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sábado, dezembro 01, 2007

Disputa revela divisão do PT em Conquista

Vitória da Conquista viverá neste domingo um dos dias mais importantes de sua história política, com a convenção que elegerá o novo Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, na qual disputarão o poder os grupos liderados pelo deputado federal e ex-prefeito Guilherme Menezes e o líder do governo na Assembléia Legislativa, Waldenor Pereira. Ambos são candidatos à Prefeitura em 2008 e, na avaliação de observadores, qualquer que seja o resultado o partido será implodido, porque quem perder praticamente dará adeus à candidatura e cruzará os braços nas eleições. A competição, que vinha sendo mantida de forma velada, acirrou-se nos últimos 30 dias e os simpatizantes de cada chapa estão indo buscar de casa em casa os votos dos convencionais – dos 2.200 filiados, 1.725 estão aptos a votar. Pelo grupo de Waldenor, concorre a presidente o vereador Alexandre Pereira, enquanto Menezes será representado pela secretária da Saúde, Suzana Ribeiro, que, perdendo ou ganhando, será a candidata do grupo a deputada estadual em 2010. Durante a ditadura militar (1964-1985), Vitória da Conquista constituiu-se numa fortaleza da esquerda baiana, com seu velho MDB enfrentando e resistindo não só à Arena, o partido dos generais, mas principalmente ao adesismo que maculava a oposição na maioria dos municípios, especialmente em Salvador. Agora, com a divisão clara dos petistas, fala-se até em chance de vitória da direita, cujo candidato será o deputado estadual Clóvis Ferraz (DEM). O deputado Guilherme Menezes, aliado do secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, tem uma longa trajetória eleitoral. Deputado estadual em 1994, candidatou-se dois anos depois a prefeito da cidade, vencendo o pleito com seu vice José Raimundo. A chapa foi reeleita em 2000, tendo José Raimundo assumido o cargo com a eleição de Menezes para a Câmara dos Deputados em 2002, feito que repetiria em 2006. Raimundo cumpriu seus dois primeiros anos de mandato e em 2004 ele próprio foi candidato, com êxito. Waldenor Pereira deixou o reitorado da Universidade do Sudoeste para candidatar-se a deputado estadual, conseguindo eleger-se em 2002 e 2006. Seu maior cabo eleitoral é ninguém menos que o governador Jaques Wagner, que, em visita a Conquista no último dia 17, não poupou palavras de apoio a seu líder na AL, e num dia em que Menezes estava ausente da festa petista. Mas um dado local a pesar muito na balança é que o prefeito José Raimundo isolou-se do deputado Guilherme Menezes e hoje está muito próximo de Waldenor. Fontes acreditadas da política conquistense entendem que nada tem de ideológica a discordância entre os dois grupos, tratando-se exclusivamente de uma competição de cunho pessoal. Menezes teria um temperamento difícil e uma visão centralizadora da administração. Waldenor, mais afeito ao diálogo, teria crescido muito no conceito dos correligionários. Com relação à eleição do próximo ano, o ex-deputado Coriolano Sales, originalmente da esquerda, mas que terminou no PFL do falecido senador Antonio Carlos Magalhães, deverá ter uma importância muito grande, pois pesquisas realizadas no município indicam que ele tem a preferência consolidada de 18% dos 160 mil eleitores de Conquista. O problema é que ele está “hibernando”, mal sai de seu apartamento na cidade desde que renunciou ao mandato de deputado federal, no ano passado, envolvido no “escândalo dos sanguessugas”, que causou sua expulsão do PFL. Coriolano exerceu seis mandatos parlamentares desde 1982, sendo três de deputado estadual e três de federal, com passagens em diversas legendas, como PMDB, PSB, PDT e, finalmente, o PFL carlista, pelo qual disputou a prefeitura de Conquista em 2004, sendo derrotado por uma diferença de 14 mil votos. Com seu potencial, é um nome a ser procurado pelos futuros candidatos – não somente do PT, Guilherme Menezes ou Waldenor Pereira, mas especialmente por Clóvis Ferraz, seu aliado no último pleito.(Por Luis Augusto Gomes)
Operação Jaleco: MP solicitou cópias de contratos da prefeitura
