Sem consenso
Presidente regional do PMDB, o deputado federal Geddel Vieira Lima jogou a toalha com relação à possibilidade de construção de um consenso para a sucessão da União das Prefeituras da Bahia (UPB), cujos candidatos mais competitivos são um pefelista, Orlando Santiago, e um petista, Carlos Brasileiro.
Resultado
O líder peemedebista deve confirmar sua posição em reunião que realiza hoje com a comissão formada pelos cinco prefeitos peemedebistas designados pelo partido para conversar com Orlando Santiago e Carlos Brasileiro e buscar uma saída que evitasse o bate-chapa.
Daqui não saio
Nas conversas que manteve com os principais candidatos à presidência da UPB a comissão de prefeitos peemedebistas pode constatar que remover a candidatura do petista Carlos Brasileiro era mais difícil do que empurrar vaca atolada no brejo. Detalhes do encontro devem ser relatados hoje ao presidente Geddel Vieira Lima.
Liberou geral
Com o fracasso das conversas em torno de um candidato de consenso para a sucessão na UPB, dificilmente o PMDB marchará em bloco para este ou aquele candidato. O mais provável é que a direção da legenda, numa atitude de respeito aos compromissos assumidos pelos seus gestores, libere-os para votar em quem acharem melhor.
MST I
O governador Jaques Wagner prestigiou a reunião da Confederação Nacional do MST, realizada ontem, durante todo o dia, no Clube Recreativo Campomar, da qual participaram ainda o presidente regional do PT, Marcelino Galo, o secretário estadual Valmir Assunção e o líder petista Yulo Oiticica.
MST II
Além de Jaques Wagner, prestigiaram o evento do MST o senador eleito João Durval (PDT), o secretário estadual Rui Costa (Relações Institucionais) e o deputado federal petista Sérgio Carneiro. Todos se derreteram nas conversas com João Pedro Stédile, uma das lideranças do Movimento no País.
Pedra no sapato I
Com grandes chances de ser escolhido candidato da oposição à presidência da UPB, caso Jurandy Oliveira (PDT) não assegure votos dos pedetistas ao seu nome, o deputado Roberto Muniz (PP) precisará remover um obstáculo na corrida sucessória: o correligionário Elmar Nascimento, do PR.
Pedra no sapato II
A correligionários, Elmar Nascimento já teria anunciado que não há quem o faça retirar sua candidatura a presidente da Assembléia Legislativa em favor de nenhum outro nome da ala oposicionista, cenário que se constitui numa grande probabilidade de disputa interna no âmbito das oposições na Assembléia.
CURTAS
* Tributo - Num exemplo inédito de rio que corre para o próprio leito, a polêmica e milionária exposição de rua do baiano Sérgio Guerra, intitulada Salvador Negroamor, pretensamente um tributo à raça negra da capital baiana, é composta também de um livro que pode ser adquirido a R$ 40 e é revertido para a ONG que cuida do trabalho. Com patrocínio de instituições públicas como a Petrobras, até há cerca de três semanas atrás a ONG não havia colocado o nome da estatal no site que também divulgava a exposição. * Recompensado - Aliado de primeira hora do governador Jaques Wagner (PT), o ex-deputado Eujácio Simões (PR) assumiu posto importante na estrutura da Secretaria de Agricultura do Estado, numa atitude clara de reconhecimento à ala do Partido Republicano que se aliou ao candidato do PT na campanha. . * Distante e meio - Depois de se esmerar na campanha de Jurandy Oliveira (PDT) à presidência da Assembléia Legislativa, dificilmente Maurício Trindade (PR), deputado estadual eleito federal, vai conseguir abrir ponte de contato com o novo governo, advertem petistas atentos ao movimento do parlamentar na Casa. * Fantasma - Valdir Gomes Barbosa, delegado baiano envolvido no rumoroso caso dos grampos no governo passado, não assumirá o comando do Depin, conforme anunciado na semana passada. Ao tomar conhecimento da notícia, o governador Jaques Wagner mandou suspender a designação. * Destaque - Conhecido após o episódio em que o deputado federal ACM Neto recebeu uma facada, o delegado titular da Pituba, Wilson Gomes, está sendo agora alvo de homenagens da comunidade local. Uma comissão de moradores do bairro prepara abaixo-assinado solicitando sua permanência no cargo, em reconhecimento "à sua competência e ao bom relacionamento com a sociedade". * Segundo turno - A entrada do tucano Gustavo Fruet (PR) na briga pelo comando da Câmara pulverizou os votos e deve empurrar a disputa, na quinta-feira, para o segundo turno. O candidato do PT, Arlindo Chinaglia (SP), desponta à frente dos adversários Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Fruet, segundo enquete com 416 dos 513 deputados (81%), mas não tem apoio para vencer no primeiro turno da eleição. Chinaglia obteve 174 votos (41,8%), seguido por Aldo, com 113 (27,2%), e Fruet, com 80 (19,2%). Para se eleger será necessário atingir a maioria absoluta de 257 votos - metade dos deputados mais um. No segundo turno vale maioria simples. * Shopping - O prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, compareceu ao café da manhã do Salvador Shopping, quando o presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, entregou aos lojistas os espaços comerciais para instalação de suas unidades. Na oportunidade, o prefeito parabenizou o empresário pelo empreendimento.
Fonte: Tribuna da Bahia
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segunda-feira, janeiro 29, 2007
Informe da Bahia
Candidato da oposição
A definição sobre o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa deve sair entre hoje e amanhã. O processo vai afunilar para a escolha entre três nomes: Jurandy Oliveira (PDT), Roberto Muniz (PP) e Elmar Nascimento (PR). A eleição ocorre na próxima sexta-feira, após a posse dos parlamentares eleitos em outubro, e o candidato do governador Jaques Wagner (PT) é o deputado Marcelo Nilo (PSDB). “Acredito que vamos chegar a um nome que tenha mais chances de derrotar o governo. Vai haver consenso”, disse ontem Roberto Muniz. O deputado Fábio Santana (PRP) fez as contas e acredita que os oposicionistas podem vencer pelo placar de 34 a 29. “Estou confiante na vitória. Mas tudo ainda depende de articulações”, ressaltou.
Apagão
Setores do governo do estado não escondem a preocupação com o Carnaval de Salvador. O temor é que um novo apagão aéreo possa comprometer a folia momesca. Apesar do silêncio do ministro da Defesa, Waldir Pires, sobre o assunto, é esperado que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anuncie nos próximos dias uma força-tarefa para atuar no período. A intenção é evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado, em aeroportos de todo o país.
Cide
Tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado o projeto de lei do senador César Borges que restabelece o percentual mínimo da arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) destinado à conservação, recuperação e ampliação da malha de transportes. De acordo com a proposta, a aplicação dos recursos em programas de investimento na infra-estrutura de transporte será realizada em percentual igual ou superior a 35% de sua arrecadação, sem riscos de contigenciamento pelo governo.
Desembargadora
O pleno do Tribunal de Justiça da Bahia escolheu na última sexta-feira a juíza Zaudith Silva Santos como a nova desembargadora da corte. Pelo critério de antigüidade, a magistrada vai ocupar a vaga deixada pelo desembargador José Bispo de Santana, após aposentadoria. Na mesma sessão, o desembargador Sinésio Cabral foi eleito para a vaga de juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na classe de desembargador. Já a desembargadora Maria José Sales Pereira foi indicada para substituir o recém aposentado Raimundo Queiroz, na vaga de suplente da desembargadora Sílvia Zarif, no Conselho da Magistratura.
Instável
A instabilidade do prefeito João Henrique Carneiro (PDT) incomoda até os aliados mais próximos no Palácio Thomé de Souza. Dessa vez, ele anunciou que vai revogar o Decreto 17.128, publicado no Diário Oficial do Município, que reajustou o preço e estabeleceu novo horário para o estacionamento na orla de Salvador. Segundo comunicado oficial do Executivo, o prefeito irá encaminhar hoje um novo decreto revogando o anterior até a fixação de outra tarifa.
Shoppings
A prefeitura de Salvador perdeu, até agora, todos os recursos impetrados contra a cobrança de estacionamento nos shoppings da cidade. Há três anos, os estabelecimentos ganharam na Justiça o direito de cobrar pelo serviço e o único recurso, agora, é encaminhar o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Se a cobrança for implementada, só os quatro maiores shoppings da cidade arrecadarão mais de R$3 milhões.
Fonte: Correio da Bahia
A definição sobre o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa deve sair entre hoje e amanhã. O processo vai afunilar para a escolha entre três nomes: Jurandy Oliveira (PDT), Roberto Muniz (PP) e Elmar Nascimento (PR). A eleição ocorre na próxima sexta-feira, após a posse dos parlamentares eleitos em outubro, e o candidato do governador Jaques Wagner (PT) é o deputado Marcelo Nilo (PSDB). “Acredito que vamos chegar a um nome que tenha mais chances de derrotar o governo. Vai haver consenso”, disse ontem Roberto Muniz. O deputado Fábio Santana (PRP) fez as contas e acredita que os oposicionistas podem vencer pelo placar de 34 a 29. “Estou confiante na vitória. Mas tudo ainda depende de articulações”, ressaltou.
Apagão
Setores do governo do estado não escondem a preocupação com o Carnaval de Salvador. O temor é que um novo apagão aéreo possa comprometer a folia momesca. Apesar do silêncio do ministro da Defesa, Waldir Pires, sobre o assunto, é esperado que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anuncie nos próximos dias uma força-tarefa para atuar no período. A intenção é evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado, em aeroportos de todo o país.
Cide
Tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado o projeto de lei do senador César Borges que restabelece o percentual mínimo da arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) destinado à conservação, recuperação e ampliação da malha de transportes. De acordo com a proposta, a aplicação dos recursos em programas de investimento na infra-estrutura de transporte será realizada em percentual igual ou superior a 35% de sua arrecadação, sem riscos de contigenciamento pelo governo.
Desembargadora
O pleno do Tribunal de Justiça da Bahia escolheu na última sexta-feira a juíza Zaudith Silva Santos como a nova desembargadora da corte. Pelo critério de antigüidade, a magistrada vai ocupar a vaga deixada pelo desembargador José Bispo de Santana, após aposentadoria. Na mesma sessão, o desembargador Sinésio Cabral foi eleito para a vaga de juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na classe de desembargador. Já a desembargadora Maria José Sales Pereira foi indicada para substituir o recém aposentado Raimundo Queiroz, na vaga de suplente da desembargadora Sílvia Zarif, no Conselho da Magistratura.
Instável
A instabilidade do prefeito João Henrique Carneiro (PDT) incomoda até os aliados mais próximos no Palácio Thomé de Souza. Dessa vez, ele anunciou que vai revogar o Decreto 17.128, publicado no Diário Oficial do Município, que reajustou o preço e estabeleceu novo horário para o estacionamento na orla de Salvador. Segundo comunicado oficial do Executivo, o prefeito irá encaminhar hoje um novo decreto revogando o anterior até a fixação de outra tarifa.
Shoppings
A prefeitura de Salvador perdeu, até agora, todos os recursos impetrados contra a cobrança de estacionamento nos shoppings da cidade. Há três anos, os estabelecimentos ganharam na Justiça o direito de cobrar pelo serviço e o único recurso, agora, é encaminhar o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Se a cobrança for implementada, só os quatro maiores shoppings da cidade arrecadarão mais de R$3 milhões.
Fonte: Correio da Bahia
PT decide destino de denunciados
BRASÍLIA - A Executiva Nacional do PT marcou para hoje, às 18h, reunião em que discutirá o que fazer com Osvaldo Bargas e Expedito Veloso, envolvidos no caso dossiê antitucano que permanecem filiados ao partido. O encontro servirá ainda para debater a eleição das mesas do Congresso, a participação do PT no governo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a queda dos juros.
Integrantes da Executiva ouvidos ontem disseram que os casos de Bargas e Veloso, que podem ser expulsos, não são o principal item da pauta, mas reconheceram que o assunto precisa ser resolvido. “O problema é que eles continuam filiados. É preciso resolver esse impasse”, disse Joaquim Soriano, secretário geral nacional interino do PT.
A reunião de hoje será o primeiro encontro da Executiva comandado pelo deputado Ricardo Berzoini (SP) depois que ele voltou a presidir o PT, no começo deste ano. Ele ficou mais de três meses afastado por conta do caso dossiê antitucano – a suposta ação de petistas para a compra de informações sobre a participação de José Serra (PSDB) na máfia das ambulâncias. O inquérito da Polícia Federal, no entanto, isentou Berzoini de qualquer participação no episódio. Também foram considerados inocentes Bargas, Veloso e Jorge Lorenzetti, que já se desfiliou do PT. Todos integravam campanha nacional do partido. Para negar qualquer constrangimento, Berzoini está disposto a colocar em discussão a abertura de processo contra Bargas e Veloso na comissão de ética do partido. (Folhapress)
Integrantes da Executiva ouvidos ontem disseram que os casos de Bargas e Veloso, que podem ser expulsos, não são o principal item da pauta, mas reconheceram que o assunto precisa ser resolvido. “O problema é que eles continuam filiados. É preciso resolver esse impasse”, disse Joaquim Soriano, secretário geral nacional interino do PT.
A reunião de hoje será o primeiro encontro da Executiva comandado pelo deputado Ricardo Berzoini (SP) depois que ele voltou a presidir o PT, no começo deste ano. Ele ficou mais de três meses afastado por conta do caso dossiê antitucano – a suposta ação de petistas para a compra de informações sobre a participação de José Serra (PSDB) na máfia das ambulâncias. O inquérito da Polícia Federal, no entanto, isentou Berzoini de qualquer participação no episódio. Também foram considerados inocentes Bargas, Veloso e Jorge Lorenzetti, que já se desfiliou do PT. Todos integravam campanha nacional do partido. Para negar qualquer constrangimento, Berzoini está disposto a colocar em discussão a abertura de processo contra Bargas e Veloso na comissão de ética do partido. (Folhapress)
Governadores querem renegociar dívidas
Reunião de hoje vai definir agenda comum antes de encontro com presidente
BRASÍLIA - Uma semana depois do anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), governadores de todas as regiões do país reúnem-se hoje, em Brasília, na tentativa de definir uma agenda federativa que unifique as reivindicações dos estados para apresentá-las ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 6 de março. O principal ponto das queixas dos governadores é o aperto fiscal: todos querem renegociar as dívidas com a União e abocanhar um naco da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Pedem, ainda, que o governo institua a Desvinculação das Receitas dos Estados (DRE).
“Não se trata de calote”, afirmou o governador do Sergipe, Marcelo Déda (PT), um dos representantes da região Nordeste. “O que nós queremos é encontrar uma fórmula criativa que não entre em confronto com a Lei de Responsabilidade Fiscal e fortaleça a capacidade de investimentos dos estados”, complementou. A reunião-almoço ocorrerá na casa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL), que no dia do anúncio do PAC também foi anfitrião de um encontro em sua residência.
Para ele, o debate está bem encaminhado e os governadores vão definir pontos em comum, porque não se trata de discussão partidária. “Queremos sair desse encontro com uma pauta dos 27 estados, que vá muito além do PAC”, disse o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). À tarde, os governadores terão audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Eles decidiram iniciar um movimento para pressionar o governo federal a mudar os critérios de distribuição das verbas que compõem o Fundo de Manutenção do Ensino Básico (Fundeb).
Motivo: querem aumentar o repasse de recursos aos estados. Fatia considerável dos governadores pretende condicionar o apoio à prorrogação da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) a mudanças no PAC. Os dois dispositivos, que engordam receita do governo federal, vencem em dezembro e a equipe econômica já prepara projetos - que devem ser enviados ao Congresso - para esticar a sua permanência.
O aval dos governadores é considerado fundamental pelo Planalto, já que são eles os que mais pressionam os parlamentares na hora da votação. As principais alterações reivindicadas pelos governadores no pacote dizem respeito a obras de infra-estrutura, sobretudo na área de transportes. Liderado pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o coro dos tucanos, por exemplo, pede compensações por desonerações que, pelas suas contas, causarão aos estados perdas de receitas estimadas em R$627 milhões.
“Essa choradeira de falar que vão perder é coisa velha, do passado”, disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Todo o plano é para melhorar o grau de previsão na área fiscal para os próximos dez, 12 anos. Não é para esse governo e, portanto, acho que é preciso mais responsabilidade e menos demagogia”, acrescentou o ministro.
Além do anfitrião Arruda e de Déda, participarão do encontro de hoje Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba; Blairo Maggi (sem partido), de Mato Grosso; Eduardo Braga (PMDB), do Amazonas; Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo; Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina; Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul; e André Puccinelli (PMDB), de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Correio da Bahia
BRASÍLIA - Uma semana depois do anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), governadores de todas as regiões do país reúnem-se hoje, em Brasília, na tentativa de definir uma agenda federativa que unifique as reivindicações dos estados para apresentá-las ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 6 de março. O principal ponto das queixas dos governadores é o aperto fiscal: todos querem renegociar as dívidas com a União e abocanhar um naco da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Pedem, ainda, que o governo institua a Desvinculação das Receitas dos Estados (DRE).
“Não se trata de calote”, afirmou o governador do Sergipe, Marcelo Déda (PT), um dos representantes da região Nordeste. “O que nós queremos é encontrar uma fórmula criativa que não entre em confronto com a Lei de Responsabilidade Fiscal e fortaleça a capacidade de investimentos dos estados”, complementou. A reunião-almoço ocorrerá na casa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL), que no dia do anúncio do PAC também foi anfitrião de um encontro em sua residência.
Para ele, o debate está bem encaminhado e os governadores vão definir pontos em comum, porque não se trata de discussão partidária. “Queremos sair desse encontro com uma pauta dos 27 estados, que vá muito além do PAC”, disse o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). À tarde, os governadores terão audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Eles decidiram iniciar um movimento para pressionar o governo federal a mudar os critérios de distribuição das verbas que compõem o Fundo de Manutenção do Ensino Básico (Fundeb).
Motivo: querem aumentar o repasse de recursos aos estados. Fatia considerável dos governadores pretende condicionar o apoio à prorrogação da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) a mudanças no PAC. Os dois dispositivos, que engordam receita do governo federal, vencem em dezembro e a equipe econômica já prepara projetos - que devem ser enviados ao Congresso - para esticar a sua permanência.
O aval dos governadores é considerado fundamental pelo Planalto, já que são eles os que mais pressionam os parlamentares na hora da votação. As principais alterações reivindicadas pelos governadores no pacote dizem respeito a obras de infra-estrutura, sobretudo na área de transportes. Liderado pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o coro dos tucanos, por exemplo, pede compensações por desonerações que, pelas suas contas, causarão aos estados perdas de receitas estimadas em R$627 milhões.
“Essa choradeira de falar que vão perder é coisa velha, do passado”, disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Todo o plano é para melhorar o grau de previsão na área fiscal para os próximos dez, 12 anos. Não é para esse governo e, portanto, acho que é preciso mais responsabilidade e menos demagogia”, acrescentou o ministro.
Além do anfitrião Arruda e de Déda, participarão do encontro de hoje Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba; Blairo Maggi (sem partido), de Mato Grosso; Eduardo Braga (PMDB), do Amazonas; Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo; Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina; Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul; e André Puccinelli (PMDB), de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Correio da Bahia
Para Lula, obsessão por 2010 está ‘cegando’ Serra
Lula está uma arara com José Serra. Acha que a “idéia fixa” pela sucessão presidencial de 2010, “está cegando” o governador de São Paulo. Atribui as críticas de Serra ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) à “obsessão” por firmar-se, desde logo, como principal liderança da oposição.
Na opinião de Lula, manifestada sob reserva, Serra comete um erro “primário” em política. Resumiu assim o equívoco: “Ele está entrando na chuva muito cedo. Até 2010, vai estar ensopado. Acaba pegando pneumonia.” Acha, de resto, que Serra arrisca-se a passar para o eleitorado a impressão de que coloca suas ambições pessoais acima do interesse nacional.
Lula surpreendeu-se com as críticas de Serra ao PAC. Esperava ouvir reparos de governadores. Dispôs-se a acolher sugestões construtivas. Mas não contava com ataques acerbos como os que foram pronunciados pelo governador paulista.
Serra tachou o PAC de “tímido”. Considerou “fracas” e “vazias” as medidas previstas no programa. São, a seu juízo, providências insuficientes para interromper o ciclo de letargia que inibe o crescimento econômico do país.
Lula cogitou responder pessoalmente a Serra. Mas, preocupado em se preservar para o novo encontro que terá com os governadores em 6 de março, optou pelo silêncio. Preferiu escalar o ministro Guido Mantega (Fazenda) para fazer o contraponto a Serra.
Foi a combinação com o chefe que levou Mantega a ironizar Serra: “Ou não leu o plano ou então leu o plano errado", disse o ministro. "O Serra deve estar achando que o PAC é o Brasil em Ação ou o Avança Brasil [planos do governo FHC], nos quais ele teve participação. Esses, sim, foram programas tímidos. O PAC não tem nada de tímido."
Lula receia que a escalada de Serra leve um outro tucano, Aécio Neves, a subir o timbre das críticas ao PAC. O governador de Minas é tão presidenciável quanto Serra. Para não ceder terreno ao rival dentro do PSDB, pode sentir-se tentado a falar mais grosso que o habitual.
Curiosamente, Lula enxerga no PSDB de hoje similaridade com o PT de ontem. Numa espécie de autocrítica tardia, o presidente diz que o tucanato ensaia agora o mesmo tipo de oposição “intransigente” que o petismo fazia no passado. Esperava algo mais “sofisticado” e “inteligente” do PSDB.
No encontro que manteve com os governadores no dia do lançamento do PAC, Lula desenvolveu um raciocínio que tinha como destinatários os ouvidos de Serra e Aécio: “Estou fazendo um esforço para o país voltar a crescer. Quero entregar o país melhor do que encontrei. Penso no Brasil. Já não posso concorrer à presidência. O próximo presidente pode sair desta sala.”
Para Lula, os ataques de Serra ao PAC, que considera “precipitados” e "injustos", em vez de render votos, vão envenenar a opinião pública contra o governador. Como contraponto, o presidente menciona as boas relações que vem conseguindo manter com outros chefes de executivos estaduais. Classifica de "exemplar" o comportamento de Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro.
Escrito por Josias de Souza às 02h30
Fonte: Folha Online
Na opinião de Lula, manifestada sob reserva, Serra comete um erro “primário” em política. Resumiu assim o equívoco: “Ele está entrando na chuva muito cedo. Até 2010, vai estar ensopado. Acaba pegando pneumonia.” Acha, de resto, que Serra arrisca-se a passar para o eleitorado a impressão de que coloca suas ambições pessoais acima do interesse nacional.
Lula surpreendeu-se com as críticas de Serra ao PAC. Esperava ouvir reparos de governadores. Dispôs-se a acolher sugestões construtivas. Mas não contava com ataques acerbos como os que foram pronunciados pelo governador paulista.
Serra tachou o PAC de “tímido”. Considerou “fracas” e “vazias” as medidas previstas no programa. São, a seu juízo, providências insuficientes para interromper o ciclo de letargia que inibe o crescimento econômico do país.
