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quarta-feira, setembro 17, 2008

Lula diz que crise pode ser ‘quase imperceptível’ para o Brasil

TRIBUNA DA BAHIA Notícias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que está atento em relação aos desdobramentos da crise na economia norte-americana, mas que os efeitos dela no Brasil podem ser “imperceptíveis”. O nervosismo mundial com a crise nos Estados Unidos aumentou ontem com o anúncio da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers. Segundo ele, nenhum economista com os quais ele conversa tem um quadro geral sobre a crise e que até agora o que ficou demonstrado é que o “cassino imobiliário era muito maior do que a gente podia imaginar”. Ele falou sobre o tema pouco antes do almoço com o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, no Palácio do Itamaraty. “É uma crise que nenhum economista, e eu converso com muitos economistas, tem ainda uma visão geral do que vai acontecer na crise americana. Eu tenho conversado com muitos presidentes, com muitos primeiros-ministros, ninguém tem clareza ainda porque todo dia nós temos uma surpresa. Significa que o cassino imobiliário era muito maior do que a gente podia imaginar”, comentou. Questionado sobre os efeitos da crise norte-americana no Brasil, o presidente se mostrou otimista em relação ao momento da economia nacional. “Ela pode atingir, mas atingirá o Brasil menos do que em qualquer outro momento. Muito menor [do que na década de 90]. Eu diria que quase imperceptível [o efeito]”, afirmou. Mais cedo, respondendo a jornalistas sobre a crise, Lula afirmou: “Pergunta para o Bush”, fazendo referência ao presidente dos Estados Unidos. Segundo ele, o crescimento do mercado interno vai continuar puxando a economia brasileira e isso pode ser a “tábua de salvação do Brasil”. “É importante lembrar que hoje o que está puxando a economia brasileira é o forte crescimento do mercado interno, e nós vamos continuar fortalecendo o mercado interno, vamos continuar acreditando que o mercado interno pode ser a grande tábua [de salvação] para que o Brasil não tenha nenhum peso maior com a crise americana”, argumentou. O presidente listou os motivos para estar tranqüilo em relação à crise dos Estados Unidos. “O Brasil está em uma situação, eu diria, estável, porque o Brasil tem um colchão importante que são US$ 205 bilhões de reservas. O Brasil está em uma situação confortável porque nós não temos hoje uma economia dependente da balança comercial que tínhamos com os Estados Unidos há 20 anos. Nós tínhamos uma balança comercial que significava quase 30% com os Estados Unidos, hoje significa 15%. Ou seja, significa que a diversificação que fizemos na nossa balança comercial nos permitiu estar tranqüilos neste momento, tranqüilos porém atentos”. Segundo Lula, os efeitos para o Brasil virão em decorrência da recessão dos Estados Unidos, que deve afetar todo o mundo. Ele comemorou ainda que o sistema financeiro brasileiro não está envolvido com os papéis do mercado imobiliário norte-americano. “Graças a Deus o sistema financeiro brasileiro não estava metido no subprime, até agora não há sinais disso e eu penso que os Estados Unidos precisa resolver esta crise, porque obviamente que tendo uma recessão nos Estados Unidos, muito profunda, essa recessão pode atingir o mundo inteiro”, avaliou.
BCs injetam US$ 228,4 bi em liquidez nos mercados mundiais
Os bancos centrais mundiais voltaram a injetar recursos no sistema financeiro ontem, respondendo às persistentes preocupações com o risco de crédito. Somadas, as injeções de liquidez chegaram a US$ 228,4 bilhões em todo o mundo. O Federal Reserve injetou US$ 50 bilhões no mercado por meio de um leilão de recompra de títulos no overnight (títulos de um dia) para aliviar o estresse dos bancos na abertura dos mercados, onde a taxa dos Federal Funds chegou a 4%. A taxa dos Federal Funds caiu para 2,25% após o leilão. Além disso, o Fed alocou mais US$ 20 bilhões em títulos para 28 dias no leilão habitual de terça-feira no mercado aberto. A