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terça-feira, setembro 02, 2008

Salvador tem a maior densidade populacional do Brasil

Adilson Fonseca, do A Tarde
Leia também:>> Com população crescente, habitação é fator prioritário >> Quatorze municípios têm mais de 100 mil habitantes
Salvador tem 9 mil habitantes por cada quilômetro quadrado. É a maior densidade populacional dentre as capitais brasileiras. Com uma área geográfica continental de 324,5 quilômetros quadrados (a área total, incluindo a parte marítima, é de 706.799 quilômetros quadrados), a capital baiana tem uma concentração populacional maior que a de São Paulo, a maior cidade brasileira, com 10.990.249 habitantes, mas que tem 1.501 quilômetros quadrados de área, mais de quatro vezes a área de Salvador.
Em nove anos – de 2000 a 2008 – a população soteropolitana cresceu 20,69%, atingindo 2.948.733 habitantes. Foram 505.626 novos habitantes nesse período. É quase que uma Feira de Santana (segundo maior município em população no Estado, com 584 mil habitantes) colocada dentro de Salvador em oito anos. Já São Paulo passou de 10.434.252 no Censo do IBGE em 2000, para 10.990.249 habitantes este ano, com um crescimento proporcional de menos de 5%.
DESTAQUES – Na cidade, bairros como o Nordeste de Amaralina e Novos Alagados, têm uma densidade populacional de 53 mil e 49 mil habitantes por quilômetro quadrado, respectivamente, quase seis vezes a média da cidade. Por outro lado, regiões como Setlla Maris, Itinga, Ceasa, Represa de Ipitanga e Tubarão, todas nos limites do município, têm menos de mil habitantes por quilômetro quadrado.
Na avaliação do coordenador de informações do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na Bahia, Joílson Rodrigues de Souza, o grande desafio para o futuro prefeito de Salvador será equacionar a densidade populacional com uma política de investimentos, principalmente no que se refere a projetos habitacionais. “A cidade não dispõe de espaço físico e o que existe é alvo da preservação ambiental”, alertou.
3 MILHÕES – No ano passado, quando fez uma estimativa populacional para Salvador, o IBGE encontrou uma cidade com 2.892.625 habitantes. Houve um acréscimo, este ano, de mais 56.108 habitantes, com uma taxa de crescimento de 1,94% no período.
Nas projeções feitas pelo IBGE, já no próximo ano, a capital baiana terá superado a marca dos 3 milhões de habitantes. “E é aí que reside o desafio das futuras administrações, pois a ocupação de um espaço cada vez mais adensado, traz inúmeros problemas de circulação de transportes urbanos, esgotamento sanitário, áreas de lazer e proteção ambiental do que ainda resta de áreas verdes”, ressalta.
Essa situação, conforme explica o coordenador do IBGE na Bahia, deve-se ao fato de que, além da taxa de natalidade, houve um saldo positivo na taxa de imigração, com mais gente chegando e fixando residência, do que aqueles que saem, não apenas vindo de outros Estados, mas, principalmente de pessoas que vêm do interior.
VERTICALIAÇÃO – Para o professor de sociologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Joviniano Neto, torna-se mais que urgente se repensar as políticas de ocupação do solo. “É planejar agora ou perder a cidade para sempre”, afirma.
Estudioso do fenômeno migratório populacional, o sociólogo explica que Salvador ainda exerce grande atrativo para populações que vêm do interior do Estado em busca de melhoria de vida. E isso se dá não apenas na capital, mas também nos principais municípios, que exercem um fator de atração sobre determinadas regiões, inchando populacionalmente e esvaziando cidades pequenas ao seu redor.
Sendo um dos participantes do primeiro plano de revitalização de Novos Alagados, em 1996, Joviniano Neto disse que, já naquela época, observava-se que o adensamento populacional de determinadas áreas em Salvador provocada condições adversas do clima. “Tínhamos uma temperatura que oscilava entre 23ºC e 28ºC, mas, hoje, essa variação tem uma diferença de temperatura de até 3º C, por falta de áreas verdes e de aeração”, diz.
Fonte: A TARDE

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