Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, novembro 29, 2020

Voto democrático é um direito dos cidadãos, não deve ser transformado em obrigação legal

Posted on 

TRIBUNA DA INTERNET | Eleição de 2018 é mais abrangente e não será apenas  de situação X oposição

Charge do Duke (dukechargista.com.br)

Pedro do Coutto

Em sua coluna sempre brilhante na Folha de São Paulo, Hélio Schwartsman, edição deste sábado, sustenta que o voto não deve ser obrigatório, como acontece no Brasil, e deveria ser facultativo como ocorre nos Estados Unidos, França e Reino Unido, além de grande número de outros países. Concordo integralmente com o intelectual e aproveito para acrescentar detalhes em relação às urnas, focalizando reflexos que na minha opinião aconteceriam caso a legislação brasileira fosse mudada. Mudada para melhor.

Esta hipótese representaria um avanço democrático e, na realidade, iria prejudicar as classes de renda alta e favorecer os segmentos de menor renda.

VOTO FACULTATIVO – No Brasil, era a antiga UDN que no passado representava as elites e a classe média, e aqui a dependência do eleitor em relação ao Estado é muito maior que nos EUA. Portanto, com o voto facultativo, as correntes de menor renda iriam votar e as correntes que formam a classe média não compareceriam com a mesma disposição do que os integrantes dos grupos menos favorecidos.

Esses grupos dependem muito mais dos governos que aqueles cuja renda mensal fica acima da barreira dos 10 mil reais mensais. O saudoso presidente JK me disse um dia que, no fundo, “política é esperança”. Ele era o homem do sim num país que usava e abusava da palavra não.

Meu encontro com ele foi em sua residência em Ipanema, em decorrência de matéria por mim escrita, com base em pesquisa do Ibope que apontava uma ampla margem de tendências eleitorais em favor da campanha JK 65. Ele voltaria ao poder caso o regime de 1964 não o tivesse cassado. Foi uma pena. Mas esta é outra questão.

GABEIRA PERDEU – Alguns  anos atrás Fernando Gabeira perdeu uma eleição para prefeito do Rio, na qual disputava com Eduardo Paes. Paes naquela altura era candidato do governador Sérgio Cabral. Houve um feriado na semana que antecedia as urnas que Sérgio Cabral transferiu para segunda-feira. Em grande parte  o eleitorado de Gabeira era formado pela população de maior renda. O que aconteceu? Eleitores nesse perfil saíram do Rio e foram para casas de campo em outros municípios. Fernando Gabeira perdeu a eleição por 1,6%. Teria sido, penso eu, um excelente prefeito.

Em matéria de eleição, com o passar do tempo os grupos proletários vão aumentar cada vez mais. Basta olhar do alto de um edifício as favelas que expressam esta realidade, cada vez mais agravada pela ocupação dos espaços na antiga Guanabara. Houve tempo em que a UDN e o PSB formavam uma só agremiação. O PSB era a esquerda democrática e se transformou em partido em 1947, não participando portanto das urnas que levaram o General Eurico Dutra à vitória, resultado do apoio que recebeu de Getúlio Vargas.

Mas essa lembrança pertence ao passado cuja névoa desfoca o tempo. Já não é sem tempo que o voto já deveria ter se transformado em facultativo.

Prestígio crescente de Alcolumbre exibe a progressiva degradação da política brasileira


Congresso retoma trabalhos nesta segunda com foco em reformas | VEJA

Maia e Alcolumbre são “dois perdidos numa política suja”

Carlos Newton

Até fevereiro de 2019, a opinião pública brasileira desconhecia completamente a figura de Davi Alcolumbre (DEM-AP), um apagado senador, que bafejado pela sorte acabou se tornando presidente do Congresso, fato que está a demonstrar que a tal Nova Política é uma obra de ficção.

O senador do Amapá é alvo de três ações eleitorais no Tribunal Superior Eleitoral e de dois inquéritos criminais no Supremo, envolvendo fraudes contábeis na campanha de 2014. Usou empresas da família e do contador e presidente do comitê financeiro do partido para justificar gastos de R$ 763 mil, que estão sob suspeita, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

ESTRANHO NO NINHO – Com esse curriculum, Alcolumbre jamais poderia estar presidindo o Senado e o Congresso, porque é o típico representante da Vella Política, que tanto mal tem feito ao país.

