Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, setembro 10, 2008

PT faz devassa na administração de João

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
O PT decidiu partir para o tudo ou nada contra o PMDB e está promovendo uma verdadeira devassa na administração João Henrique, da qual participou durante três anos e meio. A tática é bater para não continuar apanhando, mesmo correndo o risco de ser tachado de co-responsável pelos pontos negativos da gestão. Uma fonte peemedebista já avisou que toda e qualquer provocação não ficará sem resposta e lembrou do caso Neylton, servidor assassinado nas dependências da Secretaria Municipal de Saúde, quando respondia pela pasta o petista Luís Eugênio. Neyton teria sido vítima de queima de arquivo por saber demais, sobretudo no que se referia a manipulação de verbas do órgão. O primeiro tsunami com o objetivo de abalar o Palácio Thomé de Souza será liberado hoje na propaganda eleitoral gratuita na tevê, conforme revelou um coordenador da campanha petista. Se o tom da propaganda eleitoral gratuita já era considerado elevado, a aposta, após as últimas pesquisas divulgadas que mostraram um cenário cada vez mais embolado, é de um embate ainda mais acirrado e agressivo. Com isso, no afã de melhorar suas próprias performances, a principal estratégia dos prefeituráveis da capital baiana, no sentido de desbancar as posições dos adversários, tem sido norteada por tirar a “sujeira debaixo do tapete”, no sentido literal da palavra. O resultado é uma enxurrada de críticas, rebatidas à altura. Se, por um lado, no último programa, exibido segunda-feira, o prefeito João Henrique (PMDB) atacou Antonio Imbassahy (PSDB), que mirou em ACM Neto (DEM), cujo discurso prometendo dar “uma surra” no presidente Lula foi exibido no programa do petista Walter Pinheiro, as novidades para a propaganda de hoje devem ficar por conta de o PT, segundo próprias fontes petistas admitem, há dias vir investigando todos os dados disponíveis sobre as secretarias da Prefeitura no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e Tribunais de Contas do Estado (TCE), em busca de materiais que lhes rendessem algo contra João Henrique. A idéia é fazer uma devassa em toda a gestão do município. Seria, nada menos, que o troco pelas últimas investidas do PMDB contra o candidato petista. Entre as menores críticas contra Pinheiro, está a de traidor. Estariam entre as cartas na manga do Partido dos Trabalhadores, acusações de crime de apropriação indevida, embasadas em denúncias de que em agosto de 2005 a prefeitura teria parado de fazer repasses ao IPS, apesar de continuar descontando os valores referentes à previdência nos contracheques dos servidores e ainda aquisição de livros didáticos durante o período eleitoral no valor de R$ 43 milhões, aliado à suposta compra de um livro didático que teria rendido somente a escritor e cartunista famoso R$ 6 milhões.(Por Fernanda Chagas)
Imbassahy se defende de demissões
Enquanto isso, na ânsia de devolver o troco ao candidato peemedebista que o havia responsabilizado pela demissão de 4.741 servidores no primeiro ano de sua administração (1997), o tucano Antonio Imbassahy, sequer esperou o programa eleitoral. Em entrevista ontem a uma rede de televisão, Imbassahy classificou a atual gestão como “marcada pela improvisação e pela incompetência. Não é a toa que uma das suas marcas é a pintura de meio fio. Na verdade, eles estão tentando iludir os eleitores com acusações mentirosas e destorcendo os fatos”, rebateu. Sobre a situação da saúde no município, umas das maiores polêmicas da campanha, o candidato tucano afirmou que a administração municipal recebeu em 2008, R$ 750 milhões, e mesmo assim a prefeitura decretou emergência na saúde. “É resultado de falta de competência, falta de gestão dos recursos para uma área tão importante para a cidade”. Líder em todas as pesquisas, o democrata ACM Neto foi atacado em dose dupla. Pinheiro apresentou um vídeo com o discurso em que ACM Neto ameaçou bater no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, o avô do deputado, Antonio Carlos Magalhães (1927/2007) era vivo e tinha sido criticado pelo presidente em um discurso em Feira de Santana. O ex-aliado de Neto, Imbassahy, mais uma vez disse que o projeto de instalação de câmeras nos bairros mais violentos não vai resolver o problema da criminalidade da terceira maior cidade do Brasil. O candidato apresentou recortes de jornais e revistas para afirmar que a proposta defendida por ACM Neto falhou em Porto Alegre e em Londres, “que tem 4 milhões de câmeras e não registrou queda nas taxas de violência”(Por Fernanda Chagas)