Lula cogitou responder pessoalmente a Serra. Mas, preocupado em se preservar para o novo encontro que terá com os governadores em 6 de março, optou pelo silêncio. Preferiu escalar o ministro Guido Mantega (Fazenda) para fazer o contraponto a Serra.
Foi a combinação com o chefe que levou Mantega a ironizar Serra: “Ou não leu o plano ou então leu o plano errado", disse o ministro. "O Serra deve estar achando que o PAC é o Brasil em Ação ou o Avança Brasil [planos do governo FHC], nos quais ele teve participação. Esses, sim, foram programas tímidos. O PAC não tem nada de tímido."
Lula receia que a escalada de Serra leve um outro tucano, Aécio Neves, a subir o timbre das críticas ao PAC. O governador de Minas é tão presidenciável quanto Serra. Para não ceder terreno ao rival dentro do PSDB, pode sentir-se tentado a falar mais grosso que o habitual.
Curiosamente, Lula enxerga no PSDB de hoje similaridade com o PT de ontem. Numa espécie de autocrítica tardia, o presidente diz que o tucanato ensaia agora o mesmo tipo de oposição “intransigente” que o petismo fazia no passado. Esperava algo mais “sofisticado” e “inteligente” do PSDB.
No encontro que manteve com os governadores no dia do lançamento do PAC, Lula desenvolveu um raciocínio que tinha como destinatários os ouvidos de Serra e Aécio: “Estou fazendo um esforço para o país voltar a crescer. Quero entregar o país melhor do que encontrei. Penso no Brasil. Já não posso concorrer à presidência. O próximo presidente pode sair desta sala.”
Para Lula, os ataques de Serra ao PAC, que considera “precipitados” e "injustos", em vez de render votos, vão envenenar a opinião pública contra o governador. Como contraponto, o presidente menciona as boas relações que vem conseguindo manter com outros chefes de executivos estaduais. Classifica de "exemplar" o comportamento de Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro.
Escrito por Josias de Souza às 02h30
Fonte: Folha Online
Tony Blair pede Brasil no Conselho de Segurança da ONU
O apoio ao pedido brasileiro de participar do conselho foi feito na sessão de encerramento do fórum em Davos, na Suíça
28/01/2007 11:57 “Um Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] sem Alemanha, Japão, Brasil ou Índia, sem falar nos países africanos ou nações islâmicas irá, com o tempo, não apenas perder legitimidade aos olhos do mundo, mas seriamente inibir qualquer ação efetiva”, disse o primeiro-ministro inglês Tony Blair, de acordo com nota oficial do Fórum Econômico Mundial. O apoio ao pedido brasileiro de participar do conselho foi feito na sessão de encerramento do fórum em Davos, na Suíça. Blair disse que o futuro dos três principais assuntos da reunião – comércio mundial, mudanças climáticas e África – ainda não está definido, mas houve progresso em cada um deles. “O que realmente ocorre é que as nações, até as maiores, estão percebendo que não podem ter interesses nacionais estreitos sem perceber os amplos valores globais”. O primeiro-ministro britânico afirmou ainda, segundo a nota do Fórum Econômico Mundial, que tem um “otimismo cauteloso” sobre as negociações na Organização Mundial de Comércio (OMC). Ele teve reuniões em Davos com o presidente George W. Bush, dos Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e a chanceler alemã Angela Merkel. Blair disse que a nova atitude dos EUA sobre o clima é uma mudança “muito importante".
Fonte: O POVO
28/01/2007 11:57 “Um Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] sem Alemanha, Japão, Brasil ou Índia, sem falar nos países africanos ou nações islâmicas irá, com o tempo, não apenas perder legitimidade aos olhos do mundo, mas seriamente inibir qualquer ação efetiva”, disse o primeiro-ministro inglês Tony Blair, de acordo com nota oficial do Fórum Econômico Mundial. O apoio ao pedido brasileiro de participar do conselho foi feito na sessão de encerramento do fórum em Davos, na Suíça. Blair disse que o futuro dos três principais assuntos da reunião – comércio mundial, mudanças climáticas e África – ainda não está definido, mas houve progresso em cada um deles. “O que realmente ocorre é que as nações, até as maiores, estão percebendo que não podem ter interesses nacionais estreitos sem perceber os amplos valores globais”. O primeiro-ministro britânico afirmou ainda, segundo a nota do Fórum Econômico Mundial, que tem um “otimismo cauteloso” sobre as negociações na Organização Mundial de Comércio (OMC). Ele teve reuniões em Davos com o presidente George W. Bush, dos Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e a chanceler alemã Angela Merkel. Blair disse que a nova atitude dos EUA sobre o clima é uma mudança “muito importante".
Fonte: O POVO
Anac tenta evitar novo apagão aéreo
A preocupação do governo é que surjam novos problemas com o trabalho dos controladores de vôo e o primeiro teste de força vai ser o Carnaval. Mas, a Aeronáutica descarta possibilidade de greve ou operação-padrão, afirmando que não voltarão a ocorrer os problemas do ano passado
29/01/2007 01:17A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve anunciar esta semana, em Brasília, a criação de uma força-tarefa que deverá atuar em períodos de maior movimentação nos aeroportos, como feriados prolongados, para tentar evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado. O primeiro teste da força será o Carnaval. A assessoria da Anac não deu detalhes do trabalho que deverá ser feito pelos funcionários da agência. Mas informou que outras entidades que atuam no setor aéreo também deverão manter esquema especial de operação durante o período momino, quando é verificada grande movimentação de viajantes, tanto de ida na semana anterior quanto de volta nos dias seguintes. Uma das preocupações do governo é que surjam novos problemas com o trabalho dos controladores de vôo. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), no entanto, informou que não está sendo montado nenhum plano especial para os controladores. Um porta-voz da Aeronáutica descartou a possibilidade de uma greve ou operação-padrão desses profissionais e disse que problemas como os do ano passado não deverão mais ocorrer. Segundo o Cecomsaer, o número atual de controladores de vôo é suficiente para cobrir todas as escalas de trabalho e ainda manter uma margem de reserva. Isso porque, depois das crises do ano passado, 60 militares da reserva e civis aposentados foram chamados de volta ao trabalho e uma nova turma de controladores se formou no fim do ano. Além disso, foram remanejados controladores para o Cindacta 1, em Brasília, onde era maior a carência de pessoal. (das agências de notícias)
29/01/2007 01:17A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve anunciar esta semana, em Brasília, a criação de uma força-tarefa que deverá atuar em períodos de maior movimentação nos aeroportos, como feriados prolongados, para tentar evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado. O primeiro teste da força será o Carnaval. A assessoria da Anac não deu detalhes do trabalho que deverá ser feito pelos funcionários da agência. Mas informou que outras entidades que atuam no setor aéreo também deverão manter esquema especial de operação durante o período momino, quando é verificada grande movimentação de viajantes, tanto de ida na semana anterior quanto de volta nos dias seguintes. Uma das preocupações do governo é que surjam novos problemas com o trabalho dos controladores de vôo. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), no entanto, informou que não está sendo montado nenhum plano especial para os controladores. Um porta-voz da Aeronáutica descartou a possibilidade de uma greve ou operação-padrão desses profissionais e disse que problemas como os do ano passado não deverão mais ocorrer. Segundo o Cecomsaer, o número atual de controladores de vôo é suficiente para cobrir todas as escalas de trabalho e ainda manter uma margem de reserva. Isso porque, depois das crises do ano passado, 60 militares da reserva e civis aposentados foram chamados de volta ao trabalho e uma nova turma de controladores se formou no fim do ano. Além disso, foram remanejados controladores para o Cindacta 1, em Brasília, onde era maior a carência de pessoal. (das agências de notícias)
quinta-feira, janeiro 25, 2007
RAIO LASER
Vencer ou vencer
A participação de ACM, Paulo Souto e César Borges no encontro que discutiu, na terça-feira à tarde, em Salvador, a sucessão na União das Prefeituras da Bahia (UPB) acrescentou uma mensagem adicional aos prefeitos aliados do grupo no Estado: não está e scrito no manual de instruções do PFL a hipótese de perder o comando da entidade.
Meio solto
Enquanto o prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago (PFL), comemora o empenho da cúpula pefelista em sua campanha à presidência da UPB, Carlos Brasileiro (PT), de Senhor do Bonfim, enfrentaria dificuldades para mobilizar o núcleo duro do partido e envolver o governador Jaques Wagner na campanha.
Representante
Em encontro organizado pelo comando da campanha de Carlos Brasileiro à UPB, no último dia 9, os 110 prefeitos que se reuniram no Bahia Plaza Resort, em Camaçari para ouvi-lo e ao governador, se surpreenderam com a chegada do vice, Edmundo Pereira (PMDB), em lugar de Jaques Wagner.
Sem teto
Um dos articuladores oposicionistas da formação do bloco com o PDT, o deputado estadual Maurício Trindade (PR) salvou ontem a filiação de Jurandy Oliveira ao partido, ao emprestar seu gabinete para a realização da solenidade, depois que o líder pedetista, Roberto Carlos, negou-se a ceder a sala da liderança para o ato.
Mortal combat I
Apesar de evitarem o tempo todo falar sobre a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, ACM e Paulo Souto teriam gostado da agressividade demonstrada na reunião da bancada pefelista, na terça-feira, pelo pepista Roberto Muniz, que assegurou disposição de ser candidato a qualquer custo, mesmo avulso.
Mortal combat II
Para os dois líderes pefelistas, teria soado como música a tese de Roberto Muniz segundo a qual o novo governo precisa de enfrentamento a partir de agora se o grupo quiser retomar o poder em 2010 e a melhor maneira de iniciar o combate seria pela Assembléia Legislativa.
Dispostos
Os nomes de Elmar Nascimento (PR) e Roberto Muniz (PP) surgiram como alternativas para o caso da opção Jurandy Oliveira naufragar a partir de colocação feita pelos dois deputados, individualmente, durante a longa reunião da bancada pefelista na terça-feira, no hotel da família do senador César Borges, no Jardim de Alá.
De arromba
Líderes do Movimento dos Sem-Terra, José Rainha e João Pedro Stédile confirmaram presença na festa de posse que o deputado estadual Yulo Oiticica fará no próximo dia 2, no Clube 2004. São presença garantida também Walter Pomar, o secretário estadual Walmir Assunção e o presidente do PT, Marcelino Galo.
CURTAS
* Pano pra manga - A presença do deputado federal eleito Sérgio Brito (PDT) no ato de filiação de Jurandy Oliveira, ontem, na Assembléia Legislativa, era tudo de que alguns petistas precisavam para tentar semear de novo a discórdia entre o Palácio de Ondina e o Palácio Thomé de Souza, já praticamente superada desde que surgiram boatos do envolvimento do cunhado do prefeito João Henrique na tentativa de formar um bloco entre o partido e a base oposicionista. * Futuro - Candidato a presidente da Câmara dos Deputados pelo PT, Arlindo Chinaglia (SP) estaria oferecendo “espaço” a deputados baianos na eventual campanha do governador Jaques Wagner a presidente, em 2010, informa o site de Cláudio Humberto, para quem, frise-se, a tática estaria sendo considerada uma “piada”. . * Bate-chapa - No encontro em que a oposição recebeu o candidato do governo à presidência da Assembléia, Marcelo Nilo, na presença de Jurandy Oliveira, ontem, o deputado Paulo Azi (PFL), líder do governo passado, acabou confirmando o que bancada já esperava, ao dizer que o candidato da oposição virá da base. * Usurpação - Dezenove meses depois que os índios pataxó invadiram o campus das Faculdades do Descobrimento, a Justiça Federal de Eunápolis autorizou o imediato afastamento dos invasores. Os índios já sabiam há mais de um ano que a decisão lhes era desfavorável. Quando, ontem, a Polícia Federal chegou para cumprir a ordem judicial, os índios pediram mais 60 dias, no que foram atendidos pelo líder do aparelho policial. Resta saber se o juiz federal concordará com essa inusitada alteração de sua sentença. * Controle remoto - Os oposicionistas se organizaram ontem para acompanhar de longe, cada grupo ao seu modo, a filiação de Jurandy Oliveira (PRTB) ao PDT, de olho nas perspectivas que a iniciativa abre para que ele efetivamente se torne o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa. * Deadline - O namoro da oposição com a candidatura de Jurandy Oliveira, entretanto, tem prazo para começar e terminar. Se o novo pedetista não obtiver assinaturas de outros dois colegas de partido para formalizar o bloco com PR, PTN, o desembarque dos oposicionistas é certo numa candidatura puro-sangue, isto é, com a cara dos pefelistas ACM e Paulo Souto. * Stand-by - Os deputados Elmar Nascimento, do PR, e Roberto Muniz, do PP, são os nomes cotados para assumir a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, representando as oposições, no caso de Jurandy Oliveira morrer na praia com o deputado federal Severiano Alves e seu PDT.
Fonte: Tribuna da Bahia
A participação de ACM, Paulo Souto e César Borges no encontro que discutiu, na terça-feira à tarde, em Salvador, a sucessão na União das Prefeituras da Bahia (UPB) acrescentou uma mensagem adicional aos prefeitos aliados do grupo no Estado: não está e scrito no manual de instruções do PFL a hipótese de perder o comando da entidade.
Meio solto
Enquanto o prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago (PFL), comemora o empenho da cúpula pefelista em sua campanha à presidência da UPB, Carlos Brasileiro (PT), de Senhor do Bonfim, enfrentaria dificuldades para mobilizar o núcleo duro do partido e envolver o governador Jaques Wagner na campanha.
Representante
Em encontro organizado pelo comando da campanha de Carlos Brasileiro à UPB, no último dia 9, os 110 prefeitos que se reuniram no Bahia Plaza Resort, em Camaçari para ouvi-lo e ao governador, se surpreenderam com a chegada do vice, Edmundo Pereira (PMDB), em lugar de Jaques Wagner.
Sem teto
Um dos articuladores oposicionistas da formação do bloco com o PDT, o deputado estadual Maurício Trindade (PR) salvou ontem a filiação de Jurandy Oliveira ao partido, ao emprestar seu gabinete para a realização da solenidade, depois que o líder pedetista, Roberto Carlos, negou-se a ceder a sala da liderança para o ato.
Mortal combat I
Apesar de evitarem o tempo todo falar sobre a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, ACM e Paulo Souto teriam gostado da agressividade demonstrada na reunião da bancada pefelista, na terça-feira, pelo pepista Roberto Muniz, que assegurou disposição de ser candidato a qualquer custo, mesmo avulso.
Mortal combat II
Para os dois líderes pefelistas, teria soado como música a tese de Roberto Muniz segundo a qual o novo governo precisa de enfrentamento a partir de agora se o grupo quiser retomar o poder em 2010 e a melhor maneira de iniciar o combate seria pela Assembléia Legislativa.
Dispostos
Os nomes de Elmar Nascimento (PR) e Roberto Muniz (PP) surgiram como alternativas para o caso da opção Jurandy Oliveira naufragar a partir de colocação feita pelos dois deputados, individualmente, durante a longa reunião da bancada pefelista na terça-feira, no hotel da família do senador César Borges, no Jardim de Alá.
De arromba
Líderes do Movimento dos Sem-Terra, José Rainha e João Pedro Stédile confirmaram presença na festa de posse que o deputado estadual Yulo Oiticica fará no próximo dia 2, no Clube 2004. São presença garantida também Walter Pomar, o secretário estadual Walmir Assunção e o presidente do PT, Marcelino Galo.
CURTAS
* Pano pra manga - A presença do deputado federal eleito Sérgio Brito (PDT) no ato de filiação de Jurandy Oliveira, ontem, na Assembléia Legislativa, era tudo de que alguns petistas precisavam para tentar semear de novo a discórdia entre o Palácio de Ondina e o Palácio Thomé de Souza, já praticamente superada desde que surgiram boatos do envolvimento do cunhado do prefeito João Henrique na tentativa de formar um bloco entre o partido e a base oposicionista. * Futuro - Candidato a presidente da Câmara dos Deputados pelo PT, Arlindo Chinaglia (SP) estaria oferecendo “espaço” a deputados baianos na eventual campanha do governador Jaques Wagner a presidente, em 2010, informa o site de Cláudio Humberto, para quem, frise-se, a tática estaria sendo considerada uma “piada”. . * Bate-chapa - No encontro em que a oposição recebeu o candidato do governo à presidência da Assembléia, Marcelo Nilo, na presença de Jurandy Oliveira, ontem, o deputado Paulo Azi (PFL), líder do governo passado, acabou confirmando o que bancada já esperava, ao dizer que o candidato da oposição virá da base. * Usurpação - Dezenove meses depois que os índios pataxó invadiram o campus das Faculdades do Descobrimento, a Justiça Federal de Eunápolis autorizou o imediato afastamento dos invasores. Os índios já sabiam há mais de um ano que a decisão lhes era desfavorável. Quando, ontem, a Polícia Federal chegou para cumprir a ordem judicial, os índios pediram mais 60 dias, no que foram atendidos pelo líder do aparelho policial. Resta saber se o juiz federal concordará com essa inusitada alteração de sua sentença. * Controle remoto - Os oposicionistas se organizaram ontem para acompanhar de longe, cada grupo ao seu modo, a filiação de Jurandy Oliveira (PRTB) ao PDT, de olho nas perspectivas que a iniciativa abre para que ele efetivamente se torne o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa. * Deadline - O namoro da oposição com a candidatura de Jurandy Oliveira, entretanto, tem prazo para começar e terminar. Se o novo pedetista não obtiver assinaturas de outros dois colegas de partido para formalizar o bloco com PR, PTN, o desembarque dos oposicionistas é certo numa candidatura puro-sangue, isto é, com a cara dos pefelistas ACM e Paulo Souto. * Stand-by - Os deputados Elmar Nascimento, do PR, e Roberto Muniz, do PP, são os nomes cotados para assumir a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, representando as oposições, no caso de Jurandy Oliveira morrer na praia com o deputado federal Severiano Alves e seu PDT.
Fonte: Tribuna da Bahia
"Parlamentares são vergonhosos"
Por: Hélio Rocha
João Ubaldo Ribeiro é o maior escritor brasileiro vivo – único a conquistar a unanimidade de público e crítica. De passagem pela Bahia, ele recebeu a imprensa em sua amada terra natal – a paradisíaca Ilha de Itaparica – enquanto se preparava para as comemorações do aniversário de 66 anos, terça-feira, dia 23 de janeiro. Sentado de costas para o mar da Baía de Todos os Santos e de frente para um Brasil cheio de incertezas, Ubaldo criticou as políticas interna e externa do governo Lula, denunciou o programa Bolsa-Família, a atuação do Congresso Nacional, alertou sobre o expansionismo americano em direção ao Brasil e as interpretações distorcidas que muitas vezes cercam a questão do racismo em nosso País. Feliz ao lado de amigos, parentes e políticos locais (que organizaram para ele uma festa digna de um superstar), esse aquariano sem papas na língua falou sem parar durante uma hora e meia, em entrevista que a Tribuna da Bahia – único jornal de grande circulação de Salvador a comparecer ao evento – publica com exclusividade.