Dias antes de ser deflagrada a Operação Jaleco Branco pela Polícia Federal (PF), o Ministério Público solicitou à Prefeitura Municipal de Salvador cópias de três contratos de empresas de prestação de serviços com o município: Porto Seguro e Organização Bahia (ambos contratos de 2005) e SGP (de 2004). A prefeitura afirma ter encaminhado os documentos ao MP ontem à tarde, contratos estes que não estariam mais em vigor. A promotora Rita Tourinho afirmou que apenas hoje falará sobre o assunto e confirmou ter solicitado as cópias. A Procuradoria do município admite envolvimento de empresas de Jorge Bonfim, empresário que teve mandado de prisão expedido pelo Superior Tribunal de Justiça e encontra-se foragido, com contratos referentes à prestação de serviços para a prefeitura de Salvador. As empresas envolvidas são: Bom Tur Serviços, de locação de veículos, e a Porto Seguro, que presta serviço de limpeza e conservação. Porém, diferentemente da medida adotada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), que afirmou suspender contratos com empresas acusadas de participar do esquema de fraude em licitações investigado pela PF, a prefeitura não pretende cancelar contratos de imediato. Ainda de acordo com a procuradoria, o prefeito João Henrique Carneiro solicitou à Secretaria de Administração, um levantamento de todos os contratos desde 2005 para que a prefeitura esteja apta a responder qualquer questionamento legal, já que “até o momento não existe informação concreta sobre irregularidades em concorrências públicas”. Porém, o Superior Tribunal Federal (STF) apresentou relatório que aponta irregularidades em contrato emergencial com a empresa Porto Seguro, já que foi dispensada licitação. Outras empresas ainda estão na lista das fornecedoras de serviços à prefeitura de Salvador: Protector Segurança, Posdata e Organização Bahia (supostamente ligada ao ex-presidente do Bahia e ex-deputado estadual Marcelo Guimarães, que teve prisão prorrogada até amanhã, em Brasília). (Por Livia Veiga)
Salvador Bus é de um foragido
A procuradoria do município afirma que a maioria dos contratos tem origem na gestão anterior, sendo renovados na atual de acordo com a lei de licitação. Porém, mesmo investigado pela PF e foragido, Jorge Bomfim ainda possui licença de funcionamento de atividade econômica, para a prestação do serviço SalvadorBus. O fato torna-se polêmico e a justificativa apontada pelo procurador-geral, Pedro Guerra, é que qualquer empresa pode vir a requerer esse serviço, já que se trata de uma atividade privada. A procuradoria afirma ainda que a prefeitura estará apurando os contratos e que não tomará decisões baseadas em hipóteses. No último dia 6, o prefeito João Henrique assinou um decreto autorizando o funcionamento do serviço de ônibus panorâmicos, projeto este apresentado pelos empresários Gilson Benzota e Jorge Bomfim, que oferece seis veículos, com capacidades individuais para 67 passageiros, em dois andares. De acordo com o setor de comunicação social da Polícia Federal (PF), em Brasília, ainda ontem estavam foragidos dois nomes ligados ao esquema de fraude em licitações, desarticulado na Operação Jaleco Branco. Dos mandados de prisão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram presas 18 pessoas e estão foragidos os empresários Jorge Bonfim e Gervásio Oliveira (ex-presidente da FTC). A investigação segue em sigilo de acordo com a superintendência da PF em Salvador.
Cargo de Renan Calheiros divide o PMDB
A corrida sucessória pela presidência do Senado em meio à esperada renúncia do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo promete dividir o PMDB na disputa pelo comando da Casa Legislativa. Pelo menos três peemedebistas já deram sinais claros de que vão lançar seus nomes na disputa: Garibaldi Alves (RN), Valter Pereira (MS) e Neuto de Conto (SC). Oficialmente, somente Garibaldi lançou seu nome na disputa. A interlocutores, Pereira disse que entraria no páreo, caso fosse necessário, para unificar a bancada. Conto, por sua vez, corre por fora na tentativa de ocupar o lugar de Renan, mas encontra resistências dos colegas peemedebistas por estar em seu primeiro mandato no Senado. Como o partido reúne a maior bancada do Senado, com 20 parlamentares, tem a prerrogativa de indicar um nome para suceder Renan caso o peemedebista efetive sua decisão de deixar a presidência —como é praxe na Casa. O partido aposta que o senador não vai retornar ao cargo porque não tem clima político para reassumir o comando da Casa —depois de enfrentar, até agora, quatro processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.
Fonte: Tribuna da Bahia

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