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sexta-feira, dezembro 14, 2007

Para mundo, Brasil não é potência

Estados Unidos e China são apontados como líderes incontestáveis no sistema internacional


GENEBRA - A auto-estima do brasileiro está em alta, mas o Brasil ainda está distante de ser visto pela opinião pública mundial como uma potência internacional. Uma pesquisa conduzida pela Fundação Bertelsmann, uma das mais respeitadas da Alemanha, concluiu que um terço dos brasileiros acredita que o País será uma das potências mundiais já em 2020.
Essa confiança da população é bem maior que a percepção da comunidade internacional sobre o País. Segundo a pesquisa, apenas 11% da população dos demais países acreditam que o Brasil será uma potência mundial na próxima década. O levantamento foi feito com cidadãos dos Estados Unidos, Europa, Japão e com as quatro economias emergentes - China, Brasil, Índia e Rússia.
Segundo os pesquisadores, os resultados da enquete são reveladores não apenas da percepção dos demais países sobre o futuro das relações internacionais, mas também sobre o que cada povo pensa de si. No total, 9 mil pessoas foram entrevistadas em todo o mundo, das quais 1,5 mil no Brasil. Está claro, segundo a pesquisa, que a posição dos Estados Unidos como única potência mundial sofrerá uma deterioração nos próximos anos.
A grande ameaça vem da China. Hoje, 81% dos entrevistados apontam os americanos como "líderes incontestáveis" no sistema internacional, enquanto 50% apontam a China. Os brasileiros foram os que deram menor relevância ao papel de liderança hoje dos Estados Unidos. Para apenas 65% dos brasileiros os Estados Unidos são os líderes.
Segundo a pesquisa, em 2020 a China estará praticamente dividindo a liderança mundial com os americanos. Os Estados Unidos são vistos por 61% dos entrevistados como uma potência, contra 57% no caso da China. Outra percepção cada vez mais forte é do ressurgimento da Rússia como uma potência internacional. Com o colapso da União Soviética, Moscou passou os anos 90 tentando reafirmar sua condição de peça central na política internacional.
Hoje, com a exploração de gás e um boom na economia, a Rússia volta a fazer parte do cenário internacional como um ator relevante. Os russos compartilhariam com a União Européia e Japão a posição de potência, superados apenas pelos americanos e chineses. Entre os 9 mil entrevistados no mundo, apenas 5% disseram que o Brasil é visto como uma potência mundial hoje. Entre os brasileiros, 13% acredita que o País ocupa essa posição. "É inquestionável que o Brasil não é visto como potência hoje", afirma o estudo.
Uma proporção maior da comunidade internacional vê a India (15%) e Rússia (39%) como potências. Como padrão é normal que a população do país dê maior relevância ao papel de sua nação. Mas a discrepância no caso das perguntas sobre o Brasil para os brasileiros e para os demais entrevistados chama a atenção dos pesquisadores.
Para 2020, a opinião pública mundial também não coloca o Brasil como uma potência. Apenas 11% dos entrevistados estimam que o País ocupará essa posição, contra 29% para India, 37% para a Rússia, 57% para a China.
Para os brasileiros, o fator mais importante em uma potência é qualidade de sistema educacional, pesquisa e desenvolvimento. O menos importante seria poder militar. Para 59% dos chineses, porém, um exército forte é o principal fator de liderança. A média mundial, porém, indica o poder econômico como melhor qualidade.
Entre as ameaças, a opinião pública mundial destaca meio ambiente como a principal, com 54% dos votos, contra 49% para o terrorismo e 47% no caso da pobreza.

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