ENTREVISTA
J.U.R. – Vou só fumar esse cigarro... Ainda conservo esse mal hábito... Mas amanhã eu vou largar! (risos) Fumo desde 15 anos e nunca parei. Só uma vez, mas acabei voltando por arrogância. Estava em uma festa (nessa época eu ainda bebia). Lá pelas tantas, me gabei de ter largado aquela desgraça e fumei dois Ministers para mostrar que era macho! Pronto! No dia seguinte, já comprei um no varejo... Comprei mais outro... Isso durou três dias. Mas na verdade eu quero parar... TB – O governo Lula anunciou uma série de medidas para favorecer o crescimento da economia. Como você vê essa política? J.U.R. – Se prepare, rapaz! Aperte o cinto que agora ninguém segura o país! (risos). Eu quero ver como o Brasil vai crescer 5% sem infra-estrutura nenhuma. É mentira! É mentira que o país tenha energia elétrica para segurar um crescimento superior a 5%! Se, por milagre, isso acontecesse, haveria uma crise de abastecimento energético. E Evo Morales estava esperando o quê para o gás subir? Estava esperando que o nosso “guia” assumisse novamente. Você vai ver o que vai acontecer com o gás natural. O que existe – com o perdão da má palavra – é uma espécie de puxa-saquismo diante de Hugo Chavez e sua liderança no continente. O Brasil está indo a reboque da Venezuela, o que não só é ridículo em termos econômicos como é ridículo em termos políticos, porque é a revivescência do “Peronismo” (N.R. Regime dos partidários do ex-presidente da Argentina, Juan Carlos Péron). Estamos virando peronistas e assistindo ao desenvolvimento de um governo populista no Brasil. TB – Por que isso acontece? J.U.R. – O povo brasileiro pensa, e mesmo as pessoas mais esclarecidas também pensam, que quem paga imposto no Brasil é “barão”, quando é exatamente o oposto: barão não paga imposto, barão faz duas coisas: como empresa ele repassa o imposto e como pessoa jurídica ele bota tudo em nome da empresa, do carro à casa, e recebe restituição por isso. Eu sei porque tenho amigos milionários que recebem restituição do imposto de renda. Um dos homens mais ricos que conheço já me confessou isso com vergonha. Eu perguntei: “Fernando (o nome dele é Fernando e eu não vou dizer mais nada a respeito dele), Fernando, você não fica aporrinhado que o imposto de renda leve 37% de tudo que eu ganho e chega no fim do ano ainda tenho que pagar mais?”. Ele disse: “Ubaldo, você é meu amigo eu vou te contar. Eu tenho vergonha disso, só que não vou fazer nada. Meus contadores me conseguem restituição”. Nós estávamos sentados diante de uma das 20 piscinas que ele deve ter lá na terra dele. Então, o povo pensa que imposto é tirar do bolso o dinheiro e entregar ao governo, aí é pagar imposto. Como o pobre nunca faz isso... Nunca pagou imposto de renda, ele acha que é o barão paga. Barão não paga imposto. Ou repassa ou não paga. TB – Quem paga imposto então? J.U.R. – Quem paga o imposto é o beneficiário do Bolsa-Família, que não está transferindo renda de ninguém para ninguém. O pobre não sabe que, quando ele paga R$ 1 de açúcar, R$ 0,40 são do governo. Mesma coisa com o café. Se for cachaça então, é 90%. Quer dizer, qual é a transferência de renda que está havendo nisso? Está havendo é a criação de um povo cuja sabedoria é expressa até em um verso de Luís Gonzaga, que, esse sim, foi um grande brasileiro. Um grande Luís! Luís Gonzaga, sanfoneiro que dizia: “Não dê esmola que vicia o cidadão”. É verdade! E você tem que levar em conta que a lei do menor esforço não é uma lei inventada por professor para poder dar carão em aluno. A lei do menor esforço é uma lei física. Se você soltar um fio d’água nessa mesa para escorrer, a água vai escolher o caminho que tenha mais facilidade para ela. Isso é uma lei universal da natureza. Então, nós vivemos em uma terra que já partilha das características litorâneas. É conhecido que povo de beira de praia é povo preguiçoso. É natural que seja preguiçoso! Não é porque seja pior que os outros, é porque a proteína animal é mais facilmente encontrada aí... Porque há uma série de facilidades para o sujeito sobreviver e o cara acaba ficando mais preguiçoso. Agora, imagine se o sujeito beneficiado pelo Bolsa-Família, com dois, três filhos, imagine se ele vai querer se abalar com o “rango” da família garantido, se vai querer jogar isso fora por um emprego de um salário-mínimo! Nunca que ele vai aceitar emprego coisa nenhuma! Ele vai é ficar no Bolsa-Família e vai constituir gerações dentro do Bolsa-Família. Nós hoje temos Bolsa-Família profissionais! Como temos MST profissionais! “Qual a sua profissão?”. “Sem-Terra”. Instituímos essa profissão esdrúxula! O sujeito vive de ser sem-terra! Carteira de sem-terra, salário de sem-terra! Ainda temos uma oposição irresponsável em um país que parece ser governado por um bando de gozadores. A oposição apresenta, para aporrinhar Lula, o projeto do 13º salário do Bolsa-Família! (risos). Apresentou para sacanear! Se dissesse que eles estavam apresentando como uma coisa para valer, em que se visse espírito público dos caras, para dizer: “Não, eles estão pensando no Brasil”. Não, eles estão pensando apenas em sacanear Lula! E dar menos condições de governabilidade a ele! TB – Como você vê a atuação dos parlamentares brasileiros? J.U.R. – Essas pessoas estão brincando com o Congresso Nacional, que se desmoralizou. É a pior vergonha da nossa história e é, ao mesmo tempo, a instituição basilar – isso eu posso botar banca porque sou professor de ciências políticas e era bom professor! Pergunte aos meus alunos – então a instituição básica da democracia representativa é exatamente essa. São os nossos representantes que estão desmoralizando o Congresso no Brasil! Hoje, nove em cada dez brasileiros comuns (estou arriscando essa estatística) a quem fosse perguntado: “O que o senhor acha da idéia de botar para fora todos os deputados e fechar o Congresso?”. Nove entre dez brasileiros diria que é a favor! Eles estão fazendo o possível para tornar, aos olhos do povo brasileiro, o Congresso uma fonte de despesa, vexame, vergonha e etc. Diante de um presidente “que vai salvar o país! Vamos dar a ordem para salvar o país!”(fala Imitando a voz do presidente Lula) (risos). Quer dizer, ele não entende “bulhufas” do que está dizendo e está entregando a liderança do continente a um debilóide que é Hugo Chavez, que acha que vai fazer a mesma coisa que Bush, aquele débil mental. Os americanos fazem aqueles filmes de “Rambo” e eles mesmos acreditam... (risos). Eles acreditam que os árabes são ordinários, traiçoeiros e covardes, enquanto eles próprios são todos lindos... Nós vivemos essa hipocrisia, por exemplo, achando que a CIA não tem projetos em relação ao Brasil! Quá Quá Quá... (risos). T.B – Como assim? J.U.R. – Por que no Brasil se quer usar os padrões americanos de negritude? Segundo os quais todos aqui somos negros? E, portanto, perde-se o sentido a palavra “negro”? Porque eles querem dividir o país ao longo de linhas raciais! Vamos supor em uma fantasia alucinada minha, um delírio, se o exército deles quisesse invadir o Brasil e os negros brasileiros se aliassem aos negros invasores contra o inimigo branco! Quando a história do mundo prova, a ciência política e a antropologia já desmoralizam isso há anos! A escravidão não é um fenômeno racial. Os negros não foram o povo que em maior número foi escravizado. A escravidão é um fenômeno que existe desde o surgimento da humanidade. A maior parte dos escravos que existiram na história da humanidade não foi negra, ou seja, foi amarela ou branca. Foi negra também – a escravidão sempre foi o destino do vencido. Eles eram esfolados e mortos como os assírios faziam, ou eram transformados em escravos ou eunucos. Portugal, provavelmente, se escravizou um negro ou outro, foi sem querer ou por acaso... TB – Como assim? J.U.R. – Eu não quero dizer que o português foi bonzinho nem que escravidão tenha alguma coisa de boa. Estou apenas querendo ver as coisas como elas na realidade são. Portugal comprava “peças da índia” – nome que se dava ao lote de escravos já prontos para o comércio – porque a escravidão sempre existiu na África! O destino dos escravos que vieram para o Brasil era permanecer na escravidão, na própria África, ou morrerem! Portugal estabeleceu o Reino do Congo, onde hoje é Angola mais ou menos, meteu o rei Dom Afonso (Portugal era o dono do mundo), fez o papa nomear bispos e mantinha relações com as tribos. O que Portugal fez foi, no máximo, ajudar financeira e tecnologicamente os governos das nações negras que já dominavam seus vizinhos. Por exemplo, os “shanti” eram uma nação chamada de tribo (se for negra é tribo, se for branca, eles chamam de nação...) que foram muito escravizados pelos negros congoleses. Eram negros vencidos pelos próprios negros! Você sabe, por exemplo, que os japoneses nos acham todos iguais. O português podia achar os negros todos iguais, mas os negros se achavam tão semelhantes entre si quanto um belga e um napolitano. Para um negro, o outro negro era um estrangeiro inferior que ele vendia para o português, enquanto ele próprio não admitia ser escravizado e lidava de igual para igual com o colonizador, que fingia que lidava de igual para igual com ele para poder comprar escravos já cativos. T.B. – Como isso se reflete na realidade brasileira? J.U.R. – No Brasil, fala-se muito em cultura africana, que o negro é irmão... Te convidam para comer em um restaurante de comida africana, como se um continente com milhões de pessoas tivesse somente uma cultura! Me lembra uma vez em que fui homenageado em um jantar na Alemanha, e o anfitrião fez o comentário: “Preparamos para você uma atração especial de sua cultura sul-americana” – e apresentou uma banda de índios peruanos tocando flauta! (risos).
Fonte: Tribuna da Bahia
João Ubaldo Ribeiro é o maior escritor brasileiro vivo – único a conquistar a unanimidade de público e crítica. De passagem pela Bahia, ele recebeu a imprensa em sua amada terra natal – a paradisíaca Ilha de Itaparica – enquanto se preparava para as comemorações do aniversário de 66 anos, terça-feira, dia 23 de janeiro. Sentado de costas para o mar da Baía de Todos os Santos e de frente para um Brasil cheio de incertezas, Ubaldo criticou as políticas interna e externa do governo Lula, denunciou o programa Bolsa-Família, a atuação do Congresso Nacional, alertou sobre o expansionismo americano em direção ao Brasil e as interpretações distorcidas que muitas vezes cercam a questão do racismo em nosso País. Feliz ao lado de amigos, parentes e políticos locais (que organizaram para ele uma festa digna de um superstar), esse aquariano sem papas na língua falou sem parar durante uma hora e meia, em entrevista que a Tribuna da Bahia – único jornal de grande circulação de Salvador a comparecer ao evento – publica com exclusividade.
ENTREVISTA
J.U.R. – Vou só fumar esse cigarro... Ainda conservo esse mal hábito... Mas amanhã eu vou largar! (risos) Fumo desde 15 anos e nunca parei. Só uma vez, mas acabei voltando por arrogância. Estava em uma festa (nessa época eu ainda bebia). Lá pelas tantas, me gabei de ter largado aquela desgraça e fumei dois Ministers para mostrar que era macho! Pronto! No dia seguinte, já comprei um no varejo... Comprei mais outro... Isso durou três dias. Mas na verdade eu quero parar... TB – O governo Lula anunciou uma série de medidas para favorecer o crescimento da economia. Como você vê essa política? J.U.R. – Se prepare, rapaz! Aperte o cinto que agora ninguém segura o país! (risos). Eu quero ver como o Brasil vai crescer 5% sem infra-estrutura nenhuma. É mentira! É mentira que o país tenha energia elétrica para segurar um crescimento superior a 5%! Se, por milagre, isso acontecesse, haveria uma crise de abastecimento energético. E Evo Morales estava esperando o quê para o gás subir? Estava esperando que o nosso “guia” assumisse novamente. Você vai ver o que vai acontecer com o gás natural. O que existe – com o perdão da má palavra – é uma espécie de puxa-saquismo diante de Hugo Chavez e sua liderança no continente. O Brasil está indo a reboque da Venezuela, o que não só é ridículo em termos econômicos como é ridículo em termos políticos, porque é a revivescência do “Peronismo” (N.R. Regime dos partidários do ex-presidente da Argentina, Juan Carlos Péron). Estamos virando peronistas e assistindo ao desenvolvimento de um governo populista no Brasil. TB – Por que isso acontece? J.U.R. – O povo brasileiro pensa, e mesmo as pessoas mais esclarecidas também pensam, que quem paga imposto no Brasil é “barão”, quando é exatamente o oposto: barão não paga imposto, barão faz duas coisas: como empresa ele repassa o imposto e como pessoa jurídica ele bota tudo em nome da empresa, do carro à casa, e recebe restituição por isso. Eu sei porque tenho amigos milionários que recebem restituição do imposto de renda. Um dos homens mais ricos que conheço já me confessou isso com vergonha. Eu perguntei: “Fernando (o nome dele é Fernando e eu não vou dizer mais nada a respeito dele), Fernando, você não fica aporrinhado que o imposto de renda leve 37% de tudo que eu ganho e chega no fim do ano ainda tenho que pagar mais?”. Ele disse: “Ubaldo, você é meu amigo eu vou te contar. Eu tenho vergonha disso, só que não vou fazer nada. Meus contadores me conseguem restituição”. Nós estávamos sentados diante de uma das 20 piscinas que ele deve ter lá na terra dele. Então, o povo pensa que imposto é tirar do bolso o dinheiro e entregar ao governo, aí é pagar imposto. Como o pobre nunca faz isso... Nunca pagou imposto de renda, ele acha que é o barão paga. Barão não paga imposto. Ou repassa ou não paga. TB – Quem paga imposto então? J.U.R. – Quem paga o imposto é o beneficiário do Bolsa-Família, que não está transferindo renda de ninguém para ninguém. O pobre não sabe que, quando ele paga R$ 1 de açúcar, R$ 0,40 são do governo. Mesma coisa com o café. Se for cachaça então, é 90%. Quer dizer, qual é a transferência de renda que está havendo nisso? Está havendo é a criação de um povo cuja sabedoria é expressa até em um verso de Luís Gonzaga, que, esse sim, foi um grande brasileiro. Um grande Luís! Luís Gonzaga, sanfoneiro que dizia: “Não dê esmola que vicia o cidadão”. É verdade! E você tem que levar em conta que a lei do menor esforço não é uma lei inventada por professor para poder dar carão em aluno. A lei do menor esforço é uma lei física. Se você soltar um fio d’água nessa mesa para escorrer, a água vai escolher o caminho que tenha mais facilidade para ela. Isso é uma lei universal da natureza. Então, nós vivemos em uma terra que já partilha das características litorâneas. É conhecido que povo de beira de praia é povo preguiçoso. É natural que seja preguiçoso! Não é porque seja pior que os outros, é porque a proteína animal é mais facilmente encontrada aí... Porque há uma série de facilidades para o sujeito sobreviver e o cara acaba ficando mais preguiçoso. Agora, imagine se o sujeito beneficiado pelo Bolsa-Família, com dois, três filhos, imagine se ele vai querer se abalar com o “rango” da família garantido, se vai querer jogar isso fora por um emprego de um salário-mínimo! Nunca que ele vai aceitar emprego coisa nenhuma! Ele vai é ficar no Bolsa-Família e vai constituir gerações dentro do Bolsa-Família. Nós hoje temos Bolsa-Família profissionais! Como temos MST profissionais! “Qual a sua profissão?”. “Sem-Terra”. Instituímos essa profissão esdrúxula! O sujeito vive de ser sem-terra! Carteira de sem-terra, salário de sem-terra! Ainda temos uma oposição irresponsável em um país que parece ser governado por um bando de gozadores. A oposição apresenta, para aporrinhar Lula, o projeto do 13º salário do Bolsa-Família! (risos). Apresentou para sacanear! Se dissesse que eles estavam apresentando como uma coisa para valer, em que se visse espírito público dos caras, para dizer: “Não, eles estão pensando no Brasil”. Não, eles estão pensando apenas em sacanear Lula! E dar menos condições de governabilidade a ele! TB – Como você vê a atuação dos parlamentares brasileiros? J.U.R. – Essas pessoas estão brincando com o Congresso Nacional, que se desmoralizou. É a pior vergonha da nossa história e é, ao mesmo tempo, a instituição basilar – isso eu posso botar banca porque sou professor de ciências políticas e era bom professor! Pergunte aos meus alunos – então a instituição básica da democracia representativa é exatamente essa. São os nossos representantes que estão desmoralizando o Congresso no Brasil! Hoje, nove em cada dez brasileiros comuns (estou arriscando essa estatística) a quem fosse perguntado: “O que o senhor acha da idéia de botar para fora todos os deputados e fechar o Congresso?”. Nove entre dez brasileiros diria que é a favor! Eles estão fazendo o possível para tornar, aos olhos do povo brasileiro, o Congresso uma fonte de despesa, vexame, vergonha e etc. Diante de um presidente “que vai salvar o país! Vamos dar a ordem para salvar o país!”(fala Imitando a voz do presidente Lula) (risos). Quer dizer, ele não entende “bulhufas” do que está dizendo e está entregando a liderança do continente a um debilóide que é Hugo Chavez, que acha que vai fazer a mesma coisa que Bush, aquele débil mental. Os americanos fazem aqueles filmes de “Rambo” e eles mesmos acreditam... (risos). Eles acreditam que os árabes são ordinários, traiçoeiros e covardes, enquanto eles próprios são todos lindos... Nós vivemos essa hipocrisia, por exemplo, achando que a CIA não tem projetos em relação ao Brasil! Quá Quá Quá... (risos). T.B – Como assim? J.U.R. – Por que no Brasil se quer usar os padrões americanos de negritude? Segundo os quais todos aqui somos negros? E, portanto, perde-se o sentido a palavra “negro”? Porque eles querem dividir o país ao longo de linhas raciais! Vamos supor em uma fantasia alucinada minha, um delírio, se o exército deles quisesse invadir o Brasil e os negros brasileiros se aliassem aos negros invasores contra o inimigo branco! Quando a história do mundo prova, a ciência política e a antropologia já desmoralizam isso há anos! A escravidão não é um fenômeno racial. Os negros não foram o povo que em maior número foi escravizado. A escravidão é um fenômeno que existe desde o surgimento da humanidade. A maior parte dos escravos que existiram na história da humanidade não foi negra, ou seja, foi amarela ou branca. Foi negra também – a escravidão sempre foi o destino do vencido. Eles eram esfolados e mortos como os assírios faziam, ou eram transformados em escravos ou eunucos. Portugal, provavelmente, se escravizou um negro ou outro, foi sem querer ou por acaso... TB – Como assim? J.U.R. – Eu não quero dizer que o português foi bonzinho nem que escravidão tenha alguma coisa de boa. Estou apenas querendo ver as coisas como elas na realidade são. Portugal comprava “peças da índia” – nome que se dava ao lote de escravos já prontos para o comércio – porque a escravidão sempre existiu na África! O destino dos escravos que vieram para o Brasil era permanecer na escravidão, na própria África, ou morrerem! Portugal estabeleceu o Reino do Congo, onde hoje é Angola mais ou menos, meteu o rei Dom Afonso (Portugal era o dono do mundo), fez o papa nomear bispos e mantinha relações com as tribos. O que Portugal fez foi, no máximo, ajudar financeira e tecnologicamente os governos das nações negras que já dominavam seus vizinhos. Por exemplo, os “shanti” eram uma nação chamada de tribo (se for negra é tribo, se for branca, eles chamam de nação...) que foram muito escravizados pelos negros congoleses. Eram negros vencidos pelos próprios negros! Você sabe, por exemplo, que os japoneses nos acham todos iguais. O português podia achar os negros todos iguais, mas os negros se achavam tão semelhantes entre si quanto um belga e um napolitano. Para um negro, o outro negro era um estrangeiro inferior que ele vendia para o português, enquanto ele próprio não admitia ser escravizado e lidava de igual para igual com o colonizador, que fingia que lidava de igual para igual com ele para poder comprar escravos já cativos. T.B. – Como isso se reflete na realidade brasileira? J.U.R. – No Brasil, fala-se muito em cultura africana, que o negro é irmão... Te convidam para comer em um restaurante de comida africana, como se um continente com milhões de pessoas tivesse somente uma cultura! Me lembra uma vez em que fui homenageado em um jantar na Alemanha, e o anfitrião fez o comentário: “Preparamos para você uma atração especial de sua cultura sul-americana” – e apresentou uma banda de índios peruanos tocando flauta! (risos).
Fonte: Tribuna da Bahia
ANASPS AFIRMA QUE PRESSÕES CONTRA AUXÍLIO
O vice-presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social , Paulo César de Souza, classificou hoje de “pirotecnia punitiva” toda a ação do Ministério da Previdência Social contra a concessão de auxílio doença e de aposentadoria por invalidez aos segurados, trabalhadores privados, acrescentando que se trata de “manobra diversionista do Ministro para abafar o monstruoso déficit de R$ 42,0 bilhões , só em 2006, e o déficit de acumulado de R$ 138,0 bilhões nos quatro anos da era Lula, marcada pela ampla desorganização da receita previdenciária”.
“É lamentável que os técnicos terceirizados do Ministério, responsáveis pelo déficit, pois foram fervorosos defensores da 2ª reforma da previdência para reduzi-lo, tirando direitos dos servidores públicos e dos trabalhadores privados, tenham elegido o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez como “vilões do déficit”, tal como fizeram no passado com o salário maternidade, disse. Os desvios na área de benefícios acidentários eram perfeitamente previsíveis com a terceirização da perícia médica, e com o estranho conluio de sindicatos com a administração previdenciária, igualmente terceirizada e entregue a políticos inescrupulosos.”
Paulo César de Souza assinalou que “ainda está longe, muito longe mesmo, das despesas com auxilio doença e aposentadoria por invalidez, geralmente com agravos à saúde dos segurados, representar ameaça à Previdência. A farsa precisa ser desmontada pois nela está embutida, de forma cruel e sem qualquer manifestação contrária das entidades dos trabalhadores, a redução do valor do auxilio doença e da aposentadoria por invalidez. É aplicação do fator previdenciário que achatou as aposentadorias previdenciárias, criado supostamente para reduzir o déficit”.
A ANASPS adota posição firme sobre a causa do déficit que não está na concessão de benefícios cada vez com valor médio abaixo do teto do salário de beneficio.
Segundo Paulo César de Souza a causa do déficit está no desmonte da Procuradoria Geral do INSS, na desorganização da Receita Previdenciária bem como na entrega do Ministério e do INSS a maus políticos e gestores públicos que nada fizeram, nos últimos quatro anos para:
- combater a sonegação estimada em 30/40% da receita;
- cobrar a mega dívida, administrativa e fiscal de R$ 300 bilhões;
- reduzir as renuncias contributivas que passam dos R$ 12 bilhões/ano;
- recuperar créditos, que se situou em níveis ínfimos de 1% da dívida;
- impedir mais beneficios e vantagens aos caloteiros através dos REFIS 1,2,3 e 4.
“A pressão sobre o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez tenta colocar debaixo do tapete os desacertos identificados nas áreas da Procuradoria e da Receita Previdenciária, atenuados pela forte transferência de recursos do Tesouro para cobertura do déficit de caixa do INSS. Insistimos: nada absolutamente nada foi feito nos últimos quatro anos para fiscalizar, cobrar e arrecadar mais. Foram quatro anos de incompetência olímpica e siderúrgica. Lamentável neste processo a omissão das entidades dos Procuradores e dos Auditores Fiscais. Mas muito foi feito para não incomodar os devedores e beneficiar os caloteiros da Previdência”, observou o vice presidente da ANASPS.
A ANASPS divulgou que nos quatro anos de Lula, 2003-2006 (até nov) , foram concedidos 15,4 milhões de beneficios, correspondendo a 61% do estoque de 24,4 milhões, em dezembro de 2006. Na 2ª era de FHC, 1999-2002, foram concedidos 11,9 milhões de benefícios, correspondendo a 56% do estoque de 21,1 milhões em dezembro de 2006.
O valor médio do benefício evoluiu de R$ 272,73 em 1999, para R$ 379,66 em 2002; R$ 451,00 em 2003 e R$ 578,02 em 2006.
A quantidade de benefícios com o salário mínimo também evoluiu de 66,37% em dezembro de 2000 ( 13,0 milhões de 19,5 milhões) para 65% em dezembro de 2003 (14,2 milhões de 21,8 milhões) e 67,07% em dezembro de 2006 (16,4 milhões de 24,4 milhões).
20.01.2007Para maiores informações ligar para Karla Montenegro xx-61-3321-56 51 E-mail: imprensa@anasps.org.br ou comunicacao@anasps.org.br
“É lamentável que os técnicos terceirizados do Ministério, responsáveis pelo déficit, pois foram fervorosos defensores da 2ª reforma da previdência para reduzi-lo, tirando direitos dos servidores públicos e dos trabalhadores privados, tenham elegido o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez como “vilões do déficit”, tal como fizeram no passado com o salário maternidade, disse. Os desvios na área de benefícios acidentários eram perfeitamente previsíveis com a terceirização da perícia médica, e com o estranho conluio de sindicatos com a administração previdenciária, igualmente terceirizada e entregue a políticos inescrupulosos.”
Paulo César de Souza assinalou que “ainda está longe, muito longe mesmo, das despesas com auxilio doença e aposentadoria por invalidez, geralmente com agravos à saúde dos segurados, representar ameaça à Previdência. A farsa precisa ser desmontada pois nela está embutida, de forma cruel e sem qualquer manifestação contrária das entidades dos trabalhadores, a redução do valor do auxilio doença e da aposentadoria por invalidez. É aplicação do fator previdenciário que achatou as aposentadorias previdenciárias, criado supostamente para reduzir o déficit”.
A ANASPS adota posição firme sobre a causa do déficit que não está na concessão de benefícios cada vez com valor médio abaixo do teto do salário de beneficio.
Segundo Paulo César de Souza a causa do déficit está no desmonte da Procuradoria Geral do INSS, na desorganização da Receita Previdenciária bem como na entrega do Ministério e do INSS a maus políticos e gestores públicos que nada fizeram, nos últimos quatro anos para:
- combater a sonegação estimada em 30/40% da receita;
- cobrar a mega dívida, administrativa e fiscal de R$ 300 bilhões;
- reduzir as renuncias contributivas que passam dos R$ 12 bilhões/ano;
- recuperar créditos, que se situou em níveis ínfimos de 1% da dívida;
- impedir mais beneficios e vantagens aos caloteiros através dos REFIS 1,2,3 e 4.
“A pressão sobre o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez tenta colocar debaixo do tapete os desacertos identificados nas áreas da Procuradoria e da Receita Previdenciária, atenuados pela forte transferência de recursos do Tesouro para cobertura do déficit de caixa do INSS. Insistimos: nada absolutamente nada foi feito nos últimos quatro anos para fiscalizar, cobrar e arrecadar mais. Foram quatro anos de incompetência olímpica e siderúrgica. Lamentável neste processo a omissão das entidades dos Procuradores e dos Auditores Fiscais. Mas muito foi feito para não incomodar os devedores e beneficiar os caloteiros da Previdência”, observou o vice presidente da ANASPS.
