Por: Ralph J. Hofmann
(“Foi em Diamantina...” – Samba do Crioulo Doido)Não foi em Diamantina não! Nem mesmo em Juiz de Fora. Foi no Carnaval do Rio que se assistiu um dos momentos bufos da história do Brasil. Uma “modelo” sem calcinhas fotografada sem qualquer margem de erro ao lado do presidente. Um presidente que ressuscitou um veículo ultrapassado, que se distinguiu pela qualidade do pão de queijo que servia em seu gabinete, que quando embaixador criava galinhas de Angola ciscando no quintal da embaixada do Brasil em Lisboa, que levou oficialmente o que claramente era uma esposa temporária consigo quando se tornou embaixador, ou seja, algo muito estranho de entender e difícil de engolir. Aliás, muito namorador nosso ex-presidente, ex-embaixador. Faz tanta questão de se apresentar como garanhão que nos deixa com uma pulga atrás da orelha. Muitos de nós namoramos, muitos de nós somos separados, mas muito poucos de nós esfregaríamos nossos “affaires du coer” em público antes de os mesmos chegarem a alguma estabilidade. Isso é coisa de artista global, não de cidadão respeitável. Parece coisa de sambista em surto.Mas esta figura estranha, topetuda de repente, num golpe diabólico aparece a convite da eminência parda, porém pintada com tinta fluorescente, José Dirceu, para levantar o lodo e turvar as águas de uma nova eleição. Que se saiba só é bem aceito em certos recantos de Minas Gerais, e ainda assim para não deixar um paulista ou um carioca levar o cetro. E o homem topa! Claramente topou se prestar a dividir para que outrem conquiste! Qual o pagamento não-monetário que o espera? Porque não nos passa pela cabeça que seja um argentário. Será que é só para mais uma vez desfilar na passarela?Este é um momento sério. É talvez o momento em que se decide se teremos dentro de 18 ou 24 meses uma guerra civil, que fatalmente ocorrerá se continuarem os desmandos do exército do MST e adjacências, se continuarmos brincando de compadre com os índios de bloco de carnaval e generais de opereta que presidem os países vizinhos, se assumirmos gastar dinheiro em projetos de gasoduto mal embasados, exceções a tratados comerciais e engolirmos passivamente micos contra a Petrobrás e contra empresas nacionais. É o momento em que claramente estão se preparando safras pífias no campo em que o fôlego que a economia apresentou começa a falhar tanto por falta de inovação na política econômica quanto pelo estado de espírito de quem deve investir e mais uma vez, em ano de eleição, dúvida quanto a assumir riscos ante a rentabilidade e continuidade dos negócios. Em princípio, os políticos, mesmo os mais ambiciosos, deveriam estar avaliando o que será melhor para o país. Deixar o Grande Timoneiro Lula viajar mais quatro anos vendendo suas aldeias de Potemkine ao mundo ou assegurar-se que não se eleja. A apresentação de candidaturas perdidas, mesmo do tipo “Meu nome é Enéas”, são brincadeiras perigosas. Equivalem a arriscar a residência da família numa roleta ou num jogo de pôquer. Não são movimentos para aproveitar uma real oportunidade de acesso ao poder. Não estão ligados a escolhas ante reais plataformas de trabalho, programas de trabalho, planos de execução de trabalho. São meras distrações.Perdem-se chances de exigir dos candidatos ungidos exatamente como vão realizar o que se propõem. De evitar que se façam promessas inexeqüíveis. Promessas vazias as tivemos do Grande Timoneiro, que mesmo hoje não terá condições de elaborar algo real, pois alega que já fez tudo, basta arrematar com mais 4 ou 16 anos no poder. Mas o perigo é grande se tivermos quatro ou seis candidatos bazofiando a torto e direito. Vivemos no país do carnaval. Quem sabe um priápico Itamar Franco no palanque cantando uma modelo seminua seja realmente o verdadeiro Brasil.
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