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quarta-feira, janeiro 08, 2025

Macron, da França, acusa Musk de apoiar uma “internacional reacionária”

Publicado em 7 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet

Blitz de Macron com Musk evidencia disputa global por atração de carro elétrico

Macron teme que Musk apoie a radical Marine Le Pen

Mario Sabino
Metrópoles

Depois de ajudar a eleger Donald Trump, Elon Musk está empenhado em fortalecer a direita radical na Europa. Em dezembro, ele meteu o bedelho na política da Alemanha, onde tem grandes investimentos, para a irritação do chanceler Olaf Scholz, que está para ser defenestrado.

Em artigo publicado em um grande jornal alemão, ele apoiou o partido da direita radical nas eleições que ocorrerão em fevereiro, dizendo que a Alternativa para a Alemanha, esse é o nome da agremiação, era “a última centelha de esperança” para um país que chafurdaria na mediocridade e estaria ameaçado de perder a identidade cultural por causa da imigração em massa.

MACRON REVIDA – Elon Musk suscita tanto incômodo que o presidente francês Emmanuel Macron, que posava de amigo do dono da Testa e da Starlink e o recebeu no Palácio do Eliseu na recepção a chefes de governo e de Estado na noite de reabertura da Notre-Name, afirmou a uma plateia de embaixadores, em Paris, que Elon Musk apoia uma “internacional reacionária”.

“Há 10 anos, se tivessem dito que o dono de uma das maiores redes sociais do mundo apoiaria uma nova internacional reacionária e interviria diretamente em eleições, inclusive na Alemanha, quem poderia acreditar?”, disse Emmanuel Macron, que teme que a rival Marine Le Pen, da direita radical, seja a sua sucessora em 2027.

O novo amigo de infância de Donald Trump também embaralha o jogo político no Reino Unido.

DANDO PITACO – Na rede social X, de sua propriedade, Elon Musk disse que o primeiro-ministro Keir Starmer, do Partido Trabalhista, cuja popularidade está em queda livre, deveria ser preso por “cumplicidade no estupro de britânicos”.

Com a sua postagem, ele reavivou um escândalo de proporções gigantescas: durante 16 anos, de 1997 até 2013, 1.400 crianças foram estupradas e abusadas sexualmente, em cidades no norte da Inglaterra, e as autoridades responsáveis pela investigação dos casos estão sendo acusadas de beneficiar os criminosos.

O premier Keir Starmer era chefe dos promotores encarregados de investigar o crime.

PARA ACOBERTAR… – Starmer teria atuado, juntamente com colegas seus, para acobertar estupradores e abusadores, boa parte pertencente a bandos organizados, porque a quase totalidade dos celerados é de cidadãos britânicos de origem paquistanesa.

A justificativa era que, se a identidade dos criminosos viesse a público, isso poderia causar tensões raciais. Teriam contado para isso com a cumplicidade de políticos e autoridades locais.

A brecha para que Elon Musk entrasse na história foi a recusa do governo de Keir Starmer de reabrir o caso dos estupros e abusos a pedido das autoridades municipais de Oldham, uma das cidades que foram cenário dos crimes. Elas queriam voltar a investigar o que ocorreu localmente.

STARMER REAGE – O premier declarou que Elon Musk espalha “mentiras e desinformação”, mas o histrionismo do neotrumpista não deve servir, ele também, para encobrir um horror que pode ser ainda mais extenso: acredita-se que as gangues de estupradores vinham agindo desde a década de 1970.

A jornalista americana Bari Weiss, ex-editora de opinião do New York Times, jornal do qual saiu por causa da patrulha esquerdista, e fundadora do The Free Press, deu a justa medida dessa vergonha que não deveria ser varrida outra vez para debaixo do tapete. Porque o que houve foram algumas poucas e simbólicas condenações, na década de 2010. Bari Weiss escreveu o seguinte no X:

“O escândalo já está remodelando a política britânica. Não é apenas sobre a natureza hedionda dos crimes. É porque todos os níveis do sistema britânico estão implicados no encobrimento.

MUITOS ERROS – “Assistentes sociais foram intimidados a silenciar. A polícia local ignorou, desculpou e até mesmo incitou estupradores pedófilos em dezenas de cidades.