Presidindo os trabalhos do Legislativo, o deslumbrado Alcolumbre gostou do poder efêmero e quer continuar ilegalmente no comando da Mesa Diretora, através de mudança no Regimento, para viabilizar sua reeleição e de Rodrigo Maia na Câmara.

Para alterar o Regimento e  permitir novo mandato, Alcolumbre precisará de aprovação do plenário. Antes disso, porém, precisa aguardar a decisão do Supremo, que começa a julgar a questão nesta semana

PARECER FAJUTO – Nessa manobra indecente. Alcolumbre arranjou um parecer fajuto na consultoria do Senado e conseguiu também o apoio do neobolsonarista Roberto Jefferson, que fez o PTB apresentar a questão ao Supremo.

A esperança dessa gente é que STF considere o assunto como interno do Congresso, o que abriria margem para a estratégia, aguardada ansiosamente pelo deputado Rodrigo Maia, que deixou o trabalho sujo com Alcolumbre e ficou na sombra, esperando o desfecho.  

###
P.S. – Como o relator é Gilmar Mendes (ele, sempre ele…), tudo pode acontecer, neste país da piada pronta e da armação ilimitada. (C.N.)

200 anos depois, é preciso entender e respeitar a portentosa obra de Engels, o amigo de Marx Posted on 29 de novembro de 2020 by Tribuna da Internet FacebookTwitterWhatsAppPrint Friedrich Engels: um ídolo socialista completa 200 anos | Cultura europeia, dos clássicos da arte a novas tendências | DW | 28.11.2020 O jovem Frierich Engels, na época em que conheceu Marx Fernando Del Corro Uma alta porcentagem de setores populares do mundo se autodefinem como marxistas, caracterização que surgiu do nome do grande economista, pensador e político alemão Karl Heinrich Marx e com base em sua formidável obra. No entanto, deve-se notar que boa parte dela surgiu de ideias anteriores de outros economistas, como o inglês William Petty, mas também de seu grande companheiro e colaborador, o prussiano Friedrich Engels, que contribuiu com ideias-chave como a relacionada à luta de classes e a revolução do proletariado. Passam-se exatamente dois séculos desde que Engels nasceu em 28 de novembro de 1820 em Barmen-Elberfeld, Prússia. Seu pai foi um importante empresário têxtil em Manchester, Inglaterra, na época um local essencial da Revolução Industrial, o que lhe permitiu desenvolver sua luta por uma sociedade humana mais justa e sem problemas financeiros, até sua morte, em Londres, em 5 de agosto. de 1894 quando tinha 74 anos. GRANDE PESQUISADOR – Ao longo de um intenso trabalho que incluiu também o jornalismo, como revolucionário e grande teórico do socialismo, escreveu sobre filosofia, história, política e sociologia, sendo o seu primeiro livro “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra”, publicado em 1845. Essa obra, que influenciou tanto Marx na questão da luta de classes quanto Petty, em meados do século XVII, está relacionada à mais-valia e ao valor real. Mas talvez a maior contribuição que Engels deixou como ensinamento foi seu livro “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”, publicado em 1884 quando Marx já havia morrido um ano antes. Ressalte-se que dos vinte e sete livros que Marx legou, seis deles foram em coautoria com Engels, entre eles obras-primas do pensamento político e social como “O Manifesto Comunista”, além do fato de que Engels, como homem de grandes recursos, financiar a publicação de “El Capital”, entre outras iniciativas. O SABER DOS INDÍGENAS – E assim como a herança de Petty foi fundamental em Marx, no caso de Engels, sua inspiração foi a leitura do ” Primitive Society ”do grande antropólogo americano Lewis Henry Morgan, um livro publicado em 1877. Um trabalho baseado nos estudos aprofundados que Morgan realizou ao longo dos anos, investigando a história da notável Confederação Iroquesa da América do Norte, mesmo vivendo com os descendentes dessas nações indígenas que já no século XII haviam elaborado os 117 artigos da segunda constituição escrita conhecida, depois da Viking elaborada na Islândia em 950. Para o orgulho das feministas, Engels teve como uma de suas principais contribuições para o conhecimento da classe trabalhadora Mary Burns, sua primeira parceira e grande amor, com quem não era casado