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quinta-feira, novembro 13, 2008

Petistas já admitem apoio a Sarney no comando do Senado

BRASÍLIA - Preocupados com a governabilidade e com a reedição da aliança com o PMDB, desta vez para a eleição presidencial de 2010, dirigentes do PT já admitem reservadamente a possibilidade de o partido apoiar o senador José Sarney (PMDB-AP) ao comando do Senado, caso a candidatura de Tião Viana (PT-AC) não decole até janeiro. A idéia é discutida tanto no Congresso como no Palácio do Planalto, diante da constatação das dificuldades enfrentadas por Viana, embora o discurso oficial seja de que o governo e o PT não aceitam o PMDB na presidência da Câmara e do Senado.
O maior receio do Planalto, atualmente, não é ver Sarney na presidência do Senado a partir de fevereiro de 2009 - quando ocorre a sucessão no Congresso -, mas, sim, assistir a uma revolta da base aliada contra a possibilidade de conferir poder demasiado ao PMDB. O governo teme que, se Sarney conquistar o comando do Senado, os partidos dêem o troco na Câmara, liquidando a candidatura de Michel Temer (PMDB-SP). A ordem é evitar curto-circuito e fazer "campanha ostensiva" para Temer, que é presidente do PMDB.
Na leitura política do governo e da cúpula do PT, uma derrota de Temer seria debitada na conta do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aproximaria fatia considerável do PMDB dos tucanos e dificultaria a montagem da aliança com a legenda, daqui a dois anos. O plano de Lula, até agora, é ter o PMDB como vice de uma chapa encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sua sucessão.
"Se o PT não cuidar dessa aliança com o PMDB para 2010, vai pavimentar o caminho para a derrota", afirmou o deputado José Guimarães (PT-CE). "Defendo até a retirada da candidatura do Tião, em nome de uma questão maior, mas não podemos fazer acordo em cima do nada: precisamos pactuar com o PMDB o apoio ao PT para a sucessão do presidente Lula."
Dirigentes do PT lembram que a derrota de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo começou a ser construída quando o partido deixou escapar o PMDB, que se aliou ao prefeito Gilberto Kassab (DEM). "O PMDB é a noiva de 2010 e qualquer projeto que não incorporar esse partido corre risco", argumentou Guimarães.
Para a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), no entanto, não há motivo para vinculação entre as eleições na Câmara e no Senado e muito menos da sucessão no Congresso com o embate de 2010. "Vamos até o fim com a candidatura do Tião Viana", garantiu Ideli. "Ele é o nome que tem condições de agregar apoio tanto por parte dos aliados do governo como da oposição."
Sarney conversou com Lula na semana passada e disse que não pretende concorrer ao comando do Senado. Na prática, porém, não quer entrar em disputa. Incentivado por Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou à presidência do Senado para fugir à cassação, no ano passado, Sarney acalenta a idéia de ser candidato de consenso.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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