Policiais sêniores e funcionários do Ministério do Interior evitaram agir deliberadamente, em nome da manutenção do que chamavam de ‘relações comunitárias’. Vereadores locais e membros do Parlamento rejeitaram pedidos para ajudar pais de crianças estupradas”.

Instituições de caridade, ONGs e parlamentares trabalhistas acusaram aqueles que discutiram o escândalo de racismo e islamofobia. A mídia, na sua maioria, ignorou ou minimizou a maior história de suas vidas. Zelosa na sua falta de curiosidade, grande parte da elite da mídia britânica permaneceu grudada à bolha da política de Westminster e às suas prioridades egoístas.

MODELO FRACASSADO – “Eles fizeram isso para defender um modelo fracassado de multiculturalismo e para evitar fazer perguntas difíceis sobre falhas da política de imigração e assimilação. Eles fizeram isso porque tinham medo de serem chamados de racistas ou islamofóbicos. Eles fizeram isso porque o esnobismo de classe tradicional da Grã-Bretanha se fundiu ao novo esnobismo do politicamente correto”, escreveu a jornalista.

Elon Musk pode apoiar uma internacional reacionária, mas é indubitável que existe também uma internacional progressista empenhada em esconder uma realidade que bate de frente com os seus dogmas. Essa realidade inclui crimes hediondos, como exemplifica o Reino Unido.


Moraes pretende condenar os golpistas à “pena média” de 20 anos


Mensagens Vazadas: Entenda as Irregularidades de Alexandre de Moraes no STF  e no TSE

Moraes sugere penas maiores do que as dos “terroristas”

Rafael Moraes Moura
O Globo

Enquanto aguardam a denúncia a ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nas próximas semanas, advogados dos indiciados no inquérito da trama golpista já fazem reservadamente suas previsões sobre as penas que serão impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aos principais investigados.

Os defensores dão como certas tanto a denúncia da PGR como a condenação pela Primeira Turma do Supremo, embora não admitam publicamente e insistam em comprovar a inocência de seus clientes. A PGR deve formalizar a denúncia até fevereiro

PENAS ELEVADAS – Na avaliação de advogados de diferentes investigados ouvidos pela equipe do blog, as penas a serem determinadas pelo STF devem ficar na faixa dos 20 anos de prisão.

“Pelos crimes imputados aos principais investigados e pelos julgamentos já realizados pelo STF, esta é a nossa régua. Não menos que 20 anos”, diz reservadamente um dos advogados ouvidos pelo blog.

O cálculo tem como referência o julgamento do Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2023, do primeiro réu do 8 de Janeiro condenado pela Corte. Na ocasião, o ex-técnico da Sabesp Aécio Lúcio Costa Pereira foi condenado a 17 anos de prisão por dano qualificado, deterioração de patrimônio público tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa.

GRAVOU VÍDEO – O primeiro condenado Perera Aécio foi flagrado dentro do Congresso em 8 de Janeiro usando uma camiseta com a inscrição “intervenção militar já”. Naquele dia, ele postou um vídeo sentado na Mesa Diretora do Senado no qual dizia “Vai dar certo, não vamos desanimar”.

“Se o povo que estava lá invadindo os prédios públicos no 8 de Janeiro pegou pena elevada, imagina quem teve protagonismo na trama golpista. É provável que quem for condenado agora pegue uma pena ainda mais elevada”, diz um influente advogado de um dos investigados.

“Se os indiciados tiveram mais protagonismo (na trama golpista) que os manifestantes, a pena tem que ser mais elevada.”

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Mark Zuckerberg, da Meta, apoia Musk e Trump contra a Justiça brasileira


Mark Zuckerberg, dono da Meta, empresa que comanda o Facebook e Instagram,  afirma que a política adotada pela empresa para controlar as redes não deu  certo, censurando pessoas, e diz que substituirá

Zuckerberg, que é democrata, apoia Musk e Trump

Duda Teixeira
Revista Oeste

O diretor-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou mudanças no monitoramento de conteúdos nas plataformas Facebook, Instagram e Threads nesta terça, 7. As alterações visam garantir a liberdade de expressão e evitar a censura.

De maneira geral, Zuckerberg entende que o excessivo controle, apesar de positivo ao derrubar conteúdos claramente indesejados — drogas, terrorismo, pedofilia etc —, também acaba apagando publicações legítimas, às vezes por mera questão política.