formalmente. UMA HISTÓRIA DE AMOR – Mary Burns era uma trabalhadora irlandesa que o fez perceber como a vida era difícil para seus colegas imigrantes e também o fez ver como a vida era difícil no mundo operário de Manchester. Ela tinha 20 anos e ele 23 quando se conheceram em 1843. Um amor que foi fundamental em sua vida para poder entender aquele mundo em que conviviam industriais e trabalhadores. E assim, no mesmo ano em que se conheceram, Engels publicou seu primeiro texto, um artigo intitulado “Elementos de uma crítica da economia política”. Algumas de suas obras, como o “Anti-Dühring”, de 1877, e “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”, de 1880, foram decisivas para a penetração do que mais tarde se chamou de marxismo em amplos setores sociais e políticos. UMA FONTE PRECIOSA – Segundo o proeminente historiador letão Isaiah Berlin, foi Engels e não Marx o principal inspirador do materialismo histórico e dialético e, como tal, foi a fonte a que mais apelaram as grandes figuras políticas das décadas seguintes, como Georgy Valentinovich Plekhanov, Karl Johann Kautsky, Vladimir Illich Ulyanov (Lenin), Iósif Vissariónovich Dzhugashvili (Stalin), León Davidovich Bronstein (Trotsky) e MaoTsé Tung. Não por acaso, quando sua morte ocorreu em Londres de câncer de esôfago, Lênin convocou os setores populares dizendo: “Vamos sempre honrar a memória de Frederick Engels, grande lutador e mestre do proletariado!” Uma verdadeira homenagem a quem escreveu “O papel do trabalho na transformação do macaco em homem”. A FAMÍLIA E O ESTADO – Suas diferentes visões com o anarquista francês Pierre Joseph Proudhon foram um ponto central ao escrever “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”. Nele, Engels destacou, acompanhando Morgan, a importância das relações de poder, do controle dos recursos naturais e do avanço dos processos tecnológicos. Para os primeiros estágios, ele adotou os próprios termos de selvageria e barbárie de Morgan; etapas que foram dando lugar ao surgimento posterior de novas formas até chegar às sociedades industrializadas do século XIX. Assim como Morgan, ele não fez alusões desqualificantes a sociedades não ocidentais e pré-modernas, o que era costume para outros escritores da época. RESPEITO MÚTUO – A obra destaca que o Estado nem sempre existiu em tempos em que as sociedades funcionavam com base no respeito mútuo e nas quais as mulheres tinham as mesmas responsabilidades que os homens, como Morgan bem estudou nos 117 artigos da constituição iroquesa. Na primeira fase, a da selvageria, viviam da caça e da coleta até que a criação de animais gerou uma nova atividade que exigia uma força de trabalho maior, para a qual os presos eram escravizados com o surgimento de guerras. O Estado surge assim como uma forma de controle baseada na dominação de cunho cultural, político e religioso. E SURGE O COMÉRCIO – A evolução da escravidão ao feudalismo chegou a um sistema de servidão que dava ao camponês uma parte menor de sua produção. Nessa circunstância, gerou-se o comércio que deu origem ao surgimento do capitalismo em que um setor minoritário usa o aparato estatal para controlar a maioria da população. Portanto, Engels discorda da visão idealista do Estado como “a imagem e realidade da razão” e “a realidade da ideia moral”, desenvolvida pelo filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Como disse Lênin na época, vale a pena lembrar hoje suas contribuições 200 anos após seu nascimento. ### NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O artigo foi enviado à TI pelo jornalista Sergio Caldieri. E quem frequenta esse blog sabe de minha admiração especial por Engels. Ao contrário de Marx e outros intelectuais que enfrentavam graves problemas financeiros e podiam ter alguns ressentimentos, Engels era de uma família rica. Seu pai foi um dos primeiros empresários multinacionais da História, com fábricas na Alemanha e na Inglaterra. Assim, ao defender os direitos dos trabalhadores, Engels estava investindo contra os interesses de sua própria família. Para mim, isso basta para demonstrar o extraordinário caráter desse grande pensador europeu. (C.N.)