A ANASPS divulgou que nos quatro anos de Lula, 2003-2006 (até nov) , foram concedidos 15,4 milhões de beneficios, correspondendo a 61% do estoque de 24,4 milhões, em dezembro de 2006. Na 2ª era de FHC, 1999-2002, foram concedidos 11,9 milhões de benefícios, correspondendo a 56% do estoque de 21,1 milhões em dezembro de 2006.
O valor médio do benefício evoluiu de R$ 272,73 em 1999, para R$ 379,66 em 2002; R$ 451,00 em 2003 e R$ 578,02 em 2006.
A quantidade de benefícios com o salário mínimo também evoluiu de 66,37% em dezembro de 2000 ( 13,0 milhões de 19,5 milhões) para 65% em dezembro de 2003 (14,2 milhões de 21,8 milhões) e 67,07% em dezembro de 2006 (16,4 milhões de 24,4 milhões).
20.01.2007Para maiores informações ligar para Karla Montenegro xx-61-3321-56 51 E-mail: imprensa@anasps.org.br ou comunicacao@anasps.org.br
INSS VIOLA CONSTITUIÇÃO, AGRIDE SERVIDORES,
INSS VIOLA CONSTITUIÇÃO, AGRIDE SERVIDORES,
CENSURA E-MAILS NA INTRANET E CRIA O “SECCURITY OFFICER”
PARA FISCALIZAR O CORREIO ELETRÔNICO. É UM ABUSO
O presidente do INSS, sr. Waldy Simão, num surto de intolerância e abuso do poder baixou a RESOLUÇÃO No- 31, DE 15 DE JANEIRO DE 2007, que “dispõe sobre aplicação de penalidades pelo uso indevido do Correio Eletrônico da Previdência Social no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS.”
Fundamentando-se em atos discricionários seus e de seu superior imediato, o ministro da Previdência, inclusive a esdrúxula “Portaria no- 311/INSS/PRES, de 15 de setembro de 2005, que designa o servidor Rômulo Nonato, matrícula no- 0.923.654, para exercer a função de Oficial de Segurança da Informação (Security Officer) no âmbito do INSS”, o sr. Waldy Simão foi longe demais.Como Oficial Superior da nova Santa Inquisição, estabeleceu:
- O Correio Eletrônico da Previdência Social, no âmbito do INSS, é de uso exclusivo de seus servidores, incluindo todos que se vinculem à Administração, ainda que de maneira transitória (art. 327 do CP);
- Cada usuário do Correio Eletrônico será credenciado com senha particular, de uso pessoal, vedado o seu empréstimo ou permissão de uso, sob pena de responsabilidade pelos dados e informações transportados em seu nome;
- A utilização do Correio Eletrônico, por meio dos computadores da rede corporativa ou sob qualquer forma de acesso remoto, destina-se às necessidades do serviço da Autarquia;
- As mensagens transportadas via Correio Eletrônico, em razão do princípio da publicidade (CF, art. 37, caput) e da própria natureza do serviço público, são, em regra, públicas.
- O Oficial de Segurança da Informação do INSS solicitará à administração do Correio Eletrônico da Previdência Social o monitoramento das mensagens encaminhadas ou recebidas, o que não implica violação de correspondência ou comunicação para qualquer fim.
É por aí vai, com umburocratês digno de nota ao adotar formulário de “caça às bruxas” e de criar inclusive o que classifica de “forense computacional”, definido “ como computacional como o conjunto de técnicas utilizadas para identificar e coletar evidências digitais, essenciais para uma possível ação administrativa contra o autor de utilização indevida dos meios eletrônicos disponibilizados pela Previdência Social”.
OPINIÃO DA ANASPS
No fechamento desta edição, esta maluquice não tinha sido revogada.É terrorismo puro contra os servidores, com o objetivo de evitar criticas internas aos desmandos, erros, irresponsabilidades cometidas pelo Ministro e pelo presidente e diretores do INSS.Há quatro anos que batem nos servidores de todos os lados, humilham e agridem, em seus locais de trabalho e em seus lares, com “as forças tarefas de ocupação e terrorismo de Estado”.Os caloteiros, os devedores da Previdência, jamais foram incomodados. Os que beneficiam os caloteiros idem. Os que fizeram R$ 130 bilhões de déficit, idem. Os que concederam R$ 50 bilhões de renuncias. Idem. A sede do INSS continua em ruinas, os tapumes estão desabando, as instalações do INSS estão em péssimo estado, falta dinheiro para compra de água, pagamento de luz e telefone, compra de material de expediente; há unidades praticamente sem servidores, falta gestão na imobiliária e na área de recursos humanos, os programas de computador são antiguados, lentos e quase sempre estão fora do ar.Abaixo a censura.
Fonte: Jornal ANASPS
CENSURA E-MAILS NA INTRANET E CRIA O “SECCURITY OFFICER”
PARA FISCALIZAR O CORREIO ELETRÔNICO. É UM ABUSO
O presidente do INSS, sr. Waldy Simão, num surto de intolerância e abuso do poder baixou a RESOLUÇÃO No- 31, DE 15 DE JANEIRO DE 2007, que “dispõe sobre aplicação de penalidades pelo uso indevido do Correio Eletrônico da Previdência Social no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS.”
Fundamentando-se em atos discricionários seus e de seu superior imediato, o ministro da Previdência, inclusive a esdrúxula “Portaria no- 311/INSS/PRES, de 15 de setembro de 2005, que designa o servidor Rômulo Nonato, matrícula no- 0.923.654, para exercer a função de Oficial de Segurança da Informação (Security Officer) no âmbito do INSS”, o sr. Waldy Simão foi longe demais.Como Oficial Superior da nova Santa Inquisição, estabeleceu:
- O Correio Eletrônico da Previdência Social, no âmbito do INSS, é de uso exclusivo de seus servidores, incluindo todos que se vinculem à Administração, ainda que de maneira transitória (art. 327 do CP);
- Cada usuário do Correio Eletrônico será credenciado com senha particular, de uso pessoal, vedado o seu empréstimo ou permissão de uso, sob pena de responsabilidade pelos dados e informações transportados em seu nome;
- A utilização do Correio Eletrônico, por meio dos computadores da rede corporativa ou sob qualquer forma de acesso remoto, destina-se às necessidades do serviço da Autarquia;
- As mensagens transportadas via Correio Eletrônico, em razão do princípio da publicidade (CF, art. 37, caput) e da própria natureza do serviço público, são, em regra, públicas.
- O Oficial de Segurança da Informação do INSS solicitará à administração do Correio Eletrônico da Previdência Social o monitoramento das mensagens encaminhadas ou recebidas, o que não implica violação de correspondência ou comunicação para qualquer fim.
É por aí vai, com umburocratês digno de nota ao adotar formulário de “caça às bruxas” e de criar inclusive o que classifica de “forense computacional”, definido “ como computacional como o conjunto de técnicas utilizadas para identificar e coletar evidências digitais, essenciais para uma possível ação administrativa contra o autor de utilização indevida dos meios eletrônicos disponibilizados pela Previdência Social”.
OPINIÃO DA ANASPS
No fechamento desta edição, esta maluquice não tinha sido revogada.É terrorismo puro contra os servidores, com o objetivo de evitar criticas internas aos desmandos, erros, irresponsabilidades cometidas pelo Ministro e pelo presidente e diretores do INSS.Há quatro anos que batem nos servidores de todos os lados, humilham e agridem, em seus locais de trabalho e em seus lares, com “as forças tarefas de ocupação e terrorismo de Estado”.Os caloteiros, os devedores da Previdência, jamais foram incomodados. Os que beneficiam os caloteiros idem. Os que fizeram R$ 130 bilhões de déficit, idem. Os que concederam R$ 50 bilhões de renuncias. Idem. A sede do INSS continua em ruinas, os tapumes estão desabando, as instalações do INSS estão em péssimo estado, falta dinheiro para compra de água, pagamento de luz e telefone, compra de material de expediente; há unidades praticamente sem servidores, falta gestão na imobiliária e na área de recursos humanos, os programas de computador são antiguados, lentos e quase sempre estão fora do ar.Abaixo a censura.
Fonte: Jornal ANASPS
Ilações ministeriais
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - A indagação continua: e o novo ministério? A última informação é de que começará a ser anunciado dia 5 de fevereiro, segunda-feira. Saber porque segunda-feira, e não domingo, constitui dúvida irrelevante, apesar de curiosa. Quer dizer que o governo não trabalha nos fins de semana? Claro que não, aliás, talvez não trabalhe sequer durante.
A especulação mais recente é de que o senador Francisco Dornelles será o novo ministro da Defesa, representando o PP e, mais do que o partido, o bom senso. Afinal, se já foi ministro da Fazenda, da Indústria e Comércio e do Trabalho, fica evidente sua propensão para curinga. Para os militares, alívio, tendo em vista a hipótese, de quando em quando admitida, de Aldo Rebelo. Apesar de acreditar em Deus, o homem é do PC do B, que décadas atrás desencadeou a guerrilha do Araguaia. Seria um pouco demais, mesmo na plenitude democrática.
Embaixada para Pires
Não deverá ser deitado ao mar como carga supérflua o atual ministro da Defesa, Waldir Pires, de reconhecida capacidade administrativa, jurídica e política, mas sem sorte por conta da crise nos aeroportos. Pode vir a ocupar uma embaixada, tanto quanto ser nomeado para a Advocacia Geral da União ou até a Consultoria Geral da República, que exerceu antes de 1964.
Guido Mantega viu crescer a cotação de suas ações para continuar, mas ficaria com os cabelos em pé, se não fosse careca, se soubesse o teor da conversa entre Lula e o ex-ministro Ciro Gomes. Como este logo depois cumpriu missão presidencial, tentando inutilmente um entendimento entre Aldo Rebelo e Arlindo Chinaglia, na disputa pela presidência da Câmara, há quem suponha o seu aproveitamento não na equipe econômica, mas na Coordenação Política, dita Relações Institucionais. Se viável essa ilação, Tarso Genro estaria a um passo do Ministério da Justiça. Caso contrário, Sepúlveda Pertence ainda continua no páreo para um ministério que Michel Temer, se convidado, jamais recusará.
O PMDB já pretendeu seis ministérios. Hoje ficaria contente com dois: preservar as Comunicações e conquistar outro de considerável orçamento, tanto faz se Transportes, Saúde ou Cidades. Dizem que o deputado Nelson Marchezelli, do PTB, já visitou as instalações do Ministério da Agricultura, apesar de o partido possuir o Ministério do Turismo. O problema é que o ministro Mares Guia está a um passo de trocar de legenda, ainda que dificilmente não de ministério.
Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento Industrial, joga nas onze. Deu sinais de que não queria continuar, pareceu que continuaria se recebesse intenso apelo do presidente Lula e agora, salvo engano, aferra-se à cadeira que exerce. O fato de viajar para Davos com o presidente, hoje à noite, pode significar que permanecerá, tanto quanto estar recebendo a derradeira homenagem do chefe.
Na marca do pênalti
Ministros atuais, daqueles que a gente nem sabe o nome, encontram-se na marca do pênalti, mas pelo menos dois continuarão. Quais? Talvez Silas Rondeau, das Minas e Energia, e Paulo Haddad, da Educação.
O presidente Lula, como seus antecessores, desde Deodoro da Fonseca, irrita-se com as especulações e até disporá do gostinho de não nomear quem já estava nomeado, só para desmentir a imprensa. Mas Delfim Netto ficará de fora? Martha Suplicy, também, apesar de o PT estar a um passo de perder espaço? Dos cotados para ficar, e tomara que não sejam mandados passear só por conta destas linhas, estão Dilma Rousseff, da Casa Civil, Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Haje, da Controladoria Geral da União, e quem mais?
Historiadores dizem valer o processo histórico mais do que os homens. Bertrand Russel dizia que se Napoleão não tivesse nascido, a Revolução Francesa acabaria desembocando em alguém como ele. Vamos discordar em parte. Os homens ainda são a mola mestra da História. Assim também no ministério.
Será irresponsabilidade supor os rumos do segundo governo Lula os mesmos, com estes ou aqueles ministros. Lula tem um quê de perverso, ao ficar adiando a reforma ministerial e ensejando especulações. Melhor faria se seguisse o exemplo de Getúlio Vargas, que antes de tomar posse, em 1951, rotulou sua primeira equipe de auxiliares como "o ministério da experiência". Depois, mudou mais de uma vez. No entanto, a tragédia de 1954 teria acontecido se aquele primeiro ministério tivesse continuado?
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - A indagação continua: e o novo ministério? A última informação é de que começará a ser anunciado dia 5 de fevereiro, segunda-feira. Saber porque segunda-feira, e não domingo, constitui dúvida irrelevante, apesar de curiosa. Quer dizer que o governo não trabalha nos fins de semana? Claro que não, aliás, talvez não trabalhe sequer durante.
A especulação mais recente é de que o senador Francisco Dornelles será o novo ministro da Defesa, representando o PP e, mais do que o partido, o bom senso. Afinal, se já foi ministro da Fazenda, da Indústria e Comércio e do Trabalho, fica evidente sua propensão para curinga. Para os militares, alívio, tendo em vista a hipótese, de quando em quando admitida, de Aldo Rebelo. Apesar de acreditar em Deus, o homem é do PC do B, que décadas atrás desencadeou a guerrilha do Araguaia. Seria um pouco demais, mesmo na plenitude democrática.
Embaixada para Pires
Não deverá ser deitado ao mar como carga supérflua o atual ministro da Defesa, Waldir Pires, de reconhecida capacidade administrativa, jurídica e política, mas sem sorte por conta da crise nos aeroportos. Pode vir a ocupar uma embaixada, tanto quanto ser nomeado para a Advocacia Geral da União ou até a Consultoria Geral da República, que exerceu antes de 1964.
Guido Mantega viu crescer a cotação de suas ações para continuar, mas ficaria com os cabelos em pé, se não fosse careca, se soubesse o teor da conversa entre Lula e o ex-ministro Ciro Gomes. Como este logo depois cumpriu missão presidencial, tentando inutilmente um entendimento entre Aldo Rebelo e Arlindo Chinaglia, na disputa pela presidência da Câmara, há quem suponha o seu aproveitamento não na equipe econômica, mas na Coordenação Política, dita Relações Institucionais. Se viável essa ilação, Tarso Genro estaria a um passo do Ministério da Justiça. Caso contrário, Sepúlveda Pertence ainda continua no páreo para um ministério que Michel Temer, se convidado, jamais recusará.
O PMDB já pretendeu seis ministérios. Hoje ficaria contente com dois: preservar as Comunicações e conquistar outro de considerável orçamento, tanto faz se Transportes, Saúde ou Cidades. Dizem que o deputado Nelson Marchezelli, do PTB, já visitou as instalações do Ministério da Agricultura, apesar de o partido possuir o Ministério do Turismo. O problema é que o ministro Mares Guia está a um passo de trocar de legenda, ainda que dificilmente não de ministério.
Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento Industrial, joga nas onze. Deu sinais de que não queria continuar, pareceu que continuaria se recebesse intenso apelo do presidente Lula e agora, salvo engano, aferra-se à cadeira que exerce. O fato de viajar para Davos com o presidente, hoje à noite, pode significar que permanecerá, tanto quanto estar recebendo a derradeira homenagem do chefe.
Na marca do pênalti
Ministros atuais, daqueles que a gente nem sabe o nome, encontram-se na marca do pênalti, mas pelo menos dois continuarão. Quais? Talvez Silas Rondeau, das Minas e Energia, e Paulo Haddad, da Educação.
O presidente Lula, como seus antecessores, desde Deodoro da Fonseca, irrita-se com as especulações e até disporá do gostinho de não nomear quem já estava nomeado, só para desmentir a imprensa. Mas Delfim Netto ficará de fora? Martha Suplicy, também, apesar de o PT estar a um passo de perder espaço? Dos cotados para ficar, e tomara que não sejam mandados passear só por conta destas linhas, estão Dilma Rousseff, da Casa Civil, Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Haje, da Controladoria Geral da União, e quem mais?
Historiadores dizem valer o processo histórico mais do que os homens. Bertrand Russel dizia que se Napoleão não tivesse nascido, a Revolução Francesa acabaria desembocando em alguém como ele. Vamos discordar em parte. Os homens ainda são a mola mestra da História. Assim também no ministério.
Será irresponsabilidade supor os rumos do segundo governo Lula os mesmos, com estes ou aqueles ministros. Lula tem um quê de perverso, ao ficar adiando a reforma ministerial e ensejando especulações. Melhor faria se seguisse o exemplo de Getúlio Vargas, que antes de tomar posse, em 1951, rotulou sua primeira equipe de auxiliares como "o ministério da experiência". Depois, mudou mais de uma vez. No entanto, a tragédia de 1954 teria acontecido se aquele primeiro ministério tivesse continuado?
Fonte: Tribuna da Imprensa
Aposentados realizam manifesto em protesto à perda do poder de compra
Centenas de aposentados foram ontem às ruas reivindicar a recuperação do poder de compra da categoria e a revogação do fator previdenciário, alíquota de cálculo que, segundo a Associação dos Pensionistas e Aposentados da Previdência Social da Bahia (Asaprev-BA), reduz o valor do benefício. O grupo, que saiu da Praça da Piedade em direção à Municipal, aproveitou o dia nacional da categoria e o 84º aniversário da Previdência para chamar a atenção da sociedade para problemas que atingem os idosos.
Ao longo do trajeto, uma banda de música e mamulengos animavam o cortejo. Hoje, às 9h, haverá nova manifestação com a lavagem das escadarias da Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Comércio, com a participação de cerca de dez baianas.
Segundo o presidente da Asaprev-BA, Gilson Costa de Oliveira, é necessária a recuperação do poder de compra das aposentadorias, tendo como parâmetro o salário mínimo. Pelo sistema atual, as aposentadorias superiores ao salário mínimo sofrem reajustes que acompanham a variação da inflação. O mínimo, por sua vez, tem uma reposição superior, mas que depende de decisões políticas. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos, o salário mínimo subiu praticamente 100%, passando de R$ 151 para R$300, e os benefícios acima do mínimo foram reajustados em apenas 56,46%. “Nós não podemos ser mais prejudicados do que já fomos”, desabafou Oliveira.
A categoria aproveitou também para pedir mudanças no cálculo dos benefícios. No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi criado o fator previdenciário, um sistema de cálculo da aposentadoria que reduz o valor concedido em idade abaixo da expectativa de vida da população. “Com este sistema, parte-se do pressuposto de que, como se vai pagar por mais tempo ao aposentado, o valor será menor”, conclui o presidente da Asaprev-BA.
Estados – Em São Paulo, também foram registradas manifestações. Houve marcha no centro da capital, organizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintap/CUT). Durante a manhã, os manifestantes entregaram um documento sobre a condição dos aposentados, pensionistas e idosos ao INSS.
Fonte: Correio da Bahia
Ao longo do trajeto, uma banda de música e mamulengos animavam o cortejo. Hoje, às 9h, haverá nova manifestação com a lavagem das escadarias da Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Comércio, com a participação de cerca de dez baianas.
Segundo o presidente da Asaprev-BA, Gilson Costa de Oliveira, é necessária a recuperação do poder de compra das aposentadorias, tendo como parâmetro o salário mínimo. Pelo sistema atual, as aposentadorias superiores ao salário mínimo sofrem reajustes que acompanham a variação da inflação. O mínimo, por sua vez, tem uma reposição superior, mas que depende de decisões políticas. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos, o salário mínimo subiu praticamente 100%, passando de R$ 151 para R$300, e os benefícios acima do mínimo foram reajustados em apenas 56,46%. “Nós não podemos ser mais prejudicados do que já fomos”, desabafou Oliveira.
A categoria aproveitou também para pedir mudanças no cálculo dos benefícios. No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi criado o fator previdenciário, um sistema de cálculo da aposentadoria que reduz o valor concedido em idade abaixo da expectativa de vida da população. “Com este sistema, parte-se do pressuposto de que, como se vai pagar por mais tempo ao aposentado, o valor será menor”, conclui o presidente da Asaprev-BA.
Estados – Em São Paulo, também foram registradas manifestações. Houve marcha no centro da capital, organizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintap/CUT). Durante a manhã, os manifestantes entregaram um documento sobre a condição dos aposentados, pensionistas e idosos ao INSS.
Fonte: Correio da Bahia
Caixa Econômica libera R$2,8 bilhões para aposentados
Verba será destinada para empréstimo com desconto em folha
Tatiany Carvalho
A Caixa Econômica Federal (CEF) anuncia recursos de R$2,8 bilhões em empréstimos a aposentados e pensionistas em todo o estado da Bahia, com desconto em folha, ao longo do ano 2007. O volume é 44% maior que o do ano passado. Ontem, Dia do Aposentado, a instituição confirmou seu interesse em cativar essa clientela através de um programa de vantagens voltado para os beneficiários da Previdência Social (INSS), que inclui tarifas diferenciadas e cartão de crédito com anuidade grátis, 12 meses de isenção na cesta de tarifas, dentre outros diferenciais.
O gerente regional de Negócios Pessoa Física da Superintendência da Caixa em Salvador, José Ronaldo Maia, comentou o bom desempenho que o crédito consignado vem registrando no estado. Segundo Maia, os aposentados e pensionistas do INSS contraíram R$75 milhões no ano passado através do consignado. De um total de 33 mil operações, o tíquete médio foi avaliado em R$2,3 mil. Para 2007, a CEF estima que os empréstimos devem atingir os R$100 milhões.
Esse trabalho de aproximação com os aposentados e pensionistas, bem definido através de ações de relacionamento, será representado fisicamente através de uma miniagência com atendimento exclusivo para essa clientela, na agência do Shopping Iguatemi. “A gente vai oferecer um atendimento diferenciado”, comentou. O início do funcionamento da unidade está previsto para ocorrer no prazo de 30 dias.
A CEF é uma das 44 instituições financeiras, em todo o estado, autorizadas a conceder o consignado para os beneficiários do INSS. A lista de todas as instituições pode ser conferida na página da Previdência, através do site www.previdencia.gov.br. A taxa de juros cobrada pela Caixa para o parcelamento em 36 meses é de 2,45% ao mês. Os empréstimos são liberados no prazo médio de quatro dias. A inadimplência atual é de 6% das operações.
Fonte: Correio da Bahia
Tatiany Carvalho
A Caixa Econômica Federal (CEF) anuncia recursos de R$2,8 bilhões em empréstimos a aposentados e pensionistas em todo o estado da Bahia, com desconto em folha, ao longo do ano 2007. O volume é 44% maior que o do ano passado. Ontem, Dia do Aposentado, a instituição confirmou seu interesse em cativar essa clientela através de um programa de vantagens voltado para os beneficiários da Previdência Social (INSS), que inclui tarifas diferenciadas e cartão de crédito com anuidade grátis, 12 meses de isenção na cesta de tarifas, dentre outros diferenciais.
O gerente regional de Negócios Pessoa Física da Superintendência da Caixa em Salvador, José Ronaldo Maia, comentou o bom desempenho que o crédito consignado vem registrando no estado. Segundo Maia, os aposentados e pensionistas do INSS contraíram R$75 milhões no ano passado através do consignado. De um total de 33 mil operações, o tíquete médio foi avaliado em R$2,3 mil. Para 2007, a CEF estima que os empréstimos devem atingir os R$100 milhões.