NOTAS DA COMUNIDADE – A solução então é dar mais poder para a comunidade se autorregular, como as notas de comunidade, que já se mostraram eficientes no X.

Considerando que Zuckerberg sempre esteve aliado com o politicamente correto e o Partido Democrata, seus anúncios de agora soam como uma revolução.

Ele agora vai na mesma direção do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e do bilionário Elon Musk, seu concorrente que comprou o Twitter, hoje X.

APOIO DE TRUMP – O empresário americano também disse que espera contar com apoio do governo americano, que estará sob o comando de Trump a partir do dia 20, para enfrentar a tendência global de censura em outros países, incluindo os da América Latina.

“Os países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar a remoção de conteúdo de forma silenciosa”, disse Mark Zuckerberg em vídeo, referindo-se ao Supremo e dizendo estar preocupado com tendências contra a liberdade de expressão em outros países.

“Nós vamos trabalhar com o presidente Trump para proteger a liberdade de expressão no mundo. Vamos pressionar governos ao redor do mundo que estão perseguindo companhias americanas, obrigando-as a censurar mais”, disse Zuckerberg.

CENSURA NA EUROPA – “Os Estados Unidos têm as proteções constitucionais mais fortes para a liberdade de expressão do mundo. A Europa tem aumentado o número de leis institucionalizando a censura e fazendo com que fique quase impossível fazer algo inovador por lá. Os países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar a remoção de conteúdo de forma silenciosa”, disse.

Não há tribunais secretos no Brasil, nem em outros países da América Latina. O que se conhece, isso sim, é o gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Moraes deu seguidas ordens para as redes sociais apagarem conteúdos postados por brasileiros porque os textos incomodavam o magistrado, por algum motivo qualquer.

DECISÕES ILEGAIS – Em abril do ano passado, foram revelados os Twitter Files, as mensagens trocadas pelos advogados da empresa americana reclamando da inconstitucionalidade das ordens do STF.

“A única maneira de a gente retroceder essa tendência global é com o apoio do governo americano”, disse Zuckerberg.

Haverá várias mudanças internas nas redes sociais da Meta. “Eu comecei as redes sociais para dar voz às pessoas. Eu dei uma palestra na Universidade Georgetown há cinco anos sobre a importância de proteger a liberdade de expressão. E eu ainda acredito nisso”, diz Zuckerberg.

BLOQUEAR CONTEÚDOS – Ele citou os “sistemas complexos” que foram criados para bloquear conteúdos indesejados, principalmente por pressão da imprensa e dos governos. “Mesmo que eles censurem apenas 1% das publicações, isso significa milhões de pessoas. E nós chegamos a um ponto em que há muitos erros e muita censura”, afirmou o empresário.

Após comentar a importância dada nas últimas eleições americanas para a liberdade de expressão, Zuckerberg falou em simplificar as políticas corporativas para reduzir os erros.

A primeira medida será substituir as agências de checagem de fatos por notas de comunidade “semelhantes às do X, começando pelos Estados Unidos”.

ESTILO MUSK – Zuckerberg, assim, deverá repetir a estratégia adotada por Elon Musk, após comprar o X em abril de 2022. Naquele ano, Musk foi criticado por demitir as equipes que monitoravam conteúdo naquela rede. Agora, Facebook, Instagram e Threads seguem na mesma trilha e deixam que os usuários da rede se regulem.

A discussão sobre monitoramento de conteúdo, segundo ele, teria começado com a primeira eleição de Donald Trump.

“Após a eleição em 2016, a mídia tradicional afirmou o tempo todo que a desinformação era uma ameaça à democracia. Nós tentamos, com boas intenções, lidar com essas preocupações sem nos tornarmos os árbitros da verdade. Mas as agências de checagem de fatos têm sido muito enviesadas politicamente e contribuíram mais para destruir a verdade do que para criá-la, especialmente nos Estados Unidos”, afirmou Zuckerberg.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A fila anda e reforça a tropa que vai enfrentar Moraes, que se julga todo-poderoso e sem limites. Um belo dia Moraes vai acordar desse sonho plenipotenciário e cair na real. Comprem pipocas. Vai ser muito engraçado. (C.N.)