 


Friedrich Engels: um ídolo socialista completa 200 anos | Cultura europeia,  dos clássicos da arte a novas tendências | DW | 28.11.2020

O jovem Frierich Engels, na época em que conheceu Marx

Fernando Del Corro

Uma alta porcentagem de setores populares do mundo se autodefinem como marxistas, caracterização que surgiu do nome do grande economista, pensador e político alemão Karl Heinrich Marx e com base em sua formidável obra. No entanto, deve-se notar que boa parte dela surgiu de ideias anteriores de outros economistas, como o inglês William Petty, mas também de seu grande companheiro e colaborador, o prussiano Friedrich Engels, que contribuiu com ideias-chave como a relacionada à luta de classes e a revolução do proletariado.

Passam-se exatamente dois séculos desde que Engels nasceu em 28 de novembro de 1820 em Barmen-Elberfeld, Prússia. Seu pai foi um importante empresário têxtil em Manchester, Inglaterra, na época um local essencial da Revolução Industrial, o que lhe permitiu desenvolver sua luta por uma sociedade humana mais justa e sem problemas financeiros, até sua morte, em Londres, em 5 de agosto. de 1894 quando tinha 74 anos.

GRANDE PESQUISADOR – Ao longo de um intenso trabalho que incluiu também o jornalismo, como revolucionário e grande teórico do socialismo, escreveu sobre filosofia, história, política e sociologia, sendo o seu primeiro livro “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra”, publicado em 1845.

Essa obra, que influenciou tanto Marx na questão da luta de classes quanto Petty, em meados do século XVII, está relacionada à mais-valia e ao valor real.

Mas talvez a maior contribuição que Engels deixou como ensinamento foi seu livro “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”, publicado em 1884 quando Marx já havia morrido um ano antes. Ressalte-se que dos vinte e sete livros que Marx legou, seis deles foram em coautoria com Engels, entre eles obras-primas do pensamento político e social como “O Manifesto Comunista”, além do fato de que Engels, como homem de grandes recursos, financiar a publicação de “El Capital”, entre outras iniciativas.

O SABER DOS INDÍGENAS – E assim como a herança de Petty foi fundamental em Marx, no caso de Engels, sua inspiração foi a leitura do ” Primitive Society ”do grande antropólogo americano Lewis Henry Morgan, um livro publicado em 1877.

Um trabalho baseado nos estudos aprofundados que Morgan realizou ao longo dos anos, investigando a história da notável Confederação Iroquesa da América do Norte, mesmo vivendo com os descendentes dessas nações indígenas que já no século XII haviam elaborado os 117 artigos da segunda constituição escrita conhecida, depois da Viking elaborada na Islândia em 950.

Para o orgulho das feministas, Engels teve como uma de suas principais contribuições para o conhecimento da classe trabalhadora Mary Burns, sua primeira parceira e grande amor, com quem não era casado formalmente.

UMA HISTÓRIA DE AMOR – Mary Burns  era uma trabalhadora irlandesa que o fez perceber como a vida era difícil para seus colegas imigrantes e também o fez ver como a vida era difícil no mundo operário de Manchester. Ela tinha 20 anos e ele 23 quando se conheceram em 1843.

Um amor que foi fundamental em sua vida para poder entender aquele mundo em que conviviam industriais e trabalhadores. E assim, no mesmo ano em que se conheceram, Engels publicou seu primeiro texto, um artigo intitulado “Elementos de uma crítica da economia política”.

Algumas de suas obras, como o “Anti-Dühring”, de 1877, e “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”, de 1880, foram decisivas para a penetração do que mais tarde se chamou de marxismo em amplos setores sociais e políticos.

UMA FONTE PRECIOSA – Segundo o proeminente historiador letão Isaiah Berlin, foi Engels e não Marx o principal inspirador do materialismo histórico e dialético e, como tal, foi a fonte a que mais apelaram as grandes figuras políticas das décadas seguintes, como Georgy Valentinovich Plekhanov, Karl Johann Kautsky, Vladimir Illich Ulyanov (Lenin), Iósif Vissariónovich Dzhugashvili (Stalin), León Davidovich Bronstein (Trotsky) e MaoTsé Tung.

