Publicado em 19 de maio de 2024 por Tribuna da Internet
Rayssa Motta
Estadão
O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, condenado pela tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022, vai cumprir o que resta da pena em regime semiaberto. Ele foi sentenciado a nove anos e oito meses de prisão.
A juíza Francisca Danielle Vieira Rolim Mesquita, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, autorizou a progressão de regime. O Ministério Público foi a favor da flexibilização.
VOLTA AO TRABALHO – A mudança do regime fechado para o semiaberto foi reconhecida porque ele já cumpriu um sexto da pena. Esse é o requisito estabelecido na Lei de Execução Penal.
George Washington também poderá voltar a trabalhar. Antes da prisão, ele era gerente de um posto de combustíveis.
A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal atribuiu a George Washington a montagem da bomba e a Alan Diego a instalação do explosivo em um caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação. A perícia apontou que o artefato não explodiu por um erro de montagem.
TRÊS CRIMES – Eles foram condenados por três crimes: expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro, causar incêndio em combustível ou inflamável e porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo ou incendiário.
O terceiro envolvido no caso, o blogueiro e ex-assessor do Ministério dos Direitos Humanos, Wellington Macedo de Souza, foi julgado em outro processo, depois que o caso foi desmembrado, e condenado a seis anos de prisão.
Ele está preso desde setembro de 2023, quando foi encontrado no Paraguai, após passar quase um ano foragido.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Tem algo errado na Justiça. Os responsáveis pelo atentado a bomba no aeroporto, que poderia matar muita gente e instituir o caos em Brasília na véspera do Natal (24 de dezembro de 2022) pegaram penas leves e dois já foram soltos. Enquanto isso, pessoas que apenas participaram da invasão de prédios públicos, inclusive sem provas de que depredaram patrimônio, foram condenadas a 17 anos, e consideradas “terroristas”. Como se vê, o que está errado são essas condenações malucas e exageradas, que Alexandre de Moraes inventou e foram aceitas pelos outros ministros do Supremo, algo que depõe contra a seriedade da justiça brasileira. (C.N.)