Esse trabalho de aproximação com os aposentados e pensionistas, bem definido através de ações de relacionamento, será representado fisicamente através de uma miniagência com atendimento exclusivo para essa clientela, na agência do Shopping Iguatemi. “A gente vai oferecer um atendimento diferenciado”, comentou. O início do funcionamento da unidade está previsto para ocorrer no prazo de 30 dias.
A CEF é uma das 44 instituições financeiras, em todo o estado, autorizadas a conceder o consignado para os beneficiários do INSS. A lista de todas as instituições pode ser conferida na página da Previdência, através do site www.previdencia.gov.br. A taxa de juros cobrada pela Caixa para o parcelamento em 36 meses é de 2,45% ao mês. Os empréstimos são liberados no prazo médio de quatro dias. A inadimplência atual é de 6% das operações.
Fonte: Correio da Bahia
STF pede explicações a Lula sobre uso do FGTS
Ação questiona a utilização dos recursos em obras de infra-estrutura definidas dentro do PAC
BRASÍLIA - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, anunciou ontem que pedirá informações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a medida provisória assinada na segunda-feira que criou um fundo de investimento com aplicação de R$5 bilhões do patrimônio líquido do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A MP faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que foi divulgado pelo governo na segunda-feira, e é questionada no STF por uma ação movida por três entidades sindicais.
A comunicação sobre o pedido de informações a Lula está em um despacho redigido ontem por Ellen Gracie. No despacho, a ministra também pediu às entidades sindicais que, num prazo de cinco dias, anexem à ação cópia da íntegra da MP. A presidente do STF acrescentou: “Após a juntada da peça faltante, solicitem-se informações ao senhor presidente da República, que deverá prestá-las no prazo de dez dias”.
Após as informações de Lula, Ellen Gracie já comunicou em seu despacho que será a vez de a Advocacia Geral da União e a Procuradoria Geral da República se manifestarem sobre a ação num prazo de cinco dias. A ação contestando o fundo de investimento do FGTS será relatada no STF pelo ministro Celso de Mello. Não há previsão de quando ocorrerá o julgamento. Na ação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, a Força Sindical e a CGT sustentam que o fundo de garantia é um patrimônio dos trabalhadores. “Do nosso ponto de vista, o governo está confiscando R$5 bilhões, que podem chegar a 17 (R$17 bilhões), para criar um fundo para depois nos vender até 10% das ações. Ou seja, pega o nosso dinheiro para depois nos vender novamente”, disse, na terça-feira, o deputado federal eleito Paulo Pereira da Silva, que é da Força Sindical. (AE)
***Mantega diz que plano não mudará
BRASÍLIA - Apesar das queixas dos governadores, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o governo não tem intenção de modificar as medidas de desoneração fiscal contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Não vamos mudar as decisões já tomadas. Não temos como voltar atrás”, afirmou, ao chegar para a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O ministro argumenta que as desonerações anunciadas não afetarão os estados. “O PAC não tem medida que afete os estados”, disse. As reduções do PIS/Cofins, de acordo com Mantega, pesarão exclusivamente sobre o governo federal. “A única coisa que afeta os estados é a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, aprovada no Congresso Nacional com o apoio dos próprios governadores”, comentou. Ele lembrou, ao mesmo tempo, que a nova legislação também significará perdas de receitas para o governo federal. (AE)
Fonte: Correio da Bahia
BRASÍLIA - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, anunciou ontem que pedirá informações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a medida provisória assinada na segunda-feira que criou um fundo de investimento com aplicação de R$5 bilhões do patrimônio líquido do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A MP faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que foi divulgado pelo governo na segunda-feira, e é questionada no STF por uma ação movida por três entidades sindicais.
A comunicação sobre o pedido de informações a Lula está em um despacho redigido ontem por Ellen Gracie. No despacho, a ministra também pediu às entidades sindicais que, num prazo de cinco dias, anexem à ação cópia da íntegra da MP. A presidente do STF acrescentou: “Após a juntada da peça faltante, solicitem-se informações ao senhor presidente da República, que deverá prestá-las no prazo de dez dias”.
Após as informações de Lula, Ellen Gracie já comunicou em seu despacho que será a vez de a Advocacia Geral da União e a Procuradoria Geral da República se manifestarem sobre a ação num prazo de cinco dias. A ação contestando o fundo de investimento do FGTS será relatada no STF pelo ministro Celso de Mello. Não há previsão de quando ocorrerá o julgamento. Na ação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, a Força Sindical e a CGT sustentam que o fundo de garantia é um patrimônio dos trabalhadores. “Do nosso ponto de vista, o governo está confiscando R$5 bilhões, que podem chegar a 17 (R$17 bilhões), para criar um fundo para depois nos vender até 10% das ações. Ou seja, pega o nosso dinheiro para depois nos vender novamente”, disse, na terça-feira, o deputado federal eleito Paulo Pereira da Silva, que é da Força Sindical. (AE)
***Mantega diz que plano não mudará
BRASÍLIA - Apesar das queixas dos governadores, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o governo não tem intenção de modificar as medidas de desoneração fiscal contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Não vamos mudar as decisões já tomadas. Não temos como voltar atrás”, afirmou, ao chegar para a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O ministro argumenta que as desonerações anunciadas não afetarão os estados. “O PAC não tem medida que afete os estados”, disse. As reduções do PIS/Cofins, de acordo com Mantega, pesarão exclusivamente sobre o governo federal. “A única coisa que afeta os estados é a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, aprovada no Congresso Nacional com o apoio dos próprios governadores”, comentou. Ele lembrou, ao mesmo tempo, que a nova legislação também significará perdas de receitas para o governo federal. (AE)
Fonte: Correio da Bahia
Vacina contra vírus HPV está disponível no País
A primeira e única vacina aprovada contra o HPV, vírus responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero, chegou ontem à rede privada de saúde do País. O preço final ao consumidor vai ficar em torno de R$ 500 por dose em clínicas e laboratórios de análise, mas ele pode subir em breve, informou-se de São Paulo. O valor é mais baixo do que previa o fabricante, o laboratório Merck. A idéia era de que a dose saísse da fábrica com valor próximo disso e que as clínicas a vendessem por até R$ 700. Há uma semana, no entanto, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão do governo federal que estabelece os preços dos remédios no País, definiu o preço da dose: R$ 364,16. O laboratório entrou com recurso contra o valor do governo e vai mantê-lo, mesmo com o produto no mercado - a Merck importou inicialmente 45 mil doses. Mesmo antes da chegada ao mercado, pacientes já faziam "fila" para comprar o produto. Nos laboratórios Delboni, 50 mulheres aguardavam a vacina. Por causa do preço, a encomenda na maioria dos centros será pela demanda. É remota a possibilidade de estoque. A vacina Gardasil protege contra quatro tipos de HPV - dois deles oncogênicos (tipos 16 e 18), que respondem pelos casos de câncer de útero, e os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais. A aplicação é feita em três doses - a segunda é dada dois meses depois da primeira e a terceira, após seis meses da inicial. (das agências)
Fonte: O POVO
Fonte: O POVO
Descoberta uma síndrome que só ocorre no Brasil
Grupo de médicos brasileiros rastreou 45 famílias com a sindrome variante da Li-Fraumeni, até há pouco descrita em apenas 280 famílias no mundo. Os cientistas seqüenciaram o gene defeituoso e perceberam que a mutação, ao contrário dos demais casos, ocorria em outra região do gene, o que a torna tão específicaGiovana Girardida Agência Estado
25/01/2007 02:12Uma mutação genética, que deve ter ocorrido pelos idos de 1800 em um brasileiro que deixou descendentes, deu origem a uma síndrome encontrada hoje aparentemente apenas em famílias que vivem no País. A doença rara predispõe o indivíduo a ter diversos tipos de tumores ao longo da sua vida. A doença brasileira é uma variante da síndrome de Li-Fraumeni, que até recentemente havia sido descrita em apenas 280 famílias em todo o mundo. Há alguns anos, no entanto, médicos do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, começaram a observar um número significativo de pessoas com o mesmo problema, que se caracteriza por uma mutação no gene TP53, responsável pela expressão da proteína p53 que, com a falha, fica inativa. O grupo, liderado pela oncogeneticista Maria Isabel Achatz, rastreou pelo menos 45 famílias brasileiras com a síndrome. Os cientistas seqüenciaram o gene defeituoso e perceberam que a mutação, ao contrário da observada nos demais 280 casos conhecidos, ocorria em outra região do gene, e é isso que a torna tão específica. Uma revisão da descoberta está prevista para ser publicada no próximo mês na revista Oncogene. A p53 já é muito pesquisada entre os estudiosos de câncer. Em condições normais, ela é responsável pelo controle do ciclo celular, mas, quando inativa por algum tipo de mutação no gene, as células tumorais se proliferam com facilidade. Essa falha é hoje considerada responsável por mais de 50% dos tipos de câncer. Acontece que entre os pacientes com a síndrome de Li-Fraumeni, o problema é muito mais complicado. Como a doença é hereditária, os portadores apresentam a mutação em todas as células do seu corpo - e não apenas em um determinado tecido, como ocorre com os demais tipos de câncer. Com isso eles apresentam uma probabilidade muito maior que o resto da população de desenvolver algum tipo de tumor - sem contar que ele pode ocorrer mais precocemente, em qualquer parte do corpo e em diferentes momentos da vida. Até os 40 anos, a chance é de 50%, ante 1% do resto das pessoas, podendo chegar a 90% com o passar dos anos. Os casos mais comuns são de tumores do sistema nervoso central, de mama e os infantis. Entre as crianças a chance de desenvolver câncer aumenta tanto que por algum tempo se suspeitou que a mutação ocorria apenas entre elas. Um trabalho com 35 crianças de Curitiba sugeriu que se tratava de um raro tumor infantil. Mas a equipe de Maria Isabel tem provado que a síndrome é comum em adultos. Entre os pacientes observados pelo grupo de Maria Isabel, ela conta o caso de uma mulher que no intervalo de alguns anos desenvolveu uma série de tumores, sem que eles estivessem relacionados por metástase. Inicialmente ela teve um sarcoma na veia cava (que sai do coração), um ano depois um câncer de mama, seis meses depois um tumor na tireóide e, após um ano e meio, outro câncer no pulmão. Quando sua árvore genealógica foi puxada, os cientistas conseguiram descobrir o primeiro caso em um antepassado desta paciente que viveu nos anos 1850. Casos de câncer foram rastreados em sete gerações dessa família. "Além da sua capacidade de aparecer em qualquer parte do corpo, esse gene mutante tem um caráter dominante, o que aumenta sua incidência", explica Maria Isabel. Por conta dessa ação devastadora da doença, a pesquisadora considerou muito bem-vinda a descoberta de cientistas americanos de que, com a reativação da p53, é possível regredir os tumores. "A molécula é estudada desde os anos 90, já se sabia da sua relação com o surgimento de tumores. Agora foi reacesa a chama de que talvez, com ela, possamos encontrar uma cura", comemora.
Fonte: O POVO
25/01/2007 02:12Uma mutação genética, que deve ter ocorrido pelos idos de 1800 em um brasileiro que deixou descendentes, deu origem a uma síndrome encontrada hoje aparentemente apenas em famílias que vivem no País. A doença rara predispõe o indivíduo a ter diversos tipos de tumores ao longo da sua vida. A doença brasileira é uma variante da síndrome de Li-Fraumeni, que até recentemente havia sido descrita em apenas 280 famílias em todo o mundo. Há alguns anos, no entanto, médicos do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, começaram a observar um número significativo de pessoas com o mesmo problema, que se caracteriza por uma mutação no gene TP53, responsável pela expressão da proteína p53 que, com a falha, fica inativa. O grupo, liderado pela oncogeneticista Maria Isabel Achatz, rastreou pelo menos 45 famílias brasileiras com a síndrome. Os cientistas seqüenciaram o gene defeituoso e perceberam que a mutação, ao contrário da observada nos demais 280 casos conhecidos, ocorria em outra região do gene, e é isso que a torna tão específica. Uma revisão da descoberta está prevista para ser publicada no próximo mês na revista Oncogene. A p53 já é muito pesquisada entre os estudiosos de câncer. Em condições normais, ela é responsável pelo controle do ciclo celular, mas, quando inativa por algum tipo de mutação no gene, as células tumorais se proliferam com facilidade. Essa falha é hoje considerada responsável por mais de 50% dos tipos de câncer. Acontece que entre os pacientes com a síndrome de Li-Fraumeni, o problema é muito mais complicado. Como a doença é hereditária, os portadores apresentam a mutação em todas as células do seu corpo - e não apenas em um determinado tecido, como ocorre com os demais tipos de câncer. Com isso eles apresentam uma probabilidade muito maior que o resto da população de desenvolver algum tipo de tumor - sem contar que ele pode ocorrer mais precocemente, em qualquer parte do corpo e em diferentes momentos da vida. Até os 40 anos, a chance é de 50%, ante 1% do resto das pessoas, podendo chegar a 90% com o passar dos anos. Os casos mais comuns são de tumores do sistema nervoso central, de mama e os infantis. Entre as crianças a chance de desenvolver câncer aumenta tanto que por algum tempo se suspeitou que a mutação ocorria apenas entre elas. Um trabalho com 35 crianças de Curitiba sugeriu que se tratava de um raro tumor infantil. Mas a equipe de Maria Isabel tem provado que a síndrome é comum em adultos. Entre os pacientes observados pelo grupo de Maria Isabel, ela conta o caso de uma mulher que no intervalo de alguns anos desenvolveu uma série de tumores, sem que eles estivessem relacionados por metástase. Inicialmente ela teve um sarcoma na veia cava (que sai do coração), um ano depois um câncer de mama, seis meses depois um tumor na tireóide e, após um ano e meio, outro câncer no pulmão. Quando sua árvore genealógica foi puxada, os cientistas conseguiram descobrir o primeiro caso em um antepassado desta paciente que viveu nos anos 1850. Casos de câncer foram rastreados em sete gerações dessa família. "Além da sua capacidade de aparecer em qualquer parte do corpo, esse gene mutante tem um caráter dominante, o que aumenta sua incidência", explica Maria Isabel. Por conta dessa ação devastadora da doença, a pesquisadora considerou muito bem-vinda a descoberta de cientistas americanos de que, com a reativação da p53, é possível regredir os tumores. "A molécula é estudada desde os anos 90, já se sabia da sua relação com o surgimento de tumores. Agora foi reacesa a chama de que talvez, com ela, possamos encontrar uma cura", comemora.
Fonte: O POVO
Governo e MP acusam STF de beneficiar criminosos
Criminosos condenados a mais de 50 anos de prisão estão saindo da cadeia depois de cumpridos cinco anos, segundo denuncia o Ministério Público, que culpa decisão do Supremo Tribunal Federal em favor de autores de chamados crimes hediondos. Alguns ganham direito à visita periódica ao lar e não retornamRoberta Pennafortda Agência Estado
25/01/2007 02:12O Ministério Público e o governo do Rio estão preocupados com os sucessivos casos de criminosos de alta periculosidade que saíram da cadeia em razão de benefícios concedidos pela Justiça e que, segundo investigações policiais, já teriam voltado a cometer crimes. Em alguns casos, eles obtiveram permissão para visitar a família, mas não retornaram aos presídios; noutros, conseguiram a liberdade condicional, apesar de condenados a penas altas. Nos últimos sete meses, dois traficantes perigosos ganharam as ruas, por motivos diferentes. Marcelo Soares de Medeiros, o Marcelo PQD, ex-líder do Morro do Dendê, está em regime semi-aberto (só dorme na prisão). Ele conseguiu ainda o direito à Visita Periódica ao Lar (VPL), que lhe permite ir para casa a cada 15 dias (saindo no sábado e voltando no domingo). Na semana passada, na primeira oportunidade que teve, ele saiu e não voltou. Sentenciado a 21 anos e seis meses de prisão, PQD estaria foragido no Complexo do Alemão, protegido por comparsas, e já teria planejado uma invasão ao Dendê, para retomar as bocas-de-fumo. Ex-chefe do tráfico do Morro da Mangueira, Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, condenado a 43 anos, conseguiu o livramento condicional por ter cumprido um terço da pena. Está solto há sete meses. Coordenador do 8º Centro de Apoio Operacional da Execução Penal do Ministério Público (MP), o promotor Cristiano Lajóia critica duramente a liberação dos presos. Segundo ele, os juízes da Vara de Execuções Penais (VEP) se baseiam só no relatório da direção do presídio e num exame criminológico, feito por um psicólogo, um psiquiatra e um assistente social, para as decisões. "O MP vem recorrendo da concessão desses benefícios e tem sido uma luta inglória. Os juízes da VEP não têm avaliado qualquer outro fator, como os informes do setor de inteligência de que o preso ainda comanda facções criminosas", afirmou o promotor. "Não é possível que pessoas com penas superiores a 50 anos saiam após cinco. É um escárnio com a sociedade". Os benefícios são concedidos porque uma decisão do STF estabelece que quem pratica crimes hediondos (entre eles, homicídio qualificado, estupro e tráfico de drogas) pode pleitear progressão de regime após o cumprimento de um sexto da pena.
Fonte: O POVO
25/01/2007 02:12O Ministério Público e o governo do Rio estão preocupados com os sucessivos casos de criminosos de alta periculosidade que saíram da cadeia em razão de benefícios concedidos pela Justiça e que, segundo investigações policiais, já teriam voltado a cometer crimes. Em alguns casos, eles obtiveram permissão para visitar a família, mas não retornaram aos presídios; noutros, conseguiram a liberdade condicional, apesar de condenados a penas altas. Nos últimos sete meses, dois traficantes perigosos ganharam as ruas, por motivos diferentes. Marcelo Soares de Medeiros, o Marcelo PQD, ex-líder do Morro do Dendê, está em regime semi-aberto (só dorme na prisão). Ele conseguiu ainda o direito à Visita Periódica ao Lar (VPL), que lhe permite ir para casa a cada 15 dias (saindo no sábado e voltando no domingo). Na semana passada, na primeira oportunidade que teve, ele saiu e não voltou. Sentenciado a 21 anos e seis meses de prisão, PQD estaria foragido no Complexo do Alemão, protegido por comparsas, e já teria planejado uma invasão ao Dendê, para retomar as bocas-de-fumo. Ex-chefe do tráfico do Morro da Mangueira, Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, condenado a 43 anos, conseguiu o livramento condicional por ter cumprido um terço da pena. Está solto há sete meses. Coordenador do 8º Centro de Apoio Operacional da Execução Penal do Ministério Público (MP), o promotor Cristiano Lajóia critica duramente a liberação dos presos. Segundo ele, os juízes da Vara de Execuções Penais (VEP) se baseiam só no relatório da direção do presídio e num exame criminológico, feito por um psicólogo, um psiquiatra e um assistente social, para as decisões. "O MP vem recorrendo da concessão desses benefícios e tem sido uma luta inglória. Os juízes da VEP não têm avaliado qualquer outro fator, como os informes do setor de inteligência de que o preso ainda comanda facções criminosas", afirmou o promotor. "Não é possível que pessoas com penas superiores a 50 anos saiam após cinco. É um escárnio com a sociedade". Os benefícios são concedidos porque uma decisão do STF estabelece que quem pratica crimes hediondos (entre eles, homicídio qualificado, estupro e tráfico de drogas) pode pleitear progressão de regime após o cumprimento de um sexto da pena.
Fonte: O POVO
Buemba! Lula tem um piriPAC!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E o PAC? Pacote para Acelerar o Crescimento. PACote de Viagra! PAC quer dizer Plano de Ataque ao Contribuinte! Ou, como diz o chargista Neo: Plano Aloprado de Crescimento! E isso não é um plano, é um trocadilho: Lula teve um piriPAC. Deixaram o homem trabalhar e ele teve um piripaque! O PAC emPACa. E botaram o Mantega pra acelerar o crescimento. Então botaram o homem errado. O que faz crescer não é Mantega, é FERMENTO! Rarará! E tão dizendo que esse plano é pra acordar o Brasil, esse gigante adormecido. Então é um PAC para acordar um PAQuiderme! Rarará! E com esse fatídico buraco trocaram o nome do prefeito de São Paulo: não é mais Kassab. É KASSAMBA! Gilberto Kassamba. Já tem até gripe nova: gripe Kassab, aquela que te leva pro buraco! Rarará! E hoje é aniversário da cidade. São Paulo foi fundada há mais de 400 anos e AFUNDADA pelo buraco. São Paulo é a capital da gastronomia: todo mundo come todo mundo. Rarará! SP Fashion Bicha Urgente! A semana de moda ecológica. Aí perguntaram pra uma modelo o que é sustentabilidade. Resposta: "É quando sustenta o salto da gente". Rarará! E tem um termo ecológico chamado neutralidade. Aí perguntaram pra uma modelo: "O que é neutralidade?" Resposta: "É quando a gente usa Neutrox". Rarará! E anoréxica não pode mais desfilar. É como restaurante por quilo: você pega a modelo, bota no prato e pesa. Se pesar menos de uma grama, não desfila! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como diz o outro: é mole, mas, se provocar, ressuscita! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Vinhedo, interior de São Paulo, tem uma casa de garotas chamada Casa das Máquinas! Uau! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. Hoje não tem! Empaquei! Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! E vai indo que eu não vou! simao@uol.com.br
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E o PAC? Pacote para Acelerar o Crescimento. PACote de Viagra! PAC quer dizer Plano de Ataque ao Contribuinte! Ou, como diz o chargista Neo: Plano Aloprado de Crescimento! E isso não é um plano, é um trocadilho: Lula teve um piriPAC. Deixaram o homem trabalhar e ele teve um piripaque! O PAC emPACa. E botaram o Mantega pra acelerar o crescimento. Então botaram o homem errado. O que faz crescer não é Mantega, é FERMENTO! Rarará! E tão dizendo que esse plano é pra acordar o Brasil, esse gigante adormecido. Então é um PAC para acordar um PAQuiderme! Rarará! E com esse fatídico buraco trocaram o nome do prefeito de São Paulo: não é mais Kassab. É KASSAMBA! Gilberto Kassamba. Já tem até gripe nova: gripe Kassab, aquela que te leva pro buraco! Rarará! E hoje é aniversário da cidade. São Paulo foi fundada há mais de 400 anos e AFUNDADA pelo buraco. São Paulo é a capital da gastronomia: todo mundo come todo mundo. Rarará! SP Fashion Bicha Urgente! A semana de moda ecológica. Aí perguntaram pra uma modelo o que é sustentabilidade. Resposta: "É quando sustenta o salto da gente". Rarará! E tem um termo ecológico chamado neutralidade. Aí perguntaram pra uma modelo: "O que é neutralidade?" Resposta: "É quando a gente usa Neutrox". Rarará! E anoréxica não pode mais desfilar. É como restaurante por quilo: você pega a modelo, bota no prato e pesa. Se pesar menos de uma grama, não desfila! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como diz o outro: é mole, mas, se provocar, ressuscita! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Vinhedo, interior de São Paulo, tem uma casa de garotas chamada Casa das Máquinas! Uau! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. Hoje não tem! Empaquei! Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! E vai indo que eu não vou! simao@uol.com.br
O pacote vale uma nota de R$ 3
Por: ELIO GASPARI
As promessas de crescimento econômico feitas por Nosso Guia são como as notas de três reais. Ninguém pode dizer que são falsas, pois nunca se viu uma verdadeira. O espetáculo da segunda-feira indicou que terminaram as férias do companheiro e seu pacote não traduziu uma estratégia econômica, expressou apenas uma excitação marqueteira. Ouça-se esse blablablá: "Individualmente importantes e complementares dentro de suas respectivas áreas, os projetos sociais e de infra-estrutura selecionados estão estreitamente associados entre si. Na verdade, eles formam ambos um único conjunto voltado para a dupla tarefa de inserir de modo competitivo o país na economia mundial. (à) A seleção desses projetos obedece a uma finalidade operacional específica: submetê-los, a partir de agora, a um esquema especial de gerenciamento." Parece a parolagem do comissariado. Na verdade, é parte do lero-lero tucano no lançamento do pacote "Brasil em Ação", há dez anos. Seis rodovias do pacote desta semana atravessaram invictas quatro anos de tucanos e outros quatro de petistas. A principal novidade produzida por Nosso Guia foi uma tentativa de avanço sobre o patrimônio dos trabalhadores. Lula pediu ao Congresso que autorize o uso do dinheiro do FGTS para financiar obras públicas passando o risco de crédito dessas transações da Caixa Econômica para um comitê de comissários. Querem jogar entre R$ 5 bilhões e R$ 17 bilhões da caixa do FGTS num fundo de infra-estrutura. Se o negócio der errado, caberá ao Tesouro cobrir o buraco. Tesouro de quem? De Lula? De Guido Mantega? Não, o Tesouro dos impostos dos contribuintes. Nosso Guia poderia dar um exemplo de confiança na iniciativa entregando o seu cheque mensal de R$ 4.509,68 do Bolsa-Ditadura aos sábios que gerenciarão o fundo. O caráter compulsório desse avanço ofende a própria lógica do governo. No ano passado os trabalhadores puderam investir até metade de seu saldo no FGTS em ações da Petrobras. Foram 310 mil os cidadãos que correram esse risco. Tiveram um rendimento de 680% contra 43% da remuneração do Fundo de Garantia. Se o novo Fundo é uma boa idéia, a aplicação pode ser voluntária, desde já, e não daqui a pelo menos dois anos. Se não há tanta certeza assim, as chaves das arcas do FGTS devem continuar onde sempre estiveram, na Caixa Econômica. Essas cautelas são necessárias porque todos os grandes ataques à bolsa da Viúva foram praticados em nome do progresso. Basta puxar pela memória e pensar o que foram os investimentos em Angra 1 e Angra 2 ou na Ferrovia Norte-Sul. Felizmente, ficaram de fora do projeto de Lula as obras de Angra 3 e o gasoduto TransPinel, de Hugo Chávez. Pena que a ekipekonômica tenha ficado curta de neurônios na hora de trabalhar o estímulo ao financiamento de casas para o andar de baixo. Isso porque ela se revelou espertíssima ao desonerar computadores para o andar de cima. Sempre que se retira um imposto cobrado sobre essas máquinas deve-se comemorar, mas não se pode esquecer que o novo teto de R$ 4 mil (US$ 1.900) para a isenção de PIS e Cofins é dinheiro suficiente para comprar os modelos mais caros e potentes do mercado nacional. No mercado americano, esse ervanário compra um daqueles Macintosh de 20 polegadas de dar água na boca.