Não por acaso, quando sua morte ocorreu em Londres de câncer de esôfago, Lênin convocou os setores populares dizendo: “Vamos sempre honrar a memória de Frederick Engels, grande lutador e mestre do proletariado!” Uma verdadeira homenagem a quem escreveu “O papel do trabalho na transformação do macaco em homem”.

A FAMÍLIA E O ESTADO – Suas diferentes visões com o anarquista francês Pierre Joseph Proudhon foram um ponto central ao escrever “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”.

Nele, Engels destacou, acompanhando Morgan, a importância das relações de poder, do controle dos recursos naturais e do avanço dos processos tecnológicos. Para os primeiros estágios, ele adotou os próprios termos de selvageria e barbárie de Morgan; etapas que foram dando lugar ao surgimento posterior de novas formas até chegar às sociedades industrializadas do século XIX.

Assim como Morgan, ele não fez alusões desqualificantes a sociedades não ocidentais e pré-modernas, o que era costume para outros escritores da época.

RESPEITO MÚTUO – A obra destaca que o Estado nem sempre existiu em tempos em que as sociedades funcionavam com base no respeito mútuo e nas quais as mulheres tinham as mesmas responsabilidades que os homens, como Morgan bem estudou nos 117 artigos da constituição iroquesa.

 Na primeira fase, a da selvageria, viviam da caça e da coleta até que a criação de animais gerou uma nova atividade que exigia uma força de trabalho maior, para a qual os presos eram escravizados com o surgimento de guerras. O Estado surge assim como uma forma de controle baseada na dominação de cunho cultural, político e religioso.

E SURGE O COMÉRCIO – A evolução da escravidão ao feudalismo chegou a um sistema de servidão que dava ao camponês uma parte menor de sua produção. Nessa circunstância, gerou-se o comércio que deu origem ao surgimento do capitalismo em que um setor minoritário usa o aparato estatal para controlar a maioria da população.

Portanto, Engels discorda da visão idealista do Estado como “a imagem e realidade da razão” e “a realidade da ideia moral”, desenvolvida pelo filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Como disse Lênin na época, vale a pena lembrar hoje suas contribuições 200 anos após seu nascimento.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O artigo foi enviado à TI pelo jornalista Sergio Caldieri.  E quem frequenta esse blog sabe de minha admiração especial por Engels. Ao contrário de Marx e outros intelectuais que enfrentavam graves problemas financeiros e podiam ter alguns ressentimentos, Engels era de uma família rica. Seu pai foi um dos primeiros empresários multinacionais da História, com fábricas na Alemanha e na Inglaterra. Assim, ao defender os direitos dos trabalhadores, Engels estava investindo contra os interesses de sua própria família. Para mim, isso basta para demonstrar o extraordinário caráter desse grande pensador europeu. (C.N.)

sábado, novembro 28, 2020

Operação da PF prende em Portugal líder do grupo suspeito de atacar sistemas do TSE


Padrasto suspeito de matar enteado em Portugal pode ser acusado no Brasil |  Portugal | Edição Portugal | Agencia EFE

Polícia portuguesa atuou junto com a PF nesta operação

Daniel Gullino e Aguirre Talento
O Globo

A Polícia Federal (PF) realizou neste sábado uma operação para desarticular o grupo responsável por um ataque contra os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um suspeito foi preso em Portugal, com cooperação da polícia portuguesa. A operação ocorre na véspera do segundo turno das eleições municipais.

Segundo a PF, o hacker preso em Portugal seria o líder do grupo e teria atuado em conjunto com ao menos três brasileiros na invasão de dados do TSE e divulgação desses dados no dia do primeiro turno da eleição, com o objetivo de desestabilizar o processo eleitoral brasileiro. Esse hacker teria 19 anos e se identifica pela alcunha de Zambrius, de acordo com fontes que acompanham o caso.

SÃO PAULO E MINAS – Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em São Paulo e em Minas Gerais, contra os hackers brasileiros. Os mandados cumpridos no Brasil foram expedidos pela 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após pedido da PF e parecer favorável do Ministério Público. A Justiça também proibiu que os três alvos brasileiros mantivessem contato entre si.

