Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, junho 07, 2008

Novo candidato do PMDB pode enfrentar impugnação

Especialistas discutem se secretário descompatibilizou-se no prazo
Pedro Vieira
O novo pré-candidato do PMDB à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes, poderá enfrentar dificuldades legais mais adiante. Sua viagem à Europa junto com o governador do Rio, Sérgio Cabral, pode custar sua candidatura. Paes teria viajado na condição de secretário estadual de Esporte e Turismo do Rio de Janeiro, com o objetivo de divulgar a candidatura do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016. Sua exoneração somente foi publicada ontem no Diário Oficial com data retroativa, fora, portanto, do prazo previsto em lei para a desimcompatilização dos ocupantes de cargos públicos. A este respeito, especialistas consultados pelo JB têm versões diferentes.
O procurador de Justiça e autor do livro Direito eleitoral, Marcos Ramayana não vê problema de irregularidade numa possível candidatura de Paes. Para Ramayana, o que vale é o afastamento oficial do cargo.
– Se foi feito o procedimento necessário para exonerá-lo do cargo, não existe irregularidade – disse. – Mesmo se o Diário Oficial publicou dois dias depois, o que interessa é se ele saiu do cargo a tempo. Até se ele estiver na Europa gastando o dinheiro público. Se esse dinheiro já foi aprovado no Tribunal de Contas do Estado, não tem problema.
Para Ramayana o único problema que essa viagem com o Governo do Estado pode causar é se Eduardo Paes fizer alguma propaganda sobre a candidatura do Brasil. De acordo com o procurador, o ex-secretário não pode falar sobre o êxito da viagem, porque isso poderia ser interpretado como campanha fora de época.
Outra versão
Entretanto, os problemas não se restringem somente a propaganda que Paes pode fazer da viagem do Governo à Europa. Segundo Melo Serra, professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e coordenador do curso de direito eleitoral da FGV, se alguma candidato for exonerado de algum cargo público, deve se desvincular na hora daquele exercício.
– Exonerar-se significa se desligar do cargo em exercício – explicou. – Se houver gasto de dinheiro público por parte de algum candidato, independente do partido, então não há desvinculação, não importa se foi aprovado previamente ou não pela União – explica Serra.
Mas como na justiça não há verdade absoluta até a determinação do juíz, nem tudo pode signficar anulação da candidatura.
– Tudo depende de um ponto de vista, o tribunal vai decidir se a pessoa estava exercendo o cargo ou não, mas caso seja tudo comprovado, pode causar o indeferimento do registro do candidato – pondera o professor.
Apoio negado
O presidente regional do PMDB, Anthony Garotinho, publicou em seu blog, ontem, que a afirmação de que ele estaria apoiando a campanha de Eduardo Paes era mentirosa.
O ex-governador voltou a atacar Sérgio Cabral. Garotinho não mediu as palavras e disse que seu companheiro de partido não tinha palavra por ter prometido apoio à Crivella e ao DEM. "Lembro-me até da expressão que usei para dizer quanto vale a palavra de Sérgio Cabral: o mesmo que uma nota de 15 reais. Não existe" segundo nota em seu diário virtual.
Ontem, o deputado estadual Alessandro Molon (PT), pré-candidato à Prefeitura do Rio, esteve no ato de repúdio às milícias e em defesa dos direitos civis, na sede da OAB, no Rio de Janeiro. De ressaca, devido ao término do namoro PT-PMDB, Molon disse que foi pego de surpresa.
– Não me senti traído pelo PMDB – afirmou. – Não houve nenhuma modificação na determinação do PT de lançar minha candidatura. Vamos disputar para ganhar. Fomos pegos de surpresa, não esperávamos esta mudança. Colaborou Júlia Moura, do JBOnline
Fonte: JB Online

Em destaque

Reincidência Eleitoral: Prefeito de Jeremoabo e Sobrinho Multados por Uso Indevido de Evento Público

  . Esse episódio reflete uma reincidência preocupante no desrespeito à legislação eleitoral por parte da gestão municipal de Jeremoabo. A o...

Mais visitadas