As promessas de crescimento econômico feitas por Nosso Guia são como as notas de três reais. Ninguém pode dizer que são falsas, pois nunca se viu uma verdadeira. O espetáculo da segunda-feira indicou que terminaram as férias do companheiro e seu pacote não traduziu uma estratégia econômica, expressou apenas uma excitação marqueteira. Ouça-se esse blablablá: "Individualmente importantes e complementares dentro de suas respectivas áreas, os projetos sociais e de infra-estrutura selecionados estão estreitamente associados entre si. Na verdade, eles formam ambos um único conjunto voltado para a dupla tarefa de inserir de modo competitivo o país na economia mundial. (à) A seleção desses projetos obedece a uma finalidade operacional específica: submetê-los, a partir de agora, a um esquema especial de gerenciamento." Parece a parolagem do comissariado. Na verdade, é parte do lero-lero tucano no lançamento do pacote "Brasil em Ação", há dez anos. Seis rodovias do pacote desta semana atravessaram invictas quatro anos de tucanos e outros quatro de petistas. A principal novidade produzida por Nosso Guia foi uma tentativa de avanço sobre o patrimônio dos trabalhadores. Lula pediu ao Congresso que autorize o uso do dinheiro do FGTS para financiar obras públicas passando o risco de crédito dessas transações da Caixa Econômica para um comitê de comissários. Querem jogar entre R$ 5 bilhões e R$ 17 bilhões da caixa do FGTS num fundo de infra-estrutura. Se o negócio der errado, caberá ao Tesouro cobrir o buraco. Tesouro de quem? De Lula? De Guido Mantega? Não, o Tesouro dos impostos dos contribuintes. Nosso Guia poderia dar um exemplo de confiança na iniciativa entregando o seu cheque mensal de R$ 4.509,68 do Bolsa-Ditadura aos sábios que gerenciarão o fundo. O caráter compulsório desse avanço ofende a própria lógica do governo. No ano passado os trabalhadores puderam investir até metade de seu saldo no FGTS em ações da Petrobras. Foram 310 mil os cidadãos que correram esse risco. Tiveram um rendimento de 680% contra 43% da remuneração do Fundo de Garantia. Se o novo Fundo é uma boa idéia, a aplicação pode ser voluntária, desde já, e não daqui a pelo menos dois anos. Se não há tanta certeza assim, as chaves das arcas do FGTS devem continuar onde sempre estiveram, na Caixa Econômica. Essas cautelas são necessárias porque todos os grandes ataques à bolsa da Viúva foram praticados em nome do progresso. Basta puxar pela memória e pensar o que foram os investimentos em Angra 1 e Angra 2 ou na Ferrovia Norte-Sul. Felizmente, ficaram de fora do projeto de Lula as obras de Angra 3 e o gasoduto TransPinel, de Hugo Chávez. Pena que a ekipekonômica tenha ficado curta de neurônios na hora de trabalhar o estímulo ao financiamento de casas para o andar de baixo. Isso porque ela se revelou espertíssima ao desonerar computadores para o andar de cima. Sempre que se retira um imposto cobrado sobre essas máquinas deve-se comemorar, mas não se pode esquecer que o novo teto de R$ 4 mil (US$ 1.900) para a isenção de PIS e Cofins é dinheiro suficiente para comprar os modelos mais caros e potentes do mercado nacional. No mercado americano, esse ervanário compra um daqueles Macintosh de 20 polegadas de dar água na boca.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Salvador tem segunda mais cara refeição do país
Valor médio do almoço fora de casa na cidade é de R$16,94, abaixo apenas do preço em Brasília
Pedro Carvalho
Salvador tem a segunda mais cara refeição fora de casa do país. De acordo com levantamento requisitado pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), o valor médio do almoço é de R$16,94, abaixo apenas dos R$17,45 cobrados em Brasília. Foram avaliadas as categorias de restaurante do tipo comercial, self-service, executivo e a la carte. Neste último segmento, especificamente, a capital baiana tem o valor mais alto do Brasil, com a refeição custando, em média, R$29,53.
Surpreso com o resultado da pesquisa, o presidente da seccional baiana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, José Ronaldo Teixeira, disse não acreditar que os dados sejam influenciados pelo fato de Salvador ser uma cidade turística. “Hoje, temos muitos estabelecimentos de alto padrão, que devem ter influenciado no resultado final do levantamento”, disse. Mas, lembrou que dos cerca de dez mil restaurantes da cidade, apenas dois mil estão na formalidade, enquanto que 80% permanecem funcionando informalmente. “Temos que criar condições, junto com os poderes públicos, para mudar esta realidade”, citou.
A pesquisa da Assert, na verdade, teve como objetivo oferecer parâmetros para que os participantes do sistema de vales e tíquetes possam definir valores adequados à realidade de cada região do país. Foram pesquisados, pelo instituto TNS Interscience, 2.438 estabelecimentos de 32 municípios das cinco regiões do país. A avaliação considerou preços de refeições completas, que incluem prato principal, bebida, sobremesa e o cafezinho, tendo sido calculadas as médias de valores entre os pratos mais caros, mais baratos e mais vendidos. No caso dos restaurantes por quilo, foram considerados 500g de refeição, mais o valor de 200g de sobremesa, além do preço de uma lata de refrigerante ou de um copo de 300ml de suco de laranja.
Entre os 95 restaurantes pesquisados em Salvador, constatou-se que o valor médio nos estabelecimentos tipo comercial foi de R$8,78, praticamente o mesmo da média nacional, que foi de R$8,79. Já nos restaurantes self-service chegou a R$12,77, sendo elevado para R$24,84 nos executivos.
Esta é a quarta edição do estudo. “Ele apresenta o comportamento do comércio entre os meses de novembro e dezembro de 2006. O intuito é fazer um levantamento para que as empresas possam ajustar o valor do benefício que concedem aos seus funcionários, atendendo o que determina o Programa de Alimentação do Trabalhador em termos de alimentação adequada”, informou o presidente da Assert, Artur Almeida.
Fonte: Correio da Bahia
Pedro Carvalho
Salvador tem a segunda mais cara refeição fora de casa do país. De acordo com levantamento requisitado pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), o valor médio do almoço é de R$16,94, abaixo apenas dos R$17,45 cobrados em Brasília. Foram avaliadas as categorias de restaurante do tipo comercial, self-service, executivo e a la carte. Neste último segmento, especificamente, a capital baiana tem o valor mais alto do Brasil, com a refeição custando, em média, R$29,53.
Surpreso com o resultado da pesquisa, o presidente da seccional baiana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, José Ronaldo Teixeira, disse não acreditar que os dados sejam influenciados pelo fato de Salvador ser uma cidade turística. “Hoje, temos muitos estabelecimentos de alto padrão, que devem ter influenciado no resultado final do levantamento”, disse. Mas, lembrou que dos cerca de dez mil restaurantes da cidade, apenas dois mil estão na formalidade, enquanto que 80% permanecem funcionando informalmente. “Temos que criar condições, junto com os poderes públicos, para mudar esta realidade”, citou.
A pesquisa da Assert, na verdade, teve como objetivo oferecer parâmetros para que os participantes do sistema de vales e tíquetes possam definir valores adequados à realidade de cada região do país. Foram pesquisados, pelo instituto TNS Interscience, 2.438 estabelecimentos de 32 municípios das cinco regiões do país. A avaliação considerou preços de refeições completas, que incluem prato principal, bebida, sobremesa e o cafezinho, tendo sido calculadas as médias de valores entre os pratos mais caros, mais baratos e mais vendidos. No caso dos restaurantes por quilo, foram considerados 500g de refeição, mais o valor de 200g de sobremesa, além do preço de uma lata de refrigerante ou de um copo de 300ml de suco de laranja.
Entre os 95 restaurantes pesquisados em Salvador, constatou-se que o valor médio nos estabelecimentos tipo comercial foi de R$8,78, praticamente o mesmo da média nacional, que foi de R$8,79. Já nos restaurantes self-service chegou a R$12,77, sendo elevado para R$24,84 nos executivos.
Esta é a quarta edição do estudo. “Ele apresenta o comportamento do comércio entre os meses de novembro e dezembro de 2006. O intuito é fazer um levantamento para que as empresas possam ajustar o valor do benefício que concedem aos seus funcionários, atendendo o que determina o Programa de Alimentação do Trabalhador em termos de alimentação adequada”, informou o presidente da Assert, Artur Almeida.
Fonte: Correio da Bahia
BOM PACA
Por: Adriana Vandoni (*)
Certa vez ouvi uma história numa cidadezinha do interior que contava assim: uma esposa muito preocupada com a saúde do marido que bebia muita cerveja e por isso estava no hospital, tomou uma decisão. Foi até a Igreja e diante de Deus prometeu que se o marido ficasse bom ele nunca mais iria beber Brahma. Ela jurou, diante de todos os Santos, destravar o marido e fez uma promessa para ele cumprir. Curado, o marido soube da promessa, e como ainda estava debilitado a ponto de não conseguir catracar a esposa, teve que cumprir a promessa: passou a beber só antártica.
Mais ou menos assim que entendi o tal PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, anunciado pelo presidente Lula. O programa prevê, como forma para estimular a produção, renúncia fiscal de Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre o Imposto de Renda. Ambos fazem parte da composição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), isto quer dizer que haverá perda de receita para os estado e municípios e conseqüente redução da capacidade de investimento destes.
A intenção foi boa, mas pra quem? Ao desonerar apenas determinados setores: indústria de base e eletrônica, o governo aprofunda as desigualdades regionais. Os outros setores da economia continuarão com uma carga tributária de quase 40%.
Do investimento de R$ 503,9 bilhões, a maior parte sairá das estatais e, sobretudo da iniciativa privada. Do orçamento da União mesmo, sairá só R$ 67,8 bilhões ou 13,46% do total, recurso diretamente sob controle dos gestores públicos, ou seja, pra atender companheiro. Uma das maiores críticas dos empresários do setor produtivo está na falta de garantias aos investimentos que são moderados pelas Agências Reguladoras. “Uma despolitização das Agências Reguladoras seria crucial”, segundo um analista. Seria querer demais! Onde e como ficariam os “cumpanheiros”? Mas sobre esse assunto nada foi dito. Nada foi dito também sobre o tamanho e a má qualidade dos gastos públicos. Entre os gastos desnecessários estão as viagens. Ô povinho que gosta de viajar como esse do PT, tá pra nascer... só mesmo o apagão aéreo pra frear essa turma.
Levando em consideração o fato de que as estatais já vinham fazendo investimentos; que a iniciativa privada tem mais garantias e maior retorno em investimentos financeiros, estimulados pelas altas taxas de juros; que o incentivo à produção será debitado da conta dos estados e municípios que já estão com a corda no pescoço ... no lugar de destravar o Brasil o PAC vai fazer com que o país continue emPACado.
O que faltou? Talvez se a mulher do interior tivesse feito uma promessa pra ela própria cumprir, tipo deixar de fazer chapinha no cabelo por um ano, e tivesse procurado a ajuda da AAA (associação dos alcoólicos anônimos), seu marido ficaria curado.
Lula fez o mesmo. Prometeu pro outro cumprir. Se tivesse garantido redução da carga tributária e queda da taxa de juros, poderíamos acreditar que o Brasil seria destravado.
Ah, achei lindinho e até comovente o PAC apresentar como medida para crescimento econômico a criação de 700 vagas de estacionamento no aeroporto de Confins.
Essa eu concordo e admito! Nunca na história do Brasil houve uma visão tão estratégica de crescimento de longo prazo. Acho que o Brasil nunca mais será o mesmo depois dessas 700 vagas.
(*) Adriana Vandoni - é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ.
E-mail: avandoni@gmail.com Blog: www.argumentoeprosa.blogspot.com
Certa vez ouvi uma história numa cidadezinha do interior que contava assim: uma esposa muito preocupada com a saúde do marido que bebia muita cerveja e por isso estava no hospital, tomou uma decisão. Foi até a Igreja e diante de Deus prometeu que se o marido ficasse bom ele nunca mais iria beber Brahma. Ela jurou, diante de todos os Santos, destravar o marido e fez uma promessa para ele cumprir. Curado, o marido soube da promessa, e como ainda estava debilitado a ponto de não conseguir catracar a esposa, teve que cumprir a promessa: passou a beber só antártica.
Mais ou menos assim que entendi o tal PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, anunciado pelo presidente Lula. O programa prevê, como forma para estimular a produção, renúncia fiscal de Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre o Imposto de Renda. Ambos fazem parte da composição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), isto quer dizer que haverá perda de receita para os estado e municípios e conseqüente redução da capacidade de investimento destes.
A intenção foi boa, mas pra quem? Ao desonerar apenas determinados setores: indústria de base e eletrônica, o governo aprofunda as desigualdades regionais. Os outros setores da economia continuarão com uma carga tributária de quase 40%.
Do investimento de R$ 503,9 bilhões, a maior parte sairá das estatais e, sobretudo da iniciativa privada. Do orçamento da União mesmo, sairá só R$ 67,8 bilhões ou 13,46% do total, recurso diretamente sob controle dos gestores públicos, ou seja, pra atender companheiro. Uma das maiores críticas dos empresários do setor produtivo está na falta de garantias aos investimentos que são moderados pelas Agências Reguladoras. “Uma despolitização das Agências Reguladoras seria crucial”, segundo um analista. Seria querer demais! Onde e como ficariam os “cumpanheiros”? Mas sobre esse assunto nada foi dito. Nada foi dito também sobre o tamanho e a má qualidade dos gastos públicos. Entre os gastos desnecessários estão as viagens. Ô povinho que gosta de viajar como esse do PT, tá pra nascer... só mesmo o apagão aéreo pra frear essa turma.
Levando em consideração o fato de que as estatais já vinham fazendo investimentos; que a iniciativa privada tem mais garantias e maior retorno em investimentos financeiros, estimulados pelas altas taxas de juros; que o incentivo à produção será debitado da conta dos estados e municípios que já estão com a corda no pescoço ... no lugar de destravar o Brasil o PAC vai fazer com que o país continue emPACado.
O que faltou? Talvez se a mulher do interior tivesse feito uma promessa pra ela própria cumprir, tipo deixar de fazer chapinha no cabelo por um ano, e tivesse procurado a ajuda da AAA (associação dos alcoólicos anônimos), seu marido ficaria curado.
Lula fez o mesmo. Prometeu pro outro cumprir. Se tivesse garantido redução da carga tributária e queda da taxa de juros, poderíamos acreditar que o Brasil seria destravado.
Ah, achei lindinho e até comovente o PAC apresentar como medida para crescimento econômico a criação de 700 vagas de estacionamento no aeroporto de Confins.
Essa eu concordo e admito! Nunca na história do Brasil houve uma visão tão estratégica de crescimento de longo prazo. Acho que o Brasil nunca mais será o mesmo depois dessas 700 vagas.
(*) Adriana Vandoni - é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ.
E-mail: avandoni@gmail.com Blog: www.argumentoeprosa.blogspot.com
O show de maus modos de Arlindo Chinaglia
Conhecido pelas grosserias que costuma protagonizar, candidato a presidente da Câmara dá nova prova de despreparo para lidar com jornalistas
Procurado para uma entrevista pela repórter Soraia Costa, do Congresso em Foco, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), deu provas de que precisa fazer um curso intensivo de bons modos.
– Para onde você falou que é mesmo essa entrevista? – perguntou, em tom de desdém.
– Para o site Congresso em Foco – respondeu a repórter.
– Congresso em Foco? O que é isso? Já falei que não vou responder a nada. Não tenho tempo para perder com entrevistas. Tenho que trabalhar – encerrou, na presença de vários outros jornalistas, não sem antes lembrar que não estava dando entrevista exclusiva “nem para a Folha de S. Paulo”.
Se Chinaglia de fato desconhecesse a existência do Congresso em Foco, poderíamos concluir que se trata de um parlamentar desinformado. Alguém que não chegou à era da internet e que desconhece um veículo que, além de ser um dos mais acessados no Congresso Nacional, se tornou referência obrigatória de quem acompanha a política brasileira e é fonte constante de citações da imprensa tradicional e dos próprios congressistas.
Episódio recente demonstra, porém, que o petista que pretende presidir a Câmara dos Deputados conhece, sim, este site. Durante o período de votação do I Prêmio Congresso em Foco, realizado no final do ano passado, o gabinete de Chinaglia não apenas confirmava a participação do deputado na cerimônia de premiação, em 19 de dezembro, como vibrava com a perspectiva de o parlamentar ser um dos premiados.
Concluída a votação dos internautas, que conferiu a Arlindo Chinaglia uma 12ª colocação que não deveria ser motivo de desonra para ninguém, um assessor do líder governista telefonou para o Congresso em Foco com o objetivo de informar que seu chefe não compareceria à solenidade porque não faria sentido ele aparecer "para pegar um prêmio de 12º lugar”.
O episódio revela uma face pouco conhecida do parlamentar: sua vaidade. Não se pode dizer o mesmo da sua vocação autoritária e do seu estilo, digamos, nada cordato. Ambos são bem conhecidos.
O autoritarismo está flagrante, por exemplo, no seu pouco apreço pelo democrático hábito de dar entrevistas. De um representante do povo, eleito em 2006 deputado federal pela quarta vez, poderia se esperar tudo. Inclusive sua eventual preferência em dar entrevistas à Folha. OK, alguns talvez possam estranhar a predileção de um ex-trotskista pela chamada "imprensa burguesa" e o seu desdém por um veículo independente que se afirma, cada vez mais, como fonte alternativa de informação. Esse, porém, é o menor dos pecados.
Duro é aceitar a afirmação de que atender à imprensa é “perder tempo”. Como se não fosse obrigação de qualquer homem público prestar contas de seus atos ou divulgar suas idéias, sobretudo quando ele está envolvido na disputa de um cargo tão importante quanto a presidência da Câmara dos Deputados.
Quanto ao jeito Chinaglia de ser, este fez-se conhecer pela TV, em todo o país, no dia 6 de outubro de 2005, quando o deputado se desentendeu durante um debate em plenário com o primeiro-secretário da Mesa, deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE). Pôs o dedo na cara de Inocêncio, com o qual travou um bate-boca que só não terminou em luta corporal porque a turma do deixa-disso entrou em ação.
Também está viva na memória de quem acompanha o dia-a-dia do Parlamento brasileiro a lembrança do comportamento que o petista teve, no final do ano passado, no episódio em que a cúpula do Congresso tentou aumentar em mais de 90% a remuneração dos deputados e senadores, manobra barrada graças à interferência do Supremo Tribunal Federal. O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi apresentado erroneamente por parte da imprensa como o grande responsável pela operação fracassada.
Na verdade, Aldo era contra a decisão e só decidiu apoiá-la após ver que seria voto vencido. Os grandes artífices do movimento foram exatamente Arlindo Chinaglia e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos empenhados em lançar mão do chapéu alheio – no caso, o dinheiro do contribuinte – para garantir a vitória na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, a se realizar no próximo dia 1º.
Na atual campanha pela sucessão de Aldo, admitamos, Chinaglia tem feito algum esforço para colocar em cena outro personagem, simpático e bem-humorado. A máscara caiu diante de uma jovem repórter que ali nada fazia a não ser cumprir o seu trabalho.
Fonte:CongressoEmFoco.com
Procurado para uma entrevista pela repórter Soraia Costa, do Congresso em Foco, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), deu provas de que precisa fazer um curso intensivo de bons modos.
– Para onde você falou que é mesmo essa entrevista? – perguntou, em tom de desdém.
– Para o site Congresso em Foco – respondeu a repórter.
– Congresso em Foco? O que é isso? Já falei que não vou responder a nada. Não tenho tempo para perder com entrevistas. Tenho que trabalhar – encerrou, na presença de vários outros jornalistas, não sem antes lembrar que não estava dando entrevista exclusiva “nem para a Folha de S. Paulo”.