Segundo fontes, a PF não chegou a pedir prisão dos brasileiros porque a legislação eleitoral impede a realização de prisões no período dos cinco dias anteriores ao pleito. Com o avanço das investigações, novas cautelares podem ser solicitadas contra os hackers.

A abertura da investigação foi anunciada no dia do primeiro turno, após hackers divulgarem informações de funcionários do TSE.

SEM PREJUÍZOS  – A corporação ressaltou que não foi identificado nenhum elemento que possa ter prejudicado a integridade do processo de votação brasileiro.

A operação foi batizade de “Exploit”. De acordo com a PF, o termo “é uma parte de software, um pedaço de dados ou uma sequência de comandos que tomam vantagem de um defeito a fim de causar um comportamento acidental ou imprevisto no software ou hardware de um computador ou em algum dispositivo eletrônico”.

Além dessa investigação, há outra em tramitação na Procuradoria-Geral da República (PGR) que apura a atuação de parlamentares em ataques às urnas eletrônicas nas redes sociais no dia da eleição. Após a invasão hacker, parlamentares e bolsonaristas passaram a divulgar o assunto nas redes e vinculá-lo a uma suposta vulnerabilidade das urnas eletrônicas, que não existe.

###
TRF-1 CONFIRMA ATAQUE DE HACKERS

Adriana Mendes

O Tribunal Regional da Primeira Região (TRF-1)  confirmou , neste sábado,  que sofreu ataque de hackers na noite de quinta-feira. O site permanece fora do ar e, segundo o tribunal,  até o momento ” não se verificou a existência de danos”. Em nota, informa que “considerando a gravidade do ocorrido, adotou as medidas jurídicas destinadas à pronta apuração dos fatos”.

O  TRF-1, onde tramitam processos de 13 estados e do Distrito Federal,  esclarece que  tomou conhecimento do acesso indevido ao ambiente de dados na quinta-feira, por volta das 19h,  e que, por conta disso, adotou “medidas destinadas a isolar totalmente os serviços dos sistemas oferecidos aos usuários externos, impedindo qualquer acesso remoto”.

INVASÃO ANUNCIADA – Uma publicação veiculada em redes sociais alertou sobre a invasão ao site do Judiciário. De acordo com um usuário que diz ser autor da invasão, a iniciativa não teria intenção de “causar o caos, nem prejudicar o TRF-1”, mas “demonstrar que o TRF-1 também é vulnerável”. Ele publicou conteúdo que seria de quatro das 47 bases de dado do tribunal.

O ataque ao TRF-1 é mais uma invasão a órgãos públicos neste mês.Em 5 de novembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Ministério da Saúde e a Secretaria de Economia do Distrito Federal informaram que os seus sistemas foram atingidos por hackers. No caso do STJ, a invasão bloqueou a base de dados dos processos em andamento no tribunal e paralisou totalmente os trabalhos por uma semana.

Dez dias depois, em 15 de outubro, foi a vez do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciar que sofreu um ataque desse tipo. A invasão expôs informações de servidores do TSE, com dados de 2020 e de anos anteriores.

General Pujol fratura a perna ao cair do cavalo e passará por cirurgia


Segundo O Exército, o comandante está bem e passa por exames

Deu no G1

O comandante do Exército brasileiro, general Edson Leal Pujol, sofreu uma queda neste sábado, dia 28, enquanto andava a cavalo e fraturou o fêmur, segundo informações do Centro de Comunicação do Exército. Ainda de acordo com o Exército, Pujol está internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, e será submetido a uma cirurgia.

Segundo a instituição, o comandante está bem e passa por exames “necessários à redução da fratura, procedimento cirúrgico normalmente adotado em casos dessa natureza”. Pujol sofreu a queda enquanto praticava equitação no Regimento Dragões da Independência.

PAPEL NO EXÉRCITO – Recentemente, declarações do comandante do Exército sobre o papel da instituição ganharam repercussão. Em um seminário promovido pelas Forças Armadas, no último dia 13, Pujol disse que o Exército não pertence ao governo e não tem partido político.