Quatro anos depois, ataque ao Capitólio pode ser “apagado” por Trump

Publicado em 7 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet

Condenan a tres años y medio de cárcel al 'bisonte de QAnon' | Noticias La Tribuna de Talavera

Um dos líderes, Jacob Chansley, já foi libertado

Jamil Chade
do UOL

Há quatro anos, um personagem marcou história. Vestido como um Viking, Jacob Chansley fez parte da ofensiva contra o Capitólio, num abalo à democracia americana. Durante a invasão, ele deixou um bilhete com ameaças ao então vice-presidente Mike Pence. Ele seria condenado a 41 meses de prisão e já está solto,.

Nesta segunda-feira, em declarações ao jornal New York Times, ele insiste que “experimentou a tirania em primeira mão”. Segundo ele, o dia 6 de janeiro de 2021 foi “uma armação”.

NOVO SIGNIFICADO – Ele não está sozinho em sua afirmação e o presidente eleito Donald Trump costura uma ofensiva para dar um novo significado para a data e transformá-la num gesto de resistência. O republicano, durante a campanha eleitoral, chegou a qualificar o 6 de janeiro como “um dia do amor”.

Hoje, ele volta ao poder numa posição ainda mais predominante. Confirmado nesta segunda-feira pelo Congresso americano, Trum agora promete “agir muito rapidamente” para perdoar os autores dos ataques de 6 de janeiro.

Para diplomatas estrangeiros na capital americana ouvidos pelo UOL, o esforço de apagamento do que ocorreu naquele dia deve servir como um alerta ao mundo da operação da extrema direita.

PREOCUPAÇÃO – “O mundo acompanha com preocupação o que ocorre na democracia que se apresenta como modelo a todos”, afirmou um embaixador de um país europeu, na condição de anonimato.

“Se aquelas cenas não são suficientes, o que será?”, questionou outro diplomata.

Desde 2021, mais de 1.580 réus foram acusados e cerca de 1.270 foram condenados em uma investigação extensa que resultou em mais de 660 sentenças de prisão. Esses julgamentos resultaram em sentenças pequenas, com poucas exceções como no caso do ex-presidente dos Proud Boys, Enrique Tarro, que pegou 22 anos de cadeia.

HAVERÁ ANISTIA? – Mas tudo isso deve ser anulado a partir da volta de Trump ao poder. Numa coluna publicada no Washington Post, nesta segunda-feira, o presidente Joe Biden alerta que existe uma ofensiva para tentar “apagar” o que ocorreu em 6 de janeiro de 2021.

“Não podemos aceitar uma repetição do que ocorreu há quatro anos”, escreveu o ainda presidente Joe Biden.

“Quatro anos depois, ao deixar o cargo, estou determinado a fazer tudo o que puder para respeitar a transferência pacífica de poder e restaurar as tradições que há muito respeitamos nos Estados Unidos”, escreveu Biden. “A eleição será certificada pacificamente. Convidei o novo presidente para a Casa Branca na manhã de 20 de janeiro e estarei presente em sua posse naquela tarde”, disse.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não há comparação com o 08/01 de Brasília. Em Washington, instigados por Trump, milhares de manifestantes escalaram as paredes do Capitólio, quebrando janelas e chutando portas. “A apenas alguns quarteirões de distância, uma bomba foi encontrada perto do local onde se encontrava a nova vice-presidente, ameaçando sua vida. Agentes da lei foram espancados, arrastados, deixados inconscientes e pisoteados. Alguns policiais acabaram morrendo em decorrência disso”, relatou Biden. E outra diferença foram as condenações, quase todas muito pequenas, de apenas poucos anos ou meses. Quem se declarava culpado pegava apenas 20 dias de prisão, bem diferente do 08/01, com suspeitos julgados como “terroristas” e pegando 17 anos, uma vergonha mundial(C.N.)


Maduro convida o Brasil para sua posse e Lula decide enviar a embaixadora


O Brasil é parceiro da Venezuela', diz nova embaixadora em Caracas

Lula pede a embaixadora Glivania Maria para representá-lo

Jamil Chade
do UOL

Nicolás Maduro convida o Brasil para sua posse, no dia 10 de janeiro, e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enviará sua embaixadora em Caracas. Na semana passada, o UOL revelou com exclusividade que a decisão do Planalto era a de não enviar ministros ou uma delegação de Brasília, e optar pela representante do país na Venezuela.

