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terça-feira, setembro 09, 2008

Abdon Abbade se entrega e promotoras são suspeitas

O advogado criminalista Abdon Antonio Abbade dos Reis, apontado como líder do suposto esquema armado para manipular sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), está detido no 12º Batalhão da Polícia Militar (12º BPM), Camaçari (Grande Salvador), desde a madrugada deste domingo. Ele se apresentou à polícia exatos 30 dias depois da decretação da prisão preventiva. Na véspera, o advogado Cláudio Braga Mota, apontado como sócio de Abdon, também havia se apresentado no 12º BPM.
Ontem à tarde, o Ministério Público do Estado (MPE) recebeu uma representação e vai investigar a participação de uma procuradora e uma promotora de Justiça. O documento foi enviado pela juíza Liz Rezende de Andrade, da 2ª vara Criminal de Salvador. “Amanhã (hoje) pela manhã estaremos analisando a representação para instaurar procedimento”, disse o procurador-geral de Justiça do Estado, Lidivaldo Britto.
Ele ressaltou que, como o esquema investigado pela Operação Janus “se fundamentava na exploração de prestígio”, nem todos os citados nas gravações podem ter participado efetivamente dele. “Mas, uma delas aparece falando nas gravações”, destacou Lidivaldo Britto.
Os nomes da promotora e da procuradora foram preservados por A TARDE por não haver nenhuma comprovação da participação delas. Na noite de ontem, a reportagem localizou uma delas, que informou, por telefone, que “quem disser que há citação com meu nome vai ter que provar”.
A jurista assegurou que “já tinha dito aos meus filhos que, dada a minha ligação de amizade com Abbade e com a família dele, de ir para as festas na casa da mãe dele e ele das minhas, pode ser que eles até me chamem para esclarecer alguma conversa, que tenha um mal-entendido. Mas, me falaram que não tinha nenhuma conversa de telefone, de grampo, que levasse a nada”. E completou: “São muitos anos de carreira para serem jogados na lama e ninguém aqui é criança. Não enriqueci até hoje, mas, quem sabe com recursos frutos de ações indenizatórias, isso aconteça?”, brincou.
Um mês depois de deflagrada a Operação Janus, o saldo é de oito pessoas presas (seis delas advogados) e outros quatro (os empresários Márcio Levy Silveira, Edgar Abreu Magalhães, Antônio Gilberto Barbosa Azevedo e Ângelo Franco Gomes de Rezende) respondendo em liberdade. A última foragida é a funcionária do Tribunal de Contas do Estado, Eliane Ferreira Luna, que pode se entregar nos próximos dias.
De acordo com o promotor Paulo Gomes Jr., coordenador do Grupo Especial de Atuação no Combate ao Crime Organizado, eles são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e exploração de prestígio.
Na próxima quinta-feira, o desembargador Mário Alberto Simões Hirs julgará o habeas corpus dos acusados. “Esperamos que o Tribunal não os solte para que o processo tenha maior celeridade”, opinou Paulo Gomes. segundo o promotor, caso sejam condenados, os acusados poderão cumprir pena de oito a 40 anos de detenção.
Fonte: A Tarde

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