Foi na mesma linha do que havia dito na véspera durante uma transmissão ao vivo pela internet. Na ocasião, ele afirmou que os militares não querem fazer parte da política nem querem que a política entre nos quartéis. O comandante do Exército expressou sua opinião na mesma semana em que o presidente Jair Bolsonaro defendeu o uso de “pólvora” para defesa da Amazônia.

Bolsonaro fez o comentário ao aludir ao fato de que Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, defendeu durante a campanha eleitoral sanções econômicas ao Brasil caso o país não detenha a destruição da floresta. O pretenso uso de “pólvora” contra os EUA gerou uma série de críticas de parlamentares contra Bolsonaro e piadas nas redes sociais, algumas com o Exército como alvo.

Piada do Ano! Silêncio indicaria que Bolsonaro não tem preocupação com inquérito sobre interferência na PF

Posted on 

Bolsonaro optou pelo desgaste político ao risco jurídico

Bruno Boghossian
Folha

Em silêncio, Jair Bolsonaro disse muito. O presidente avisou ao Supremo que não vai prestar depoimento no inquérito aberto para apurar suas tentativas de interferência no comando da Polícia Federal. A intromissão foi registrada em gravações e declarações públicas, mas ele sugere ter motivos para não se preocupar com a investigação.

Há sete meses, Bolsonaro estava emparedado pelas acusações feita pelo ex-ministro Sergio Moro. O presidente se enrolou nas explicações, admitiu que gostaria de trocar a chefia da PF no Rio por interesse de seu grupo político e indicou que a mudança tinha relação com aliados sob investigação no STF.

AMEAÇA – Depois de se beneficiar de uma aliança com Moro, Bolsonaro trabalhou para deteriorar a imagem do ex-juiz. O governo percebeu o perigo daquele episódio e reagiu apavorado –ao ponto de lançar uma ameaça nada velada de golpe de Estado para responder a uma decisão processual burocrática sobre um pedido de apreensão do celular do presidente.

Bolsonaro saiu das cordas porque conseguiu fazer com que o caso esfriasse. As acusações perderam destaque com o avanço da pandemia, e a coalizão forjada no Congresso deu a impressão de que o governo estava protegido de tumultos políticos.No campo judicial, o inquérito foi engolido por discussões sobre a forma do depoimento do presidente: escrito ou presencial.

ACUSAÇÃO – Ele fingiu espernear e acusou o STF de tratamento injusto. O tribunal não tomou uma decisão final, mas o advogado-geral da União mandou avisar que Bolsonaro decidiu “declinar do meio de defesa que lhe foi oportunizado”.

O presidente abre mão de se defender porque sabe que o caso tem tudo para ser guardado numa gaveta. Com a expectativa da impunidade, ele evita o risco de se embananar e dar munição aos investigadores.

De quebra, Bolsonaro ainda desarma um potencial holofote para Sergio Moro. A investigação era um dos poucos palanques políticos do ex-juiz. Ele deve encolher um pouco mais se o inquérito for arquivado.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mesmo jornalistas importantes como Bruno Boghossian correm risco de ser vítimas de “informações exclusivas e preferenciais”,  fornecidas por alguma fonte ligada ao Planalto. Nessa matéria, por exemplo, a realidade é totalmente  diversa dos informes que foram passados ao analista da Folha.

Bolsonaro está preocupadíssimo e precisa encontrar uma maneira de arquivar o inquérito. As provas contra ele e sua “confissão de culpa” na reunião ministerial indicam que ele pode ser processado, condenado e até sofrer impeachment. Apenas isso. Ontem mesmo, o relator Alexandre de Moraes deu seguimento ao inquérito, pedindo que a Procuradoria se manifeste sobre o depoimento de Bolsonaro.  

O excelente jornalista Bruno Boghossian deveria revelar e desmoralizar sua fonte no Planalto, que “plantou” a mesma informação falsa junto ao repórter Gerson Camarotti, que também publicou. E vida que segue, como dizia nosso amigo João Saldanha. (C.N.)

Em destaque

Bolsonaro processa Boulos por acusá-lo pela morte de Marielle e pede R$ 50 mil

Publicado em 20 de maio de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Boulos abriu a guarda ao atacar, e Bolsonaro consegu...

Mais visitadas