De acordo com o Itamaraty, o convite dos venezuelanos foi confirmado nesta terça-feira, dia 7. O Brasil deve ser representado pela embaixadora do Brasil em Caracas, Glivania de Oliveira.

PORTA ABERTA – Brasília busca, assim, manter uma porta aberta com o presidente venezuelano para que possa mediar uma eventual saída política para a crise. Mas não eleva sua representação, numa sinalização de que as condições colocadas pelo Brasil não foram atendidas.

Em julho de 2024, a eleição em Caracas foi concluída com o anúncio por parte de Maduro de que teria sido o vencedor para mais um mandato como presidente. A oposição denunciou uma fraude e insistiu que seu candidato, Edmundo González, teria vencido.

O governo brasileiro evitou falar em fraude. Mas insistiu que não reconheceria a eleição enquanto as atas com os resultados não fossem apresentadas. Os documentos nunca foram publicados e uma crise diplomática se instaurou entre Brasília e Caracas.

ATAQUES MÚTUOS – O governo Maduro chegou a atacar o assessor especial de Lula, Celso Amorim, e acusou a diplomacia brasileira de estar a serviço dos interesses americanos. Brasil, Colômbia e México chegaram a ensaiar uma articulação para evitar uma nova onda de violência na Venezuela. Mas os esforços fracassaram.

Nos últimos dias, a nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que seu governo também estará presente em Caracas para a posse. Mas não definiu se enviará uma missão oficial de sua capital ou se apenas o embaixador na cidade venezuelana será o representante.

Já González, que teve de deixar Caracas, vem percorrendo a América Latina e esteve em Washington com o presidente Joe Biden, na esperança de ampliar o isolamento de Maduro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Quase nada de novo no front ocidental. A única novidade é a posição da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), que se uniu ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra e a outras entidades para defender o reconhecimento de Maduro. É duro engolir essas posições de supostos defensores da democracia. Tragam um balde, urgente(C.N.)


Maior pena dos golpistas deve ser de Bolsonaro — 28 anos de prisão


Tribuna da Internet | Se Bolsonaro for preso, o país pode enfrentar uma  convulsão social?

Charge do Lattuff (Brasil De Fato)

Rafael Moraes Moura
O Globo

A Procuradoria-Geral da República prepara-se para apresentar denúncia contra os envolvidos na trama golpista. Enquanto aguardam a decisão, os advogados dos indiciados no inquérito já fazem reservadamente suas previsões sobre as penas que serão impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, aos principais investigados.

Os criminalistas dão como certo que as penas são superiores às dos invasores do 08/01, e a condenação maior cairá sobre Jair Bolsonaro.

PENA ALONGADA – Os crimes atribuídos pela Polícia Federal ao ex-presidente Jair Bolsonaro – tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa – totalizam uma pena que pode chegar a 28 anos de prisão.

O ex-presidente é apontado como líder da organização criminosa, que atuou, “mediante divisão de tarefas, com o fim de obtenção de vantagem consistente em tentar manter o então presidente da República Jair Bolsonaro no poder”.

Um dos pontos destacados pelos investigadores é a existência de cinco eixos de atuação interligados envolvendo a atuação dessa organização, que incluiriam ataques virtuais a opositores e às instituições e às urnas eletrônicas.

ÚLTIMA INSTÂNCIA – Um foco de preocupação das defesas dos indiciados é que os investigados pela Polícia Federal serão julgados já na última instância de recurso – o STF.

“Não temos um segundo grau de apelação, com magistrados diferentes”, queixa-se outro advogado, que concorda que a “pena média” dos principais indiciados ficará na casa dos 20 anos.

Conforme informou O Globo, a Primeira Turma referendou, de forma unânime, todas as decisões de Moraes em processos que miram bolsonaristas e envolvidos em atos golpistas ao longo de 2024. O colegiado é composto por Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e pelos dois ministros do STF indicados por Lula neste terceiro mandato: Flávio Dino e Cristiano Zanin.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como diz Mark Zuckerberg, da Meta, que controla Facebook, Instagram e Threads, se depender do “tribunal secreto”, o presidente Bolsonaro está liquidado. Dele só restarão os cacos da tela metálica implantada em seu abdômen. Sua única possibilidade de salvação é a anistia, que depende de apenas um homem — Lula da Silva, que sonha em ajudar a concedê-la, mas ainda está com vergonha. (C.N.)


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