demanda para a operação atingiu US$ 68,2 bilhões. O Fed disse que “permanece pronto para realizar novas operações ao longo do dia, se necessário”. O Banco Central Europeu (BCE) e o os bancos centrais do Japão, Suíça e Reino Unido também voltaram a injetar liquidez no mercado aberto pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, respondendo às persistentes preocupações com o risco de crédito. O BCE disse que injetou 70 bilhões de euros (US$ 99 bilhões) no mercado monetário durante a noite, depois de ter colocado 30 bilhões de euros na segunda-feira. A demanda por fundos do BCE continuou elevada, totalizando 102,48 bilhões de euros. A intervenção ajudou as taxas interbancárias de overnight da zona do euro a voltarem para os níveis de 4,24% a 4,46%, em comparação com os níveis de 4,43% a 4,55% verificados durante o dia. Numa atuação separada, a operação de refinanciamento semanal regularmente planejada pelo BCE também refletiu a demanda dos bancos pela liquidez. O BCE alocou 150 bilhões de euros em fundos de sete dias, muito menos do que a demanda dos bancos, que somou 328,662 bilhões de euros, a maior procura registrada neste ano. O Banco da Inglaterra ofereceu 20 bilhões de libras (US$ 35 bilhões) em fundos para os bancos num arranjo de refinanciamento de dois dias, afirmando que se tratava de uma resposta às condições de mercado de curto prazo. O BOE disse que a demanda somou????-?p??E????????????????????????????????????????????????;?? 58,1 bilhões de libras. O ministro de Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, pediu cooperação internacional para a estabilização dos mercados financeiros. “Precisamos tomar uma medida em nível internacional e os bancos centrais têm de ajudar”, disse Darling em entrevista à rede de televisão BBC, apontando para as intervenções. O Banco Nacional da Suíça ofereceu fundos adicionais em um leilão de recompra no overnight, o mesmo que fez ontem. Um porta-voz da autoridade monetária disse que o banco está monitorando de perto os mercados financeiros.
Governo diz que é cedo para prever efeitos
O secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Weber Barral, afirmou hoje que “ainda é cedo” para prever efeitos da crise internacional sobre o resultado da balança comercial brasileira no ano que vem. Para este ano, o secretário avalia que os reflexos serão pequenos, pois boa parte do volume de comércio está baseado em contratos já assinados. “Muitos contratos já estão fechados, então uma eventual crise internacional pode afetar um pouco as exportações brasileiras, mas não esperamos grande efeito para este ano”, afirmou. Mesmo assim, Barral reiterou que o Ministério está trabalhando na revisão da meta de exportações para este ano e deve anunciá-la no início do próximo mês. A meta atual é de US$ 190 bilhões e recentemente o ministro Miguel Jorge sinalizou que o novo objetivo deve ficar próximo de US$ 200 bilhões. O secretário lembrou que as exportações brasileiras continuam crescendo bastante neste ano, mesmo tendo o impacto desfavorável do câmbio na competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Segundo ele, este aumento está associado às vendas externas do setor industrial e à conquista de novos mercados. Questionado sobre o efeito da queda do preço das commodities observada nas últimas semanas, Barral também disse que não prevê grandes conseqüências no curto prazo, já que avalia que a desvalorização “não foi tão abrupta” a ponto de afetar os número de 2008. O secretário acrescentou que a maior parte dos alimentos vendidos pelo Brasil tem como destino a China, país onde Barral não vê sinais de crise até o momento. E se o dólar não tem impacto negativo substancial para a balança, os reflexos positivos também são incertos. Para Barral, não é possível ver o efeito da desvalorização do real nas últimas semanas no curto prazo em termos de maiores exportações. De acordo com ele, essa impossibilidade também está associada aos contratos de longo prazo.
Fonte: Tribuna da Bahia

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