Se Chinaglia de fato desconhecesse a existência do Congresso em Foco, poderíamos concluir que se trata de um parlamentar desinformado. Alguém que não chegou à era da internet e que desconhece um veículo que, além de ser um dos mais acessados no Congresso Nacional, se tornou referência obrigatória de quem acompanha a política brasileira e é fonte constante de citações da imprensa tradicional e dos próprios congressistas.
Episódio recente demonstra, porém, que o petista que pretende presidir a Câmara dos Deputados conhece, sim, este site. Durante o período de votação do I Prêmio Congresso em Foco, realizado no final do ano passado, o gabinete de Chinaglia não apenas confirmava a participação do deputado na cerimônia de premiação, em 19 de dezembro, como vibrava com a perspectiva de o parlamentar ser um dos premiados.
Concluída a votação dos internautas, que conferiu a Arlindo Chinaglia uma 12ª colocação que não deveria ser motivo de desonra para ninguém, um assessor do líder governista telefonou para o Congresso em Foco com o objetivo de informar que seu chefe não compareceria à solenidade porque não faria sentido ele aparecer "para pegar um prêmio de 12º lugar”.
O episódio revela uma face pouco conhecida do parlamentar: sua vaidade. Não se pode dizer o mesmo da sua vocação autoritária e do seu estilo, digamos, nada cordato. Ambos são bem conhecidos.
O autoritarismo está flagrante, por exemplo, no seu pouco apreço pelo democrático hábito de dar entrevistas. De um representante do povo, eleito em 2006 deputado federal pela quarta vez, poderia se esperar tudo. Inclusive sua eventual preferência em dar entrevistas à Folha. OK, alguns talvez possam estranhar a predileção de um ex-trotskista pela chamada "imprensa burguesa" e o seu desdém por um veículo independente que se afirma, cada vez mais, como fonte alternativa de informação. Esse, porém, é o menor dos pecados.
Duro é aceitar a afirmação de que atender à imprensa é “perder tempo”. Como se não fosse obrigação de qualquer homem público prestar contas de seus atos ou divulgar suas idéias, sobretudo quando ele está envolvido na disputa de um cargo tão importante quanto a presidência da Câmara dos Deputados.
Quanto ao jeito Chinaglia de ser, este fez-se conhecer pela TV, em todo o país, no dia 6 de outubro de 2005, quando o deputado se desentendeu durante um debate em plenário com o primeiro-secretário da Mesa, deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE). Pôs o dedo na cara de Inocêncio, com o qual travou um bate-boca que só não terminou em luta corporal porque a turma do deixa-disso entrou em ação.
Também está viva na memória de quem acompanha o dia-a-dia do Parlamento brasileiro a lembrança do comportamento que o petista teve, no final do ano passado, no episódio em que a cúpula do Congresso tentou aumentar em mais de 90% a remuneração dos deputados e senadores, manobra barrada graças à interferência do Supremo Tribunal Federal. O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi apresentado erroneamente por parte da imprensa como o grande responsável pela operação fracassada.
Na verdade, Aldo era contra a decisão e só decidiu apoiá-la após ver que seria voto vencido. Os grandes artífices do movimento foram exatamente Arlindo Chinaglia e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos empenhados em lançar mão do chapéu alheio – no caso, o dinheiro do contribuinte – para garantir a vitória na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, a se realizar no próximo dia 1º.
Na atual campanha pela sucessão de Aldo, admitamos, Chinaglia tem feito algum esforço para colocar em cena outro personagem, simpático e bem-humorado. A máscara caiu diante de uma jovem repórter que ali nada fazia a não ser cumprir o seu trabalho.
Fonte:CongressoEmFoco.com
O show de maus modos de Arlindo Chinaglia
Conhecido pelas grosserias que costuma protagonizar, candidato a presidente da Câmara dá nova prova de despreparo para lidar com jornalistas
Procurado para uma entrevista pela repórter Soraia Costa, do Congresso em Foco, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), deu provas de que precisa fazer um curso intensivo de bons modos.
– Para onde você falou que é mesmo essa entrevista? – perguntou, em tom de desdém.
– Para o site Congresso em Foco – respondeu a repórter.
– Congresso em Foco? O que é isso? Já falei que não vou responder a nada. Não tenho tempo para perder com entrevistas. Tenho que trabalhar – encerrou, na presença de vários outros jornalistas, não sem antes lembrar que não estava dando entrevista exclusiva “nem para a Folha de S. Paulo”.
Se Chinaglia de fato desconhecesse a existência do Congresso em Foco, poderíamos concluir que se trata de um parlamentar desinformado. Alguém que não chegou à era da internet e que desconhece um veículo que, além de ser um dos mais acessados no Congresso Nacional, se tornou referência obrigatória de quem acompanha a política brasileira e é fonte constante de citações da imprensa tradicional e dos próprios congressistas.
Episódio recente demonstra, porém, que o petista que pretende presidir a Câmara dos Deputados conhece, sim, este site. Durante o período de votação do I Prêmio Congresso em Foco, realizado no final do ano passado, o gabinete de Chinaglia não apenas confirmava a participação do deputado na cerimônia de premiação, em 19 de dezembro, como vibrava com a perspectiva de o parlamentar ser um dos premiados.
Concluída a votação dos internautas, que conferiu a Arlindo Chinaglia uma 12ª colocação que não deveria ser motivo de desonra para ninguém, um assessor do líder governista telefonou para o Congresso em Foco com o objetivo de informar que seu chefe não compareceria à solenidade porque não faria sentido ele aparecer "para pegar um prêmio de 12º lugar”.
O episódio revela uma face pouco conhecida do parlamentar: sua vaidade. Não se pode dizer o mesmo da sua vocação autoritária e do seu estilo, digamos, nada cordato. Ambos são bem conhecidos.
O autoritarismo está flagrante, por exemplo, no seu pouco apreço pelo democrático hábito de dar entrevistas. De um representante do povo, eleito em 2006 deputado federal pela quarta vez, poderia se esperar tudo. Inclusive sua eventual preferência em dar entrevistas à Folha. OK, alguns talvez possam estranhar a predileção de um ex-trotskista pela chamada "imprensa burguesa" e o seu desdém por um veículo independente que se afirma, cada vez mais, como fonte alternativa de informação. Esse, porém, é o menor dos pecados.
Duro é aceitar a afirmação de que atender à imprensa é “perder tempo”. Como se não fosse obrigação de qualquer homem público prestar contas de seus atos ou divulgar suas idéias, sobretudo quando ele está envolvido na disputa de um cargo tão importante quanto a presidência da Câmara dos Deputados.
Quanto ao jeito Chinaglia de ser, este fez-se conhecer pela TV, em todo o país, no dia 6 de outubro de 2005, quando o deputado se desentendeu durante um debate em plenário com o primeiro-secretário da Mesa, deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE). Pôs o dedo na cara de Inocêncio, com o qual travou um bate-boca que só não terminou em luta corporal porque a turma do deixa-disso entrou em ação.
Também está viva na memória de quem acompanha o dia-a-dia do Parlamento brasileiro a lembrança do comportamento que o petista teve, no final do ano passado, no episódio em que a cúpula do Congresso tentou aumentar em mais de 90% a remuneração dos deputados e senadores, manobra barrada graças à interferência do Supremo Tribunal Federal. O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi apresentado erroneamente por parte da imprensa como o grande responsável pela operação fracassada.
Na verdade, Aldo era contra a decisão e só decidiu apoiá-la após ver que seria voto vencido. Os grandes artífices do movimento foram exatamente Arlindo Chinaglia e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos empenhados em lançar mão do chapéu alheio – no caso, o dinheiro do contribuinte – para garantir a vitória na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, a se realizar no próximo dia 1º.
Na atual campanha pela sucessão de Aldo, admitamos, Chinaglia tem feito algum esforço para colocar em cena outro personagem, simpático e bem-humorado. A máscara caiu diante de uma jovem repórter que ali nada fazia a não ser cumprir o seu trabalho.
Fonte:CongressoEmFoco.com
Procurado para uma entrevista pela repórter Soraia Costa, do Congresso em Foco, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), deu provas de que precisa fazer um curso intensivo de bons modos.
– Para onde você falou que é mesmo essa entrevista? – perguntou, em tom de desdém.
– Para o site Congresso em Foco – respondeu a repórter.
– Congresso em Foco? O que é isso? Já falei que não vou responder a nada. Não tenho tempo para perder com entrevistas. Tenho que trabalhar – encerrou, na presença de vários outros jornalistas, não sem antes lembrar que não estava dando entrevista exclusiva “nem para a Folha de S. Paulo”.
Se Chinaglia de fato desconhecesse a existência do Congresso em Foco, poderíamos concluir que se trata de um parlamentar desinformado. Alguém que não chegou à era da internet e que desconhece um veículo que, além de ser um dos mais acessados no Congresso Nacional, se tornou referência obrigatória de quem acompanha a política brasileira e é fonte constante de citações da imprensa tradicional e dos próprios congressistas.
Episódio recente demonstra, porém, que o petista que pretende presidir a Câmara dos Deputados conhece, sim, este site. Durante o período de votação do I Prêmio Congresso em Foco, realizado no final do ano passado, o gabinete de Chinaglia não apenas confirmava a participação do deputado na cerimônia de premiação, em 19 de dezembro, como vibrava com a perspectiva de o parlamentar ser um dos premiados.
Concluída a votação dos internautas, que conferiu a Arlindo Chinaglia uma 12ª colocação que não deveria ser motivo de desonra para ninguém, um assessor do líder governista telefonou para o Congresso em Foco com o objetivo de informar que seu chefe não compareceria à solenidade porque não faria sentido ele aparecer "para pegar um prêmio de 12º lugar”.
O episódio revela uma face pouco conhecida do parlamentar: sua vaidade. Não se pode dizer o mesmo da sua vocação autoritária e do seu estilo, digamos, nada cordato. Ambos são bem conhecidos.
O autoritarismo está flagrante, por exemplo, no seu pouco apreço pelo democrático hábito de dar entrevistas. De um representante do povo, eleito em 2006 deputado federal pela quarta vez, poderia se esperar tudo. Inclusive sua eventual preferência em dar entrevistas à Folha. OK, alguns talvez possam estranhar a predileção de um ex-trotskista pela chamada "imprensa burguesa" e o seu desdém por um veículo independente que se afirma, cada vez mais, como fonte alternativa de informação. Esse, porém, é o menor dos pecados.
Duro é aceitar a afirmação de que atender à imprensa é “perder tempo”. Como se não fosse obrigação de qualquer homem público prestar contas de seus atos ou divulgar suas idéias, sobretudo quando ele está envolvido na disputa de um cargo tão importante quanto a presidência da Câmara dos Deputados.
Quanto ao jeito Chinaglia de ser, este fez-se conhecer pela TV, em todo o país, no dia 6 de outubro de 2005, quando o deputado se desentendeu durante um debate em plenário com o primeiro-secretário da Mesa, deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE). Pôs o dedo na cara de Inocêncio, com o qual travou um bate-boca que só não terminou em luta corporal porque a turma do deixa-disso entrou em ação.
Também está viva na memória de quem acompanha o dia-a-dia do Parlamento brasileiro a lembrança do comportamento que o petista teve, no final do ano passado, no episódio em que a cúpula do Congresso tentou aumentar em mais de 90% a remuneração dos deputados e senadores, manobra barrada graças à interferência do Supremo Tribunal Federal. O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi apresentado erroneamente por parte da imprensa como o grande responsável pela operação fracassada.
Na verdade, Aldo era contra a decisão e só decidiu apoiá-la após ver que seria voto vencido. Os grandes artífices do movimento foram exatamente Arlindo Chinaglia e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos empenhados em lançar mão do chapéu alheio – no caso, o dinheiro do contribuinte – para garantir a vitória na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, a se realizar no próximo dia 1º.
Na atual campanha pela sucessão de Aldo, admitamos, Chinaglia tem feito algum esforço para colocar em cena outro personagem, simpático e bem-humorado. A máscara caiu diante de uma jovem repórter que ali nada fazia a não ser cumprir o seu trabalho.
Fonte:CongressoEmFoco.com
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Google Brasil é obrigado a apagar mensagens do Orkut
A Google Brasil está obrigada a tirar do Orkut, site de relacionamentos, todas as mensagens postadas nas comunidades de vítimas de erros médicos que envolvam o nome da empresa intermediadora de cirurgias plásticas Plano Top. A determinação é da 34ª Vara Cível de São Paulo, que concedeu liminar à empresa. Cabe recurso.
A determinação é de outubro do ano passado. Alguns textos já foram excluídos, mas novas mensagens estão sendo postadas. Por conta disso, Samantha Cristina D´Allago de Castro, advogada da empresa, entrou com um novo pedido. Desta vez, para incidir também multa por descumprimento de decisão.
De acordo com o processo, em setembro do ano passado, depois de duas rescisões contratuais, a empresa soube que seu nome estava sendo incluído em comunidades do Orkut que discutiam erro médico. Em um dos textos, uma suposta vítima dizia que tinha ido fazer uma mamoplastia e saiu da clínica mutilada. No final, afirmava: “aonde vc nunca deve fazer sua cirurgia PLANO TOP – AV. PAULISTA 491 10 ANDAR CJ 101” (sic).
Diversas mensagens como essa foram postadas nas comunidades. Por conta disso, clientes chegaram a encerrar o contrato com a Plano Top. Na Justiça, o argumento da empresa foi o de que nunca foi ré em ações de reparação por dano moral ou criminal. Também sustentou prejuízo econômico.
Além de pedir a retirada das mensagens das comunidades, a advogada solicitou o pagamento de multa diária de R$ 1 mil. A primeira instância paulista concedeu a liminar apenas para apagar as mensagens.
A Google do Brasil ainda não se manifestou no processo, nem juntou documento comprovando o cumprimento da ordem.
Google
Em agosto, a Google do Brasil foi obrigada a cumprir em 15 dias todas as ordens judiciais de quebra de sigilo telemático de comunidades e perfis do site de relacionamentos Orkut, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão foi do juiz José Marcos Lunardelli, da 17ª Vara Federal Cível de São Paulo.
Menos de uma semana depois, a empresa recorreu. Alegou que os dados dos usuários estão sob a gerência da Google Inc., com sede nos Estados Unidos, e, por isso, a decisão não poderia ser dirigida à Google Brasil.
A defesa alegou que a decisão é ineficaz, uma vez que não individualiza quais ordens foram descumpridas. Também ressaltou que “não houve descumprimento de nenhuma ordem”. Por último, a empresa questiona a legitimidade da Justiça Cível decidir a respeito do cumprimento de decisões proferidas pela Justiça Criminal.
Recentemente a Google Inc., a matriz americana da empresa que administra a maior ferramenta de busca da internet, admitiu que está disposta a colaborar com a Justiça brasileira no combate aos abusos no Orkut. Em declarações ao jornal Washington Post, a conselheira da empresa, Nicole Wong, disse que a matriz americana concordou em atender as petições redirecionadas pela Google Brasil à Google Inc. nos Estados Unidos.
Fonte: Revista Consultor Jurídico, 21 de janeiro de 2007
A determinação é de outubro do ano passado. Alguns textos já foram excluídos, mas novas mensagens estão sendo postadas. Por conta disso, Samantha Cristina D´Allago de Castro, advogada da empresa, entrou com um novo pedido. Desta vez, para incidir também multa por descumprimento de decisão.
De acordo com o processo, em setembro do ano passado, depois de duas rescisões contratuais, a empresa soube que seu nome estava sendo incluído em comunidades do Orkut que discutiam erro médico. Em um dos textos, uma suposta vítima dizia que tinha ido fazer uma mamoplastia e saiu da clínica mutilada. No final, afirmava: “aonde vc nunca deve fazer sua cirurgia PLANO TOP – AV. PAULISTA 491 10 ANDAR CJ 101” (sic).
Diversas mensagens como essa foram postadas nas comunidades. Por conta disso, clientes chegaram a encerrar o contrato com a Plano Top. Na Justiça, o argumento da empresa foi o de que nunca foi ré em ações de reparação por dano moral ou criminal. Também sustentou prejuízo econômico.
Além de pedir a retirada das mensagens das comunidades, a advogada solicitou o pagamento de multa diária de R$ 1 mil. A primeira instância paulista concedeu a liminar apenas para apagar as mensagens.
A Google do Brasil ainda não se manifestou no processo, nem juntou documento comprovando o cumprimento da ordem.
Em agosto, a Google do Brasil foi obrigada a cumprir em 15 dias todas as ordens judiciais de quebra de sigilo telemático de comunidades e perfis do site de relacionamentos Orkut, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão foi do juiz José Marcos Lunardelli, da 17ª Vara Federal Cível de São Paulo.
Menos de uma semana depois, a empresa recorreu. Alegou que os dados dos usuários estão sob a gerência da Google Inc., com sede nos Estados Unidos, e, por isso, a decisão não poderia ser dirigida à Google Brasil.
A defesa alegou que a decisão é ineficaz, uma vez que não individualiza quais ordens foram descumpridas. Também ressaltou que “não houve descumprimento de nenhuma ordem”. Por último, a empresa questiona a legitimidade da Justiça Cível decidir a respeito do cumprimento de decisões proferidas pela Justiça Criminal.
Recentemente a Google Inc., a matriz americana da empresa que administra a maior ferramenta de busca da internet, admitiu que está disposta a colaborar com a Justiça brasileira no combate aos abusos no Orkut. Em declarações ao jornal Washington Post, a conselheira da empresa, Nicole Wong, disse que a matriz americana concordou em atender as petições redirecionadas pela Google Brasil à Google Inc. nos Estados Unidos.
Fonte: Revista Consultor Jurídico, 21 de janeiro de 2007
Telefonia: veja o que muda com o sistema de minutos
O novo sistema de cobrança das ligações locais por minuto entrará em vigor em todo o País no dia 1º de agosto. Mas já a partir de março o cliente poderá escolher entre dois planos que as empresas de telefonia serão obrigadas a oferecer: o Plano Básico de Minutos (PMB) e o Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo).
Para saber qual o plano que se encaixa melhor no seu perfil, além de conhecer as diferenças entre eles, é necessário saber o que efetivamente muda do sistema de pulso para a cobrança por minuto.
Entenda o que é o sistema de pulso
Atualmente, as ligações locais de telefone fixo são cobradas pelo sistema de pulsos - calculados por um cronômetro digital que aumenta de acordo com o tempo da ligação. O primeiro segundo da chamada já consome um pulso. Em seguida, é cobrado o chamado pulso aleatório, que pode durar de um segundo até quatro minutos, dependendo do momento em que for iniciada a conversação.
O consumidor pode iniciar uma chamada quando o próximo pulso estiver prestes a ser cobrado, restando-lhe apenas um segundo. Por outro lado, pode ter a sorte de iniciar uma conversa quando o pulso acabou de ser computado, restando-lhe quase quatro minutos para falar, pagando apenas pelo primeiro pulso. Depois dessa etapa, o consumidor começa a pagar o pulso da conversação, que é cobrado a cada quatro minutos.
Críticas
O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti, afirma que a cobrança por pulsos foi substituída por ser considerada muito imprecisa. Ele explica que o método não permite o detalhamento das chamadas, não dá ao consumidor o acesso a informações como o número para os quais ligou, duração das ligações etc.
"A medição por pulsos não dá ao usuário a visibilidade sobre as chamadas realizadas e fragiliza a previsibilidade da utilização", afirma Pauletti. Outro ponto criticado é o fato de a quantidade de pulsos variar para chamadas com a mesma duração, dependendo do momento em que a ligação foi iniciada, por causa do chamado pulso aleatório.
Entenda o sistema por minutos
Com o novo sistema, as ligações locais serão cobradas por minuto transcorrido e não mais por pulso. O método permitirá que o cliente obtenha o detalhamento de sua conta, como a lista dos números para os quais ligou. Para isso, ele deverá entrar em contato com a empresa de telefonia para fazer a solicitação. O novo sistema é semelhante ao já utilizado para as chamadas de longa distância e para celulares.
Planos e tarifas
Os consumidores devem aderir até o dia 31 de julho a um dos dois planos de minutos que as empresas de telefonia serão obrigadas a oferecer no lugar do atual sistema de cobrança por pulso. Quem não fizer a migração até essa data passará automaticamente para o plano básico, segundo a Abrafix.
O Plano Básico de Minutos (PBM) é indicado para quem costuma fazer chamadas curtas. Já o Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo) é indicado aos consumidores que ficam mais tempo ao telefone e acessam a Internet discada.
Segundo Pauletti, cada plano é adequado a um determinado perfil de cliente. No plano básico, a assinatura de 200 minutos custará em média R$ 40, enquanto no Pasoo esse mesmo valor vem com uma franquia de 400 minutos. No entanto, no segundo plano há cobrança de taxa referente ao "completamento da chamada", ou seja, quando o outro lado da linha atende ao telefone, quatro minutos já são descontados nos 400 minutos, o que não acontece no plano básico.
Além disso, as tarifas de ligação também são diferentes em cada um dos planos. No básico, o minuto custa em média R$ 0,07 (em torno de R$ 0,10 com impostos), enquanto no Pasoo a mesma ligação sairá por R$ 0,02 (em torno de R$ 0,04 com impostos). Atualmente, o consumidor paga em média R$ 0,15 por pulso cobrado.
Fonte: Aquidauananews- tirado do Terra
Para saber qual o plano que se encaixa melhor no seu perfil, além de conhecer as diferenças entre eles, é necessário saber o que efetivamente muda do sistema de pulso para a cobrança por minuto.
Entenda o que é o sistema de pulso
Atualmente, as ligações locais de telefone fixo são cobradas pelo sistema de pulsos - calculados por um cronômetro digital que aumenta de acordo com o tempo da ligação. O primeiro segundo da chamada já consome um pulso. Em seguida, é cobrado o chamado pulso aleatório, que pode durar de um segundo até quatro minutos, dependendo do momento em que for iniciada a conversação.
O consumidor pode iniciar uma chamada quando o próximo pulso estiver prestes a ser cobrado, restando-lhe apenas um segundo. Por outro lado, pode ter a sorte de iniciar uma conversa quando o pulso acabou de ser computado, restando-lhe quase quatro minutos para falar, pagando apenas pelo primeiro pulso. Depois dessa etapa, o consumidor começa a pagar o pulso da conversação, que é cobrado a cada quatro minutos.
Críticas
O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti, afirma que a cobrança por pulsos foi substituída por ser considerada muito imprecisa. Ele explica que o método não permite o detalhamento das chamadas, não dá ao consumidor o acesso a informações como o número para os quais ligou, duração das ligações etc.
"A medição por pulsos não dá ao usuário a visibilidade sobre as chamadas realizadas e fragiliza a previsibilidade da utilização", afirma Pauletti. Outro ponto criticado é o fato de a quantidade de pulsos variar para chamadas com a mesma duração, dependendo do momento em que a ligação foi iniciada, por causa do chamado pulso aleatório.
Entenda o sistema por minutos
Com o novo sistema, as ligações locais serão cobradas por minuto transcorrido e não mais por pulso. O método permitirá que o cliente obtenha o detalhamento de sua conta, como a lista dos números para os quais ligou. Para isso, ele deverá entrar em contato com a empresa de telefonia para fazer a solicitação. O novo sistema é semelhante ao já utilizado para as chamadas de longa distância e para celulares.