Neto acusa tucano de retrógado
Em nota, ACM Neto disse que Imbassahy está com a “cabeça presa no passado e, por isso, não aceita idéias novas como a proposta do Big Brother Bairro”. De forma irônica retrucou que o projeto, inclusive, já havia sido adotado em várias cidades do Brasil e do mundo, a exemplo de São Paulo governada pelo também tucano José Serra. ACM Neto relembrou ainda, que o candidato à prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin também pelo PSDB, assim como Serra, pretende instalar 18 mil câmeras na capital paulista. De acordo com o democrata, a diferença entre o seu projeto e o do tucano é que as câmeras serão móveis e colocadas nos pontos mais violentos da cidade. Por tabela, no rol dos ataques recentes, é possível destacar o suposto vandalismo praticado contra placas de propaganda política do candidato do PT, Walter Pinheiro, denunciado no horário eleitoral gratuito com a insinuação de que o ato teria sido de autoria de peemedebistas. Em muros da cidade, a coordenação petista aponta que a frase “Lula agora é 15” foi registrada na tentativa de associar o presidente ao PMDB. O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, por sua vez, reiterou que na sua opinião tudo não passa de ‘armação barata’. “Quem poderia ter escrito Lula agora é 15? Lula sempre foi 13, foi ele quem fundou o PT. Se uma bobagem dessa foi escrita, a adulteração só pode ter partido do próprio bobo tirado a esperto que escreveu”, disse, lembrando que o seu partido também sofre com o vandalismo. Resta esperar cenas do próximo capítulo. (Por Fernanda Chagas)
Derrota na “guerra santa” seria pior opção para Jaques Wagner
O governador Jaques Wagner renunciou à prática largamente exercida no Brasil de o ocupante do cargo executivo comandar, além do processo puramente administrativo, as eleições que ocorram sob seu mandato, especialmente para prefeito de capital. Declarando-se disposto a inaugurar uma nova etapa das relações políticas no Estado, o governador, desde o início, recusa-se o papel de líder incontestável - a ponto de caracterizar seu desempenho neste campo com um certo descompromisso em relação ao candidato de seu partido, Walter Pinheiro (PT). Não se tem certeza se a postura de Wagner nasce de convicção ou da preocupação com o próprio projeto, em que a opção natural é a disputa pela reeleição, sem descartar o sonho dourado da sucessão do presidente Lula. Em qualquer das hipóteses, o interesse de preservar a unidade dos que o elegeram sempre prevaleceu sobre a possibilidade de assumir plenamente a candidatura de Pinheiro, se não por outro motivo, pelo menos porque o co-avalista da aliança, ministro Geddel Vieira Lima, jamais hesitou na luta para garantir João Henrique (PMDB) no segundo turno. Um governador vitorioso, com um projeto aprovado pela população, normalmente não daria espaço para a perspectiva de derrota na eleição municipal. Mas Wagner, envolvido nos percalços de uma ação política de muitos tentáculos e pouca clareza, vê seus problemas de gestão potencializados a ponto de correr efetivamente esse risco, pois a menos de um mês das eleições sabe que terá de enfrentar no segundo turno o candidato ACM Neto (DEM), representante mais que legítimo das forças que ele venceu há apenas dois anos. Quando Waldir Pires, em 1986, derrotou Josaphat Marinho, candidato ao governo apoiado pelo falecido senador Antonio Carlos Magalhães, pegou um inimigo em queda com o fim do regime militar, mas que permaneceu na ativa e pôde dar a volta por cima. Wagner, ao contrário, teve uma vitória que ele mesmo considera surpreendente e à qual sobreveio a morte de ACM. Entretanto, por razões que só os sociólogos da política podem explicar, isso não bastou para a supostamente pretendida neutralização do grupo adversário. O resultado é esse que está posto e as pesquisas antecipam. O dilema do governador, agora, pode ser outro. Para ele, talvez seja melhor enfrentar ACM Neto com João Henrique ou, em último caso, com o tucano híbrido Antonio Imbassahy. Além de ser mais fácil agregar os amigos dispersos, uma eventual derrota não seria, afinal, tão desastrosa. Duro mesmo vai ser encarar a “guerra santa” prevista por Neto e levar uma bordoada digna de palestino na Faixa de Gaza.(Por Luis Augusto Gomes)
Fonte: Tribuna da Bahia

Em destaque

A necessária erradicação do trabalho infantil no Brasil

Publicado em 20 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Nando Motta (Arquivo do Google) Pedro d...

Mais visitadas