, está no exterior, nada tem andado. “A tendência é compor com o governo. Apesar de algumas críticas, eu tenho muita consideração pelo governador, que sempre me respeitou”, declarou Jurandy, antecipando a sua posição. Já o outro deputado do PRTB, Fernando Torres, já declarou que fica na oposição.(Por Evandro Matos)
PT de Lauro critica governador
Após a confirmação do nome do deputado estadual Roberto Muniz, como novo secretário de Agricultura do estado, o que seria uma manobra para conter a atual dependência ao PMDB, o governador Jaques Wagner acabou por comprar briga com as próprios companheiros de partidos, leia-se o PT de Lauro de Freitas. Com base na disputa acalorada entre a petista Moema Gramacho e Muniz em prol da prefeitura do município, representantes do diretório avaliaram com muita indignação - nem mesmo o habitual tratamento de companheiro foi mantido -, que ao oficializar o anúncio do nome do deputado como secretário, o governador “não considerou” o valor da longa caminhada percorrida em meio à poeira e labor dos militantes do PT de Lauro de Freitas, além dos demais partidos aliados das frentes populares. “Em 2004, saímos vitoriosos do pleito municipal contra a campanha machista, difamatória e irresponsável da panelinha formada por João Leão e Roberto Muniz. Em 2006, fomos fundamentais na sua eleição, que contou com franca oposição dos parlamentares pepistas. No entanto, o senhor venceu em Lauro de Freitas com larga sobra de votos, tanto em 2002 como em 2006 e, se ninguém o falou até o momento é bom que o façamos: sua vitória e a do Presidente Lula aqui em Lauro de Freitas aconteceram por conta do nosso trabalho, pois, os que hoje se bandeiam para o vosso lado chamavam ao senhor e ao Presidente Lula de artífices do mensalão e apoiaram Serra, Alckimin e Paulo Souto. Roberto Muniz em debate televisivo, no período eleitoral, afirmou ser o PT acostumado a promover assassinatos”. E não pára por aí. No documento os petistas afirmam ainda que este ano, o PT de Lauro de Freitas participou de uma campanha marcada pelo “ódio de classe” de Roberto Muniz, que usou dos mais condenáveis métodos para atingir a honra da sua adversária, a companheira Moema Gramacho. Ainda assim, o PT de Lauro de Freitas foi depositário de cerca de 60% dos votos nas eleições de 2008 para Prefeita e o partido mais votado para vereador, não apenas reelegendo Moema, como conquistando maioria absoluta das vagas na Câmara. Avaliaram ainda que não se trata de olhar pelo retrovisor e desconhecer o significado da palavra governabilidade. “Mas, até um mês atrás o senhor (o governador) estava em nosso palanque, falando da estrada que percorremos juntos, e agora recebe em seu gabinete o Roberto Muniz e o torna Secretário de Estado. Não queremos acreditar que a sua presença em nosso palanque foi apenas um ato público para contagiar a multidão com frases de impacto como ‘quando eles andarem por aí, praticando as baixarias contra Moema, as baixarias contra nós, não vamos revidar, vamos mostrar o nosso trabalho para a cidade’”. (Por Fernanda Chagas)
Governo orienta prefeitos sobre elaboração de projetos
Os 417 prefeitas e prefeitos eleitos na Bahia foram convidados pelo governador Jaques Wagner para participar de um encontro que acontece hoje e amanhã, no Hotel Pestana, em Salvador. O evento tem o objetivo de apresentar aos novos gestores as principais ações em andamento e os projetos do Governo estadual para os próximos anos. A Desenbahia (Agência de Fomento do Estado da Bahia) estará presente apresentando as linhas de financiamento disponíveis para as prefeituras municipais, além do CrediBahia (Programa de Microcrédito do Estado da Bahia), que é operado em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e Sebrae, e que tem como objetivo inserir no mercado creditício pessoas que não têm acesso ao sistema bancário convencional. O CrediBahia visa a apoiar pequenos empreendedores e trabalhadores informais, dinamizando a economia local, com recursos liberados no município, agindo como fator de multiplicação de renda, estímulo à produção e combate ao desemprego. A Setre administra o programa, a Desenbahia garante o dinheiro, o Sebrae treina a mão-de-obra, e a prefeitura cede o espaço e os agentes de crédito. Tal parceria tem duas vantagens: a redução do custo operacional do microcrédito, pois cada parceiro se responsabiliza de uma parte do processo; e a injeção de recursos destinados à atividade produtiva no município, sem desembolso de recursos por parte da Prefeitura. Em conseqüência, o prefeito garante para sua cidade crescimento e consolidação dos micros e pequenos negócios; apoio ao desenvolvimento sustentável; geração de renda e melhoria nos padrões dos empreendedores; atenua o desemprego e o êxodo rural e incentiva o comércio local.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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