Planos e tarifas
Os consumidores devem aderir até o dia 31 de julho a um dos dois planos de minutos que as empresas de telefonia serão obrigadas a oferecer no lugar do atual sistema de cobrança por pulso. Quem não fizer a migração até essa data passará automaticamente para o plano básico, segundo a Abrafix.
O Plano Básico de Minutos (PBM) é indicado para quem costuma fazer chamadas curtas. Já o Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo) é indicado aos consumidores que ficam mais tempo ao telefone e acessam a Internet discada.
Segundo Pauletti, cada plano é adequado a um determinado perfil de cliente. No plano básico, a assinatura de 200 minutos custará em média R$ 40, enquanto no Pasoo esse mesmo valor vem com uma franquia de 400 minutos. No entanto, no segundo plano há cobrança de taxa referente ao "completamento da chamada", ou seja, quando o outro lado da linha atende ao telefone, quatro minutos já são descontados nos 400 minutos, o que não acontece no plano básico.
Além disso, as tarifas de ligação também são diferentes em cada um dos planos. No básico, o minuto custa em média R$ 0,07 (em torno de R$ 0,10 com impostos), enquanto no Pasoo a mesma ligação sairá por R$ 0,02 (em torno de R$ 0,04 com impostos). Atualmente, o consumidor paga em média R$ 0,15 por pulso cobrado.
Fonte: Aquidauananews- tirado do Terra
Telefonia: veja o que muda com o sistema de minutos
O novo sistema de cobrança das ligações locais por minuto entrará em vigor em todo o País no dia 1º de agosto. Mas já a partir de março o cliente poderá escolher entre dois planos que as empresas de telefonia serão obrigadas a oferecer: o Plano Básico de Minutos (PMB) e o Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo).
Para saber qual o plano que se encaixa melhor no seu perfil, além de conhecer as diferenças entre eles, é necessário saber o que efetivamente muda do sistema de pulso para a cobrança por minuto.
Entenda o que é o sistema de pulso
Atualmente, as ligações locais de telefone fixo são cobradas pelo sistema de pulsos - calculados por um cronômetro digital que aumenta de acordo com o tempo da ligação. O primeiro segundo da chamada já consome um pulso. Em seguida, é cobrado o chamado pulso aleatório, que pode durar de um segundo até quatro minutos, dependendo do momento em que for iniciada a conversação.
O consumidor pode iniciar uma chamada quando o próximo pulso estiver prestes a ser cobrado, restando-lhe apenas um segundo. Por outro lado, pode ter a sorte de iniciar uma conversa quando o pulso acabou de ser computado, restando-lhe quase quatro minutos para falar, pagando apenas pelo primeiro pulso. Depois dessa etapa, o consumidor começa a pagar o pulso da conversação, que é cobrado a cada quatro minutos.
Críticas
O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti, afirma que a cobrança por pulsos foi substituída por ser considerada muito imprecisa. Ele explica que o método não permite o detalhamento das chamadas, não dá ao consumidor o acesso a informações como o número para os quais ligou, duração das ligações etc.
"A medição por pulsos não dá ao usuário a visibilidade sobre as chamadas realizadas e fragiliza a previsibilidade da utilização", afirma Pauletti. Outro ponto criticado é o fato de a quantidade de pulsos variar para chamadas com a mesma duração, dependendo do momento em que a ligação foi iniciada, por causa do chamado pulso aleatório.
Entenda o sistema por minutos
Com o novo sistema, as ligações locais serão cobradas por minuto transcorrido e não mais por pulso. O método permitirá que o cliente obtenha o detalhamento de sua conta, como a lista dos números para os quais ligou. Para isso, ele deverá entrar em contato com a empresa de telefonia para fazer a solicitação. O novo sistema é semelhante ao já utilizado para as chamadas de longa distância e para celulares.
Planos e tarifas
Os consumidores devem aderir até o dia 31 de julho a um dos dois planos de minutos que as empresas de telefonia serão obrigadas a oferecer no lugar do atual sistema de cobrança por pulso. Quem não fizer a migração até essa data passará automaticamente para o plano básico, segundo a Abrafix.
O Plano Básico de Minutos (PBM) é indicado para quem costuma fazer chamadas curtas. Já o Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo) é indicado aos consumidores que ficam mais tempo ao telefone e acessam a Internet discada.
Segundo Pauletti, cada plano é adequado a um determinado perfil de cliente. No plano básico, a assinatura de 200 minutos custará em média R$ 40, enquanto no Pasoo esse mesmo valor vem com uma franquia de 400 minutos. No entanto, no segundo plano há cobrança de taxa referente ao "completamento da chamada", ou seja, quando o outro lado da linha atende ao telefone, quatro minutos já são descontados nos 400 minutos, o que não acontece no plano básico.
Além disso, as tarifas de ligação também são diferentes em cada um dos planos. No básico, o minuto custa em média R$ 0,07 (em torno de R$ 0,10 com impostos), enquanto no Pasoo a mesma ligação sairá por R$ 0,02 (em torno de R$ 0,04 com impostos). Atualmente, o consumidor paga em média R$ 0,15 por pulso cobrado.
Fonte: Aquidauananews- tirado do Terra
Para saber qual o plano que se encaixa melhor no seu perfil, além de conhecer as diferenças entre eles, é necessário saber o que efetivamente muda do sistema de pulso para a cobrança por minuto.
Entenda o que é o sistema de pulso
Atualmente, as ligações locais de telefone fixo são cobradas pelo sistema de pulsos - calculados por um cronômetro digital que aumenta de acordo com o tempo da ligação. O primeiro segundo da chamada já consome um pulso. Em seguida, é cobrado o chamado pulso aleatório, que pode durar de um segundo até quatro minutos, dependendo do momento em que for iniciada a conversação.
O consumidor pode iniciar uma chamada quando o próximo pulso estiver prestes a ser cobrado, restando-lhe apenas um segundo. Por outro lado, pode ter a sorte de iniciar uma conversa quando o pulso acabou de ser computado, restando-lhe quase quatro minutos para falar, pagando apenas pelo primeiro pulso. Depois dessa etapa, o consumidor começa a pagar o pulso da conversação, que é cobrado a cada quatro minutos.
Críticas
O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti, afirma que a cobrança por pulsos foi substituída por ser considerada muito imprecisa. Ele explica que o método não permite o detalhamento das chamadas, não dá ao consumidor o acesso a informações como o número para os quais ligou, duração das ligações etc.
"A medição por pulsos não dá ao usuário a visibilidade sobre as chamadas realizadas e fragiliza a previsibilidade da utilização", afirma Pauletti. Outro ponto criticado é o fato de a quantidade de pulsos variar para chamadas com a mesma duração, dependendo do momento em que a ligação foi iniciada, por causa do chamado pulso aleatório.
Entenda o sistema por minutos
Com o novo sistema, as ligações locais serão cobradas por minuto transcorrido e não mais por pulso. O método permitirá que o cliente obtenha o detalhamento de sua conta, como a lista dos números para os quais ligou. Para isso, ele deverá entrar em contato com a empresa de telefonia para fazer a solicitação. O novo sistema é semelhante ao já utilizado para as chamadas de longa distância e para celulares.
Planos e tarifas
Os consumidores devem aderir até o dia 31 de julho a um dos dois planos de minutos que as empresas de telefonia serão obrigadas a oferecer no lugar do atual sistema de cobrança por pulso. Quem não fizer a migração até essa data passará automaticamente para o plano básico, segundo a Abrafix.
O Plano Básico de Minutos (PBM) é indicado para quem costuma fazer chamadas curtas. Já o Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo) é indicado aos consumidores que ficam mais tempo ao telefone e acessam a Internet discada.
Segundo Pauletti, cada plano é adequado a um determinado perfil de cliente. No plano básico, a assinatura de 200 minutos custará em média R$ 40, enquanto no Pasoo esse mesmo valor vem com uma franquia de 400 minutos. No entanto, no segundo plano há cobrança de taxa referente ao "completamento da chamada", ou seja, quando o outro lado da linha atende ao telefone, quatro minutos já são descontados nos 400 minutos, o que não acontece no plano básico.
Além disso, as tarifas de ligação também são diferentes em cada um dos planos. No básico, o minuto custa em média R$ 0,07 (em torno de R$ 0,10 com impostos), enquanto no Pasoo a mesma ligação sairá por R$ 0,02 (em torno de R$ 0,04 com impostos). Atualmente, o consumidor paga em média R$ 0,15 por pulso cobrado.
Fonte: Aquidauananews- tirado do Terra
Um Bolivar de hospício
Ditador da Argentina no começo dos anos 80, o general Leopoldo Galtieri apreciava uísque e cinema. Viu o filme que conta a história do general George Patton e, embalado por meia dúzia de tragos, achou-se muito parecido com o colega americano. Algumas doses depois, resolvera retomar da Inglaterra, à bala, as Ilhas Malvinas. Só depois da derrota humilhante Galtieri entendeu que não tinha semelhanças com Patton. Era parecido com o ator George C. Scott, que interpretou no cinema o general de verdade.
Quem acreditou que venceria os exércitos ingleses, portanto, não foi um sargentão argentino. Foi um herói da Segunda Guerra. Essa divertida teoria do jornalista Elio Gaspari é a melhor explicação para a Guerra das Malvinas. Pode ser útil aos interessados em decifrar outras maluquices sul-americanas.
O venezuelano Hugo Chávez, por exemplo, chegou ao poder nos anos 90 já autonomeado "herdeiro político de Simon Bolivar". Logo decidiu que era muito mais que isso. Era a reencarnação do mitológico El Libertador.
A cópia é claramente inferior ao original. Bolivar prezava a liberdade e a democracia. Chávez é só mais um tiranete obcecado pelo poder sem limites. Homem refinado, Bolivar teve uma formação cultural cuja solidez contrasta penosamente com a indigência intelectual e a grosseria de Chávez.
Alheio às diferenças evidentes, a reprodução promete superar o modelo. Bolivar liderou boa parte do subcontinente na guerra de libertação que expulsou os colonizadores espanhóis. Hugo Chávez quer livrar a América do Sul, e depois o mundo, das garras do imperialismo ianque.
"Vou descontaminar o Mercosul", avisou ao pousar no Rio, quinta-feira, para a reunião dos integrantes do bloco. Chávez chegou pronto para assumir o comando, conceder uma carteirinha de sócio ao companheiro boliviano Evo Morales e mudar o rumo e o ritmo das coisas.
Sempre teve milhões de petrodólares no bolso. Agora tem uma idéia na cabeça: implantar na Venezuela, mais tarde em toda a América, depois no restante do planeta, o "socialismo do século 21". Ainda não explicou o que é ou como funciona seu invento ideológico. Pelo entusiasmo do criador, não é pouca coisa.
"O socialismo do século 21 é a grande arma para evitar a contaminação do imperialismo e do neoliberalismo", garante. Teria enfim surgido a versão ultramoderna do sonho soterrado pelos escombros do Muro de Berlim? "Não tem nada a ver com o socialismo adotado pela antiga União Soviética", limitou-se a despistar.
Seja qual for o país que governe, qualquer maluco no poder é um perigo. Merece atenções especiais. Um doidão abarrotado de petrodólares exige estreita vigilância. Controlada por Fidel Castro, uma ilha do Caribe quase desencadeou, em 1963, a Terceira Guerra Mundial. A Venezuela é maior, mais influente e mais rica que Cuba. Chávez tem menos juízo que Fidel. E pensa que é Simon Bolivar.
Isso ainda acaba mal.
Fonte: JB Online
Quem acreditou que venceria os exércitos ingleses, portanto, não foi um sargentão argentino. Foi um herói da Segunda Guerra. Essa divertida teoria do jornalista Elio Gaspari é a melhor explicação para a Guerra das Malvinas. Pode ser útil aos interessados em decifrar outras maluquices sul-americanas.
O venezuelano Hugo Chávez, por exemplo, chegou ao poder nos anos 90 já autonomeado "herdeiro político de Simon Bolivar". Logo decidiu que era muito mais que isso. Era a reencarnação do mitológico El Libertador.
A cópia é claramente inferior ao original. Bolivar prezava a liberdade e a democracia. Chávez é só mais um tiranete obcecado pelo poder sem limites. Homem refinado, Bolivar teve uma formação cultural cuja solidez contrasta penosamente com a indigência intelectual e a grosseria de Chávez.
Alheio às diferenças evidentes, a reprodução promete superar o modelo. Bolivar liderou boa parte do subcontinente na guerra de libertação que expulsou os colonizadores espanhóis. Hugo Chávez quer livrar a América do Sul, e depois o mundo, das garras do imperialismo ianque.
"Vou descontaminar o Mercosul", avisou ao pousar no Rio, quinta-feira, para a reunião dos integrantes do bloco. Chávez chegou pronto para assumir o comando, conceder uma carteirinha de sócio ao companheiro boliviano Evo Morales e mudar o rumo e o ritmo das coisas.
Sempre teve milhões de petrodólares no bolso. Agora tem uma idéia na cabeça: implantar na Venezuela, mais tarde em toda a América, depois no restante do planeta, o "socialismo do século 21". Ainda não explicou o que é ou como funciona seu invento ideológico. Pelo entusiasmo do criador, não é pouca coisa.
"O socialismo do século 21 é a grande arma para evitar a contaminação do imperialismo e do neoliberalismo", garante. Teria enfim surgido a versão ultramoderna do sonho soterrado pelos escombros do Muro de Berlim? "Não tem nada a ver com o socialismo adotado pela antiga União Soviética", limitou-se a despistar.
Seja qual for o país que governe, qualquer maluco no poder é um perigo. Merece atenções especiais. Um doidão abarrotado de petrodólares exige estreita vigilância. Controlada por Fidel Castro, uma ilha do Caribe quase desencadeou, em 1963, a Terceira Guerra Mundial. A Venezuela é maior, mais influente e mais rica que Cuba. Chávez tem menos juízo que Fidel. E pensa que é Simon Bolivar.
Isso ainda acaba mal.
Fonte: JB Online
O repouso dos deputados por um mês
A pior legislatura de todos os tempos termina com mais uma manifestação de cinismo e desprezo explícitos pelo suado e minguado dinheiro do contribuinte. A posse dos quatro suplentes no Senado, reunindo mais de 700 pessoas, fez mais sucesso que a de Lula, pois lotou o plenário, enquanto o cerimonial da Presidência da República não conseguiu preencher todos os lugares na solenidade protagonizada pelo chefe. Sem receber um mísero voto na eleição que os habilitou às suplências, esses senhores substituirão governadores que cumpriram a metade dos mandatos de 8 anos.
Ao contrário destes, todos os 23 suplentes que assumiram os postos de deputados na Câmara chegaram aos postos pelo voto, mas nem por isso o desperdício do dinheiro público é menos acintoso. Cada um desses senhores vai custar ao Erário a bagatela de R$ 85 mil mensais no mandato de apenas um mês em salário, verba de gabinete, pagamento de gastos em seus Estados de origem, auxílio-moradia e correios e telégrafos. Os gastos com passagens aéreas não são padronizados: quem mora perto de Brasília recebe até R$ 4,1 mil e os mais distantes, R$ 15,7 mil. Todos, contudo, têm um destino comum neste mês: ninguém trabalhará um único dia, pois parlamentares e funcionários do Legislativo estão em pleno gozo de suas férias de fim de ano. “A Câmara está de recesso. O plenário não abre, as comissões não funcionam”, informou o secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna de Paiva, que justificou o gasto com os colegas com base na exigência constitucional de que a Câmara fique sempre com seu quadro completo. Ah, sim!
Para que o preceito da Constituição seja cumprido, os donos dos mandatos de um mês receberão um bom dinheirinho para não trabalhar. Um deles, Osório Adriano (PFL-DF), reconheceu explicitamente essa condição. Substituto de José Roberto Arruda (PFL), que deixou o mandato a um mês do fim para assumir o governo do Distrito Federal, e sem ter conseguido se eleger para o quadro definitivo no ano passado, ficando novamente na suplência, ele voltará ao plenário na próxima legislatura para ocupar o posto que ficará vago pois o eleito Alberto Fraga (PFL) assumirá uma secretaria do novo governo. Questionado sobre o que fará para merecer seu quinhão, ele respondeu: “Vou descansar.”
Fonte: A TARDE
Ao contrário destes, todos os 23 suplentes que assumiram os postos de deputados na Câmara chegaram aos postos pelo voto, mas nem por isso o desperdício do dinheiro público é menos acintoso. Cada um desses senhores vai custar ao Erário a bagatela de R$ 85 mil mensais no mandato de apenas um mês em salário, verba de gabinete, pagamento de gastos em seus Estados de origem, auxílio-moradia e correios e telégrafos. Os gastos com passagens aéreas não são padronizados: quem mora perto de Brasília recebe até R$ 4,1 mil e os mais distantes, R$ 15,7 mil. Todos, contudo, têm um destino comum neste mês: ninguém trabalhará um único dia, pois parlamentares e funcionários do Legislativo estão em pleno gozo de suas férias de fim de ano. “A Câmara está de recesso. O plenário não abre, as comissões não funcionam”, informou o secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna de Paiva, que justificou o gasto com os colegas com base na exigência constitucional de que a Câmara fique sempre com seu quadro completo. Ah, sim!
Para que o preceito da Constituição seja cumprido, os donos dos mandatos de um mês receberão um bom dinheirinho para não trabalhar. Um deles, Osório Adriano (PFL-DF), reconheceu explicitamente essa condição. Substituto de José Roberto Arruda (PFL), que deixou o mandato a um mês do fim para assumir o governo do Distrito Federal, e sem ter conseguido se eleger para o quadro definitivo no ano passado, ficando novamente na suplência, ele voltará ao plenário na próxima legislatura para ocupar o posto que ficará vago pois o eleito Alberto Fraga (PFL) assumirá uma secretaria do novo governo. Questionado sobre o que fará para merecer seu quinhão, ele respondeu: “Vou descansar.”
Fonte: A TARDE
quinta-feira, janeiro 11, 2007
TUTTY Vasques
Gritaria inútil
O que tem de gente que nunca assistiu ao programa de Daniella Cicarelli na MTV aderindo ao boicote ao programa de Daniella Cicarelli na MTV dá bem uma idéia das conseqüências da briga da apresentadora com o You Tube.
Big entradas
É impressionante como, a cada edição do “Big Brother Brasil”, são maiores as entradas de Pedro Bial. Boninho calcula que o apresentador estará irremediavelmente careca no BBB 10.
Tamanho não é documento
Esse tal de “plano de aceleração do crescimento” do governo, francamente, parece aqueles spans tipo “aumente seu pênis” ou “melhore seu vigor sexual”.
Ô, raça!
Sem You Tube, brasileiro fica sem ter o que fazer no trabalho. Tem gente já pensando em pedir demissão.
Faz sentido
Cheiro que deixou Nova York sob alerta pode ser de alguma coisa nova que o Gerald Thomas está fumando. Antigamente era aquele Gauloise, hoje não sei mais.
Fede, não Fed
Antes que o mercado fique nervoso, é bom deixar claro que o mau cheiro que tomou as ruas de Nova York não tem nada a ver com a reunião do Fed.
Doidinho
Pedro Bial está ansioso: “Quando, afinal, 2007 vai começar?” O jornalista, como se vê, já entrou no clima de um novo Big Brother Brasil.
Especialista
O futebol carioca está em festa! Júnior Baiano vai disputar o Estadual pelo América. Promessa de belos gols contra.
Parceria
O carioca está mais tranqüilo: Lula prometeu a Sérgio Cabral mandar o Sol para o Rio de Janeiro.
Vida que segue
Um dia depois de sentir algo estranho no ar, a população de Manhattan voltou a cheirar o mesmo de sempre. Não é pOuca coisa!
Fenômeno da natureza
Chávez faz mais estragos na Venezuela do que chuvas no Brasil. A bolsa de valores de lá está caindo mais que barreira em Friburgo (RJ). Essas coisas a oposição não vê. Ô, raça!
Esse é o cara!
Clodovil Hernandes vai procurar os colegas Fernando Gabeira e Luiza Erundina. Quer ser o líder da chamada “terceira via” no Congresso. Questão de experiência!
Deixa o homem descansar
Lula deu uma ordem ao pessoal que o acompanha nas férias no Guarujá: “Se o Sérgio Cabral ligar diga que não estou.” Todo dia o governador telefona pra pedir alguma coisa, caramba!
Confirmado
Ainda que não chegue em peso para o Carnaval, a Força Nacional de Segurança deve abrir o Desfile das Campeãs no sábado, 24 de fevereiro.
Dá-lhe Zé
José Wilker está fazendo papel do bom e velho José Mayer em “Amazônia”. Pega todas as mulheres da minissérie.
tutty@nominimo.ibest.com.br
O que tem de gente que nunca assistiu ao programa de Daniella Cicarelli na MTV aderindo ao boicote ao programa de Daniella Cicarelli na MTV dá bem uma idéia das conseqüências da briga da apresentadora com o You Tube.
Big entradas
É impressionante como, a cada edição do “Big Brother Brasil”, são maiores as entradas de Pedro Bial. Boninho calcula que o apresentador estará irremediavelmente careca no BBB 10.
Tamanho não é documento
Esse tal de “plano de aceleração do crescimento” do governo, francamente, parece aqueles spans tipo “aumente seu pênis” ou “melhore seu vigor sexual”.
Ô, raça!
Sem You Tube, brasileiro fica sem ter o que fazer no trabalho. Tem gente já pensando em pedir demissão.
Faz sentido
Cheiro que deixou Nova York sob alerta pode ser de alguma coisa nova que o Gerald Thomas está fumando. Antigamente era aquele Gauloise, hoje não sei mais.
Fede, não Fed
Antes que o mercado fique nervoso, é bom deixar claro que o mau cheiro que tomou as ruas de Nova York não tem nada a ver com a reunião do Fed.
Doidinho
Pedro Bial está ansioso: “Quando, afinal, 2007 vai começar?” O jornalista, como se vê, já entrou no clima de um novo Big Brother Brasil.
Especialista
O futebol carioca está em festa! Júnior Baiano vai disputar o Estadual pelo América. Promessa de belos gols contra.
Parceria
O carioca está mais tranqüilo: Lula prometeu a Sérgio Cabral mandar o Sol para o Rio de Janeiro.
Vida que segue
Um dia depois de sentir algo estranho no ar, a população de Manhattan voltou a cheirar o mesmo de sempre. Não é pOuca coisa!
Fenômeno da natureza
Chávez faz mais estragos na Venezuela do que chuvas no Brasil. A bolsa de valores de lá está caindo mais que barreira em Friburgo (RJ). Essas coisas a oposição não vê. Ô, raça!
Esse é o cara!
Clodovil Hernandes vai procurar os colegas Fernando Gabeira e Luiza Erundina. Quer ser o líder da chamada “terceira via” no Congresso. Questão de experiência!
Deixa o homem descansar
Lula deu uma ordem ao pessoal que o acompanha nas férias no Guarujá: “Se o Sérgio Cabral ligar diga que não estou.” Todo dia o governador telefona pra pedir alguma coisa, caramba!
Confirmado
Ainda que não chegue em peso para o Carnaval, a Força Nacional de Segurança deve abrir o Desfile das Campeãs no sábado, 24 de fevereiro.
Dá-lhe Zé
José Wilker está fazendo papel do bom e velho José Mayer em “Amazônia”. Pega todas as mulheres da minissérie.
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