Com custos baixos de produção e mercado em expansão, os agricultores familiares do Baixo Sul do Estado encontraram na cultura da pimenta uma nova opção de renda. Durante o verão, o litro pode custar até R$ 20. Em função do crescimento da atividade, a EBDA, vem prestando assistência técnica a esses produtores desde o plantio até a comercialização para que eles possam se organizar em associações ou cooperativas, visando uma maior produtividade e rentabilidade. Segundo a agrônoma e chefe do Escritório Local da EBDA, em Camamu, Ana Cristina Souza dos Santos, a empresa, ligada à Seagri, vem apoiando os agricultores de forma a orientá-los no cultivo, principalmente em sistema agroflorestal, que consiste em plantar diversas culturas num mesmo espaço, além de dispensar o uso de defensivos agrícolas, permitindo um cultivo orgânico, e preservando o meio-ambiente. “A pimenta pode ser plantada em consórcio com outras culturas como mamão, cacau, cupuaçu, açaí e seringueira, tradicionalmente cultivadas no Baixo Sul, além de ser recomendada para a agricultura familiar, na região, pelo seu potencial como alternativa de diversificação da produção, pela ampla oportunidade de mercado e pelo valor alcançado, principalmente na entressafra”, explicou. Na culinária e na cultura regional, a pimenta também tem uma grande influência sendo aproveitada em conservas - feitas na própria região, artesanalmente -, de forma desidratada e, principalmente, in natura. A pimenta tem um bom desenvolvimento em clima quente, com temperaturas em torno de 25°C, e a depender do tipo de cultivo (tecnificado, agroflorestal, dentre outros), apresenta um rendimento médio de 4 a 16 toneladas por hectare/ano. A variedade malagueta, por exemplo, produz em média, 10 toneladas por hectares/ano. Como o pico da produção de pimenta é atingido em épocas quentes, os técnicos da EBDA orientam os agricultores a trabalharem de maneira consorciada, com outras culturas da região, de forma a obter renda durante todo o ano. Durante a entressafra, o preço do litro do produto varia entre R$ 4,00 a R$ 5,00, nas feiras livres e, por sua vez, as pimentas de cheiro e malagueta, mais procuradas, podem alcançar até R$20 reais o litro, garantindo lucros significativos para os agricultores. “Para o cultivo da pimenta não é necessário investimentos elevados, o que torna a cultura de fácil acesso para qualquer agricultor, e proporciona lucros maiores”, comentou Ana Cristina. O comércio da pimenta é feito nos mercados livres da região e por atravessadores que levam o produto para a capital e para as demais regiões da Bahia, e ainda para outros estados. No sentido de minimizar a interferência dos atravessadores, a EBDA está orientando os agricultores na criação de associações que atuem em todo o processo de beneficiamento e comercialização da produção, e, ainda, na venda direta para o mercado consumidor. Na fazenda Califórnia, de 25 hectares, em Camamu, o produtor Abdon Lima desenvolve o sistema de cultivo consorciado. Ele planta pimenta (cheiro e malagueta), juntamente com guaraná, banana-da-terra e seringueira, e tem uma produtividade média de 300 a 500 quilos por hectare/ano. “Com a orientação da EBDA percebi que o plantio consorciado é bem mais vantajoso e produtivo”, afirmou. Outro exemplo a ser seguido é o do produtor Adão Souza do Assentamento Cheguevara, também em Camamu e de outros pequenos agricultores familiares das Associações de Camamu e Igrapiúna, que alcançam a mesma produção, e têm a assistência técnica da EBDA.
Remédio em Casa já beneficia pacientes de 4 municípios baianos
Garantir o acesso da população baiana a medicamentos essenciais. Essa é a principal meta do Programa Medicamento em Casa, uma parceria entre a Sesab e o Ministério da Saúde. Por meio dele, portadores de doenças crônicas como hipertensão arterial e diabetes assistidos pelo SUS, recebem os medicamentos de uso contínuo em sua residência. O programa também tem participação da auditoria da Sesab, do Centro de Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia. Iniciado em setembro deste ano, o programa está em fase piloto, beneficiando aproximadamente 113 pacientes em 4 municípios: Lauro de Freitas, Camaçari, Teixeira de Freitas além da capital baiana. A meta é atender a 10 mil pessoas nessas cidades, outros 10 municípios baianos já estão requisitando o termo de compromisso para adesão ao programa. Segundo o diretor de Assistência Farmacêutica da Sesab, Lindemberg Costa, 25% da população baiana acima de 18 anos sofre de hipertensão e 11% de diabetes. Os pacientes são cadastrados após uma avaliação médica e exames que detectem o controle das doenças, pois os níveis de hipertensão arterial e açúcar no sangue devem estar estáveis por pelo menos 3 meses. São os chamados pacientes ‘crônicos controlados’. Podem ser fornecidos medicamentos como Captopril, Hidroclorotiazida e propanolol, para problemas cardíacos, e Acarbose, Glibenclamida e Metformina, para diabetes. A meta é chegar a 100 municípios até 2010. Os medicamentos são distribuídos pelos Correios em formato semelhante ao de entrega de cartas. Os remédios são conferidos, colocados em caixas padronizadas do programa e expedidos até a casa dos destinatários. O prazo de chegada na casa dos pacientes é de quatro dias. “Eu recebo medicamentos para pressão, pois faço tratamento desde dezembro de 2007 e agora sendo entregue em casa fica muito mais fácil pra mim”, afirmou Antônio Carlos Machado, um dos pacientes beneficiados pelo programa. Já dona Epifania Ferreira, de 82 anos, já está cadastrada no programa e vai receber remédios para tratar o diabetes. “Antes eu pegava no posto, tinha que caminhar muito, assim, recebendo em casa vai ficar muito melhor”, relatou.
Fonte: Tribuna da Bahia
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